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MODELO TCC PRONTO EMPREENDEDORISMO FEMININO

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Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ) 
Curso de Graduação em Administração 
 
NATHALIA DOS SANTOS BELISARIO DE SOUZA 
THISSIANE RODRIGUES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS DESAFIOS DE GESTÃO EM NEGÓCIOS COMANDADOS POR MULHERES: 
UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE ITAPERUNA, RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPERUNA - RJ 
2021
NATHALIA DOS SANTOS BELISARIO DE SOUZA 
THISSIANE RODRIGUES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS DESAFIOS DE GESTÃO EM NEGÓCIOS COMANDADOS POR MULHERES: 
UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE ITAPERUNA, RJ 
 
Artigo apresentado à coordenação do 
curso de Administração da Fundação São 
José como Requisito para obtenção da 
Bacharel em Administração. 
 
Orientador: Armênia A. Guimarães 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPERUNA - RJ 
2021 
 
 
NATHALIA DOS SANTOS BELISARIO DE SOUZA 
THISSIANE RODRIGUES DOS SANTOS 
 
 
OS DESAFIOS DE GESTÃO EM NEGÓCIOS COMANDADOS POR MULHERES: 
UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE ITAPERUNA, RJ 
 
Artigo apresentado à coordenação do 
curso de Administração da Fundação São 
José como Requisito para obtenção da 
Bacharel em Administração. 
 
Orientador: Armênia A. Guimarães 
 
Itaperuna, novembro de 2021. 
 
Banca examinadora: 
 
__________________________________________ 
Professor Ms Armênia A. Guimarães 
UNIFSJ – Itaperuna – RJ 
 
__________________________________________ 
Professor Ms Victor Bartolazzi 
UENF – Itaperuna – RJ 
 
__________________________________________ 
Professor Esp Jorge Junior Nascimento 
UNIFSJ – Itaperuna – RJ 
 
__________________________________________ 
Professor Ms Sabrina Olimpo de Castro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os desafios de gestão em negócios comandados por mulheres: um estudo de 
caso na cidade de Itaperuna, RJ 
 
Nathalia dos Santos Belisario de Souza 1 
Thissiane Rodrigues dos Santos 2 
Armênia A. Guimarães 3 
Resumo 
 
O trabalho teve como objetivo conhecer as características das empreendedoras no 
município de Itaperuna, no qual a presença da mulher no empreendedorismo está em 
constante crescimento. O presente estudo apresenta quanto a natureza dos dados, 
uma pesquisa quanti-qualitativa, que foi realizado por um questionário tipo Survey, 
com as mulheres empreendedoras, e de como elas têm ingressado no 
empreendedorismo apurando o perfil empreendedor. Após a análise dos dados, 
concluiu-se que, as empreendedoras são mulheres experientes, casadas, e que 
tiveram dificuldade no começo do empreendimento. Observou-se que as 
empreendedoras não possuem o conhecimento específico em gestão de 
microempresas. 
Palavras-chave: empreendedorismo; mulher; microempresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Graduanda em Administração pelo Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ). 
Contato: nathaliabelisario18@hotmail.com 
2 Graduanda em Administração pelo Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ). 
Contato: thissianerodrigues@gmail.com 
3 Orientadora da pesquisa: Armênia A. Guimarães, Mestra em Engenharia de Produção, Contato: e-
mail 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Faixa etária das empreendedoras na cidade de Itaperuna RJ ..... 13 
Gráfico 2 - Estado civil das empreendedoras na cidade de Itaperuna RJ ..... 13 
Gráfico 3 - Números de dependentes ............................................................ 14 
Gráfico 4 - Escolaridade das empreendedoras .............................................. 14 
Gráfico 5 - Setores do empreendimento ........................................................ 15 
Gráfico 6 - O que levou a se tornar uma empreendedora.............................. 16 
Gráfico 7 - Dificuldades enfrentadas no empreendimento ............................. 16 
Gráfico 8 - Resultado obtido após se tornar empreendedora ........................ 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
PNADC Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
SOFLTEX Sociedade Brasileira para Exportação de Software 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 7 
1 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL ....................................................... 8 
1.1 Empreendedorismo feminino e sua importância ................................... 9 
1.2 Principais desafios para mulheres empreendedoras .......................... 10 
2 METODOLOGIA ...................................................................................... 12 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................... 13 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 18 
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 19 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
INTRODUÇÃO 
É visto que mulheres, que possuem um negócio próprio, enfrentam grandes 
desafios quando se trata sobre gestão do mundo empreendedor. Estes desafios se 
dão por meio do preconceito da sexualidade feminina, alto número de competividade 
no mercado financeiro e por ter que dar conta dos trabalhos domésticos e/ou da 
maternidade. Nesta perspectiva, a presente matriz analítica tem por objetivo analisar 
quais são os principais desafios que as mulheres empreendedoras de Itaperuna RJ 
enfrentam, utilizando-se de uma pesquisa descritiva. Por fim, será feito uma revisão 
literária através do SciELO e outras revistas acadêmicas. Esse projeto de pesquisa se 
torna relevante, pois pretende proporcionar clareza aos processos de gestão de 
negócios comandados por mulheres na cidade de Itaperuna. considerando-se, como 
principais objetivos específicos: Mapear os perfis de empreendedorismo feminino na 
cidade de Itaperuna, realizar entrevistas com as empreendedoras da cidade, aplicar 
questionários tipo Survey às empreendedoras, mensurar os resultados obtidos e 
realizar a revisão de literatura sobre o empreendedorismo feminino. 
 
