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Tutoria - Sistema Suplementar e SUS

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Sistema Suplementar e SUS 1
🦋
Sistema Suplementar e SUS
1- Descrever os príncipios e diretrizes do SUS (organizativos e doutrinários) 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é constituído pelo conjunto das ações e de serviços 
de saúde sob gestão pública. Está organizado em redes regionalizadas e 
hierarquizadas e atua em todo o território nacional, com direção única em cada esfera 
de governo. O SUS não é, porém, uma estrutura que atua isolada na promoção dos 
direitos básicos de cida- dania. Insere-se no contexto das políticas públicas de 
seguridade social, que abrangem, além da Saúde, a Previdência e a Assistência Social.
Os princípios doutrinários expressam as idéias filosóficas que permeiam a criação e 
implementação do SUS e personificam o conceito ampliado de saúde e o princípio do 
direito à saúde;
Os princípios organizativos orientam o funcionamento do sistema, de modo a 
contemplar seus princípios doutrinários;
Doutrinários: universalidade, equidade e integralidade;
Organizativos: descentralização, regionalização e hierarquização do sistema e 
participação do controle social;
Esses princípios apontam para a democratização nas ações e serviços de saúde, 
possibilitanto o direito a todos, independente de contribuir ou não para a previdência;
Universalidade:
É a garantia constitucional de acesso a toda população aos serviços de saúde, em 
todos os níveis de assistência, sem preconceitos ou privilégios; de acordo com a lei 
8080/90, a saúde é um direito fundamental do ser humano, que deve ser garantido pelo 
Estado;
O direito à saúde vai além do acesso à assistência médica e aos serviços de saúde e 
engloba o conjunto de políticas públicas que visam à melhoria das condições de vida 
da população;
Equidade:
Sistema Suplementar e SUS 2
De acordo com o MS significa assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo 
com a complexidade que o caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios 
ou barreiras;
É tratar igualmente os iguais e diferentemente os diferentes;
Integralidade:
Conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais 
e coletivos, exigindo para cada cada, em todos os níveis de complexidade do sistema;
Articulação entre a prevenção, a promoção e a recuperação no cuidado prestado a 
cada cidadão que utiliza os serviços do SUS, além de ações intersetoriais;
A integralidade tem a dimensão horizontal, que refere-se a organização de saúde em 
todos os campos, que exige organização dos níveis, articulando a referência e 
contrarreferência entre os serviços de pequena, média e alta complexidade; A 
dimensão vertical inclui a visão que se tem do ser humano como um todo, único e 
indivisível, o que ultrapassa uma atenção fundamentada no aspecto biológico;
O princípio está associado ao tratamento digno, respeitoso, com qualidade, 
acolhimento e vínculo;
Descentralização:
É entendido como uma redistribuição das responsabilidades quanto as ações e 
serviços de saúde entre os 3 níveis do governo: federal, estadual e municipal;
A lei 8080 estabelece a descentralização político-administrativa, com direção única em 
cada esfera do governo, comênfase na municipalização e regionalização da rede de 
serviço à saúde;
É um processo não só de tranferência de responsabilidades, mas de recursos para os 
estados, especialmente para municípios que assumem a atribuição de promover as 
ações e serviços de saúde à população;
Constitui-se em uma mudança significativa do sistema de saúde proposto pelo 
movimento da reforma sanitária brasileira e parte do pressuposto que a realidade local 
é a determinante principal para estabelecer políticas de saúde; leva em consideração 
as necessidades e realidades locais e regionais;
Municipalizar a saúde significa reconhecer o município como principal responsável pela 
saúde da população; implica na transferência de recursos para as cidades, de modo 
Sistema Suplementar e SUS 3
que os gestores municipais possam exercer com autonomia e de forma plena as 
funções de coordenação, negociação, planejamento, acompanhamento e avaliação, 
além do controle sob recursos financeiros;
Regionalização e hierarquização do sistema
Regionalização refere-se a forma de organização do sistema de saúde com base 
territorial e populacional proposta pela constituição federal e lei orgânica da saúde e 
visa uma adequada distribuição de serviços para a promoção da equidade de acesso, 
otimização de recursos e racionalidade de gastos;
A hierarquização diz que o sistema de saúde deve se organizar por níveis de atenção 
de complexidade crescente com fluxos assistenciais estabelecidos entre os serviços, 
de modo a garantir a assistência integral e resolutiva à população; o processo deve 
inicar pela atenção básica, que se não for resolvido por ele, são referenciados para 
outros serviços de saúde que comportam maior complexidade tecnológica;
a rede regionalizada e hierarquizada prmite um conhecimento maior dos problemas de 
saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância 
epidemiológica, sanitária, controle de vetores, deucação em saúde e atenção 
