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Relé SEL-710 Teoria de sua Parametrização

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Universidade Federal de Uberlândia 
Faculdade de Engenharia Elétrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÉRGIO FAHD JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELÉ 710 DA SEL: TEORIA DE SUA PARAMETRIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uberlândia 
2013
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÉRGIO FAHD JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELÉ 710 DA SEL: TEORIA DE SUA PARAMETRIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial de 
avaliação na disciplina Trabalho de Conclusão de 
Curso 2 do Curso de Engenharia Elétrica da 
Universidade Federal de Uberlândia. 
 
 
Orientador: José Wilson Resende 
 
______________________________________________ 
 Assinatura do Orientador 
 
 
 
 
 
 
 
Uberlândia 
2013
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais e 
amigos pelo estímulo, apoio e compreensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Ao Prof. José Wilson Resende pelo incentivo, motivação e orientação deste 
trabalho. 
À minha família, pela paciência e compreensão. 
Aos meus amigos e aos demais professores da Faculdade de Engenharia 
Elétrica que fizeram parte da minha graduação, me ajudando e aconselhando da 
melhor maneira possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem o intuito de descrever um manual passo a passo de 
parametrização do relé 710 da SEL, utilizado na proteção de motores elétricos. A 
parametrização é feita através da utilização do software AcSELerator, uma 
ferramenta completa e importante no gerenciamento dos ajustes dos relés digitais. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This paper aims to describe a step by step manual parameterization of the 
relay SEL 710, used to protect electric motors. The parameterization is done through 
the use of ACSELERATOR, a complete tool and important in the management of 
digital relay settings. 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 1- RELÉ SEL-710 ......................................................................................................................................14 
FIGURA 2 - JANELA INICIAL DO SOFTWARE ..................................................................................................................20 
FIGURA 3 – ESCOLHA DO MODELO DO RELÉ ................................................................................................................21 
FIGURA 4 – JANELA DO NÚMERO ESPECÍFICO DO RELÉ SEL-710 .......................................................................................22 
FIGURA 5 - TÓPICOS A SEREM PARAMETRIZADOS ..........................................................................................................23 
FIGURA 6 – JANELA DOS AJUSTES GERAIS ....................................................................................................................24 
FIGURA 7 – JANELA PARA HABILITAR OS GRUPOS AJUSTADOS ...........................................................................................26 
FIGURA 8 – AJUSTE DE MONITORAMENTO DO DISJUNTOR ...............................................................................................27 
FIGURA 9 – REINICIALIZAÇÃO DE AJUSTES ...................................................................................................................28 
FIGURA 10 – CONTROLE DE ACESSO PELO PAINEL FRONTAL .............................................................................................29 
FIGURA 11 – MONITORAMENTO DE OPERAÇÕES DO DISJUNTOR.......................................................................................30 
FIGURA 12 – JANELA INICIAL DE PARAMETRIZAÇÃO DOS AJUSTES DE PROTEÇÃO ....................................................................32 
FIGURA 13 – JANELA INICIAL DO AJUSTE DO ELEMENTO TÉRMICO DE PROTEÇÃO ...................................................................33 
FIGURA 14 - AJUSTE PERSONALIZADO DA CURVA TÉRMICA ..............................................................................................34 
FIGURA 15 - CONTINUAÇÃO DO AJUSTE DO ELEMENTO TÉRMICO DE PROTEÇÃO....................................................................35 
FIGURA 16 - AJUSTES DE SOBRECORRENTE INSTANTÂNEA ...............................................................................................36 
FIGURA 17 - SOBRECORRENTE DE FASE ......................................................................................................................37 
FIGURA 18 - ELEMENTO DE SOBRECORRENTE INVERSA ...................................................................................................38 
FIGURA 19 - CURVAS DA ANSI ................................................................................................................................39 
FIGURA 20 - CURVAS DA IEC ..................................................................................................................................39 
FIGURA 21 – JANELA DO AJUSTE DA CORRENTE DE TRANCO .............................................................................................40 
FIGURA 22 – ELEMENTO DE SUBCORRENTE .................................................................................................................41 
FIGURA 23 – ELEMENTO DE DESEQUILÍBRIO DE CORRENTE ..............................................................................................42 
FIGURA 24 - MONITORAMENTO DAS PARTIDAS DO MOTOR .............................................................................................42 
FIGURA 25 – TEMPO MÁXIMO PARA A PARTIDA DO MOTOR ............................................................................................43 
FIGURA 26 - PARTIDA ESTRELA TRIANGULO .................................................................................................................43 
FIGURA 27 – AJUSTE DE CONTROLE DAS PARTIDAS DO MOTOR .........................................................................................44 
FIGURA 28 – AJUSTE DO ELEMENTO DE PROTEÇÃO DE FASE REVERSA .................................................................................44 
FIGURA 29 – AJUSTE DE TEMPO PARA MUDAR A VELOCIDADE DO MOTOR ...........................................................................44 
FIGURA 30 – AJUSTE DOS DISPOSITIVOS DE RESISTÊNCIA DE TEMPERATURA .........................................................................45 
FIGURA 31 – ELEMENTO DE SUBTENSÃO ....................................................................................................................46 
FIGURA 32 – AJUSTE DO ELEMENTO DE SOBRETENSÃO ..................................................................................................47 
FIGURA 33 – ELEMENTO DE POTÊNCIA REATIVA ...........................................................................................................48 
FIGURA 34 – ELEMENTO DE SUBPOTÊNCIA .................................................................................................................48 
FIGURA 35 – MONITORAMENTO DO FATOR DE POTÊNCIA ...............................................................................................49 
FIGURA 36 – MONITORAMENTO DA FREQUÊNCIA ........................................................................................................50 
FIGURA 37 – MONITORAMENTO CONTROLE DE CARGA ..................................................................................................51 
FIGURA 38 – AJUSTE PARA BLOQUEAR ALGUMAS FUNÇÕES .............................................................................................52 
FIGURA 39 – AJUSTE LÓGICO DOS ITENS RESPONSÁVEIS PELO TRIP ....................................................................................53 
FIGURA 40 – AJUSTE DE CONTROLE DO MOTOR ...........................................................................................................54 
FIGURA 41 – QUANTIDADE DE LÓGICAS QUE SERÃO UTILIZADAS.......................................................................................55 
FIGURA 42 – VARIÁVEIS LÓGICAS DE OPERAÇÃO DO RELÉ ...............................................................................................55 
FIGURA 43 – AJUSTE DOS TEMPORIZADORES ...............................................................................................................56 
FIGURA 44 – AJUSTE PARA CONTABILIZAR OS EVENTOS OCORRIDOS ..................................................................................57 
 
 
FIGURA 45 – JANELA DAS VARIÁVEIS MATEMÁTICAS ......................................................................................................57 
FIGURA 46 – PORTA DE SAÍDA SLOT A .......................................................................................................................58 
FIGURA 47 – CONFIGURAÇÃO GERAL DO PAINEL FRONTAL ..............................................................................................59 
FIGURA 48 – AJUTES DE CONFIGURAÇÃO DOS LED’S.....................................................................................................60 
FIGURA 49 – AJUSTE DO DISPLAY DO RELÉ ..................................................................................................................60 
FIGURA 50 – AJUSTE DOS BITS UTILIZADOS .................................................................................................................61 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
UFU – Universidade Federal de Uberlândia 
SEP – Sistema Elétrico de Potência 
TC – Transformador de corrente 
TP – Transformador de potência 
SEL - Schweitzer Engineering Laboratories 
TCU - Utilização da Capacidade Térmica 
VAR – Volt Ampere Reativo 
RTD – Resistance Temperature Dispositive 
FID - Firmware Identification String 
IP - Internet protocol 
ANSI - American National Standards Institute 
IEC - International Electrotechnical Commission 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................12 
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...............................................................................................................12 
1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................15 
1.3 ESTRUTURA GERAL DO TRABALHO .................................................................................................15 
2 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................................16 
2.1 DESCRIÇÕES DO RELÉ SEL-710 .............................................................................................16 
2.1.1 FUNÇÕES DE PROTEÇÃO .............................................................................................................16 
2.1.2 FUNÇÕES DE MEDIÇÃO ................................................................................................................17 
2.1.3 FUNÇÕES DE MONITORAMENTO ....................................................................................................18 
2.1.4 FUNÇÕES DE CONTROLE..............................................................................................................19 
2.1.5 INTEGRAÇÃO E COMUNICAÇÃO ....................................................................................................19 
2.2 AJUSTES INICIAIS.....................................................................................................................20 
2.3 AJUSTES GLOBAIS ..................................................................................................................22 
2.3.1 PRIMEIROS AJUSTES (GERAIS) .....................................................................................................24 
2.3.2 AJUSTE DE QUAL GRUPO SERÁ UTILIZADO .....................................................................................25 
2.3.3 AJUSTE DE MONITORAMENTO DO DISJUNTOR .................................................................................26 
2.3.4 AJUSTE DAS ENTRADAS ANALÓGICAS ...........................................................................................27 
2.3.5 AJUSTE DAS SAÍDAS ANALÓGICAS ................................................................................................28 
2.3.6 AJUSTE PARA REINICIALIZAR INFORMAÇÕES DO RELÉ .....................................................................28 
2.3.7 AJUSTES PARA CONTROLAR O ACESSO PELO PAINEL FRONTAL .......................................................29 
2.3.8 AJUSTE DE MONITORAMENTO DAS OPERAÇÕES DO DISJUNTOR ........................................................30 
2.4 AJUSTES ESPECÍFICOS (DOS GRUPOS) ................................................................................31 
2.4.1 AJUSTES DE PROTEÇÃO (SET 1) ..................................................................................................31 
2.4.1.1 Ajustes iniciais para parametrizar as funções de proteção seguintes .............................31 
2.4.1.2 Ajuste do elemento térmico para proteção contra sobrecarga .........................................32 
2.4.1.3 Ajustes dos elementos de sobrecorrente instantânea ......................................................36 
2.4.1.4 Ajuste do elemento de sobrecorrente de tempo inverso ..................................................37 
2.4.1.5 Ajuste da corrente de tranco (carga travada).....................................................................40 
2.4.1.6 Ajuste do elemento de subcorrente ou perda de carga.....................................................41 
 
