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MATÉRIARESUMOANOTAÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PROCESSO PENAL III - 1 bim

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RESUMO – DPP III – 1º B. – PROF. PALHANO
· CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Direito penal (jus puniendi) X Direito processual penal (persecutio criminis)
“JUS PUNIENDI” = direito de punir: a partir do momento que há a conduta não querida pelo Estado, nasce para este o direito de punir. 
“o jus puniendi equivale à legítima defesa do Estado”, pois a sociedade tem a obrigação de defender seus conviventes contra qualquer pessoa que ponha em risco sua tranqüilidade e a paz social, adotando as medidas pertinentes, desencadeando a denominada “persecutio criminis”, visando aplicar a sanção prevista na norma.
· PERSECUTIO CRIMINIS/ PERSECUÇÃO PENAL
Consiste no conjunto de atos que o Estado toma a partir do momento em que ocorre um ato ilícito que necessita da tutela jurisdicional. Ocorre em 3 fases:
1. INVESTIGATÓRIA (art. 144, CF)
∟ fase pré-processual
∟ ocorre através do inquérito policial
∟ presidida, via de regra, por um delegado = policia judiciária (não há tutela jurisdicional, pois não há um juiz investigador). 
∟ iniciada através de portaria ou ADPF (ambos atos administrativos) 
∟ termina através de um relatório que é enviado ao MP (informando sobre a prova de existência do crime e indícios suficientes de autoria) 
∟ não há recursos durante essa fase, entretanto, para combater eventuais eventualidades, pode-se usar o HC ou MS
2. AÇÃO PENAL (art. 129, I, CF)
∟em regra, MP é o dono da ação penal (dominus litis).
∟a AP é iniciada através de uma denúncia ou queixa-crime e termina com uma sentença (absolutória, condenatória ou de extinção de punibilidade)O que o juiz determina ao réu só poderá ser chamado de “sentença” se ele se manifestar sobre o fato histórico: se ele procede (sentença condenatória) ou se não procede (sentença absolutória), sendo assim, a AP tenta reconstruir o fato historicamente.
∟ pode ocorrer decisões interlocutórias durante o processo. 
∟ há a tutela jurisdicional (fase do processo).
∟aparece no cenário jurídico sob 2 formas:
A. A.P. PÚBLICA (condicionada à representação ou não) 
∟ MP x JUÍZ x RÉU 
∟o promotor, no caso da denúncia, só da a opinião dele sobre o fato histórico = “opinio delicti” ou opinião ministerial (quem dá ao fato uma classificação jurídica é o juiz)A modificação da denúncia pelo MP através de emenda = MUTATIO LIBELI; já quando o juiz muda a tipificação = EMENDATIO LIBELLI 
B. A. P. PRIVADA
∟ QUERELANTE x JUIZ x QUERELADO
∟o querelante que deduzirá a pretensão punitiva (substituto processual ou legitimado extraordinário; e deverá agir como o MP)
∟ a petição do querelante se chama “queixa-crime”
∟exs. de meios de impugnação na A.P: apelação (CPP ou LEI 9099/95); recurso em sentido estrito (art. 581 CPP); embargos de declaração (art. 382 ou Lei 9099/95), HC e MS também
3. EXECUÇÃO PENAL (art. 66, LEP) 
∟cabe ao Juiz fiscalizar se a sentença está sendo cumprida
∟inicia-se com o trânsito em julgado da sentença condenatória ou da absolvitória imprópria (agente cometeu fato típico, ilícito, mas não é culpável - vai para o manicômio) e termina com o cumprimento da sanção penal. 
∟durante, o Juiz pode ter que resolver incidentes, p.ex: progressão de regime.
∟ para impugnar as decisões durante essa fase cabe o agravo de instrumento, os embargos de declaração, HC e MS.
