Gabarito8ano_Português_Módulo3

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Nas orações sem sujeito com verbo impessoal, é necessário tomar especial cuidado com a concordância verbal. 
São muito comuns, na oralidade, frases como: 
Houveram duas grandes guerras.
Nessa frase, o verbo haver não tem sujeito, logo, não tem com quem concordar. Segundo a norma-padrão, essa 
construção não é aceita, pois o verbo impessoal deve ser empregado apenas na 3a- pessoa do singular. Portanto, 
o verbo haver com sentido de existir não é usado no plural. De acordo com essas regras, a construção correta é:
Houve duas grandes guerras. 
Sujeito inexistente (ou oração sem sujeito) 
Em alguns casos mais específicos, nota-se que o verbo da oração não transmite informação 
sobre ser algum. São os chamados verbos impessoais, que exprimem uma ação que não pode 
ser atribuída a nenhuma pessoa gramatical; logo, sem sujeito. Nessas estruturas, há a oração sem 
sujeito ou, ainda, sujeito inexistente. Veja: 
Há mitos e mentiras na sociedade. 
A forma verbal há, nessa oração, não se refere a nenhum ser. Os verbos impessoais são flexio-
nados apenas na 3ª pessoa do singular, e alguns dos principais são: 
 ● Verbo haver no sentido de existir, como vimos no exemplo anterior.
 ● Verbos que expressam fenômenos da natureza, como chover, ventar, nevar, trovejar, entre 
outros. Por exemplo: 
Chove bastante durante o mês de março.
 ● Verbos fazer e haver quando indicam tempo decorrido. Por exemplo: 
Faz anos que buscamos a liberdade/Há anos buscamos a liberdade.
 ● Verbos ser e estar indicando tempo e clima. Por exemplo: 
Estava muito frio naquela sala.
É muito quente no Nordeste.
 Leia as seguintes passagens da crônica de Lya Luft e responda às questões propostas a seguir.
 I. Com ele chegam os medos
 II. Fala-se em liberdade de escolha
 III. Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspendem-se prazeres
 IV. alguém por aí é mais eficiente
    V. Fracassou em mais um vestibular?
 1 Identifique e classifique o sujeito de cada forma verbal.
I. os medos (simples)/II. indeterminado/III. fendas e falhas (composto), manchas (simples), prazeres (simples)/
IV. alguém (simples)/V. desinencial (você).
SITUAÇÃO-PROBLEMA
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado 
das questões sinalizadas com asterisco.
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Veja, nas Atividades complementares apresentadas no Manual 
do Professor, outras sugestões de trabalho com essa seção.
ATIVIDADE PRÁTICA
Os índices de violência na escola, entre alunos, são alarmantes, seja física, seja verbal. O fato é 
que a falta de limites se mostra cada vez mais recorrente no ambiente escolar. Para refletir sobre 
esse assunto e realizar as atividades, faça a leitura dos textos a seguir. 
Texto 1
Menino de 9 anos é internado após agressão em escola
O menino V.F.D.G, de 9 anos, foi agredido por cinco garotos da mesma faixa etária dentro da sala de 
aula e na saída de Escola Estadual, anteontem, na região de Ribeirão Preto (SP). Devido à agressão, ele 
foi internado e passou por exames de tomografia e ressonância magnética em Ribeirão Preto. V. terá alta 
hospitalar amanhã e usará colar cervical por 15 dias.
Segundo a mãe, K.H.S.D., de 27 anos, o filho sofre com as brincadeiras de colegas porque é gago. Após 
a agressão na escola, ele não mencionou nada em casa. Dentro da sala de aula (3ª- série), ele foi atingido 
por um soco, um tapa e um golpe de mochila. Na saída da escola, a inspetora o mandou sair pelos fundos, 
mas os agressores perceberam e o cercaram, desferindo socos e chutes em seu corpo.
Na manhã de ontem, V. acordou com o pescoço imobilizado. A avó o levou à escola e os cinco agres-
sores foram mandados para casa pela direção. Revoltada, a mãe quer processar a escola e ainda retirar os 
três filhos de lá — V. é o mais velho dos irmãos. A delegada S.P.R., da DDM, disse que cinco garotos foram 
identificados e serão ouvidos nos próximos dias.