8 
 
1 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 
O Movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na 
década de 1990, quando entidades como Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e 
Pequenas Empresas (SEBRAE) e Sociedade Brasileira para Exportação de Software 
(SOFLTEX) foram criadas. Antes disso, praticamente não se fala em 
empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes políticos e 
econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não 
encontrava informações para auxiliá-lo na jornada de empreendedora. O Sebrae é um 
órgão mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junto a essa 
entidade todo suporte que precisa para iniciar sua empresa (DORNELAS, 2008). 
O empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa tem de identificar 
problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de 
algo positivo para a sociedade (SEBRAE, 2021). 
 
Foi no ano de 1950, contudo, que o empreendedor foi definido como 
uma pessoa detentora de habilidades técnicas (usadas para saber 
produzir) e capitalistas (para reunir recursos financeiros) que é capaz 
de organizar operações internas e realizar as vendas de sua empresa. 
Além disso, essa pessoa consegue recriar, aperfeiçoar ou até mesmo 
revolucionar o processo “criativo-destrutivo” do capitalismo, através do 
desenvolvimento de novas tecnologias ou do refinamento de antigas 
tecnologias que culminem em inovações. Esses indivíduos são, 
portanto, agentes de mudanças econômicas. (SCHUMPETER, 1984, 
p. 11). 
 
Para Barreto (1998, p. 190) “empreendedorismo é habilidade de criar e 
constituir algo a partir de muito pouco ou de quase nada. É o desenvolver de uma 
organizaçãoem oposição a observá-la, analisá-la ou descrevê-la.” 
De acordo com Dornelas (2008, p. 22), “o empreendedorismo é o envolvimento 
de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em 
oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades, leva a criação de 
negócios de sucesso.” 
 
As mulheres sempre foram consideradas inaptas para o trabalho fora 
de casa, mas a Revolução Industrial começou a mudar esta crença. 
Entre os séculos XVIII e XIX, quando surgiram novos processos de 
manufatura e a máquina passou a ser utilizada na produção 
(substituindo métodos fabris mais antigos), houve um aumento na 
demanda de trabalhadores industriais e, com isso, a incorporação da 
9 
 
mão de obra feminina. Nesta época, a quantidade de mulheres 
empregadas aumentou sobremaneira. As condições de trabalho às 
quais eram submetidas e os salários que recebiam eram bastante 
desiguais o que propiciou, nesse mesmo período, o início de algumas 
reivindicações sobre igualdade de jornada de trabalho e direitos 
trabalhistas. Acompanhando o crescimento da industrialização, 
diversas mulheres tornaram-se empregadas assalariadas nas oficinas 
e nas indústrias, sem deixar de lado, contudo, suas funções de 
cuidadoras do lar e dos familiares. (AMORIM BATISTA, 2012, p. 25). 
 
