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TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 34 | 115 Pares cranianos • São 12 pares no total e são divididos em sensitivo, motor e misto. I. Olfatório: TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 35 | 115 • Na avaliação, o paciente fica com olhos fechados, e avaliamos uma narina por vez, com elementos não voláteis (café, menta). Isso porque os elementos voláteis podem irritar a placa crivosa e o paciente com nervo olfatório lesado é capaz de falar o que é. Testamos uma narina após a outra e, ao mudar de narina, é muito importante mudar o cheiro. • Sintomas: o Anosmia: ausência de olfato. o Hiposmia: diminuição do olfato. o Cacosmia: sensação de cheiro ruim no nariz. ▪ Cacosmia objetiva: é quando realmente há algo no nariz causando mau cheiro, como corpo estranho, secreção purulenta, ozena (paciente com rinite alérgica que faz muito uso de vasoconstritor nasal – em vez de tomar medicamento para não ter crise – pode desenvolver isquemia da mucosa do nariz, que começa a liberar esse cheiro fétido). ▪ Cacosmia subjetiva: sentir um cheiro ruim que não existe, que ninguém mais está sentindo. Pode ser um sintoma premonitório de crise convulsiva > aura epiléptica. o Parosmia (pode ser também uma aura epiléptica): é a percepção alterada do olfato que leva à modificação de determinados cheiros. ▪ Na gravidez, é muito comum ter perversão do olfato, ou seja, a gestante sente cheiro de algo que gostava muito (como perfume, alho e cebola refogando) e o estomago já embrulha. II. Óptico: TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 36 | 115 • Avaliar o campo visual, reflexo de acomodação, reflexo consensual (incide a luz em uma pupila e a outra também contrai. Necessita dos nervos óptico e oculomotor: reflexo vai pelo óptico e volta pelo oculomotor > há uma conexão do lobo occipital). • Hemianopsia: perda da metade do campo visual. o Compressão do quiasma óptico por macroadenoma de hipófise: causa hemianopsia heterônima, pois comprime a inervação do nervo óptico de um lado e do óptico do outro. Paciente passa a ter visão em cone. • Amaurose: é cegueira, perda total da visão. • Quadrantopsia: perda de ¼ do campo visual. • Avaliação do campo visual: o Pedimos ao paciente ocluir um olho, pegamos um objeto e ficamos movimentando na frente dele, em todas as direções (nos quatro quadrantes) para ver se ele consegue enxergar em todas as direções. Ele deve ficar olhando fixamente para frente durante todo o processo, o que é um fator que interfere muito na avaliação, pois pode acontecer de ficar TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 37 | 115 seguindo o objeto com o olho, dificultando a avaliação do campo visual lateral. o Pedimos ao paciente ocluir um olho e, assim, ficamos movimentando a mão na frente dele. • Campimetria computadorizada: é o exame que vamos pedir para definir realmente há alteração do campo visual. o Portanto, se suspeitamos grosseiramente ao exame físico, esse exame definirá se é hemianopsia homônima, heterônima, quadrantopsia ou amaurose. III. Oculomotor: • Função: inervação da musculatura extrínseca e intrínseca do olho. o Extrínseca: movimentação ocular medial, superior e inferior. o Intrínseca: miose. • Outras funções: realiza o reflexo de acomodação e consensual. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 38 | 115 • Testes: o Reflexo de acomodação ou de convergência: aproximamos um objeto não luminoso ou o próprio dedo ao olho do paciente e pedimos para ele olhar. Com isso, há convergência do olhar em direção ao ponto, causando contração pupilar (miose). o Reflexo consensual (junto com o óptico): incide a luz em um olho e observa contração pupilar no outro olho. o Motilidade extrínseca: utiliza um objeto e movimenta-o em X, pedindo para que o paciente acompanhe pelos olhos. ▪ Músculo reto medial: olha para dentro ▪ Reto inferior: olha para baixo ▪ Reto superior: olha para cima ▪ Oblíquo inferior: lateral ▪ Levantador da pálpebra: vê se mantem aberto (e não fica caído). o Motilidade intrínseca: observar miose. • Se houver lesão do oculomotor o paciente apresentará: o Ptose: pois ele inerva o músculo elevador da pálpebra OBSERVAÇÃO: o nervo facial abaixa a pálpebra. o Midríase: pois ele é responsável pela miose (ele inerva o esfíncter da íris, com fibras parassimpáticas. Na lesão, prevalece simpático). o Estrabismo divergente: pois vai predominar o nervo abducente (VI par) que inerva o reto lateral. o Perde reflexo de acomodação o Perde reflexo consensual. IV. Troclear: • Faz movimentação ocular inferomedial > é o par craniano da leitura. o Criança com lesão do nervo troclear, com olhar desviado para cima e para dentro. o Para compensar a lesão do troclear, a criança fica pendendo o pescoço. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 39 | 115 • Esses desvios do olhar que a lesão do oculomotor, troclear e abducente causam são chamados de estrabismo. V. Trigêmio: • É misto: sensitivo e motor. Ramos: oftálmico, maxilar e mandibular. • Sensibilidade: o Teste de sensibilidade: sempre com o paciente de olhos fechados. o Testamos o ramo mandibular, maxilar e oftálmico com um pedaço de algodão seco. o Lesão: anestesia ou hipoestesia da hemiface ipsilateral. o A doença relacionada à lesão do trigêmio é a neuralgia do trigêmeo que o paciente apresenta: o Dor facial do tipo neuropática > dor do tipo choque. o Alodínia: maior sensibilidade ao toque. É uma dor provocada por estímulos que normalmente não gerariam dor (exemplo: um leve toque no rosto e o paciente sente dor). o Hiperpatia: é a resposta exagerada a um estímulo doloroso. A dor pode permanecer mesmo após a interrupção desse estímulo. Exemplo: passa a mão fazendo carinho e paciente grita, falando que levou um choque. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 40 | 115 • Motricidade: mastigação o Avaliamos o tônus da musculatura da mastigação: músculos temporal e masseter. o Colocamos uma espátula de madeira nos dois lados para o paciente morder e segurar e aí palpamos o músculo, pedindo ao paciente fazer força de travar a mandíbula > Veremos o tônus da mordida e da musculatura mastigatória. o Lesão: diminuição do tônus do masseter e do temporal ipsilateral; desvio da mandíbula ipsilateral. • Reflexo corneopalpebral: o É um dos reflexos que testamos para diagnosticar morte encefálica. o Pegamos um pedaço de algodão e encostamos na córnea: o paciente com morte encefálica não apresentará reflexo de piscar. o Lesão: ausência do reflexo córneo-palpebral ipsilateral. VI. Abducente: TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 41 | 115 • Função: inervação do músculo reto lateral do olho que movimentação ocular lateral (movimenta o olho para fora, ou seja, ele abduz o olhar). • Avaliação: pede para paciente olhar para fora (lateral). • Lesão: estrabismo convergente. VII. Facial: • Possui 5 ramos: temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical. • É misto: motor e sensitivo • Função o Sensitiva: é responsável pelo paladar dos ⅔ anteriores da língua (O ⅓ posterior da língua é o nervo glossofaríngeo > se colocarmos a espátula no terço posterior, o paciente terá reflexo de vômito. Por isso devemos abaixar o terço anterior. Se ele for Mallampati III ou IV, devemos anestesiar para conseguirmos visualizar a tonsila). o Motora: responsável pela mímica facial e por piscar – lagoftalmo (abaixar a pálpebra superior). • Foto TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 42 | 115 o Lagoftalmia do lado lesado; o Ausência de mímica facial do lado lesado; o Desvio de rima para o lado são. • Avaliação: o Sensitiva: colocar substância comum na língua