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Avaliação da Função Muscular

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TXXXIX | Carollayne Mendonça Rocha 
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Músculos 
• Avaliar tônus, troficidade, etc. 
• Avaliação da força muscular: 
 
o Vai de 0 a 5: 
o Exemplo: paciente deitado com as mãos em cima do lençol. 
o Pedimos para ele movimentar a mão. 
▪ 0: é quando não vemos nenhuma contração muscular. 
▪ 1: ele contraiu o músculo, mas essa contração não gerou nenhum 
movimento da mão (mão não saiu do lugar). 
▪ 2: contração fraca que produz movimento, mas não vence a 
gravidade, ou seja, a mão não levanta do lençol, ela só vai para um 
lado e para outro. 
▪ 3: consegue vencer a gravidade, porém não tem resistência, então 
a mão levanta tremendo e já cai. 
▪ 4: realiza movimento contra resistência externa e a gravidade, mas 
não sustenta muito tempo. 
▪ Depois fazemos as provas deficitárias para saber se é 4-, 4 ou 4+. 
▪ 5: capaz de realizar qualquer movimento contra resistência. 
• Função motora – Manobras deficitárias: Essas manobras são para aqueles 
pacientes que estamos em dúvida entre 4-, 4 ou 4+, e as vezes entre 3 e 4. 
o Em 0, 1 e 2 NÃO fazemos essa prova deficitária. 
o Exemplo: Se paciente acabou de ter AVE, a força dele é 0: ele tem braço 
e perna de boneca de pano. Logo, não fazemos a prova deficitária, pois ela 
é feita com o paciente de braços estendidos. 
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o Prova dos braços estendidos: colocamos o paciente na posição da foto 
abaixo e espera para ver qual braço vai cair primeiro (ele não irá conseguir 
sustentar a gravidade). 
 
o Mingazzini: é de membros inferiores, com os pés discretamente afastados. 
Os pés não podem encostar, pois o paciente pode tentar segurar a perna 
que está caindo com o outro pé. Deixamos assim até ver qual perna o 
paciente vai soltar primeiro. 
 
o Barré: feita em decúbito ventral com os pés também afastados levemente 
(assim como na anterior) e observar qual perna cai primeiro. 
 
• Trofia: 
o Normotrofia 
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o Hipertrofia: trofismo muscular. 
 
o Hipotrofia: comum no paciente desnutrido. 
 
▪ Toda musculatura hipotrófica é hipotônica? Não! Existe magreza 
fisiológica. 
▪ O paciente magro que não tem desnutrição, mas que tem uma 
magreza fisiológica, não tem anemia, hipoproteinemia, ele tem 
uma força preservada. 
▪ Então, nem toda musculatura hipotrófica é hipotônica, porém a 
musculatura hipotônica se torna hipotrófica por desuso. 
• Tônus: 
o Normotonia 
o Hipotonia: 
▪ Na fase aguda do AVE, o paciente tem hipotonia e hiporreflexia. 
▪ Na lesão de nervo raquidiano, a hipotonia e hiporreflexia é na lesão 
e para todo sempre. 
▪ Na lesão de neurônio motor superior: na fase aguda, o paciente tem 
hipotonia e hiporreflexia. Na fase subaguda e crônica, ele tem 
hipertonia e hiperreflexia. 
▪ Criança que nasceu com Apgar baixo (deprimida, hipotônica): 
vimos pelo tônus, choro, cor da mucosa. 
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▪ Criança com lesão de plexo braquial no parto vaginal: possui 
hipotonia e hiporreflexia permanentemente. 
 
o Hipertonia: 
▪ Paciente com atitude de Wernicke Mann: possui hipertonia no 
membro superior > Marcha ceifante: braço tempo todo fletido e 
com espasticidade do tipo elástica (estica o braço e ele volta de 
uma vez). 
 
• Movimentação passiva: 
o Na musculatura, devemos avaliar a movimentação passiva: nessa 
avaliação, nós que movimentamos e não o paciente. O objetivo é sentir a 
resistência muscular ao estiramento passivo. 
o Quando é via piramidal sequelada por um AVE, há o Sinal do Canivete 
que é uma hipertonia elástica > você estende o braço dele e ele volta de 
uma vez  paciente com atitude de Wernicke Mann. 
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o No paciente com síndrome extrapiramidal, a hipertonia é do tipo plástica 
> é chamada de Sinal da Roda dentada (quando abre o braço dele, é como 
se tivesse uma roda de dente no cotovelo dele, semelhante àqueles 
brinquedos com articulação). 
 
