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TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 57 | 115 Músculos • Avaliar tônus, troficidade, etc. • Avaliação da força muscular: o Vai de 0 a 5: o Exemplo: paciente deitado com as mãos em cima do lençol. o Pedimos para ele movimentar a mão. ▪ 0: é quando não vemos nenhuma contração muscular. ▪ 1: ele contraiu o músculo, mas essa contração não gerou nenhum movimento da mão (mão não saiu do lugar). ▪ 2: contração fraca que produz movimento, mas não vence a gravidade, ou seja, a mão não levanta do lençol, ela só vai para um lado e para outro. ▪ 3: consegue vencer a gravidade, porém não tem resistência, então a mão levanta tremendo e já cai. ▪ 4: realiza movimento contra resistência externa e a gravidade, mas não sustenta muito tempo. ▪ Depois fazemos as provas deficitárias para saber se é 4-, 4 ou 4+. ▪ 5: capaz de realizar qualquer movimento contra resistência. • Função motora – Manobras deficitárias: Essas manobras são para aqueles pacientes que estamos em dúvida entre 4-, 4 ou 4+, e as vezes entre 3 e 4. o Em 0, 1 e 2 NÃO fazemos essa prova deficitária. o Exemplo: Se paciente acabou de ter AVE, a força dele é 0: ele tem braço e perna de boneca de pano. Logo, não fazemos a prova deficitária, pois ela é feita com o paciente de braços estendidos. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 58 | 115 o Prova dos braços estendidos: colocamos o paciente na posição da foto abaixo e espera para ver qual braço vai cair primeiro (ele não irá conseguir sustentar a gravidade). o Mingazzini: é de membros inferiores, com os pés discretamente afastados. Os pés não podem encostar, pois o paciente pode tentar segurar a perna que está caindo com o outro pé. Deixamos assim até ver qual perna o paciente vai soltar primeiro. o Barré: feita em decúbito ventral com os pés também afastados levemente (assim como na anterior) e observar qual perna cai primeiro. • Trofia: o Normotrofia TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 59 | 115 o Hipertrofia: trofismo muscular. o Hipotrofia: comum no paciente desnutrido. ▪ Toda musculatura hipotrófica é hipotônica? Não! Existe magreza fisiológica. ▪ O paciente magro que não tem desnutrição, mas que tem uma magreza fisiológica, não tem anemia, hipoproteinemia, ele tem uma força preservada. ▪ Então, nem toda musculatura hipotrófica é hipotônica, porém a musculatura hipotônica se torna hipotrófica por desuso. • Tônus: o Normotonia o Hipotonia: ▪ Na fase aguda do AVE, o paciente tem hipotonia e hiporreflexia. ▪ Na lesão de nervo raquidiano, a hipotonia e hiporreflexia é na lesão e para todo sempre. ▪ Na lesão de neurônio motor superior: na fase aguda, o paciente tem hipotonia e hiporreflexia. Na fase subaguda e crônica, ele tem hipertonia e hiperreflexia. ▪ Criança que nasceu com Apgar baixo (deprimida, hipotônica): vimos pelo tônus, choro, cor da mucosa. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 60 | 115 ▪ Criança com lesão de plexo braquial no parto vaginal: possui hipotonia e hiporreflexia permanentemente. o Hipertonia: ▪ Paciente com atitude de Wernicke Mann: possui hipertonia no membro superior > Marcha ceifante: braço tempo todo fletido e com espasticidade do tipo elástica (estica o braço e ele volta de uma vez). • Movimentação passiva: o Na musculatura, devemos avaliar a movimentação passiva: nessa avaliação, nós que movimentamos e não o paciente. O objetivo é sentir a resistência muscular ao estiramento passivo. o Quando é via piramidal sequelada por um AVE, há o Sinal do Canivete que é uma hipertonia elástica > você estende o braço dele e ele volta de uma vez paciente com atitude de Wernicke Mann. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 61 | 115 o No paciente com síndrome extrapiramidal, a hipertonia é do tipo plástica > é chamada de Sinal da Roda dentada (quando abre o braço dele, é como se tivesse uma roda de dente no cotovelo dele, semelhante àqueles brinquedos com articulação). • Musculatura – Deficiências motoras: ▪ Aguda = paresia ▪ Crônica = plegia o Monoplegia: déficit de um dos quatro membros (se a sequela for definitiva - crônica). ▪ Se estiver na fase aguda, é chamado de monoparesia. Exemplo: monoplegia de MMSS direito > devemos especificar corretamente. o Hemiplegia/hemiparesia: braço + perna. ▪ Devemos especificar se é do lado direito ou esquerdo. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 62 | 115 o Paraplegia/paraparesia: déficit nas duas pernas OU nos dois braços. Exemplo: paraplegia de MMSS. o Tetraplegia/tetraparesia: diminuição da força e da sensibilidade dos quatro membros. o Amputação • Função motora: Movimentos e os respectivos nervos raquidianos que inervam o músculo que realiza tal movimento: o Abdução do braço: os nervos axilares (C5-C6) inervam o músculo que realiza este movimento. o Flexão do antebraço: nervo musculocutâneo (C5-C6) o Extensão do antebraço: nervo radial (C6-C8) o Extensão do punho: nervo radial (C6-C8). o Flexão do punho: nervo mediano (C6-C7) TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 63 | 115 ▪ Então paciente com mão caída tem lesão do nervo mediano. o Abdução dos dedos: nervo cubital (C8-T1) o Adução do polegar: nervo mediano (C8-T1) o Adução da anca: nervo obturador (L2-L4) o Abdução da anca: nervo glúteo superior (L4-S1) o Flexão do joelho: nervo ciático (L4-S1) o Extensão do joelho: nervo femoral (L2-L4) o Dorsiflexão do pé: nervo fibular ▪ Então paciente com pé caído (com marcha escarvante) é lesão do nervo fibular. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 64 | 115 o Flexão plantar do pé: nervo tibial (L5-S2) o Dorsiflexão do hálux: nervo peronial profundo (L5-S1) o Flexão plantar do hálux: nervo tibial posterior (L5-S2) ➢ Reflexos: • Importância: o Lesão de neurônio motor superior: na fase aguda tem hiporreflexia. Passou da fase aguda tem hiperreflexia para o resto da vida. o Lesão de neurônio motor inferior: tem hiporreflexia ou arreflexia para sempre > Paciente possui mão caída, pé caído, reflexo aquileu ausente, reflexos estilo radiais ausentes. • Técnica: o Músculo testado deve estar relaxado TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 65 | 115 o Devemos pegar corretamente no martelo (pegar na pontinha dele e, ao bater, dar uma batida seca > solta martelo delicadamente para que dê um toque único e firme no tendão). • Graduação dos reflexos: o Ausente: 0 o Diminuído: + o Normal: +++ o Vivo: ++++ o Exaltado: +++++ • Reflexos normais: o Reflexo bicipital o Reflexo tricipital TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 66 | 115 o Reflexo radial o Reflexo patelar o Reflexo aquileu • Reflexos superficiais normais: o Cutâneo-abdominal: passar uma espátula do lado lateral para o medial (em direção ao umbigo) 4 vezes (uma em cima, outra embaixo, outra dos lados). ▪ Resposta: contração dos músculos abdominais do lado que está estimulando > umbigo desvia para lado que estamos testando (lado que contraiu). TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 67 | 115 o Cremasteriano: passar espátula na face interna da coxa. ▪ Resposta: o testículo ipsilateral vai subir o Cutâneoplantar: passar espátula de baixo para cima, como na foto abaixo. ▪ Resposta normal: flexão dos dedos. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 68 | 115 ▪ Lesão do trato corticoespinhal: paciente faz extensão dos dedos (em vez de flexão), positivando o sinal de Babinski. No adulto, isso significa lesão do trato corticoespinal, como sequela de AVE > denota gravidade da lesão secundária ao TCEou AVE. • Reflexos anormais: o Babinski: ao passar a espátula de baixo para cima, o paciente faz extensão dos dedos (indica lesão do trato corticoespinhal). o Variações do Babinski: ▪ Gordon: paciente apresenta estímulo de abrir em leque os dedos do pé quando apertamos os gastrocnêmios. ▪ Schaeffer: apertar com os dedos (polegar e indicador) o tendão de Aquiles. ▪ Oppenheim: deslizar com força os dedos do examinador de cima para baixo na tuberosidade da tíbia > aperta e desce. ▪ Chaddock: deslizar uma ponta romba na região lateral do pé, do maléolo lateral até o quinto pododáctilo. TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha P á g i n a 69 | 115
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