 
2.4.1.7 Ajuste do elemento de desequilíbrio de corrente ..............................................................41 
2.4.1.8 Ajuste de monitoramento de partida do motor ..................................................................42 
2.4.1.9 Ajuste dos dispositivos de resistência de temperatura (RTD’s) .......................................44 
2.4.1.10 Ajuste dos elementos de proteção contra subtensão e sobretensão .............................46 
2.4.1.11 Ajuste de proteção direcional de potencia reativa...........................................................47 
2.4.1.12 Ajuste da proteção contra subpotência do motor ...........................................................48 
2.4.1.13 Ajuste de monitoramento do fator de potência................................................................49 
2.4.1.14 Ajuste de monitoramento da frequência ..........................................................................50 
2.4.1.15 Ajuste de monitoramento do controle de carga...............................................................50 
2.4.1.16 Ajuste de lógica de trip .....................................................................................................51 
2.4.1.17 Ajuste de controle do motor .............................................................................................53 
2.4.2 AJUSTES DE LÓGICA (LOGIC 1) ....................................................................................................54 
2.4.2.1 Ajuste da quantidade de lógicas que serão habilitadas e utilizadas ................................54 
2.4.2.2 Ajuste lógico das condições de operação .........................................................................55 
2.4.2.3 Ajuste lógico dos temporizadores ......................................................................................56 
2.4.2.4 Ajuste lógico para contabilizar os eventos ocorridos .......................................................56 
2.4.2.5 Ajuste lógico das variáveis matemáticas ...........................................................................57 
2.4.2.6 Ajustes das portas de saídas do relé SEL-710 ...................................................................582.5 AJUSTES DO PAINEL FRONTAL ..............................................................................................58 
2.5.1 AJUSTE DE CONFIGURAÇÃO GERAL DO PAINEL FRONTAL ................................................................58 
2.5.2 AJUSTE DE CONFIGURAÇÃO DOS LED’S .......................................................................................59 
2.5.3 AJUSTE DO DISPLAY DO RELÉ ......................................................................................................60 
2.5.4 AJUSTE LÓGICO DOS BITS UTILIZADOS ..........................................................................................60 
3 CONCLUSÕES ..............................................................................................................................61 
3.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................61 
3.2 PROPOSTAS FUTURAS....................................................................................................................62 
4 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................63 
 
12 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Considerações Iniciais 
 
A proteção dos sistemas elétricos de potência é uma área de extrema 
importância para a manutenção do fornecimento da energia elétrica aos 
consumidores e para a segurança dos equipamentos que compõem o sistema 
elétrico. Essa área desenvolveu-se, e vem se desenvolvendo muito nos últimos 
anos, devido ao surgimento de novas tecnologias que possibilitaram a introdução da 
proteção digital através de relés microprocessados. [1] 
Os relés de proteção são dispositivos compactos que são conectados ao 
Sistema Elétrico de Potência (SEP) e possuem características de projeto e 
funcionamento interessadas na detecção de condições anormais de operação que 
excedam limites toleráveis, e na inicialização de ações corretivas que possibilitem o 
retorno do SEP a seu estado normal. Tais equipamentos, sejam analógicos e ou 
digitais, são responsáveis pela análise das grandezas elétricas associadas à rede 
elétrica e pela lógica necessária à tomada de decisão pelo sistema de proteção, 
caso algum distúrbio seja encontrado. [2] 
Embora a principal função do relé seja mitigar os efeitos dos curtos-circuitos e 
de outras condições anormais de operação, estes exercem uma função importante 
na determinação do tipo de distúrbio que está ocorrendo no sistema, como a sua 
localização, possibilitando uma análise mais ampla do problema e suas possíveis 
soluções. [2] 
Entretanto, o sistema de proteção não é composto apenas pelo relé, mas por 
um conjunto de subsistemas integrados que interagem entre si com o objetivo de 
produzir a melhor atuação sobre o sistema, ou seja, isolar a área defeituosa sem 
que esta comprometa o restante do SEP. [2] 
Os relés de proteção são considerados os mais importantes componentes do 
sistema de proteção, uma vez que a decisão lógica sobre a atuação em uma 
determinada região é feita por estes equipamentos. Por causa dessa importância 
para o sistema, os relés devem ser equipamentos extremamente confiáveis e 
robustos, pois suas funções só serão exigidas em condições anormais de operação. 
13 
Contudo, o funcionamento dos relés depende diretamente dos 
transformadores de instrumentação a estes associados, sejam estes analógicos 
(TCs e TPs) ou digitais (TCs ópticos). Sobre os sinais aquisitados, sejam 
diretamente ou através de combinações, são efetuadas as operações de 
comparação com os limiares previamente estabelecidos. [2] 
É importante salientar que a tomada de decisão de um relé de proteção, isto 
é, o envio do sinal de abertura do disjuntor (trip), é determinada pelo tipo de função 
que o relé está executando e de suas configurações, já que cada aplicação exige 
uma parametrização específica de acordo com a topologia da rede elétrica, da 
filosofia de proteção adotada e da porção do sistema que se deseja proteger. A 
parte do sistema elétrico a qual o relé deverá atuar no sentido de protegê-la é 
conhecida como zona de proteção. [2] 
Os equipamentos para aplicação em sistemas de proteção, incluindo os relés, 
devem observar algumas características básicas para a realização satisfatória da 
proteção do sistema. As propriedades demandadas para o sistema de proteção são: 
 
 Confiabilidade: assegurar que o equipamento irá atuar corretamente sob as 
condições esperadas e não operar incorretamente devido a causas 
estranhas. 
 Seletividade: é a capacidade da proteção em reconhecer uma falta e desligar 
o número mínimo de disjuntores para eliminar a falta e ainda selecionar as 
condições em que uma imediata operação é requerida e aquelas em que 
nenhuma operação ou retardo de atuação é exigido. 
 Velocidade de operação: minimizar o tempo de duração da falta e 
conseqüente perigo para os equipamentos e/ou consumidores. 
 Simplicidade: mínimo de equipamentos de proteção e circuitos elétricos 
associados para executar os objetivos da filosofia de proteção desejada. 
 Economia: máxima proteção com o mínimo de custo. 
 
Atualmente, os relés digitais vêm substituindo os relés eletromecânicos que 
predominavam no mercado, isso porque o desenvolvimento contínuo das 
tecnologias obrigou com que o sistema de proteção evoluísse também, sendo cada 
vez mais necessária a confiabilidade e segurança dos equipamentos. Com a 
14 
aplicação dos novos componentes eletrônicos, iniciou-se o projeto de relés de 
proteção mais rápidos e menores, com diversas funções em um mesmo 
equipamento, sendo assim, muito mais vantajoso no mercado atual. 
É factível observar que algumas dessas premissas citadas são diretamente 
influenciadas pelo comportamento dos relés presentes no sistema de proteção, de 
modo que as mudanças das características do SEP e suas respectivas cargas, 
como a presença de harmônicos, interferem no funcionamento dos relés e provocam 
possíveis erros de atuação. Desta forma, fica claro que os dispositivos de proteção 
necessitaram e continuam dependentes de uma evolução durante os anos para 
assegurar os níveis de confiabilidade exigidos. [2] 
Para este trabalho foi proposto à criação de um manual, passo a passo, que 
possa esclarecer como deve ser feita a parametrização do relé SEL-710 (Figura 1.1) 
da empresa SEL (Schweitzer Engineering Laboratories). Em geral, a parametrização 
dos relés digitais modernos não é simples, isso se deve ao grande número de 
funções existentes nesses equipamentos e pela particularidade de cada fabricante, 
que tenta sempre aprimorar e sofisticar o produto ofertado de acordo com a filosofia 
da empresa, tornando-o específico para tal. 
 
Figura 1- Relé SEL-710 
 
15 
As informações foram obtidas através do manual do relé, documentos 
disponíveis no site da SEL e de filmagens técnicas. A parametrização dos relés da 
SEL é feita pelo software AcSELerator, que é uma poderosa ferramenta para 
criação e gerenciamento dos ajustes de bancos de dados dos relés. Pretende-se 
também, explicar a instalação e a utilização deste software no manual proposto. 
 
1.2 Objetivos 
 
 O objetivo principal deste trabalho é fazer o documento passo a passo de 
como parametrizar o relé SEL-710. O trabalho está completo com todos os 
parâmetros que devem ser ajustados, sendo eles: ajustes globais, específicos, de 
lógica e do painel frontal. 
 O principal foco de como parametrizar o relé, está nos ajustes específicos de 
proteção para motores elétricos, com todas as funções explicadas de maneira a 
facilitar o entendimento do usuário. Tendo em visto este foco, os ajustes de lógica 
não foram tratados a fundo, pois é necessário um contato direto e mais criterioso 
com o equipamento, para assim, entender as portas lógicas e a comunicação entre o 
relé, o computador e o cliente. 
 
