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Ginecologi� & O�tetríci� Restriçã� d� cresciment� intrauterin� � alteraçõe� n� líquid� amniótic� A CIUR pode ser conceituada como um peso fetal abaixo do percentil 10, sendo presente de 5-10% de todas as gestações e está associado à alterações de dopplerfluxometria. Dentre esses fetos podemos classificar em CIUR precoce ou tardio, sendo CIUR tardio o mais comum. Antes na obstetrícia, utilizam-se números absolutos de peso para definir se o feto era de baixo peso, normal ou acima do peso, porém, nessas perspectivas fica insustentável distinguir um feto PIG (constitutivamente pequeno) de um feto com alterações de crescimento e de fluxo sanguíneo, por isso o doppler se mostrou essencial. São fatores de risco para CIUR: idade materna >40a, baixo ganho de peso materno, mãe/pai nascido com CIUR, tabagismo, uso de cocaína, DHEG, hemorragia de 1 tri, exercício vigoroso diário, mau-passado obstétrico (natimorto, CIUR prévia), DM2 com vasculopatia, SAF e/ou intestino hiperecogênico. O diagnóstico de CIUR começa na anamnese, vasculhando possíveis fatores de risco. A AU não é utilizada como método diagnóstico, mas sim como método de vigilância, sendo essencial no exame físico, pois tem seu valor como ferramenta seriada. Dentro das limitações clínicas (obesidade materna, miomatose, etc) uma AU 3cm abaixo do esperado indica solicitação de USG obstétrico. No USG obstétrico, o valor unitário do índice de resistência arterial da artéria umbilical não nos serve, geralmente utiliza-se o aumento da resistência das artérias uterinas como marco diagnóstico. Além disso, alterações no ILA (quando excetuadas malformações urinárias e RUPREMA) podem indicar subjetivamente CIUR porque possivelmente a causa é insuficiência placentária. Alterações possivelmente encontradas no dopplerfluxometria são o aumento do índice de resistência das artérias uterinas, que está associada à queda da velocidade diastólica final da artéria umbilical e a difusão alterada de oxigênio através das membranas vilosas, que resulta em menor oxigenação fetal, está relacionada à redução da resistência ao fluxo na artéria cerebral média. Ademais, No CIUR tardio, o IP da ACM é o único parâmetro de vigilância que se torna anormal antes do natimorto, ou seja, se este parâmetro for revelado, é necessário realização imediata de parto cesáreo + indicação de CTI neonatal. A sequência de alterações no doppler é: aumento do índice de pulsatilidade das artérias uterinas > p95, redução da relação cérebro-placentária < p5, índice de pulsatilidade das artérias uterinas > p 95 e o índice de pulsatilidade da artéria cerebral média < p5. Esses índices ocasionam a ausência da velocidade diastólica final reversa nas artérias uterinas, aumento do índice de pulsatilidade do istmo aórtico e do ducto venoso > p95, que por suas vez ocasionam diástole reversa, fluxo atrial reverso, pouca variabilidade e desacelerações no CTG e um perfil biofísico fetal ruim (vitalidade reduzida e sofrimento fetal). Anotações-chave Bi� M�ett� Ginecologi� & O�tetríci� ● Os fetos próximos ao termo deverão nascer quando surgirem evidências de evolução desfavorável da gestação como HAS, oligodrâmnio, perfil biofísico fetal <6, ou se dopplerfluxometria umbilical revelar ausência de fluxo diastólico ou fluxo reverso; ● Alterações de altura uterina + alterações subjetivas no ILA → dopplerfluxometria; ● Malformações do trato urinário, insuficiência placentária e amniorrexe prematura são as principais causas de oligodrâmnio; ● Anencefalia → Polidramnio; ● Pré-eclâmpsia → Isquemia placentária crônica → Redução do fluxo uteroplacentário causado pela diminuição dos calibres vasculares → aumento da resistência vascular placentária → hipóxia crônica → redução da filtração renal → redução na micção → oligodramnia; ● Indometacina pode causar fechamento precoce do ducto arterioso e do forame oval, além de oligodramnio; ● HIV é uma infecção que não causa alterações no ILA; ● CMV, Parvovírus B12 e toxoplasmose causam polidramnia; ● As principais causas de polidramnio são diabetes, atresias de tubo digestivo e malformações do SNC; ● Na síndrome da transfusão feto-fetal, um dos bebês possui oligodramnia, enquanto o outro possui polidramnia, isso só pode ocorrer em gestações monozigóticas e monocoriônicas; ● Centralização fetal → IR da Aum + IR da ACM reduzido. Nesses casos é necessário dopplerfluxometria diária, visto que o feto pode prosseguir compensando e em bom estado geral por até 4 semanas. ● Perfil Biofísico Fetal: CTG reativa (com ACTs), bom tônus fetal, MF +, presença de movimentos respiratórios e volume adequado de ILA (logo, necessário CTG+USG para realizar PBF). Cada parâmetro conta 2 pontos, sendo > 6 normal. Além disso, o tempo correto de cardiotocografia para bem-estar fetal é 30min, não 20. ● Diástole zero → doppler diário (tentar chegar à 37+0); ● Diástole reversa → cesárea emergência após 24h da última dose de corticóide de maturação pulmonar; se aparecer aumento de pulsatilidade do ducto venoso existe morte fetal provável em 12h, nesses casos cesárea na hora; ● Também são causas de CIUR má nutrição, doenças vasculares (DHEG ou lesões renais), trombofilias (SAF), estilo de vida com uso abusivo de drogas; Bi� M�ett�
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