• Musculatura – Deficiências motoras: 
 
▪ Aguda = paresia 
▪ Crônica = plegia 
o Monoplegia: déficit de um dos quatro membros (se a sequela for definitiva 
- crônica). 
▪ Se estiver na fase aguda, é chamado de monoparesia. Exemplo: 
monoplegia de MMSS direito > devemos especificar corretamente. 
o Hemiplegia/hemiparesia: braço + perna. 
▪ Devemos especificar se é do lado direito ou esquerdo. 
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o Paraplegia/paraparesia: déficit nas duas pernas OU nos dois braços. 
Exemplo: paraplegia de MMSS. 
o Tetraplegia/tetraparesia: diminuição da força e da sensibilidade dos quatro 
membros. 
o Amputação 
• Função motora: Movimentos e os respectivos nervos raquidianos que inervam o 
músculo que realiza tal movimento: 
o Abdução do braço: os nervos axilares (C5-C6) inervam o músculo que 
realiza este movimento. 
 
o Flexão do antebraço: nervo musculocutâneo (C5-C6) 
 
o Extensão do antebraço: nervo radial (C6-C8) 
 
o Extensão do punho: nervo radial (C6-C8). 
 
o Flexão do punho: nervo mediano (C6-C7) 
 
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▪ Então paciente com mão caída tem lesão do nervo mediano. 
o Abdução dos dedos: nervo cubital (C8-T1) 
 
o Adução do polegar: nervo mediano (C8-T1) 
 
o Adução da anca: nervo obturador (L2-L4) 
 
o Abdução da anca: nervo glúteo superior (L4-S1) 
 
o Flexão do joelho: nervo ciático (L4-S1) 
 
o Extensão do joelho: nervo femoral (L2-L4) 
 
o Dorsiflexão do pé: nervo fibular 
▪ Então paciente com pé caído (com marcha escarvante) é lesão do 
nervo fibular. 
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o Flexão plantar do pé: nervo tibial (L5-S2) 
 
o Dorsiflexão do hálux: nervo peronial profundo (L5-S1) 
 
o Flexão plantar do hálux: nervo tibial posterior (L5-S2) 
 
 
➢ Reflexos: 
• Importância: 
o Lesão de neurônio motor superior: na fase aguda tem hiporreflexia. Passou 
da fase aguda tem hiperreflexia para o resto da vida. 
o Lesão de neurônio motor inferior: tem hiporreflexia ou arreflexia para 
sempre > Paciente possui mão caída, pé caído, reflexo aquileu ausente, 
reflexos estilo radiais ausentes. 
• Técnica: 
 
o Músculo testado deve estar relaxado 
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o Devemos pegar corretamente no martelo (pegar na pontinha dele e, ao 
bater, dar uma batida seca > solta martelo delicadamente para que dê um 
toque único e firme no tendão). 
• Graduação dos reflexos: 
 
o Ausente: 0 
o Diminuído: + 
o Normal: +++ 
o Vivo: ++++ 
o Exaltado: +++++ 
• Reflexos normais: 
o Reflexo bicipital 
 
o Reflexo tricipital 
 
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o Reflexo radial 
 
o Reflexo patelar 
 
o Reflexo aquileu 
 
 
• Reflexos superficiais normais: 
o Cutâneo-abdominal: passar uma espátula do lado lateral para o medial (em 
direção ao umbigo) 4 vezes (uma em cima, outra embaixo, outra dos 
lados). 
▪ Resposta: contração dos músculos abdominais do lado que está 
estimulando > umbigo desvia para lado que estamos testando (lado 
que contraiu). 
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o Cremasteriano: passar espátula na face interna da coxa. 
▪ Resposta: o testículo ipsilateral vai subir 
 
o Cutâneoplantar: passar espátula de baixo para cima, como na foto abaixo. 
 
▪ Resposta normal: flexão dos dedos. 
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▪ Lesão do trato corticoespinhal: paciente faz extensão dos dedos 
(em vez de flexão), positivando o sinal de Babinski. No adulto, isso 
significa lesão do trato corticoespinal, como sequela de AVE > 
denota gravidade da lesão secundária ao TCEou AVE. 
• Reflexos anormais: 
o Babinski: ao passar a espátula de baixo para cima, o paciente faz extensão 
dos dedos (indica lesão do trato corticoespinhal). 
o Variações do Babinski: 
▪ Gordon: paciente apresenta estímulo de abrir em leque os dedos do 
pé quando apertamos os gastrocnêmios. 
▪ Schaeffer: apertar com os dedos (polegar e indicador) o tendão de 
Aquiles. 
▪ Oppenheim: deslizar com força os dedos do examinador de cima 
para baixo na tuberosidade da tíbia > aperta e desce. 
▪ Chaddock: deslizar uma ponta romba na região lateral do pé, do 
maléolo lateral até o quinto pododáctilo. 
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