1.3 Estrutura Geral do TrabalhoEste trabalho está dividido em 3 capítulos. No primeiro capítulo estão 
apresentados os conceitos básicos de proteção elétrica, bem como a importância 
dos relés digitais nos sistemas elétricos de potência. 
O segundo capítulo é o desenvolvimento, que está dividido em 4 tópicos: 
Descrições do Relé SEL-710, Ajustes Iniciais, Ajustes Globais, Ajustes dos 
Específicos e Front Panel. No primeiro tópico do desenvolvimento estão as 
informações básicas fundamentais do relé em questão, enquanto o segundo, 
explica como iniciar o software AcSELerator Quickset, desde a instalação até a 
inicialização da parametrização. 
O terceiro tópico é responsável por parametrizar os ajustes globais, que são 
aqueles gerais do equipamento, que não necessitam de muito conhecimento teórico 
de proteção, ou seja, são ajustes essenciais para o funcionamento do relé. O quarto 
16 
tópico é dividido em duas partes: ajuste dos grupos (set 1) e ajustes lógicos (logic 
1). O ajuste dos grupos é responsável por explicar a parametrização específica de 
proteção para os motores elétricos, sendo este o principal foco do trabalho. Já os 
ajustes lógicos explicam toda a parte lógica de comunicação do relé com o 
computador e usuário, porém não foi muito detalhada por falta de contato direto e 
conhecimento detalhado do equipamento de proteção. Finalizando o 
desenvolvimento, têm-se os ajustes do painel frontal, configurando como e o que 
será exibido no display. 
Por fim, o quarto e último capítulo, encontra-se a conclusão do trabalho, com 
as considerações finais, discussão do resultado final do manual e propostas para 
trabalhos futuros. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Descrições do Relé SEL-710 
 
O relé digital microprocessado tipo SEL-710 fornece uma excelente 
combinação de funções de proteção, monitoramento e medição avançada de 
grandezas, controle e automação na aplicação de motores elétricos trifásicos, 
incluindo motores com duas velocidades e com rotor bobinado. 
 
2.1.1 Funções de proteção 
 
A proteção de motores é feita utilizando os modelos térmicos que reproduzem 
as características de aquecimento e resfriamento do rotor e do estator 
simultaneamente, fornecendo proteção contra os efeitos de aquecimento causados 
durante as condições de operação e partida dos motores. Abaixo estão descritas 
todas as funções de proteção do relé: 
 
 49 – Sobrecarga térmica (modelo térmico); 
 37 – Subcorrente (perda de carga); 
17 
 46 – Desequilíbrio de corrente e perda de fase; 
 Sobrecorrente (rotor travado); 
 50/51P – Sobrecorrente de fase instantânea e temporizada; 
 50/51G – Sobrecorrente residual instantânea e temporizada; 
 50N – Sobrecorrente instantânea de neutro; 
 50/51Q – Sobrecorrente instantânea e temporizada de sequência negativa; 
 47 – Fase reversa (via corrente); 
 81 – Sub e sobrefrequência; 
 Falha de disjuntor / contator; 
 Tempo máximo de partida; 
 66 – Número de partidas por hora e tempo de intervalo entre partidas; 
 Inibição da partida em função da TCU (Utilização da Capacidade Térmica); 
 Bloqueio de partida Anti-backspin; 
 Partida de emergência; 
 Proteção de motores de duas velocidades; 
 19 – Partida com tensão reduzida; 
 14 – Chave de velocidade (rotor travado); 
 87M – Proteção diferencial de sobrecorrente (opcional); 
 49 – Temperatura via termistores PTCs (opcional); 
 27/59 – Sub e sobretensão (opcional); 
 37 – Subpotência (opcional); 
 VAR – Potência reativa (opcional); 
 47 – Fase reversa (via tensão) (opcional); 
 55 – Fator de potência (opcional); 
 Temperatura via RTDs internos ou externos (módulo SEL-2600) (opcional). 
 
2.1.2 Funções de medição 
 
 Correntes de fase (IA, IB, IC), de neutro (IN) e residual (IG), correntes de 
sequência negativa, corrente média trifásica, desbalanço de corrente (%) e 
porcentagem de carga média (%FLA); 
18 
 Tensões de fase (VA, VB, VC), tensões fase-fase e de sequência negativa 
(3V2); 
 Desequilíbrio de tensão (%); 
 Potência ativa e reativa trifásica (quatro quadrantes); 
 Potência aparente e fator de potência trifásico; 
 Capacidade térmica no estator e no rotor (%); 
 Desequilíbrio de carga (%); 
 Escorregamento (slip); 
 Resistência rotórica; 
 Tempo para trip térmico; 
 Tempo de espera para repartida e número de partidas disponíveis e 
realizadas na última hora; 
 Energia ativa e reativa; 
 Frequência; 
 Potência ativa, reativa e aparente máxima e média; 
 Variáveis matemáticas e grandezas de entradas analógicas; 
 Valores estatísticos (número de horas do motor parado e rodando, valores 
médios e de pico de grandezas analógicas, etc); 
 Registro de valores máximos e mínimos de grandezas analógicas; 
 Temperatura do estator, mancal, etc via RTDs (tipo do RTD configurável: 
Pt100, Ni100, Ni120 ou Cu10 e localização configurável: mancal, 
enrolamento, etc) (opcional). 
 
2.1.3 Funções de monitoramento 
 
 Oscilografia de 15 (até 28 relatórios) ou 64 ciclos (até 5 relatórios). 
Resolução de 16 amostras/ciclo; 
 Sequência de eventos (armazena os últimos 1024 eventos); 
 Estatísticas de operação do motor; 
 Relatório de Curva de Carga (Load-Profile), com coleta de até 17 grandezas 
analógicas com intervalos programáveis de 5 a 60 minutos; 
19 
 Relatório de tendências (tempo de aceleração, corrente de partida, tensão 
média, capacidade térmica, número de partidas) baseado nos últimos 18 
meses; 
 Relatórios de partida com valores de corrente, tensão, escorregamento 
calculado (%) e capacidade térmica, taxa de amostragem programável e 
capacidade para 720 amostras (ex.: com resolução de 1 amostra a cada 5 
ciclos permite registro durante 60 s). Armazena relatórios das últimas 5 
partidas. 
2.1.4 Funções de controle 
 
 Número de entradas e saídas binárias: 
 Standard: 2 entradas e 3 saídas digitais; 
 Opções de placas adicionais de entradas e saídas: 
o 10 RTDs internos; 
o 4 Entradas e 4 Saídas Digitais; 
o 4 Entradas Digitais e 4 Saídas Digitais de Estado Sólido; 
o 3 Entradas e 4 Saídas Digitais e 1 Saída Analógica (4 a 20 mA); 
o 8 Entradas Analógicas (até ±10 V ou ±20 mA); 
o 4 Entradas e 4 Saídas Analógicas (até ±10 V ou ±20 mA). 
 69 – Inibição de fechamento; 
 86 – Retenção de sinal de disparo; 
 Pushbottons frontais personalizáveis para controle local. 
 
2.1.5 Integração e Comunicação 
 
 1 porta serial EIA-232 frontal; 
 1 porta serial EIA-232 ou EIA-485 traseira; 
 1 porta de fibra óptica serial (saída); 
 1 porta de fibra óptica (entrada para módulo SEL-2600, com 12 entradas 
para RTDs); 
 1 porta Ethernet (opcional); 
 1 cartão com porta serial EIA-485 ou EIA-232 traseira (opcional); 
 1 cartão para comunicação DeviceNet (opcional); 
20 
 Sincronização horária por IRIG-B (opcional); 
 Protocolos: ASCII, Modbus® RTU, Modbus® TCP (opcional), DeviceNet 
(opcional), Telnet, FTP, SEL Fast Meter, SEL Fast Operate, SEL Fast SER, 
SEL Fast Message, IEC 61850 (opcional). 
 
2.2 Ajustes iniciais 
 
Para iniciar, antes de tudo deve-se fazer o registro e download do software no 
site da SEL (www.selinc.com/SEL-5030/), que é gratuito. Ao finalizar a instalação do 
mesmo, basta clicar no ícone do AcSELerator Quickset, assim, abrirá uma janela 
conforme ilustrado na figura 2. Nesta janela selecione File/ New ou vá direto ao 
ícone New. 
 
Figura 2 - Janela inicial do software 
 
Em seguida, irá abrir a janela Settings Editor Selection, conforme ilustrado 
na figura 3. Nela devem-se escolher os parâmetros iniciais do relé a ser 
parametrizado. Caso não seja encontrada a configuração do relé que se deseja 
parametrizar, deve-se reinstalar o programa ou procurar uma versão mais recente. 
 
http://www.selinc.com/SEL-5030/
21 
 
Figura 3 – Escolha do modelo do relé 
 
Para fazer a parametrização offline, ou seja, sem que o relé esteja conectado 
diretamente ao computador,deve-se procurar na figura 3 a caixa de texto Device 
Family. Nesta caixa, selecione o nome do relé em questão. Em seguida, na caixa de 
texto Device Model, selecione o modelo do relé, SEL-710. Na caixa de texto 
Version, selecione o código de acordo com firmware identification string (FID). Este 
código pode ser encontrado através do painel frontal do relé em MAIN/ Status/ 
Relay Status/ FID. 
Há um exemplo do formato do código FID no lado direito da figura 3, cujo 
primeiro número indica o modelo do relé, SEL-710, enquanto o próximo indica a 
versão do equipamento. 
Em seguida, surgirá a janela vista na figura 4 sem nenhuma parametrização, 
nela deve-se colocar o P/N que se encontra na etiqueta lateral esquerda ou no 
painel frontal MAIN/ Status/ Relays Status/ PART NUM, preenchendo-a então com 
o número correto. 
 