ambulatorial e hospitalar de todos os níveis de complexidade;
Participação e controle social
É a garantia constitucional de que a população, por meio de suas entidades 
representativas, participará do processo de formulação das políticas públicas de saúde, 
do controle e de sua execução, em diversos níveis, desde o local até o federal;
essa participação pressupõe a democratização do conhecimento do processo saúde-
doença e dos serviços, estimulando a comunidade para o efetivo exercício do controle 
social na gestão do sistema;
De acordo com a Lei 8.142, o SUS contará, em cada esfera do governo, sem prejuízos 
das funções do Poder Legislativos, com as seguintes instâncias: a conferência de 
saúde e os conselhos de saúde;
Conselhos de saúde: instâncias de participação popular de caráter deliberativo (debate) 
sobre os rumos das políticas públicas de saúde nas 3 esferas do governo; função de 
formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução de política de saúde;
Conferências de saúde: fóruns muito importantes no processo de democratização da 
política de saúde brasileira; conferência tem papel de promover intercâmbio das 
Sistema Suplementar e SUS 4
informações entre a esfera federal e estaudais e facilitar o governo federal o 
conhecimento das atividades de educação e saúde realizada em todo país para 
controle e regulação de refluxos financeiros;
2- Entender os antecedentes e marcos históricos ao SUS 
Na administração portuguesa e até antes do século XIX a atuação do estado e dos 
médicos tinha como objetivo apenas evitar a morte;
O século XIX concede ao Brail o início de um processo de transformação política e 
econômica que atinge igualmente o âmbito da medicina; a medicina se penetra na 
sociedade, incorpora o meio urbano como alvo de reflexão e da prática médica; nasce 
um tipo específico de medicina que pode ser chamada de Medicina Social;
Efetivamente, só no século XX iniciam-se as políticas públicas para enfrentar o quadro 
sanitário do país;
Saúde na Colônia e no Império:
Com a vinda da corte portuguesa, a cidade do RJ tornou-se centro das ações 
sanitárias; era necessário, então, criar rapidamente centros de formação de médicos, 
que eram quase inexistentes devido a proibição do ensino superior em colônias; foram 
fundadas as academias méedico-cirurgicas no RJ e Bahia;
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Pública, pouco eficaz; no entanto, é o 
momento que médicos assumem o controle das medidas de higiene pública;
Em 1851, se transforma em Junta Central da Higiene Pública; tem como objetivo a 
inspeção de vacinação, controle do exercicio da medicina e política sanitária de terra; 
inspeção de alimentos, restaurantes, farmácias, hospitais, colégios...
Saúde na República:
A proclamação da república foi embalada na ideia de modernizar o Brasil; a medicina 
assumiu um papel de guia do Estado para assunto sanitários,prometendo garantir a 
melhoria da saúde individual e coletiva á defesa do projeto de modernização do país;
As políticas de saúde, em fins da década de 1910, encontravam-se associadas aos 
problemas de integração nacional e à consciência da interdependência gerada pelas 
doenças transmissíveis;
Sistema Suplementar e SUS 5
A falta de um modelo sanitário diexava o país à mercê de epidemias; No início do 
século XX encontrava-se um cenário caótico gerando sérias consequêncas, tanto para 
a saúde coletiva, como para economia, pois os navios estrangeiros não queriam mais 
atracar no porto do RJ, em razão da situação sanitária;
A atenção para as epidemias como a da peste bubônica, esteve na origem de ciração 
do Instituto Oswaldo Cruz e do Instituto Butantan;
Uma tivo movimento de Reforma Sanitária emergiu no br. durante a primeira 
república; sob a liderança d emédicos higienistas alcançou importantes resultados; 
entre as conquistas, destaca-se a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública 
(DNSP);
Medidas de proteção social, e em partircular a assistência médica, só veio ter 
reconhecimento legal com a política de aprovação da Lei Eloi Chaves (1923);
A lei regulamentou a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs), modelo 
que os beneficios dependiam das contribuições dos segurados; possuia administração 
própria de seus fundos;
Institucionalização da Saúde Pública:
O primeiro Governo Vargas, com suas mudanças institucionais que ocorreram a partir 
de 1930, moldaram a política brasileira;
No que tange a previdência social, a política de estado pretendeu estender todas as 
categorias do operariado urbano organizado os benefícios da previdência; dessa forma, 
as antigas CAPs são substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP); 
aqui os trabalhadores eram organizados por categoria profissional e não por empresa;
Em 1933 foi criado o primeiro Instituto de posentadoria e pensões dos marítmos 
(IAPM); que tinha assegurado a aposentadoria, assistência médica e hospitalar e 
socorros farmacêuticos;
Na esfera institucional, a maior mudança consistiu na criação do Ministério da 
Educação e Saúde Pública (Mesp); a ele, cabia tudo o que dissesse respeito a saúde 
pública;
Mesp fazia prestação de serviço a identificados como pré-cidadãos: pobres, 