As mulheres começaram a tomar a frente de negócios por necessidade. 
Quando os homens tiveram de deixar suas empresas para lutar na 1ª e 2ª Guerras 
Mundiais, a presença das mulheres no mercado de trabalho, bem como, na direção 
de empreendimentos passou a ser mais comum, com mais espaço nessa área, elas 
decidiram lutar por seus direitos e exercer sua cidadania de forma mais marcante. 
Assim, como muita luta, protestos, manifestações de várias naturezas e, acima de 
tudo, união a presença delas foi crescendo até que em 2017, as mulheres abriram 
tantos negócios quanto os homens. Dados do Sebrae divulgados em 2014 analisou 
dados de 74 países, aponta que o empreendedorismo feminino cresceu 10% de 2014 
a 2017. O número contribuiu para a diminuição em 5% da disparidade entre homens 
e mulheres na área. O estudo também mostra que 163 milhões de mulheres iniciaram 
um negócio em 2017, em algum dos 74 países analisados. Enquanto isso, outras 111 
empresárias estavam gerenciando suas empresas. Mas, ainda que a presença 
feminina esteja aumentando cada vez mais, existem principais obstáculos que 
impactam o crescimento do empreendedorismo feminino, assim, Tonelli (2013, p. 27) 
define que: 
 
Por mais que a participação das mulheres no mercado de trabalho seja 
visível e comum nos mais variados segmentos e níveis hierárquicos, 
é nítido que a ascensão a cargos de liderança e a posição de donas 
do próprio negócio continua sendo árdua e envolvendo uma série de 
questões. O fenômeno da "dupla jornada", que faz com que as 
mulheres dividam seu tempo entre cuidados com os filhos, tarefas 
domésticas e trabalho, por exemplo, prossegue como algo latente na 
vida das representantes do sexo feminino e que dificulta sua 
dedicação integral à atividade empreendedora. 
1.1 Empreendedorismo feminino e sua importância 
Desde a antiguidade, as mulheres vêm buscando uma condição de igualdade 
social no âmbito do trabalho, embora haja avanços e conquistas, ainda existem muitos 
desafios pela frente, o que podemos denominar por uma luta que tem como aliado o 
10 
 
empreendedorismo feminino, de acordo com dados do Sebrae (2021). Dados da 
última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que cerca de 9,3 
milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil e que, em 2018, elas já 
eram 34% dos “donos de negócio”. 
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae (2021) além de permitir o 
crescimento econômico, o empreendedorismo feminino vem gerando empregos e 
contribuindo para o crescimento das relações sociais. No momento em que as 
mulheres começam alcançar independência financeira, não será necessário se 
submeter a relacionamentos abusivos e agressivos, visto que não dependerá de 
terceiros para garantir o seu sustento. Portanto, na visão dos autores, Raposo e Astoni 
(2007, sem paginação), “o empreendedorismo feminino se configura como importante 
iniciativa da classe na busca por seus direitos de Independência.” De acordo com Luiz 
Barreto (2013, sem paginação), presidente do Sebrae, “há algumas décadas, o 
avanço feminino no mercado de trabalho é percebido em frentes variadas, com isso, 
não poderia ser diferente no empreendedorismo.” 
O empreendedorismo feminino, concorda Camargo (2008), é um trabalho de 
grande renda. Desse modo, elas desenvolvem suas carreiras profissionais de forma 
autônoma e independente (CAMARGO, 2008). Entretanto, as mulheres mantêm a 
sobrecarga e o compromisso com os afazeres domésticos, procurando por meio do 
trabalho, manterem-se organizadas quanto aos seus horários sem se preocupar com 
o volume e carga de trabalho, podendo assim, amenizar os conflitos (equilíbrio) entre 
sua família e sua vida profissional. 
1.2 Principais desafios para mulheres empreendedoras 
Vem tornando evidente, as mulheres que possuem um negócio próprio, 
enfrentam grandes desafios quando se trata de questões do universo empresarial. 
Desafios podem ser explicados pela questão relacionada ao preconceito do gênero 
feminino, alto número de competividade no mercado financeiro e por ter que dar conta 
dos trabalhos domésticos e/ou da maternidade. 
 Segundo Villas Boas (2010, p. 51) “Existem importantes diferenças entre os 
estilos de empreender masculino e feminino. Elas têm uma ótima capacidade de 
persuasão e se preocupam com clientes e fornecedores, o que contribui para o 
progresso da empresa” 
11 
 
 A Revista de Ciência da Administração, dezembro de 2014. Destaca algumas 
das dificuldades das mulheres empreendedoras: 
 
O preconceito sentido pelas mulheres veio tanto na relação com 
fornecedores como com os funcionários. Uma delas assume a 
empresa do pai após seu falecimento, um negócio voltado ao comércio 
varejista. Formou-se professora e não tinha experiência na 
administração da empresa, o que a fez sentir muita dificuldade para 
estabelecer relação com os antigos funcionários ou novos fornecedor.” 
(REVISTA DE CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO, 2021, sem 
paginação). 
 