22 
 
Figura 4 – Janela do número específico do relé SEL-710 
 
Após a parametrização do relé, os ajustes serão salvos no banco de dados 
Relay.rdb. Este arquivo pode ser enviado para um operador que esteja próximo ao 
equipamento com o auxilio de um computador, cujas informações serão passadas 
para o relé através de uma porta de comunicação e, ao conectar o relé ao 
computador, o software é capaz de reconhecê-lo automaticamente. 
Para fazer a comunicação do relé diretamente com um computador, primeiro 
deve-se procurar o número do endereço do Internet protocol (IP) do equipamento. 
No painel frontal do relé vá em Set/Show/ PORT. Neste momento, verifica-se na 
parte traseira do relé, onde está ligado o cabo de comunicação, que geralmente é 
conectado na porta Ethernet de nome Port 1. Como a porta de comunicação é a 
Port 1, vá ao painel frontal e selecione 1/ Port 1 Settings/ IPADDR. Neste 
momento, aparece o número de IP do relé no painel frontal. 
 
2.3 Ajustes Globais 
 
Após executar os passos anteriores, serão iniciados os ajustes de acordo com 
a filosofia de proteção do equipamento. A figura 5 ilustra todos os tópicos a serem 
parametrizados do relé, que serão explicados no decorrer do trabalho. 
23 
 
Figura 5 - Tópicos a serem parametrizados 
 
 Global: Neste tópico serão parametrizadas as variáveis globais do sistema. 
Dentre estes ajustes estão: a tensão nominal, a frequência do sistema, 
formato de data e a sequência de fases dentre outros ajustes. 
 Group 1, 2, 3: O relé SEL-710 possui três grupos de ajustes. Um ajuste fica 
sempre ativo enquanto os outros dois ficam de reserva. Cada grupo é ativado 
através de uma lógica programada, caso ocorra uma alteração no SEP, o relé 
mudará a configuração de um grupo para outro automaticamente. 
 Front Panel: Aqui serão parametrizados os ajustes gerais do painel frontal, 
quando se ajusta a forma com que as mensagens serão mostradas, bem 
como se seleciona quais LEDs serão acesos quando ocorrer um evento bem 
como as funções dos push buttons. 
 Report: É responsável pelo registro de todas as atividades que o relé SEL-
710 monitora. Este tópico é dividido em três partes, uma responsável pelo 
horário dos eventos, outra pelas oscilografias. A última registra valores no 
tempo real. 
24 
Ao selecionar o tópico global, aparecerão na mesma janela todos os 
subtópicos a serem parametrizados dentro dele, conforme foi demonstrado na figura 
5. 
 
2.3.1 Primeiros ajustes (Gerais) 
 
Ao clicar em general (figura 6), deve-se definir primeiramente o item APP 
Aplication. Este ajuste determina as proteções que serão configuradas no relé SEL-
710. São duas opções de ajustes: “NAMEPLATE” ou “FULL”. Quando APP = 
NAMEPLATE, algumas funções de proteção do relé serão configuradas 
automaticamente de acordo com os dados de placa do motor, enquanto quando 
APP = FULL, todas as funções de proteção deverão ser configuradas, ou seja, 
deverá ser feito o ajuste completo do equipamento. Deste modo, iremos adotar APP 
= FULL. 
 

Figura 6 – Janela dos ajustes gerais 
 
Seguindo o tópico, PHROT Phase Rotation define a sequência de fases, 
sendo ABC ou ACB. Vale destacar que o próprio software auxilia na parametrização, 
25 
pois ao lado de cada caixa de texto, são indicadas as variáveis que podem 
preencher cada uma. 
Na sequencia, será definida a frequência nominal do sistema. Portanto, 
FNOM Rated Frequency (Hz) será 50 ou 60 Hz. 
A próxima função, DATE_F Date Format, é responsável pelo formato da data, 
dia/mês/ano, ano/mês/dia ou mês /dia /ano. A utilização desta função fica á critério 
do programador. 
A caixa de texto Fault Condition define quais elementos, que quando atuarem, 
irão efetuar o bloqueio temporário da medição de valores máximos e mínimos 
durante uma falta. 
 
FAULT = 50P1P OR 50G1P OR STARTING OR STOPPED OR TRIP 
 
As medições de valores máximos e mínimos serão suspensas em caso de 
partida do elemento de sobrecorrente instantânea de fase ou de terra, durante a 
partida ou parada do motor, ou em caso de trip. A definição deste ajuste depende de 
quais elementos de proteção serão habilitados. 
 
2.3.2 Ajuste de qual grupo será utilizado 
 
No sub tópico Settings Group Selection coloque uma lógica que define qual 
dos grupos de ajustes (1, 2 ou 3), deseja-se estar atuando no momento. Os grupos 
são independentes, apenas um grupo pode ficar ativo por vez. Caso aconteça um 
conflito de informações, o relé selecionará sempre o primeiro grupo. 
Os grupos de ajustes selecionáveis tornam o relé ideal para aplicações que 
necessitem de alterações frequentes de ajustes e para adaptar a proteção às 
alterações das condições do sistema. 
A primeira caixa de texto do subtópico é TGR Group Change Delay 
(seconds), este ajuste define o tempo decorrente entre o comando para mudança de 
grupo de ajustes e a ativação de um novo grupo de ajuste, que pode variar entre 0 a 
400 segundos. A configuração padrão de fábrica é de 2 segundos e será mantido, 
pois não haverá comutação de grupos, conforme ilustrado na figura 7. 
 
26 
 
Figura 7 – Janela para habilitar os grupos ajustados 
 
Em seguida, os itens Select Settings Group 1, 2 ou 3 devem ser 
preenchidos de acordo com uma lógica, que se atendida, habilitará o grupo 
desejado. Cada lógica pode ser programada para uma série de elementos e 
equações SELogic. Sendo assim, apenas o primeiro grupo será ajustado com lógica 
nível alto 1 para ativação do mesmo, enquanto os outros dois grupos serão 0, 
ficando da seguinte forma: SS1 = 1 // SS2 = 0 // SS3 = 0. 
 
2.3.3 Ajuste de monitoramento do disjuntor 
 
Este subtópico é muito importante para a seletividade do SEP. Ele monitora o 
funcionamento do disjuntor através de uma porta de entrada digital. Quando ocorre o 
trip inicia-se uma contagem de tempo. Após este tempo, se ainda passar corrente 
pelo relé, conclui-se que o disjuntor não abriu, assim, o relé declara falha no 
disjuntor, e enviará uma mensagem para o disjuntor de retaguarda. 
A parametrização da função Breaker Failure é simples (ver figura 8). A 
primeira caixa de texto, 52A Interlock in BF Logic, deve-se selecionar “Y” para 
habilitar ou “N” para desabilitar a função. Em seguida, na caixa de texto Breaker 
Failure Delay, coloque o tempo que o relé irá espera antes de acusar falha no 
disjuntor. 
27 
 
 
Figura 8 – Ajuste de monitoramento do disjuntor 
 
Por último, é colocada uma função de trip (R_TRIG TRIP), em Breaker 
Failure Initiate. Caso o disjuntor não abra, esta função será responsável por enviar 
um sinal de trip, para o disjuntor de retaguarda. 
 
2.3.4 Ajuste das entradas analógicas 
 
Este relé pode receber corrente analógica, em [mA], vinda de outros 
equipamentos. Ao clicar em Analog Inputs, os parâmetros dos valores de entradas 
são ajustados neste subtópico. 
Na caixa de texto Low Input Value, define-se o nível de corrente que o relé 
entenderá como nível lógico baixo. Assim, para todas as correntes que entram em 
uma porta analógica e que sejam abaixo do valor ajustado, será interpretado como 
sendo zero.Em High Input Value, determina-se a corrente que o relé entenderá 
como nível lógico alto. Assim, as correntes acima do valor ajustado, serão 
entendidas como sendo um 
Nas próximas caixas de textos serão colocados níveis de alarmes. Em Low 
Warn Level coloca-se um nível abaixo do valor anteriormente ajustado, o que 
ativará a variável de alarme (IA301LW1) e, em High Warn Level coloca-se um 
28 
nível, acima do valor ajustado anteriormente que ativará a variável de alarme 
(AI301HW1). 
 
2.3.5 Ajuste das saídas analógicas 
 
O relé possui saídas analógicas que variam de 4 a 20mA. Assim, ao clicar em 
Analog Outputs, pode-se enviar qualquer variável analógica para outro dispositivo, 
dentro desta faixa de corrente. 
Na caixa de texto Analog Quantity, define-se o nome da variável analógica 
que será enviada. Na caixa de texto Analog Quantity Low, coloca-se o valor da 
variável analógica que corresponderá a 4mA. Em Analog Quantity High, coloca-se 
o valor da variável analógica que corresponderá a 20mA. 
 
2.3.6 Ajuste para reinicializar informações do relé 
 
Em Data Reset, cada caixa de texto é responsável por reinicializar um 
parâmetro distinto do relé. Basta que a lógica colocada na caixa de texto seja 
verdadeira. 
 