desempregados e os que exerciam atividades informais;
Com a Constituição de 1946, a saúde pública teve sua estrutura centralizada com 
múltiplos programas e serviços verticalizados para impelementar campanhas 
Sistema Suplementar e SUS 6
sanitárias, os marcos institucionais foram:
Criação do Ministério da Saúde em 1953;
Organização do Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu) em 1956;
Realização da 3º Conferência Nacional em Saúde; que teve uma avaliação crítica 
da realidade sanitária do país e uma clara proposição da municipalização dos 
serviços de saúde;
O Sistema Nacional de Saúde implantado no brasil no Período Militar caracterizou-se 
pelo predomínio financeiro das instituições previdenciárias e pela hegemonia de uma 
burocracia técnica que atuava no sentido de mercantilização crescente de saúde;
O governo militar implantou reformas institucionais que afetaram profundamente a 
saúde pública e a medicina previdenciária; 
Com a unificação do instituto de aposentadoria e pensões (IAPs) no instituto nacional 
de previdência social (INPS), concentraram-se todas as contribuições previdenciárias, 
e o novo órgão começou a gerir aposentadorias, pensões e assistência médica a os 
trabalhadores formais e excluiram dos benefícios dos trabalhadores rurais e informais;
A saúde pública tornou-se uma máquina insuficiente e conservadora;
O movimento sanitário:
Com a rearticulação dos movimentos sociais; tornaram-se mais frequentes as 
denúncias da situação caótica de saúde e de serviços previdenciários de atenção 
médica;
Os Departamentos de Medicina Preventiva (DMPs) constituíram base institucional que 
produziu conhecimentos sobre a saúde da população de modo a organizar práticas 
sanitárias; a Lei da Reforma Univeritária tornou obrigatório os DMPs;
A Conferência Internacional sobre Atenção Primária a Saúde, realizada em Alma 
Ata foi o ponto culminante na discussão contra a etilização da prática médica, bem 
como a inacessibilidade dos serviços médicos as grandes massas populacionais; na 
conferência, afirmou-se a saúde ser um dos direitos fundamentais do homem;
Atuando sob forte pressão do regime autoritário, o movimento sanitário caracterizou-se 
gradualmente como uma força política construída a partir da articulação de uma série 
de propostas constatatórias do regime;
Sistema Suplementar e SUS 7
Alguns projetos tornaram-se modelos de serviço oferecidos pelo sistema de saúde; 
Entre eles, o Projeto Montes Claros (MOC) cujo princípios mais tarde, nortearão os do 
SUS;
O Programa de Interiorizaçã das Ações de Saúde e Saneamento (Piass) propunha a 
interiorização da saúde e teve como sua área privilegiada o Nordeste;
Pressões sociais e políticas do setor de saúde resultaram na criação de mecanismos 
de coordenação interministerial com objetivo de elaborar projeto de grandes 
proporções para o reordenamento do setor; a primeira versão foi a Pró-saúde e mais 
tarde a Prev-Saúde;
A Prev-Saúde tinha como pressuposto básicos a hierarquização de formas de 
atendimento por níveis de complexidade d a integração de serviços existentes; 
Ao incorporar o ideário do movimento sanitário, construído em amplos debates oficiais, 
como o I Simpósio sobre Política Nacional de saúde e a 7º conferência nacional de 
saúde, o pre-saúde permaneceu como paradigma da reforma sanitária desejada, 
jamais atendida pelo governo;
Em 80, iniciava-se um movimento cada vez mais forte de contestação ao sistema de 
saúde governamental, Ao mesmo tempo, o agravamento da crise da Previdência 
Social, em 1981, resultou no lançamento do chamado “pacote da previdência”, que 
previa o aumento das alíquotas de contribuição, a diminuição dos benefícios dos 
aposentados e a intervenção na área da assistência médica da Previdência Social. Foi 
nesse contexto que teve origem o Conselho Consultivo de Administração da Saúde 
Previdenciária (Conasp), que procurou instituir medidas moralizadoras da saúde;
As ações integradas de saúde (AIS) surgiram sob forma de um programa dentro do 
plasno Conasp e concentrizaram-se por meio de convênios, assinados pela maioria 
dos estados brasileiros e as secretarias;
AIS significaram fortalecimento na rede básica ambulatorial;
Em 1985, o regime militar chega ao fim; aí destaca-se a convocação para a 8º 
Conferencia nacional de saúde; foram nela que lançaram os princípios da Reforma 
Sanitária; além disso, foi debatido o tema da unificação da Inamps com o ministério da 
saúde;
Assim, nessa conferência que foi aprovado a criação de um sistema único de saúde; 
que separasse a saúde da previdência;
Sistema Suplementar e SUS 8
em 1987 criou-se o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (Suds), tinha como 
princípios básicos a universalização, equidade, descentralização, regionalização, 
hierarquização e partcicipação comunitária; (o suds é o estágio evolutivo do AIS);
Não foi por acaso que se implantava o Suds, ao mesmo tempo em que se instalava a 
Comissão Nacional de Reforma Sanitária (CNRS). O Suds constituía-se em uma 
estraté- gia-ponte para “a reorientação das políticas de saúde e para a reorganização 
dos serviços, enquanto se desenvolvessem os trabalhos da Constituinte e da 
elaboração da legislação ordinária para o setor” (CORDEIRO, 2004). 
