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Pesquisa - Políticas Sociais no governo atual
Vence 17 de dezembro de 2021 23:59
Instruções
Realizar pesquisa sobre políticas sociais no governo atual a fim de verificar avanços, retrocessos e permanências.
A pesquisa poderá ser realizada em grupos de até 3 pessoas, bem como individualmente.
Número máxima de páginas - 04 (quatro)
As políticas sociais formuladas pelo Brasil abrangem diversos campos. O debate sobre a política social brasileira tem ganhado cada vez mais destaque nos últimos tempos, entre os motivos que levam a cruéis indicadores que refletem a severa desigualdade social, que afunda grande parte de nossa população na pobreza, e as questões urgentes de política social. As reformas nacionais foram reconhecidas como historicamente ineficientes. Portanto, ao se discutir a política social no Brasil na conjuntura atual, sua lógica de financiamento e a lógica de previdência e prestação de serviços, bem como a lógica de sua produção, neste caso, ocupam um lugar central na atualidade.
A crise causada pela pandemia Covid-19 afeta todos os aspectos da vida. Esta é uma crise humanitária que causa um impacto na saúde e na atividade econômica. Sem dúvida, diante dos enormes desafios que governos e países enfrentam na adoção de medidas de resposta à pandemia, fenômeno esse tem estímulo a geração de pesquisas e informações estratégicas para ampliar o debate sobre o tema e orientar a tomada de decisões. A pandemia destaca os preparativos insuficientes do país para emergências de saúde. Há falta de transparência e articulação entre o governo federal e outros entes federados, e o programa nacional de imunização também é caótico.
O governo tenta implantar uma política para melhorar sua imagem perante a população, ao mesmo tempo que o mercado impõe um limite ao Estado, desde 2016, o que amarra as ações sociais. Entretanto, o mercado e o atual governo andam lado a lado há bastante tempo, retirando direitos de trabalhadores, com as reformas que retiram direitos sociais. Porém, o governo se deu conta de que não dá para vencer a eleição com a população passando fome e gerou essas tensões.
No momento em que o Brasil vivencia um aprofundamento das crises econômica, social e sanitária e o pior cenário de pandemia, o governo federal tem ampliado o desmonte das políticas públicas assistenciais e diminuído o papel do Estado na vida dos brasileiros. A assistência social, reconhecida como política pública pela Constituição de 1988, faz parte do pilar da proteção social brasileira. São diversos serviços, ações e benefícios ofertados por meio dela à população de baixa renda, que vive em condições de vulnerabilidade, tanto social quanto econômica. 
Um resumo das principais desconstruções de direitos e de políticas públicas na área social em dois anos de governo Bolsonaro, incluindo os nove meses sob a pandemia, pode ser feito em alguns pontos. 
O principal programa que integra essas políticas é o Bolsa Família, criado em 2003. Ele configura-se como um importante instrumento de proteção social de transferência de renda, cujo papel é auxiliar na redução da fome, da pobreza, da desnutrição infantil e da desigualdade social. Mas o programa vem sofrendo com valores congelados desde 2016 e uma crescente fila de acesso ao programa de famílias pobres, que só não era maior pelo represamento dos cadastros e incapacidade da rede SUAS de dar vazão aos pleitos. Desde o início do governo Bolsonaro, o Bolsa Família vem sendo atacado e ameaçado de extinção.
A Política Nacional de Assistência Social vem sendo dinamitada. Com isso, as bases do Sistema Único da Assistência Social, como parte estratégica da seguridade social, estão irremediavelmente comprometidas. A redução nos serviços, que já passa de 67%, está levando à demissão em massa de assistentes sociais e outros servidores do SUAS e fechamento ou diminuição do horário de atendimento de centenas de CRAS e CREAS. 
Em 2019, uma Portaria do Ministério da Cidadania resultou em cortes nas verbas federais repassadas para esses serviços. As remessas em localidades com menos recursos chegaram a ser 40% menores que as anteriores. O corte ocorreu no momento de enxugamento do principal programa social do país, o Bolsa Família. Naquele ano, cerca de 500 mil famílias estavam na fila de espera do benefício.
Durante a pandemia de Covid-19, como uma política assistencial eventual, foi criado o Auxílio Emergencial, com o objetivo de amenizar os efeitos da pandemia aos trabalhadores. Esses programas deveriam ocupar um espaço de extrema relevância em um país como o Brasil, particularmente em momentos de crise como este. Entretanto, o governo federal os tem colocado como alvos de uma política de desmonte que atravessa os serviços públicos como um todo, assim como as políticas sociais.
O governo de Jair Bolsonaro prepara uma nova rodada de reformas Trabalhista e Sindical com medidas que preveem a redução de direitos e ataques à organização sindical da classe trabalhadora. Entre as medidas há propostas que o governo já tentou colocar em prática através de outras iniciativas como a Carteira Verde e Amarela, a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores e trabalhadoras de aplicativos.
Em relação à organização sindical, o estudo volta a propostas como o fim da unicidade sindical, admissão de sindicatos por empresa, fim do poder normativo da Justiça do Trabalho. Uma das “inovações” previstas é a legalização do locaute, que é uma greve provocada por uma empresa. Hoje essa prática é proibida, mas foi feita por empresários do setor de transporte, por exemplo. Com objetivo de obter reivindicações junto ao governo, como redução de impostos, fazem seus motoristas e caminhoneiros realizarem paralisações.
“O Brasil vive a pior crise política e sanitária da sua história. Não só da história da República. Essa crise, manifestada de forma simples pela Covid-19, tem dois vetores de impacto extremamente negativos no nosso modo de viver, de habitar, trabalhar e na expectativa de vida. O primeiro é o impacto básico da saúde pública, traduzido no número diário de mortes, que são expressas com sarcasmo pelo governo federal. O segundo deriva dele, mas não só, vem de antes, que é o desemprego, a desarticulação do sistema produtivo. O momento atual só não é pior, só não beira o apocalipse, por causa do Estado”.
É inegável que Bolsonaro vem atingindo seu objetivo de desconstruir e desfazer políticas públicas no Brasil, como orgulhosamente prometeu em março de 2019. Se continuar a cumprir suas promessas, mantendo a agenda de desmonte (que chama de agenda de reformas), o teto de gastos e demais amarras fiscais, e utilizá-las como desculpa para a insuficiente proteção das famílias e o inadequado enfrentamento da crise sanitária, teremos como resultado um acelerado processo de geração de miséria e fome que nos levará, muito rapidamente, de volta aos anos 1990. O futuro será um triste passado que havíamos acreditado ter superado.

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