 
Figura 9 – Reinicialização de ajustes 
29 
 
Na caixa de texto Reset Targets é possível desinibir os LEDs do painel 
frontal. A caixa de texto Reset Energy, reinicializa-se os valores de energia 
medidos. Na caixa de texto Reset Max/Min, reinicializa os valores máximos e 
mínimos registrados. 
A parametrização das funções citadas no parágrafo anterior é simples. Basta 
escolher uma operação lógica em cada caixa de texto. Por exemplo, para 
reinicializar a energia em todo primeiro dia da semana, coloque na caixa de texto 
Reset Energy, o bit que significa dia da semana igual a um (DAYW = 1.0). Assim, 
todos os valores de energia serão reinicializados no início de da semana. 
 
2.3.7 Ajustes para controlar o acesso pelo painel frontal 
 
Ao clicar em Access Control (figura 10), devemos definir as condições para 
habilitar ou desabilitar todas as mudanças de ajustes via painel frontal. Logo, é 
aconselhável que esta função fique sempre desabilitada (DSABLSET Disable 
Settings = 0), para que não ocorra alguma mudança indesejada. Também se define 
o bloqueio das mudanças de ajustes via protocolos Modbus ou DeviceNet 
(BLKMBSET Block Modbus Setting Edit = NONE). 
 
 
Figura 10 – Controle de acesso pelo painel frontal 
 
30 
2.3.8 Ajuste de monitoramento das operações do disjuntor 
 
Esta função (Breaker Monitor) monitora o número de operações do disjuntor 
e envia sinais de alerta em três pontos distintos da curva fornecida pelo fabricante, 
conforme ilustrado na figura 11. Selecione “Y” para habilitar, ou “N” para desabilitar 
a função na caixa de texto Enable Breaker Monitor.. 
 
 
Figura 11 – Monitoramento de operações do disjuntor 
 
Em seguida devem-se ajustar os três pontos da curva fornecida pelo 
fabricante do disjuntor, ou seja, os sets points 1, 2 e 3. No set point 1, a caixa de 
texto COSP1 Close/Open Operations Set Point 1 – maximum determina o 
número máximo de operações (abertura/fechamento) do disjuntor para fins de 
monitoramento. A faixa de variação desta função é de 0 a 6500 manobras. Já a 
caixa de texto KASP1 KA (pri) Interrupted Set Point 1 – minimum determina a 
corrente mínima interrompida do disjuntor para fins de monitoramento. A faixa de 
variação é de 0,10 a 999,00 KA primários. O mesmo se repete no ajuste do set point 
2 e 3, assim, quando qualquer um destes pontos ultrapassar o número de 
operações programadas, o relé envia um alarme pela variável BKMON. 
31 
 
2.4 Ajustes específicos (dos grupos) 
 
Agora a parametrização prossegue para os ajustes específicos de proteção e 
lógica, ou seja, ajuste dos grupos. Dentro do Group 1/ Set 1 está a parte onde 
parametriza-se os elementos de proteção. Já em Group 1/ Logic 1 está a parte 
onde parametriza-se os elementos de lógica. 
 
2.4.1 Ajustes de proteção (Set 1) 
 
2.4.1.1 Ajustes iniciais para parametrizar as funções de proteção 
seguintes 
 
O primeiro subtópico é a função Main. Na primeira caixa de texto Relay 
Identifier coloca-se o nome do relé, enquanto a caixa Terminal Identifier, é 
preenchida com o local onde o relé será instalado, conforme ilustrado na figura 12. 
Em seguida, em Phase (IA, IB, IC) CT Ratio determina-se a relação dos TCs das 
fases (A, B, C). Na caixa de texto FLA1 Motor FLA [Full Load Amps] o valor 
ajustado é a corrente nominal do motor em plena carga do lado primário. 
 
32 
 
Figura 12 – Janela inicial de parametrização dos ajustes de proteção 
 
O relé 710 da SEL, conforme dito anteriormente, tem a possibilidade de 
proteger motores com duas velocidades, e o ajuste Two-Speed Protection habilita 
ou desabilita essa função. Seguindo as caixas de texto conforme a figura 12, a 
função Neutral (IN) CT Ratio, determina a relação do TC de neutro, a PT Ratio 
determina a relação dos TP’s das fases (A, B, C) e a função Line Voltage, Nominal 
Line-to-line determina o valor da tensão nominal fase-fase primária dos TP’s. 
Para finalizar o ajuste do subtópico, a caixa de texto Transformer 
Connection determina a tipo de conexão dos TP’s, se será delta ou estrela. Já a 
caixa Single Voltage Input determina se será utilizada entrada de tensão 
monofásica. 
 
2.4.1.2 Ajuste do elemento térmico para proteção contra sobrecarga 
 
33 
Esta função é um diferencial deste relé para os demais, pois é a proteção do 
elemento térmico do 710-SEL (figura 13). Sendo assim, a primeira caixa de texto 
Thermal Overload Protection, habilita ou não a função. Em seguida, Full Load 
Slip é um diferencial da SEL, uma função que permite com que o equipamento 
entre com o escorregamento do motor no algoritmo lógico do modelo térmico do 
710, ou seja, o relé automaticamente melhora o modelo térmico pelo uso do 
escorregamento em função da resistência do rotor. 
 
 
Figura 13 – Janela inicial do ajuste do elemento térmico de proteção 
 
A função Thermal Overload Method, define o método para fazer o elemento 
térmico operar, sendo assim, têm-se duas opções de proteção contra sobrecargas. 
A primeira é a Rating, que quando selecionada, o relé configura a curva térmica 
baseando-se em outros parâmetros já ajustados, utilizando-se de cálculos pré-
estabelecidos internamente. A segunda opção é Curve, onde o usuário pode 
escolher uma das 45 curvas prontas que o próprio equipamento oferece, ou 
personalizá-la escolhendo alguns pontos, ou seja, uma corrente “X” vezes a 
corrente a plena carga, demora “Y” tempo para o elemento térmico atuar e assim 
por diante, conforme ilustrado na figura 14. 
 
34 
 
Figura 14 - Ajuste personalizado da curva térmica 
 
 A caixa de texto 49RSTP Thermal Overload Reset Level, determina quanto 
que é o desgaste térmico esperado máximo pro estator durante a partida, ou seja, 
para partir o motor, o desgaste térmico do estator que o relé calcula por um 
algoritmo interno, deve ser menor do que o valor determinado no ajuste. Em seguida 
ajusta-se o fator de serviço do motor (dado de placa) na caixa de texto Service 
Factor. 
Ainda na figura 13, as funções Motor LRA [Locked Motor Amps] e a 
Locked Rotor Time estão interligadas, pois a primeira determina o valor da corrente 
(em p.u) com rotor bloqueado (valor “X” vezes a corrente nominal), que é bastante 
próxima à corrente de partida. Devido a isso, a segunda função indica o tempo que a 
corrente de rotor bloqueado deve durar, evitando, portanto, uma confusão com a 
corrente de partida. 
Em seguida, a caixa de texto Accel Factor define o aumento ou redução do 
tempo de aceleração do motor com rotor bloqueado. O ajuste Stator Time Constant 
determina a constante de tempo de resfriamento do estator, ao deixar em AUTO, o 
35 
relé tem a capacidade de “aprender” quanto tempo o estatorreseta. As próximas 
caixas de texto, conforme foi ilustrado nas figuras 13 e 14, determinam as funções 
para motores com duas velocidades e os pontos personalizados da curva térmica 
caso seja escolhido o método Curve, explicado anteriormente. 
 Seguindo, conforme a figura 15, o ajuste Thermal Overload Alarm Pickup é 
utilizado para gerar um alarme quando a capacidade térmica do rotor ultrapassar o 
limite de sobrecarga admissível, ou seja, o limite térmico do rotor vai de 0 a 100 (%) 
e, quando o valor térmico chegar ao ajuste escolhido, no caso 85%, será gerado um 
alarme. 
 
 
Figura 15 - Continuação do ajuste do elemento térmico de proteção 
 
As funções TCSTART e TCLRNEN estão interligadas, pois a primeira define 
um valor fixo de capacidade térmica do rotor, o qual previne a partida até que o 
motor possua um valor térmico suficiente para a mesma. Já ao habilitar a segunda 
função, o relé é capaz de aprender qual será o valor térmico utilizado para permitir a 
partida do motor, fazendo uma média das ultimas 5 partidas do mesmo. Para 
finalizar o subtópico, a caixa de texto COOLTIME define o tempo de resfriamento do 
motor após a parada de operação, ou melhor, é o tempo total para zerar o desgaste 
térmico. 
 
36 
2.4.1.3 Ajustes dos elementos de sobrecorrente instantânea 
 
Este subtópico (Overcurrent Elements) define a parametrização dos 
elementos de sobrecorrente instantânea (ANSI 50). Dentro dele, têm-se 5 
subdivisões (figura 16) para diferentes proteções contra sobrecorrente instantânea, 
sendo elas: sobrecorrente de fase, sobrecorrente de neutro, sobrecorrente residual, 
sobrecorrente de sequencia negativa e sobrecorrente diferencial do motor. 
 
 
Figura 16 - Ajustes de sobrecorrente instantânea 
 
Dentro de Phase Overcurrent (figura 17), a caixa de texto Phase 
Overcurrent Trip Pickup é responsável por determinar a corrente de trip em [A] do 
elemento de sobrecorrente de fase instantâneo no secundário do TC. Como critério 
de ajuste, esta função deve ser ajustada em um valor superior a corrente de rotor 
travado. Já a caixa de texto Phase Overcurrent Trip Delay é o tempo em que o 
relé aguardará antes de enviar a sinal de trip, ou seja, zero segundo. As outras duas 
caixas de texto são para ajustar valores de corrente e tempo para enviar o sinal de 
trip e gerar um alarme. 
 