O caso, registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), será investigado e passado à Curadoria 
da Infância e da Juventude. A Secretaria Estadual da Educação informou que foi aberta uma apuração 
preliminar para averiguar a denúncia de agressão entre alguns alunos da escola. “Caso seja constatado 
que o fato aconteceu dentro da escola, o Conselho Escolar vai definir as medidas punitivas em relação 
aos estudantes, como, por exemplo, a transferência de unidade”, disse a nota da Secretaria.
HENRIQUE, Brás; AGÊNCIA ESTADO. Menino de 9 anos é internado após agressão em escola. Estad‹o, 18 set. 2009. Disponível em: 
<https://www.estadao.com.br/noticias/geral,menino-de-9-anos-e-internado-apos-agressao-em-escola,437462>. Acesso em: 17 jul. 2019. Adaptado.
Texto 2
Contexto e definição dos direitos humanos
[...] Os direitos humanos são direitos inerentes a cada pessoa simplesmente por ela ser um humano.
Tratados e outras modalidades do Direito costumam servir para proteger formalmente os direitos 
de indivíduos ou grupos contra ações ou abandono dos governos, que interferem no desfrute de seus 
direitos humanos.
Algumas das características mais importantes dos direitos humanos são:
• Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa.
 2 Explique por que, no item III, os verbos foram empregados na 3ª pessoa do plural.
O verbo deve concordar com o sujeito em número e em pessoa. Os verbos do item III foram empregados no plural 
porque o sujeito de cada oração está no plural.
 3 Justifique a classificação do sujeito dos itens IV e V.
No item IV, o sujeito é simples (“alguém”) porque há um núcleo. No item V, o sujeito é desinencial, pois o verbo em 
3ª- pessoa do singular se refere a “você”, mencionado anteriormente no texto.
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• Os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discri-
minação a todas as pessoas.
• Os direitos humanos são inalienáveis, e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos; eles 
podem ser limitados em situações específicas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser restringido se 
uma pessoa é considerada culpada de um crime diante de um tribunal e com o devido processo legal.
• Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente 
respeitar alguns direitos humanos e outros não. Na prática, a violação de um direito vai afetar o respeito 
por muitos outros.
• Todos os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como de igual importância, sendo igualmente 
essencial respeitar a dignidade e o valor de cada pessoa.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). O que são os direitos humanos? [s.d.] Disponível em: 
<https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/>. Acesso em: 6 ago. 2019.
 1 Faça uma roda de conversa com os colegas e discutam a respeito do tema dos textos lidos. Em 
seguida, vocês vão realizar a atividade: Violência na escola, como lidar com esse problema?
A tarefa é planejar e produzir um cartaz para alertar a comunidade escolar a respeito da violência 
nas escolas, que nem sempre é acompanhada de agressão física, mas humilha, ofende, abusa. 
Para a produção do cartaz, siga as orientações a seguir.
a) Pense em uma imagem que mostre a condição de quem vive essa situação. 
b) Produza uma frase que sintetize sua ideia e mobilize seus leitores para participar da campa-
nha. Recorra a características dos direitos humanos a fim de mobilizar o público leitor contra 
diferentes tipos de violência nas escolas. Para que sua mensagem fique bem objetiva e clara, 
use a ordem direta da oração, observando a concordância entre o verbo e o sujeito.
c) Planeje como organizar o cartaz com a imagem e a frase, de modo a criar o efeito desejado.
d) Faça o cartaz e, no dia combinado com o professor, exponha-o no saguão da escola para que 
outros alunos possam ter contatocom o tema e refletir sobre ele.
 2 Discuta com os colegas se consideram verídica a notícia apresentada no Texto 1. Alguém sentiu 
necessidade de checar seu conteúdo? Por quê? 
PRATICANDO O APRENDIZADO
 1 Leia estes períodos transcritos da reportagem da seção 
Atividade prática e indique se são simples ou compos-
tos. No caso dos compostos, apresente o número de 
orações que os compõem. 
a) Devido à agressão, ele foi internado e passou por exa-
mes de tomografia e ressonância magnética em Ribei-
rão Preto. 