Criada por Portaria Ministerial MEC/MS/MPAS n. 2/86, de 22 de agosto de 1986, a 
Comissão Nacional de Reforma Sanitária, apesar de seu caráter fortemente insti- 
tucional, foi capaz de elaborar uma proposta de conteúdo de saúde que subsidiou a 
Constituinte, além de um projeto para a nova lei do SUS. Embora não consensual, pois 
combatida pelos representantes da iniciativa privada, que a consideravam radical, e 
criticada pelos representantes do movimentosindical
Depois de diversas propostas apresentadas na assembleia constituinte, a Constituição 
Federal de 1988 aprovou a criação do Sistema Único de Saúde;
3- Descrever o surgimento do Sistema Suplementar de Saúde 
O sistema de saúde brasileiro é híbrido, composto por serviços públicos garantidos 
pela legislação e o sistema privado que o complementa;
Desde a estruturação da saúde previdenciária, prevalecia o modelo do seguro social 
organizado em torno dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), eles 
compravam a prestação de serviços de consultórios médicos ou de estabelecimentos 
hospitalares; 
Paralelo aos IAPs, surgiram as caixas de assistência, que beneficiavam os 
empregados de algumas empresas por meio de empréstimos ou reembolso pela 
utilização de serviços de saúde externos à previdência social; foi nessa época que 
ocorreu a criação da caixa de asistencia de funcionários do banco do brasil (cassi);
Na década de 50, com instalação de nacionais e multinacionais, surgem os sistemas 
assistenciais próprios, que prestam assistência médica de forma direta a seus 
funcionários; A assistencia patronal - grupo executivo de assistência patronal (Geap) foi 
estruturada nesse período pelos funcionários do instituto de aposentadorias e pensões 
dos industriarios; 
Sistema Suplementar e SUS 9
A unificação dos IAPs desagradou muito aos beneficiários, principalmente os de amior 
poder econômico; alegando de maior dificuldade de acesso aos serviços médicos; A 
previdência social, com essa justificativa, ampliou o credenciamento de prestadores de 
serviços privados de saúde por meio de financiamentos de grupos médicos: um voltado 
ao atendimento de trabalhadores rurais e outro urbano; simultaneamente, as caixas de 
assistências e sistemas patronais estendiam o credenciamento para atender a 
demanda cada vez maior por atendimentos externos à previdência social;
O crescimento dos credenciamentos gerou conflitos, que entendeu a situação criada 
segundo 2 vertentes de análise: uma que pretendia preservar a prática liberal da 
medicina e outra que defendia a prática médica voltada para o mercado que se 
apresentava; originaram 2 modalidades e empresas médicas: as cooperativas médicas 
e as medicinas de grupo;
Na década de 60, onde quase todos os trabalhadores de empresas de grande porte 
possuiam plano de sapude; podia ser observada a coexistência de várias 
possibilidades de asistência médica oriundas de contratos coletivos: a rede do INPS 
com unidades próprias e credenciadas; as autogestões;
obs.: os planos citados acima ofereciam a mesma cobertura para todos os 
empregados. já a medicina em grupo e cooperativas eram por níveis hierárquicos.
......................................