37 
 
Figura 17 - Sobrecorrente de fase 
 
Os ajustes das demais subdivisões são bem parecidos e bastantes simples, 
podendo então, ser parametrizadas de acordo com o parágrafo anteriormente 
explicado. Vale ressaltar somente o ajuste Motor Differential Overcurrent, que é 
um diferencial de corrente de motor bem simples, ou seja, determinam-se dois 
elementos e o relé utiliza as correntes que estão entrando e as correntes que estão 
saindo do motor apenas, sem levar em conta se os TC’s são iguais ou se há algum 
defasamento angular. 
 
2.4.1.4 Ajuste do elemento de sobrecorrente de tempo inverso 
 
Neste subtópico, parametriza-se o elemento de sobrecorrente de tempo 
inverso (ANSI 51). Dentro dele, têm-se 4 subdivisões como pode ser visto na figura 
18, podendo ajustar o elemento de sobrecorrente de tempo inverso para cada fase 
(A, B, C), o máximo de cada fase, sequencia negativa e residual. Devido à 
existência e a parametrização do elemento térmico para proteção contra 
sobrecargas, recomenda-se que esta função não precisa ser ajustada, no entanto, 
será explicado sucintamente cada item da mesma. 
 
38 
 
Figura 18 - Elemento de sobrecorrente inversa 
 
Em Phase TOC, os parâmetros para a fase A são os mesmos para as demais 
fases B e C, mas isso não impede que os valores em cada uma possam ser 
diferentes. Na caixa de texto Time Overcurrent Trip Pickup será definida a 
corrente de tape em amperes, ou seja, é o valor da corrente nominal do motor 
dividida pelo fator de transformação do TC. 
A caixa de texto TOC Curve Selection determina qual será a curva utilizada 
para o elemento de sobrecorrente de fase A, sendo que as curvas de tempo podem 
ser da American National Standards Institute (ANSI), (U1 a U5) ou da International 
Electrotechnical Commission (IEC), (C1 a C5). Tanto as curvas da ANSI e IEC, vão 
de moderadamente inversa até tempo curto inverso. As equações de cada curva 
estão demonstradas nas figuras 19 e 20. 
Na caixa de texto TOC Dial Time coloca-se o dial de tempo (DT) 
correspondente à curva característica selecionada para a fase A, que é calculada de 
acordo com as equações das figuras 19 e 20. 
Na caixa de texto EM Reset Delay, selecione “Y” para habilitar ou “N” para 
desabilitar a função de seletividade entre um relé eletromecânico qualquer com o 
relé SEL-710. O ajuste Constant Time Adder adiciona uma constante de tempo 
(inércia, por exemplo) quando se quer modificar a característica da curva 
selecionada. 
 
39 
 
Figura 19 - Curvas da ANSI 
 
Na caixa Minimum Responder Timer coloque um tempo que garanta que a 
curva DT não seja mais rápida que um tempo mínimo de resposta do relé. Por 
último, parametrize a equação de torque Phase Time Overcurrent Torque Control, 
que define a equação lógica de controle de torque do elemento de sobrecorrente de 
tempo inverso para o relé não atuar em alguma condição indevida. 
 
 
Figura 20 - Curvas da IEC 
 
40 
As demais subdivisões podem ser ajustadas de acordo com o que foi 
explicado nos parágrafos acima, pois são bastante similares. 
 
2.4.1.5 Ajuste da corrente de tranco (carga travada) 
 
 Este subtópico (Load Jam Elements) pode ser entendido como uma corrente 
de “tranco” ou de carga travada no motor, ou seja, é um ajuste de corrente menor 
que o valor de corrente do rotor bloqueado e maior que o valor de sobrecarga. 
Sendo assim, na caixa de texto Load Jam Trip Pickup coloca-se geralmente um 
valor em p.u 2,5 vezes a corrente nominal do motor, conforme demonstrado na 
figura 21. Em seguida, em Load Jam Trip Delay, define-se o tempo de atuação 
desta função, ou melhor, por quanto tempo o relé pode ficar com o valor de corrente 
especificado até enviar o sinal de trip, que deve ser maior que o tempo de rotor 
bloqueado e menor que o tempo de sobrecarga. 
 
 
Figura 21 – Janela do ajuste da corrente de tranco 
 
 Em seguida, pode-se ajustar um valor de corrente para gerar um alarme e por 
quanto tempo ela pode durar para que isso ocorra, basta preencher as caixas de 
texto Load Jam Alarm Pickup e Load Jam Alarm Delay respectivamente. 
 
41 
2.4.1.6 Ajuste do elemento de subcorrente ou perda de carga 
 
 Ao clicar em Undercurrent Elemets, será ajustado o elemento de 
subcorrente, ou seja, se a corrente do motor baixar em “X” vezes a corrente de plena 
carga, pode-se mandar o relé dar trip (figura 22). Tal valor é colocado na caixa de 
texto Load Loss Trip Pickup, enquanto em Load Loss Trip Delay determina por 
quanto tempo o motor pode atuar com essa subcorrente. 
 
 
Figura 22 – Elemento de subcorrente 
 
 Em seguida, pode-se ajustar um valor de corrente para gerar um alarme e por 
quanto tempo ela pode durar para que isso ocorra, basta preencher as caixas de 
texto Load Loss Alarm Pickup e Load Loss Alarm Delay respectivamente. Para 
finalizar, a caixa de texto Load Loss Protection Delay define o tempo de espera 
após a partida do motor para a ativação da função de detecção de subcorrente. 
 
2.4.1.7 Ajuste do elemento de desequilíbrio de corrente 
 
A primeira caixa de texto do subtópico Current Imbalance Elements é 
Current Imbalance Trip Pickup, que define o valor de desequilíbrio de corrente em 
porcentagem, dividindo o valor máximo de desvio da corrente média entre as 
42 
correntes de fases pela corrente a plena carga. Em seguida, em Current Imbalance 
Trip Delay, define-se o tempo em que esse desequilíbrio de corrente pode durar. 
 Para finalizar este ajuste, determina-se um valor também em porcentagem 
para gerar um alarme e por quanto tempo ela pode durar para queisso ocorra, basta 
preencher as caixas de texto Current Imbalance Alarm Level e Current Imbalance 
Alarm Delay respectivamente. Tais ajustes estão demonstrados na figura 23. 
 
 
Figura 23 – Elemento de desequilíbrio de corrente 
 
2.4.1.8 Ajuste de monitoramento de partida do motor 
 
 Outra função interessante do relé SEL-710 é o monitoramento das partidas do 
motor ao clica em Start. Dentro deste subtópico existem 5 subdivisões conforme 
figura 24. 
 
 
Figura 24 - Monitoramento das partidas do motor 
 
43 
 O primeiro item, Star Monitoring, determina o tempo que se define para a 
partida com uma pequena folga, ou seja, é o tempo máximo admissível para o motor 
partida. Por exemplo, se ele demora 10 segundos para partir, pode-se ajustar na 
caixa de texto Start Motor Time um tempo máximo de 11 segundos, conforme 
ilustrado na figura 25. 
 
Figura 25 – Tempo máximo para a partida do motor 
 
 O segundo item, Star-delta Starting (figura 26), define se será habilitado o 
monitoramento de uma partida do motor conectado em estrela triangulo para 
diminuir a corrente de partida. Para isso basta colocar “Y” (Yes) ou “N” (no) na 
caixa de texto Star-Delta e, em seguida, o tempo máximo admissível para tal partida 
em Star-to-Delta Maximum Timer. 
 
 
Figura 26 - Partida estrela triangulo 
 
O terceiro item, Start Control (figura 27), define o número máximo de partidas 
por hora na caixa de texto Maximum Starts Per Hour, o intervalo mínimo entre 
partidas do motor em Time Between Starts (Minimum), e ainda um ajuste de tempo 
para aplicação de bombas para evitar mal funcionamento em Anti-backspin Restart 
Delay. Todos os dados são geralmente obtidos com o fabricante do motor. 
 
44 
 
Figura 27 – Ajuste de controle das partidas do motor 
 
 O quarto item, Phase Reversal Element (figura 28), define se o elemento de 
proteção de fase reversa estará habilitado ou não. 
 
 
Figura 28 – Ajuste do elemento de proteção de fase reversa 
 
O quinto e último item desta função de monitoramento de partidas é no caso 
de haver duas velocidades (figura 29). Em Speed Switch Elements pode-se definir 
o tempo para o motor poder mudar de velocidade na caixa de texto Speed Switch 
Trip Delay e um tempo para gerar um alarme em Speed Switch Alarm Delay. 
 
 
Figura 29 – Ajuste de tempo para mudar a velocidade do motor 
 
2.4.1.9 Ajuste dos dispositivos de resistência de temperatura 
(RTD’s) 
 
45 
 O relé SEL-710 possui entradas opcionais para o monitoramento de RTDs 
que complementam a proteção de sobrecarga térmica dos enrolamentos do motor, 
bem como dos mancais e da carga acoplada. Pode-se monitorar até 10 entradas de 
RTDs através de um cartão interno, ou até 12 entradas via módulo externo. 
A primeira caixa de texto (RTD Enable) da figura 30 habilita ou não a função 
e, como já foi dito, pode-se ter RTD’s internos ou externos. Será demonstrado 
sucintamente como parametrizar o primeiro elemento de temperatura RTD1, pois os 
demais são similares. A caixa de texto RTD1 Location define a localização no motor 
onde será monitorada a temperatura: enrolamento do estator (WDG), mancal (BRG), 
ambiente (AMB) ou outros pontos (OTH). Em seguida determina-se o tipo de sensor 
que será utilizado na caixa de texto RTD1 Type. 
Para finalizar o ajuste do elemento de temperatura, em RTD1 Trip Pickup, 
coloca-se o valor máximo de temperatura suportável pelo motor, ou melhor, o valor 
responsável por acionar o trip. Já na caixa de texto RTD1 Alarm Pickup, defini-se o 
valor de temperatura que acionará o alarme. É importante ressaltar que os valores 
são colocados em graus Celsius. 
 