Período composto – 2 orações.
b) Segundo a mãe, [...] o filho sofre com as brincadeiras 
de colegas porque é gago. 
Período composto – 2 orações.
c) Após a agressão na escola, ele não mencionou nada 
em casa. 
Período simples.
d) A avó o levou à escola e os cinco agressores foram 
mandados para casa pela direção. 
Período composto – 2 orações.
e) A delegada [...] disse que cinco garotos foram iden-
tificados e serão ouvidos nos próximos dias. 
Período composto – 3 orações.
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 2 Identifique o sujeito e o predicado das orações da ati-
vidade 1. 
a) Sujeito: ele. Predicado da 1ª- oração: Devido à agressão, foi 
internado/Predicado da 2ª- oração: passou por exames de tomografia 
e ressonância magnética em Ribeirão Preto.
b) Sujeito: o filho. Predicado da 1ª- oração: Segundo a mãe, sofre com 
as brincadeiras de colegas/ Predicado da 2ª- oração: é gago.
c) Sujeito: ele. Predicado: Após a agressão na escola, não 
mencionou nada em casa.
d) Sujeito da 1ª- oração: A avó/Sujeito da 2ª- oração: os cinco 
agressores. Predicado da 1ª- oração: o levou à escola/Predicado 
da 2ª- oração: foram mandados para casa pela direção.
e) Sujeito da 1ª- oração: A delegada/Sujeito da 2ª- oração: cinco 
garotos/Sujeito da 3ª- oração: cinco garotos. Predicado da 
1ª- oração: disse/Predicado da 2ª- oração: foram identificados/ 
Predicado da 3ª- oração: serão ouvidos nos próximos dias.
 3 A oração a seguir foi escrita na ordem inversa. Explique 
essa inversão e coloque a oração na ordem direta. 
foi aberta uma apuração preliminar
Há inversão porque o sujeito está posposto ao verbo. Na ordem 
direta, teríamos “uma apuração preliminar foi aberta”.
 4 O sujeito é o termo nominal ao qual o verbo da oração 
se refere. A informação que o verbo transmite sobre o 
sujeito nos indica se este é responsável pela ação ex-
pressa pelo verbo ou se sofre essa ação. Sendo assim, 
analise o sujeito das orações a seguir e indique se ele 
sofre ou pratica a ação verbal. 
 a) Ele foi internado.
Sofre a ação verbal.
 b) Ele não mencionou nada em casa. 
Pratica a ação verbal.
 c) Ele foi atingido por um soco.
Sofre a ação verbal.
 d) A avó o levou à escola.
Pratica a ação verbal.
Leia a charge e responda às questões 5 a 7.
 5 Identifique e classifique o sujeito das orações apresen-
tadas na charge.
Na fala da professora, o sujeito é desinencial (voc•). Na fala do aluno, 
o sujeito é indeterminado.
 6 Reflita: Por que o aluno empregou o verbo na 3ª pessoa 
do plural sem mencionar o agente da ação?
Porque ele não sabe, com exatidão, quem roubou o giz. Por isso, o 
sujeito é indeterminado.
 7 A charge é um gênero textual cujo objetivo é apre-
sentar críticas com humor. São textos criativos, que 
abordam assuntos atuais, do cotidiano, como educa-
ção, política, artes, futebol, etc. São publicadas, ge-
ralmente, em jornais, revistas, livros e sites. Sobre a 
charge em questão, responda: 
a) O que a charge critica?
A charge critica as ocorrências de furtos nas escolas públicas, 
que ameaçam o bom funcionamento delas.
b) Que aspecto visual e/ou linguístico provoca humor 
nessa charge?
O humor se manifesta porque a professora pede ao aluno 
que escreva na lousa a palavra “ética”, conjunto de regras de 
ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social 
ou de uma sociedade. Porém, o que se nota, pelo roubo do giz, 
é que naquele ambiente está faltando, justamente, ética.
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APLICANDO O CONHECIMENTO
Leia o artigo de opinião a seguir para responder às questões desta seção.
A violência que vai à escola todo dia
Onde estão os responsáveis por alunos tão jovens, antes, durante e depois de eles passarem por traumas? O que fizeram 
para prevenir ou resolver o problema?