Os conflitos trabalho-família também foram investigados por Strobino (2009, p. 
40): 
 
O estudo baseou-se em três dimensões: tempo dispensado ao 
trabalho, muitas vezes maior do que o vivido quando atuavam como 
funcionárias de empresas; tensão ocasionada pelos problemas 
gerados pela dedicação ao negócio; e comportamento, que é 
resultante da carga elevada de trabalho e responsabilidades com a 
família. A autora aponta que o conflito é mais comumente encontrado 
em proprietárias de pequenas empresas, cuja fronteira entre o 
trabalho, vida pessoal e a família não está bem definida. Um fator de 
destaque que contribui para o aumento das pressões sentidas pelas 
empreendedoras é a ausência de colaboração por parte dos filhos e 
do cônjuge. 
 
Ainda, como forma de contribuição teórica, seguem as visões dos autores, 
Dolabela (2008) e Dornelas (2014) sobre o termo Empreendedorismo, onde, para 
Dolabela (2008, sem paginação), “o empreendedor, acredita que pode realizar seu 
próprio sonho, julgando-se capaz de mudar o ambiente em que está inserido. Ao 
buscar definir seus destinos, ele assume riscos.” Entretanto, na visão de Dornelas 
(2014), todo processo de empreender tem relação com o surgimento de empresas 
novas. Na sua perspectiva, o empreendedorismo, em sua premissa, está na criação 
de algo novo, seguido de sua necessidade de atenção e de assumir a possibilidade 
de risco. 
 
 
12 
 
2 METODOLOGIA 
Este estudo tem como objetivo metodológico, os seguintes elementos: quantos 
aos objetivos da pesquisa, define-se como descritiva, mediante a revisão bibliográfica(literatura), sobre o tema de clima organizacional e empreendedorismo feminino da 
cidade de Itaperuna, localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro, no Noroeste 
Fluminense. Já, quanto sua abordagem, é quanti-qualitativa, pois, combinou dados 
quantificáveis e não quantificáveis ao estudo. O período de coleta de dados ocorreu 
no dia 12 de abril de 2021. A escolha das empreendedoras, objeto de estudo deste 
trabalho, se deu pelos seguintes critérios: empreendedoras do sexo feminino, mães, 
donas de casa, poder aquisitivo baixo e cujos segmentos de negócios eram 
classificados por Microempreendedor Individual (MEI). Essa categoria que possui 
faturamento em torno de 60 mil reais por ano, independente do ramo, ou seja, não foi 
especificado um único tipo, porém, os que variavam em comércio e prestação de 
serviços. 
O mapeamento dessas empreendedoras, objeto de estudo, ocorreu por meio 
de indicação de amigos, conhecidos, ou pessoas próximas a elas, totalizando 35 
mulheres dentro do perfil desejado para este estudo. Dentre essas, mapeou-se 35 
mulheres empreendedoras, onde das quais, foram pesquisadas 27 delas. A coleta de 
dados da pesquisa se deu pela aplicação de um questionário do tipo Survey enviados 
por meio de um aplicativo, Surveymonkey, onde constavam oito perguntas fechadas. 
 
13 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Realizou-se no dia 12 de abril de 2021, uma pesquisa com as mulheres 
empreendedoras da cidade de Itaperuna, mapeadas previamente. Os dados 
ilustrados no Gráfico 1 apresentam informações sobre a faixa etária das mulheres 
empreendedoras, onde podemos constatar que a maioria delas estão na faixa etária 
entre 25 a 35 anos. 
Gráfico 1 - Faixa etária das empreendedoras na cidade de Itaperuna RJ 
 
Fonte: SurveyMonkey. Elaborado pelas autoras, 2021 
Observou-se que, as mulheres que empreendem neste perfil irão tomar a 
iniciativa de empreender ao adquirir uma idade adulta, geralmente devido a formação 
de uma família ou necessidade. Já os dados ilustrados no Gráfico 2 apresentam 
informações a respeito do estado civil das entrevistadas, confirmando que a maioria 
delas, cerca de 67%, são mulheres que possuem uma família. 
Gráfico 2 - Estado civil das empreendedoras na cidade de Itaperuna RJ 
 