 
Figura 30 – Ajuste dos dispositivos de resistência de temperatura 
 
46 
2.4.1.10 Ajuste dos elementos de proteção contra subtensão e 
sobretensão 
 
 O subtópico Under/over Voltage contém duas funções importantes do relé, 
proteção contra subtensão e sobretensão. O primeiro a ser parametrizado é o 
elemento de subtensão que é o item Undervoltage Elements (figura 31). Na caixa 
de texto Undervoltage Trip Level, defini-se o valor de operação com tensão mínima 
de operação com relação à tensão nominal, por exemplo, 80% da tensão nominal. 
Já em Undervoltage Trip Delay, determina-se o tempo que o relé deve retardar até 
enviar o sinal de trip. 
 Seguindo, na caixa de texto Undervoltage Warn Level é colocado o valor 
para gerar uma advertência quando o valor de tensão de fase atingir um valor 
inferior ao ajustado. Por último, em Undervoltage Warn Delay define o tempo de 
retardo para gerar tal advertência. 
 
 
Figura 31 – Elemento de subtensão 
 
A outra função é a de proteção contra sobretensão no item Overvoltage 
Elements (figura 32). Na caixa de texto Overvoltage Trip Level, defini-se o valor de 
operação com tensão máxima de operação com relação à tensão nominal, por 
exemplo, 110% da tensão nominal. Já em Overvoltage Trip Delay, determina-se o 
tempo que o relé deve retardar até enviar o sinal de trip. 
Seguindo, na caixa de texto Overvoltage Warn Level é colocado o valor para 
gerar uma advertência quando o valor de tensão de fase atingir um valor superior ao 
47 
ajustado. Por último, em Overvoltage Warn Delay define o tempo de retardo para 
gerar tal advertência. 
 
 
Figura 32 – Ajuste do elemento de sobretensão 
 
2.4.1.11 Ajuste de proteção direcional de potencia reativa 
 
O subtópico VAR Elements ajusta a proteção direcional de potência reativa 
do motor. A caixa de texto Negative VAR Trip Pickup define o valor de potência 
reativa negativa (potência reativa que “sai” do motor), enquanto em Positive VAR 
Trip Pickup define o valor de potência reativa positiva (potência que “entra” no 
motor). O ajuste VAR Trip Delay define o tempo de retardo do elemento de 
potência reativa. 
Em seguida, conforme é ilustrado na figura 33, são determinados quais 
valores de potência reativa negativa e positiva e por quanto tempo eles podem durar 
até que seja gerado um alarme. 
 
48 
 
Figura 33 – Elemento de potência reativa 
 
2.4.1.12 Ajuste da proteção contra subpotência do motor 
 
O subtópico Underpower Elements define o ajuste para proteção contra 
subpotência (figura 34). A caixa de texto Underpower Trip Pickup define qual valor 
de potência (em KW) será considerada uma operação em subpotência. Em 
Underpower Trip Delay determina por quanto tempo o valor ajustado 
anteriormente poderá durar até que seja enviado o sinal de trip. 
 
 
Figura 34 – Elemento de subpotência 
49 
 
Na caixa de texto Underpower Alarm Delay, deve-se definir em qual valor de 
potência em KW que será gerado um alarme, enquanto em Underpower Trip Delay 
determina por quanto tempo tal valor poderá durar até que seja enviado o sinal de 
trip. Por último, o ajuste Underpower Arming Delay define o tempo de espera para 
ativação do elemento de subpotência após o início de operação do motor. 
 
2.4.1.13 Ajuste de monitoramento do fator de potência 
 
A função Power Factor, vista na figura 35, é responsável por monitorar o 
fator de potência capacitivo e/ou indutivo do motor. A caixa de texto Power Factor 
LAG Trip Pickup define o valor de operação (trip) para o fator de potência atrasado 
(indutivo), enquanto em Power Factor Lead Trip Pickup determina o valor de 
operação (trip) para o fator de potência adiantado (capacitivo). O ajuste Power 
Factor Trip Delay define o tempo de espera de trip para o fator de potência. 
As parametrizações das próximas caixas de texto desta função são 
semelhantes às citadas acima, porém, referentes ao alarme. 
 
 
Figura 35 – Monitoramento do fator de potência 
 
50 
2.4.1.14 Ajuste de monitoramento da frequência 
 
 O subtópico Frequency é responsável por monitorar subfrequência e 
sobrefrequência. A parametrização desta função é simples, pois basta definirmos de 
1 até 4 valores diferentes, acima ou abaixo da frequência nominal (60Hz), nas caixas 
de texto demonstradasna figura 36, e o tempo em que tais valores podem durar até 
que seja enviado o sinal de trip. 
 
 
Figura 36 – Monitoramento da frequência 
 
2.4.1.15 Ajuste de monitoramento do controle de carga 
 
A função Load Control é responsável por ajudar no monitoramento do 
controle de carga. A primeira caixa de texto demonstrada na figura 37 é a Load 
Control Select, que define justamente qual parâmetro da carga será controlado 
pelo relé, podendo-se controlar então: corrente, potência ou capacidade térmica do 
motor em operação. A segunda caixa de texto (Load Upper Current Pickup) 
determina o nível mais alto de operação do parâmetro que está sendo controlado 
pelo relé, enquanto a terceira caixa (Load Lower Current Pickup) determina o 
nível mais baixo de operação do parâmetro que está sendo controlado pelo relé. 
 
51 
 
Figura 37 – Monitoramento controle de carga 
 
2.4.1.16 Ajuste de lógica de trip 
 
 O subtópico Trip Logic está divido em Block Protection e Trip and Close 
Logic como pode ser visto na figura 38. Primeiramente, em Block Protection, a 
primeira caixa de texto é a Block Protection Supervision, que permite inibir a 
operação de uma ou mais funções de proteção via equações de controle SELogic. 
Ao montar a lógica e o resultado da equação for verdadeiro, os elementos que 
estiverem selecionados em “Y” nas próximas caixas de texto serão bloqueados. 
 
52 
 
Figura 38 – Ajuste para bloquear algumas funções 
 
A função Trip and Close Logic define quais itens parametrizados 
anteriormente serão responsáveis pelo trip (figura 39). A caixa de texto Minimum 
Trip Time determina o tempo mínimo em que o contato de trip permanecerá 
fechado, mesmo se a falha for transitória. Este tempo deverá ser maior que o tempo 
de abertura do disjuntor. 
 No próximo ajuste, a caixa de texto Trip define todos os elementos que irão 
gerar disparo do disjuntor/contator. A definição de quais elementos serão 
programados na equação é em função de quais funções de proteção foram 
habilitadas anteriormente, durante toda a parametrização do relé. Deve-se montar a 
equação lógica separando os nomes das variáveis pela porta lógica “OR”, assim, 
será dado um trip independente para cada evento. 
A caixa de texto Remote Trip ativa a atuação do relé como proteção de 
retaguarda, gerando o trip de maneira remota através das portas digitais externas. 
Isso se deve graças à comunicação integrada entre os relés do sistema. Seguindo, 
o ajuste Unlatch Trip permite desfazer o selo de trip após um determinado tempo, 
53 
ou seja, nesta caixa de texto deve-se programar uma lógica, que se verdadeira, 
retire o sinal de trip. 
Por último, em Contactor/Breaker Status é o estado do disjuntor (aberto ou 
fechado). Para isso, deve-se colocar o nome de uma porta digital que estará ligada 
diretamente ao contato auxiliar normalmente fechado do disjuntor/contator. 
 
 
Figura 39 – Ajuste lógico dos itens responsáveis pelo trip 
 
2.4.1.17 Ajuste de controle do motor 
 
 O subtópico Motor Control define os elementos de controle de partidas 
(normal e emergência), e os elementos de controle de velocidade para motores que 
operam com duas velocidades. Todos podem ser ajustados com variáveis lógicas e, 
caso não se queira adotar um controle específico, deve-se ajustar os elementos com 
lógica 0, conforme a figura 40. 
 Na primeira caixa de texto (Start), define-se qual elemento (push bottons, por 
exemplo) ou lógica programável de controle iniciará a partida do motor. Em 
Emergency Start, determina-se qual elemento ou lógica programável de controle 
iniciará a partida de emergência do motor. Quando isso acontece, o relé tem 
54 
determinadas operações automáticas que permitem tal partida de emergência. As 
outras caixas de texto são destinadas a motores com duas velocidades. 
 