Quem vai a campo conhecer a realidade das escolas brasileiras ouve relatos tão assustadores quanto revoltantes. Crianças 
e adolescentes revelam experiências de assédio moral e sexual, agressão verbal e física, dramas psicológicos variados. Mas a 
frequência e a reincidência dessas práticas causam mais que assombro e indignação. Despertam uma pergunta básica: por quê?
Onde estão os responsáveis por alunos tão jovens, antes, durante e depois de eles passarem por vivências traumatizantes? 
O que fizeram para prevenir, enfrentar ou solucionar o problema? Elegem corretamente suas prioridades em termos de educa-
ção? Enxergam e conhecem, de fato, os alunos que passam no mínimo quatro horas por dia na escola? Enxergam e conhecem, 
realmente, quem está perto deles enquanto estudam, brincam, lancham, conversam?
É inegável a relevância de fatores como número de matrícula, taxa de permanência na escola, desempenho escolar, indi-
cadores de qualidade. No entanto, esses dados estão diretamente relacionados com o ambiente físico e, sobretudo, psicológico 
em que meninas e meninos adquirem conhecimentos que farão diferença pelo resto de suas vidas.
Quando um vigia provoca um incêndio que leva à morte crianças e a si próprio dentro de uma escola, o episódio gera comoção 
nacional. Mas corre o risco de cair no esquecimento. Quem ainda ouve falar da morte de mais de uma dezena de crianças numa escola 
de Realengo, em 7 de abril de 2011? Um atirador disparou à queima-roupa contra professoras e estudantes, suicidando-se em seguida.
Esses são casos extremos que ganham as manchetes. Há, porém, os crimes silenciosos, que raramente têm visibilidade e, 
portanto, se perpetuam sem que se tente impedi-los.
Ninguém suspeita de nada? Ninguém lê nas escolas os sinais que normalmente antecedem e caracterizam as diferentes 
formas de violência de que são alvos tantos estudantes? Ademais, como se sabe, a educação de meninas, meninos, adolescentes 
e jovens extrapola o âmbito familiar e envolve uma rede que vai dos gabinetes do poder público às salas de aula, passando por 
pátios, cantinas, quadras esportivas, entorno escolar. Todos têm sua parcela de responsabilidade pela saúde física e mental dos 
milhões de estudantes que hoje frequentam as mais de 200 mil escolas de educação básica do Brasil.
Cabe lembrar que os diversos tipos de violência não se restringem às instituições públicas de ensino. Incluem as particulares. 
Naturalmente, a falta de recursos das famílias de baixa renda agrava o quadro, pois elas geralmente não têm como apelar para 
trocas de sala, de escola ou de professores ou mesmo, em casos extremos, para contratar psicólogos, advogados ou quaisquer 
profissionais necessários para garantir o bem-estar da criança em situação de agravo.
Tudo isso se torna ainda mais preocupante quando se observa uma espécie de complexo de avestruz, pelo qual não enxergar 
a gravidade da situação ou negá-la é a única resposta a um drama que afeta estudantes, professor e o próprio sistema escolar.
Chama a atenção que um país como o Brasil, com uma das taxas mais altas de violência do mundo, despreze a necessidade 
de se pesquisar por que esses níveis inaceitáveis de outras formas de violência atingem as escolas. É de pequenos cidadãos que 
estamos tratando. Merecem políticas públicas que tornem visível o problema para enfrentá-lo imediatamente.
WERTHEIN, Jorge. A violência que vai àescola todo dia. O Globo, 22 out. 2017. Disponível em: 
<https://oglobo.globo.com/opiniao/a-violencia-que-vai-escola-todo-dia-21974928>. Acesso em: 16 jul. 2019.
 1 A análise sintática das orações depende do reconhe-
cimento das categorias morfológicas e de escolhas de 
modos e tempos verbais, entre outras questões.
a) Classifique morfologicamente todas as palavras do 
segundo período do texto: “Crianças e adolescentes 
revelam experiências de assédio moral e sexual, agres-
são verbal e física, dramas psicológicos variados.”
Crianças, adolescentes, experiências, assédio, agressão, dramas:
substantivos/e: conjunção/revelam: verbo/de: preposição/ 
moral, sexual, física, psicológicos, variados: adjetivos.