Fonte: SurveyMonkey. Elaborado pelas autoras, 2021 
14 
 
De acordo com a pesquisa “Mulher Empreendedora: Diferenças entre casadas 
e solteiras” realizada pelo SPC Brasil (2014), mulheres casadas costumam ser mais 
persistentes em relação ao empreendimento, pois mesmo que surjam oportunidades 
de emprego com carteira assinada elas ainda optam pelo negócio próprio. 
Gráfico 3 - Números de dependentes 
 
Fonte: SurveyMonkey. Elaborado pelas autoras, 2021 
Nos dados ilustrados no Gráfico 3, observou-se que, 42% das mulheres 
empreendedoras não têm filhos, dentre as que são mães 58% decidiram empreender. 
A maioria das mães empreendedoras buscam no empreendedorismo ter um 
horário de trabalho flexível e independência financeira, possibilitando passar mais 
tempo com seus filhos. Ambição essa, que vem antes da necessidade de ser obter 
lucratividade. 
Gráfico 4 - Escolaridade das empreendedoras 
 
Fonte: SurveyMonkey. Elaborado pelas autoras, 2021 
15 
 
Nos dados ilustrados no Gráfico 4, podemos observou-se que, 67% das 
mulheres empreendedoras concluíram o ensino médio, 22% terminaram a graduação, 
7% possuem ensino fundamental e apenas 4% chegaram a realizar um mestrado. 
Segundo Global Entrepreneurship Monitor Brasil (GEM BRASIL, 2015), 
empreendedoras com ensino médio completo investem mais em empreendimentos 
novos, enquanto os empreendedores com curso superior são os que menos investem 
tanto para empreendimentos novos quanto para empreendimentos estabelecidos. 
Conforme pode ser percebido pela pesquisa que 67% das entrevistadas tem apenas 
o ensino médio. 
Em relação aos empreendimentos, pode-se observar, conforme os dados 
ilustrados no Gráfico 5, que elas possuem maior representatividade no setor de 
comercio, serviços e indústria. 
Gráfico 5 - Setores do empreendimento 
 
Fonte: SurveyMonkey. Elaborado pelas autoras, 2021 
De acordo com a pesquisa pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2014), 
os setores onde há maior empreendimento pelos empreendedores iniciais, se tratando 
das empreendedoras femininas, as atividades mais desempenhadas por elas, ainda 
se encontra a serviços domésticos ou serviços de beleza. Ainda de acordo com a 
pesquisa as atividades menos desenvolvidas pelo público feminino, se faz presente 
na parte de manutenção, instalações e sistema de ventilação e refrigeração. 
Conforme os dados ilustrados no Gráfico 6, o resultado mostra que entre as 
mulheres empreendedoras o grande impulsionador para empreender é a necessidade 
financeira. 
16 
 
Gráfico 6 - O que levou a se tornar uma empreendedora 
 
Fonte: SurveyMonkey. Elaborado pelas autoras, 2021 
Analisando o gráfico destaca-se que, a maioria das mulheres empreendedoras 
que resolvem empreender é por necessidade de complementar a renda ou ter que 
pagar as contas de casa. GEM (2015), destaca que a taxa do empreendedorismo 
feminino por necessidade e maior que do que as dos homens, de acordo com a 
pesquisa 32% os empreendedores que abrem uma empresa são por necessidade. 
Gráfico 7 - Dificuldades enfrentadas no empreendimento 
 
Fonte: SurveyMonkey. Elaborado pelas autoras, 2021 
Pelos resultados, percebeu-se que, o maior ponto de dificuldade entre as 
empreendedoras foram a falta de recursos financeiros, ou seja 46% das entrevistas 
apontou a falta do capital inicial, 31% delas apontaram outros motivos que tiveram 
dificuldades encontrado no início do empreendimento, e 15% delas foram a falta de 
17 
 
conhecimento de gestão. Algumas possuem capacitação na parte prática, mas não 
na administração da empresa, o que comentam ser uma carência no conhecimento 
do empreendimento. 
Empreender não é um processo fácil, e longo e cansativo que por muitas das 
vezes se torna uns dos motivos que levam a desistências de muitos empreendedoras 
a não continuarem nos negócios. Além do capital ser uns dos fatores que tem a 
dificultar o começo da empresa, o preconceito, a dupla jornada e o pouco do 
conhecimento em gestão acabam se tornando grandes desafios de muitas mulheres 
que decidem empreender. 
Gráfico 8 - Resultado obtido após se tornar empreendedora 
 