O início das atividades de saúde suplementar no Brasil se insere na década de 60 
quando algumas empresas dos setores industrial e de serviços começaram a oferecer 
assistência à saúde dos funcionários, sem nenhum tipo de regulação pública;
A Lei dos Planos de Saúde (lei nº 9.656/98) é o marco da regulação sobre o mercado 
os planos de saúde); proibiu-se a comercialização de qualquer plano de saúde com 
redução ou exclusão de coberturas assistenciais; permissão de comercialização de 
planos exclusivamente ambulatoriais ou hospitalares; cobrem todas as doenças do 
cid10;
A elaboração do código de defesa do consumidor, que deu origem ao programa 
estadual de defesa do consumidor (Procon), entidades que passaram a receber 
queixas dos consumidores em relação aos planos de saúde, dando início a crescente 
conflitos entre a sociedade e as empresas de saúde privada; dessa forma, a proposta 
de regulamentação de saúde suplementar veio sendo pautada por entidades de defesa 
do consumidor;
Sistema Suplementar e SUS 10
A Agência Nacional de Saúde Suplementar foi criada pela Lei 9.961/2000 para regular 
uma atividade privada complexa; tem como missão promover a defesa de interesse 
público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais e contribuir 
para o desenvolvimento das ações de saúde do país;
Modalidades de empresas prestadoras de serviços na saúde suplementar:
1- Autogestão: tipo de plano exclusivo para pessoas jurídicas; plano de assistência 
médico-hospitalar patrocinado diretamente pela empresa interessada, que fornece e 
administra serviços exclusivos a seus funcionários sem interferência de intermediários;
2- Medicina em grupo: empresas constituídas especificamente para prestação de 
assistência médica, em que seus usuários, empresas ou indivíduos contribuem 
mensalmente com um valor fixo; predominante no brasil;
3- Cooperativas médicas: são formadas por médicos e garantem um plano de 
assistência no sistema pré-pagamento, atuando nos segmentos induvidual e coletivo; 
sem fins lucrativos;
4- Seguro de saúde: plano privado de assistência médico-hospitalar, que tem como 
principal característica o reembolso, de acordo com o limite do plano contratado; 
filantropia; administradora de benefícios;
...................
O sistema privado é regulado por 3 órgãos: Agência Nacional de Saúde Suplementar; 
Agência Nacional de Vigilância sanitaria;
4- Correlacionar o funcionamento do Sistema Suplementar de Saúde com o SUS 
atual
Principais pontos de integração:
Cartão Nacional de Saúde (CNS): instrumento que possibilita a vinculação dos 
procedimentos executados no âmbito do SUS ou da SS ao usuário, ao profissional que 
os realizou e à unidade de saúde onde foram realizados;
Ressarcimento ao SUS: o ressarcimento (reembolso) é dever das operadoras de 
planos de saúde pagar pelos atendimentos prestados no SUS aos beneficiários de 
planos, quando, pelos contratos, os consumidores poderiam ter sido assistidos na rede 
Sistema Suplementar e SUS 11
privada; está previsto no art. 32 da lei 9656/98 e seu processo de normatização e 
cobrança é responsabilidade da ANS;
sua principal função é regulação do mercado de saúde suplementar, evitando que 
operadoras descumpram seus contratos ao zelar para que mantenham uma rede 
adequada de prestadores de serviço;
Os pagamentos efetuados a ANS são repassados integralmente ao Fundo Nacional de 
Saúde (FNS); a agência identifica o paciente atendidio pela rede pública e cruza as 
informações desse paciente com o banco de dados dos consumidores de planos de 
saúde; a partir dessa identificação, a ANS notifica a aoperadora sobre os valores que 
devem ser reembolsados;
Padrão de troca de informações na saúde suplementar (TISS): A Troca de 
Informações na Saúde Suplementar (TISS) foi estabelecida como um padrão 
obrigatório para as trocas eletrônicas de dados de atenção à saúde dos beneficiários 
de planos, entre os agentes da Saúde Suplementar. Seu objetivo é padronizar as ações 
administrativas, subsidiar as ações de avaliação e acompanhamento econômico, 
financeiro e assistencial das operadoras de planos privados e compor o Registro 
Eletrônico de Saúde. Além disso, o padrão TISS possibilita a interoperabilidade entre 
as operadoras e o SUS.
Os custos de assistência à saúde têm subido. O aumento de preços nos planos de 
saúde eleva os custos das empresas com cuidados aos trabalhadores, sem melhorar a 
qualidade e os resultados. Essa questão é um dos principais desafios atuais deste 
segmento.
Uma solução seria melhorar a gestão das indústrias para garantir que elas tenham 
condições de manter esse benefício aos trabalhadores. Tanto empresas quanto 
operadoras precisam traçar estratégias eficazes, para contribuir para a melhoria dos 
resultados e da experiência dos usuários.

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