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b) O verbo revelam está conjugado no presente do indica-
tivo. Explique a opção do autor por essa forma verbal.
O verbo é o ponto de articulação da sentença no texto 
jornalístico. O presente do indicativo marca o momento em 
que se desenvolve a ação, trata de fatos recentes, de interesse 
imediato para o leitor.
 2 Em relação à construção dos períodos do texto, responda 
às questões.
a) Indique o número de orações presentes em: “Enxer-
gam e conhecem, realmente, quem está perto deles 
enquanto estudam, brincam, lancham, conversam?”. 
Depois, apresente as palavras que fazem a ligação 
entre elas.
Há 7 orações. As palavras que fazem ligação entre elas são as 
conjunções e e enquanto.
b) Na oração “Despertam uma pergunta básica: por 
quê?” (1º parágrafo), o sujeito não está explícito na 
frase. Ainda assim, é possível dizer a que se refere 
o verbo. Aponte o sujeito e o classifique.
O sujeito é “a frequência e a reincidência dessas práticas”. 
Trata-se de sujeito composto.
c) No período “Mas corre o risco de cair no esqueci-
mento.” (4º parágrafo), como se classifica o sujeito? 
Por que o autor optou pelo uso desse sujeito?
O sujeito é classificado como desinencial. O autor usou esse 
sujeito para evitar a repetição desnecessária do termo episódio.
 3 Analise os verbos do período a seguir e indique se apre-
sentam ideia de ação ou de estado/qualidade.
 Tudo isso se torna ainda mais preocupante quando se 
observa uma espécie de complexo de avestruz, pelo qual 
não enxergar a gravidade da situação ou negá-la é a única 
resposta a um drama que afeta estudantes, professor e o 
próprio sistema escolar.
se torna: estado/se observa: ação/enxergar: ação/negar: 
ação/é: estado/afeta: ação.
 4 Compreender corretamente o vocabulário de um tex-
to é fundamental para seu entendimento. Entretanto, 
nem sempre estamos com um dicionário ao alcance e, 
ainda assim, conseguimos decodificar, pelo contexto, 
o sentido de uma palavra ou expressão. Por exemplo, 
releia este trecho:
 Há, porém, os crimes silenciosos, que raramente têm 
visibilidade e, portanto, se perpetuam sem que se tente 
impedi-los.
a) Qual é o significado da palavra silenciosos nesse con-
texto? Explique como você chegou a essa conclusão.
Ao caracterizar o substantivo crimes, o adjetivo silenciosos 
assume caráter de invisibilidade.
b) Em “Há, porém, os crimes silenciosos”, classifique o 
sujeito e justifique sua resposta. Explique por que o 
verbo foi empregado no singular.
Trata-se de oração sem sujeito, pois o verbo haver, com sentido 
de “existir”, é impessoal, isto é, não apresenta sujeito. Por isso, 
é empregado apenas no singular.
 5 O autor do artigo em estudo relata uma situação preo-
cupante atualmente. Que situação é essa?
O trecho “Crianças e adolescentes revelam experiências de assédio 
moral e sexual, agressão verbal e física, dramas psicológicos 
variados. Mas a frequência e a reincidência dessas práticas causam 
mais que assombro e indignação.” apresenta a tese defendida pelo 
autor nesse artigo. (É fundamental que o aluno responda com suas 
próprias palavras.)
 6 Na opinião do autor, “todos têm sua parcela de res-
ponsabilidade pela saúde física e mental dos milhões 
de estudantes que hoje frequentam as mais de 200 mil 
escolas de educação básica no Brasil”. Você concorda 
com isso? Explique.
Trata-se de uma resposta pessoal; porém, espera-se que o aluno 
concorde. Para que o problema seja, de alguma forma, minimizado, é
 preciso que a escola, a família, os profissionais da área, o governo e 
até mesmo os cidadãos atuem para que crimes dentro das escolas 
sejam denunciados e criminosos punidos.
 7 O artigo de opinião é um texto dissertativo em que o 
escritor expõe seu ponto de vista e deve sustentá-lo por 
meio de informações coerentes e admissíveis. Nesse 
gênero, há o que é fato e o que é opinião do enunciador. 