Fonte: SurveyMonkey. Elaborado pelas autoras, 2021 
Após os resultados constatou-se que, quando a mulher consegue empreender, 
um dos maiores privilégios é que ela consegue a independência financeira. O gráfico 
mostrou que 23% delas conseguiram se manter no empreendedorismo, 15% 
obtiveram seu empreendimento aceito e 31% das entrevistadas tiveram outros 
resultados obtidos após se tornar empreendedora. 
 
18 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Através da pesquisa foi concluído que na cidade de Itaperuna RJ, existem um 
grande percentual de mulheres empreendedoras e que elas apresentam muitas 
dificuldades, seja em relação ao crédito, a crise econômica, e dificuldades para liderar 
uma família, gerenciamento da equipe de trabalho, preconceito, ao mesmo tempo, a 
falta de confiança própria. 
De acordo com o Sebrae (2021), 6 em cada 10 empreendedoras possuem entre 
25 e 49 anos, trabalhando predominantemente no setor de serviços. Diante disso, a 
pesquisa teve como objetivo geral, analisar os principais desafios do 
empreendedorismo feminino no município de Itaperuna, confirmando o aumento da 
mulher no empreendedorismo, onde se encontra uma oportunidade valiosa de 
lucratividade. 
Tendo em vista que o empreendedorismo feminino, quando realizado com 
sucesso pode gerar oportunidades de trabalho e emprego, fomentando a economia 
local, ainda existem desafios a superar. No caso das mulheres, além de terem que 
lidar com o assédio, preconceito e ideias ultrapassadas de que são muito emotivas ou 
que não poderão se comprometer coma negócio se tiverem filhos, existe a busca pelo 
equilíbrio em vida pessoal e profissional. Isso ocorre, pois, mesmo se tornando 
empreendedora, a mulher mantém as tarefas tradicionais da casa, muitas das vezes, 
empreendem na sua própria residência, pois assim, conseguem conciliar os dois 
afazeres. 
Diante dos resultados apresentados, pode-se concluir que, as mulheres 
decidem empreender pela realização profissional, apesar da necessidade, devido a 
chegada dos filhos, além de contribuir com a complementação da renda familiar. 
Ainda, verificou-se que, a maioria, cerca 66%, não possuem conhecimento específico 
em gestão de microempresas, mesmo 67% possuindo o segundo grau completo. 
Elencou-se outros fatores relacionados às diversas dificuldades que 
atrapalham no início de empreendimento, tais como: capital inicial, falta de incentivo 
do governo, crise econômica, cobrança de impostos pelas transações de um micro ou 
pequena empresa, dificuldade de comprar em fornecedores por falta de histórico 
comercial e sem credibilidade no mercado além da falta de confiança para iniciar o 
empreendimento. 
 
19 
 
REFERÊNCIAS 
AMORIM, R. O.; BATISTA, L. E. Empreendedorismo feminino: razão do empreendimento. 
Núcleo de Pesquisa da Finan, [S.L.], v. 3, n. 3, 2012. 
 
BARRETO, L. P. Educação para o empreendedorismo. [S.L.]: Educação Brasileira, 1998. 
 
CAMARGO, D. et al. O significado da atividade empreendora: as práticas da mulher 
brasileira em 2008. 
 
DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 
 
DORNELAS, J. C. A. Emprrendorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: 
Empreende, 2014. 
 
GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR - GEM. Empreendedorismo no Brasil: relatório 
executivo 2014. Curitiba: GEM/SEBRAE, 2014. www.sebrae.com.br, acessado em 15 de 
outubro, 2021. 
 
GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR - GEM. Empreendedorismo no Brasil: relatório 
executivo 2015. Curitiba: GEM/SEBRAE, 2015. [S.L.]: [S.n.], 2021. 
 
RAPOSO, K. C. de S.; ASTONI, S. A. F. A mulher em dois tempos: a construção do discurso 
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