 
Figura 40 – Ajuste de controle do motor 
 
2.4.2 Ajustes de lógica (Logic 1) 
 
2.4.2.1 Ajuste da quantidade de lógicas que serão habilitadas e 
utilizadas 
 
Agora será iniciada a parametrização de lógica do relé SEL-710. Este primeiro 
subtópico (SELogic Enables, figura 41) permite habilitar e estipular a quantidade de 
lógicas que serão utilizadas nos subtópicos seguintes. A caixa de texto SELogic 
Latches habilita a quantidade de contatos de selo. Em SELogic Variables/Timers, 
define se os temporizadores internos do relé serão utilizados e a quantidade 
utilizada, enquanto a caixa de texto SELogic Counters, define se os contadores 
internos do relé serão utilizados e a quantidade utilizada. Por último, o ajuste 
SELogic Math Variebles define a quantidade e quais variáveis matemáticas serão 
utilizadas. 
55 
 
 
Figura 41 – Quantidade de lógicas que serão utilizadas 
 
2.4.2.2 Ajuste lógico das condições de operação 
 
 A função SELogic Latch Bits define as condições para operação (Set) e para 
desoperação (Reset) das 32 variáveis de selo do relé. Sendo assim, na caixa de 
texto SET01, ilustrada na figura 42, determina-se qual será o bit em operação e a 
caixa de texto RST01 define a condição de reset da variável lógica em questão. 
Todas as outras caixas de texto podem ser ajustadas da mesma forma, definindo as 
condições de operação e de reset. 
 
 
Figura 42 – Variáveis lógicas de operação do relé 
56 
 
2.4.2.3 Ajuste lógico dos temporizadores 
 
 A função SELogic Variables and Timers, conforme ilustrado na figura 43, é 
responsável por programar a entrada dos temporizadores (até 32 variáveis). A caixa 
de texto SV_Input permite programar cada entrada do temporizador com qualquer 
elemento desejado, como por exemplo, temporizar um elemento de corrente. 
Seguindo este raciocínio, a caixa de texto SV_Timer Pickup define o tempo de 
pickup do temporizador, ou melhor, tempo de atuação, enquanto em SV_Timer 
Dropout, determina-se o tempo de Dropout do temporizador, que seria o tempo de 
reset. 
 
 
Figura 43 – Ajuste dos temporizadores 
 
2.4.2.4 Ajuste lógico para contabilizar os eventos ocorridos 
 
 O ajuste SELogic Counters é responsável por contabilizar os eventos 
ocorridos no relé (figura 44). A caixa de texto SC_Present Value define a 
quantidade de eventos que se deseja contar e, em SV_Timer Dropout determina-se 
a condição para zerar a contagem. O elemento que se deseja contar de forma 
57 
crescente deve ser colocado na caixa de texto SC_Count-Up Input, em caso da 
contagem for descrescente a deve-se preencher a caixa de texto SC_Count-Down 
Input. 
 
 
Figura 44 – Ajuste para contabilizar os eventos ocorridos 
 
2.4.2.5 Ajuste lógico das variáveis matemáticas 
 
 Em Math Variables (figura 45) pode-se fazer qualquer operação matemática 
de algum elemento anteriormente parametrizado. 
 
 
Figura 45 – Janela das variáveis matemáticas 
 
58 
2.4.2.6 Ajustes das portas de saídas do relé SEL-710 
 
 Dentro dos subtópicos Slot A, C, D e E, estão as portas de saídas do relé 
SEL-710. Tais portas são responsáveis por acionar qualquer tipo de dispositivo, seja 
alarmes, sinais de trip ou outro parâmetro desejado. 
 Para parametrizar este item, a primeira caixa OUT101 Fail-Safe define se o 
tipo do contato de saída OUT101 é fechado (“Y”) ou aberto (“N”), enquanto a 
próxima caixa de texto OUT101 define qual a equação lógica do contato de saída, 
por exemplo, o acionamento de alarmes, conforme ilustrado na figura 46. 
 
 
Figura 46 – Porta de saída Slot A 
 
2.5 Ajustes do painel frontal 
 
 Neste item serão parametrizadas algumas configurações do painel frontal do 
relé SEL-710, como os ajustes gerais, de LED ou de tela, como podem ser vistos no 
lado esquerdo da figura 47. 
 
2.5.1 Ajuste de configuração geral do painel frontal 
 
59 
O primeiro subtópico é o General, responsável pela configuração geral do 
painel frontal do relé (figura 47). A caixa de texto Display Point Enable define o 
número de mensagens exibidas no display do equipamento. Em Local Bits Enable 
define onúmero de chaves utilizadas no relé que serão parametrizadas no 
subtópico Local Control Bits Labels. 
Em seguida, em Front-Panel Timeout define-se o tempo em que o display do 
painel frontal retornará ao display padrão, após o ultimo comando recebido. As 
outras caixas de texto definem o contraste na tela do display, a apresentação das 
mensagens automáticas e ajuste dos LED’s. 
 
 
Figura 47 – Configuração geral do painel frontal 
 
2.5.2 Ajuste de configuração dos LED’s 
 
 No subtópico Target LED, é parametrizada a configuração de todos os LED’s 
do painel frontal, conforme mostra a figura 48. Resumidamente, nas caixas de texto 
Trip Latch T_LED determina se o LED permanecerá aceso depois de acionado, 
enquanto na caixa de texto seguinte (T01_LED) define a equação lógica que 
acionará o LED 01, e assim sucessivamente. 
 
60 
 
Figura 48 – Ajutes de configuração dos LED’s 
 
2.5.3 Ajuste do display do relé 
 
 Basicamente, esta função (Display Points) define os textos a serem exibidos 
no display do relé para as condições de display points ativados ou desativados. 
 
 
Figura 49 – Ajuste do display do relé 
 
2.5.4 Ajuste lógico dos bits utilizados 
 
61 
 O conjunto de ajustes, mostrados na figura 50, define a quantidade de 
caracteres dos textos a serem exibidos no display do relé para as diversas 
condições do Local Bits. 
 
 
Figura 50 – Ajuste dos bits utilizados 
 
3 CONCLUSÕES 
 
3.1 Considerações finais 
 
O assunto tratado neste trabalho é de indispensável ao se tratar de proteções 
de sistemas elétricos, pois os relés digitais são uma realidade hoje em dia, sendo, 
portanto, muito importante o entendimento do funcionamento desses equipamentos 
visto que existem poucos profissionais capacitados para operar e até mesmo 
compreender este dispositivo de proteção. 
Com a ajuda do software da SEL, foi possível compreender e concluir este 
trabalho, que documenta como deve ser feita a parametrização do relé SEL-710. Ao 
finalizá-lo, pode-se perceber que os ajustes globais dos relés digitais da SEL 
seguem um mesmo padrão, no entanto, para cada função de proteção, é necessário 
um relé especifico para tal, com ajustes diferenciados aplicados para este fim. Como 
se tratava de um dispositivo de proteção para motores elétricos, foi necessário 
62 
aplicar e ampliar os conhecimentos desta área de aplicação para parametrizar os 
ajustes específicos. 
O manual foi proposto a fim de facilitar o entendimento de parametrização dos 
relés da SEL, visando aproximar o usuário a esta nova tecnologia, que cada vez 
mais está presente dentro das indústrias e das demais áreas onde se aplica 
engenharia. A maior dificuldade de se parametrizar os relés digitais se dá pela 
particularidade de instalação e configuração de cada fabricante, o que dificulta a 
hegemonia desses equipamentos no mercado. 
Foi de grande valia a execução do trabalho, pois além de reafirmar os 
conhecimentos já vistos, proporcionou mais sabedoria na área de proteção elétrica e 
eletrônica digital, além da aproximação com o software responsável pela 
parametrização dos relés da SEL, uma das maiores empresas atuantes no mercado 
de engenharia elétrica em todo mundo. 
 
3.2 Propostas futuras 
 
 Como proposta para trabalhos futuros, com este manual passo a passo de 
como se parametrizar o relé SEL-710, seria bastante viável uma aplicação efetiva 
deste documento, ou seja, um trabalho prático com dados reais. 
 Para isso, deve-se estudar o equipamento em questão profundamente, bem 
como suas conexões físicas e como comunicá-lo com o computador, transferindo os 
dados parametrizados automaticamente através do software da SEL. Além disso, 
seria necessário um motor para conectá-lo ao relé e testá-lo de forma didática, 
deixando o equipamento de proteção mais acessível aos alunos de Engenharia 
Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia. 
63 
4 REFERÊNCIAS 
 
[1] http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-
8CZLET/kelly_regina_cotosckf.pdf?sequence=1 
[2] http://143.107.235.69/index.php?option=com_content&view=article&id=9:reles-
numericos-de-protecao-&catid=8:protecao-digital-de-sistemas-eletricos-de-
potencia&Itemid=18/ 
[3] RESENDE, J.W. Apostila de Proteção de Sistemas Elétricos. Universidade Federal de 
Uberlândia. Faculdade de Engenharia Elétrica. 
[4] https://www.selinc.com/SEL-710/ 
[5] SCHWEITZER ENGINEERING LABORATORIES – SEL-710 Motor Protection Relay – 
Instruction Manual 
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-8CZLET/kelly_regina_cotosckf.pdf?sequence=1
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-8CZLET/kelly_regina_cotosckf.pdf?sequence=1
http://143.107.235.69/index.php?option=com_content&view=article&id=9:reles-numericos-de-protecao-&catid=8:protecao-digital-de-sistemas-eletricos-de-potencia&Itemid=18/
http://143.107.235.69/index.php?option=com_content&view=article&id=9:reles-numericos-de-protecao-&catid=8:protecao-digital-de-sistemas-eletricos-de-potencia&Itemid=18/
http://143.107.235.69/index.php?option=com_content&view=article&id=9:reles-numericos-de-protecao-&catid=8:protecao-digital-de-sistemas-eletricos-de-potencia&Itemid=18/
https://www.selinc.com/SEL-710/

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