Analise as citações a seguir e identifique o que é fato e 
o que é opinião. 
a) Crianças e adolescentes revelam experiências de as-
sédio moral e sexual, agressão verbal e física, dramas 
psicológicos variados.
Fato. 
b) Todos têm sua parcela de responsabilidade pela 
saúde física e mental dos milhões de estudantes 
que hoje frequentam as mais de 200 mil escolas de 
educação básica do Brasil.
Opinião. 
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DESENVOLVENDO HABILIDADES
 Leia o poema a seguir para fazer as atividades propostas. 
Humano
A alma se desespera,
mas o corpo é humilde;
ainda que demore,
mesmo que não coma,
dorme.
PRADO, Adélia. Miserere. Rio de Janeiro: Record, 2013.
Adélia Prado nasceu em Divinópolis, no interior de Minas 
Gerais, em 1935. É poeta, contista, cronista e romancista. 
Costuma trabalhar, em sua obra, a condição feminina le-
vando em conta o cotidiano doméstico e a sexualidade.
1 Nesse poema, o eu lírico opõe dois seres. Marque a al-
ternativa correta a respeito de como são mencionados 
esses seres na construção do poema.
a) Os substantivos que designam esses seres têm fun-
ção de sujeito, um para o primeiro verbo do poema 
e o outro para o segundo.
b) Os substantivos que designam esses seres têm fun-
ção de sujeito, um para o penúltimo verbo do poema 
e o outro para o último.
c) Esses seres são apenas sugeridos pelas desinências 
verbais.
d) Apenas um desses seres é mencionado no poema 
e tem função de sujeito para o primeiro verbo.
e) Não há oposição no poema.
2 Sobre o sujeito das três últimas formas verbais do poe-
ma, assinale a alternativa correta.
a) Todos os verbos do poema apresentam sujeito com 
mesma classificação.
b) As três últimas formas verbais do poema têm sujeito 
desinencial porque se referem ao mesmo substan-
c) Tudo isso se torna ainda mais preocupante quando 
se observa uma espécie de complexo de avestruz, 
pelo qual não enxergar a gravidade da situação ou 
negá-la é a única resposta a um drama que afeta 
estudantes, professor e o próprio sistema escolar.
Opinião.
d) a falta de recursos das famílias de baixa renda agrava 
o quadro
Fato.
e) É de pequenos cidadãos que estamos tratando. Me-
recem políticas públicas que tornem visível o pro-
blema para enfrentá-lo imediatamente.
Opinião.
tivo, que designa o ser que tem suas ações mais 
detalhadas no poema.
c) As duas últimas formas verbais do poema têm sujeito 
desinencial porque se referem ao mesmo substantivo, 
que designa o ser que tem suas ações mais detalhadas 
no poema. A forma anterior a essas duas tem sujeito 
indeterminado. 
d) As três últimas formas verbais do poema têm sujeito 
indeterminado porque não se pode identificar os se-
res responsáveis pelas ações expressas pelos verbos.
e) Nenhum desses três verbos está em adequada con-
cordância com seus sujeitos.
3 As frases a seguir foram construídas com base nos sen-
tidos do poema, sempre empregando ao menos um dos 
sujeitos do período após o verbo. Assinale a alternativa 
que apresenta erro quanto à concordância do sujeito 
com o verbo.
a) São distintos a alma e o corpo.
b) Desespera-sea alma, dorme o corpo.
c) Demora o corpo, não come; mas dorme.
d) Desesperam a alma, o corpo dorme.
e) Dorme e demora o corpo.
4 Pensando no sentido do poema como um todo — tí-
tulo e versos —, qual período, construído com sujeito 
simples, expressa adequadamente uma interpretação 
dessa obra? Assinale a alternativa adequada.
a) A alma e o corpo nem sempre têm o mesmo com-
portamento.
b) Os seres humanos têm dificuldade em conciliar a 
alma e o corpo.
c) Parecem sempre opostos a alma e o corpo humano.
d) Dizem que a alma e o corpo não formam um todo.
e) Os seres humanos, a alma e o corpo formam um 
único ser.
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