1ª FASE = EXISTE O INDICIADO; HÁ APENAS INDÍCIOS DO COMETIMENTO DO CRIME P/ O I.P SER INSTAURADO
2ª FASE = PRECISA TER UM MÍNIMO DE AUTORIA E CERTEZA DA MATERIALIDADE
3ª FASE = CERTEZA DA AUTORIA E DA MATERIALIDADE
· PROCEDIMENTOS
	1. COMUNS (ART. 394 CPP)
	A. ORDINÁRIOS
(crimes cuja pena em abstrato é superior a 04 anos )
	B. SUMÁRIO 
(crimes cuja pena em abstrato é de 03 anos: art. 41 da Lei Mª da Penha e réu em LINS do JECRIM)
	C. SUMARÍSSIMO
(crimes cuja pena em abstrato é menor ou igual a 02 anos )
	2. ESPECIAIS
	A. JÚRI
	B. LEI DE DROGAS
	C. LEI DE FALÊNCIA
	D. CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL
	E. ETC. 
· ATOS JURISDICIONAIS E RECURSOS
	1. DESPACHO
( não tem carga decisória; cabe o sucedâneo recursal da correição parcial [da Lei de Organização dos Tribunais)
	2. DECISÕES
	2.1. INTERLOCUTÓRIAS
(não tocam na pretensão punitiva, p. ex, decisão de prisão preventiva; cabe RESE [art. 581 CPP – prazo de 5 dias] e AGRAVO [art. 197 LEP – prazo de 5 dias])
	2.2. TERMINATIVAS
(encerram a pretensão punitiva, sem julgar procedência ou improcedência da pretensão; ; cabe RESE [art. 581 CPP – prazo de 5 dias] e AGRAVO [art. 197 LEP – prazo de 5 dias])
	3. SENTENÇA
( não é aquilo que põe fim ao processo, necessariamente, mas é o ato que julga a pretensão punitiva/mérito da causa; julga o fato histórico)
	3.1. PROCEDENTE
(sentença condenatória – art. 387 CPP); cabe APELAÇÃO [art. 593 CPP – prazo de 5 dias] e APELAÇÃO [art. 82 Lei 9099/95 – prazo de 10 dias])
	3.2. IMPROCEDENTE
(sentença absolutória – art.386 CPP; cabe APELAÇÃO [art. 593 CPP – prazo de 5 dias] e APELAÇÃO [art. 82 Lei 9099/95 – prazo de 10 dias])
· CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURISDICIONAIS 
	DECISÕES EM SENTIDO AMPLO:
	1. QUANTO À FINALIDADE
	1.1 SENTENÇAS
(julgam a pretensão punitiva)
	1.2. DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
(não toca na pretensão punitiva)
	2. QUANTO AO ORGÃO PROLATOR
	2.1. SUBJETIVAMENTE SIMPLES
(decisão de apenas 1 juiz)
	2.2. PLURÍMAS OU COMPLEXAS
(decisões de colegiado; tb as do Júri)
	3. QUANTO AO OBJETO
	3.1. DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
	3.2. DECISÕES DEFINITIVAS OU SENTENÇAS
· DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
CONCEITO: são decisões proferidas pelo Magistrado, no decorrer do processo, com o objetivo de resolver incidentes processuais (possuem conteúdo decisório, sem, contudo, apreciar/julgar o mérito da causa).  
CLASSIFICAÇÃO: podem ser de 2 tipos:
A) INTERLOCUTÓRIA SIMPLES
∟ dirimem questões relativas ao desenvolvimento e regularidade do processo
∟ incapazes de encerrar o feito ou qualquer fase procedimental.	
∟ p. ex, recebimento da denúncia ou queixa, concessão de liberdade provisória ou decreto prisional, instauração do incidente de sanidade mental, etc.	
∟ em regra, não deveriam ser recorríveis, então dificilmente cabem recursos, embora não signifique que não possam ser impugnadas.
B) INTERLOCUTÓRIA MISTA (= decisões com força de definitivas)
∟ implicam o encerramento do processo sem julgamento de mérito ou as que põem fim a uma fase ou etapa processual. Divididas em: 	
B.1) INTERLOCUTÓRIA MISTA TERMINATIVA
∟ põe fim ao processo sem julgar o mérito
∟ p. ex: exceção de coisa julgada, rejeição da denúncia, impronúncia. 
B.2) INTERLOCUTÓRIA MISTA NÃO TERMINATIVA
∟ põe fim a uma fase ou etapa do processo 
∟ p. ex: pronúncia, desclassificação (Júri).
· DECISÕES DEFINITIVAS OU SENTENÇAS:
CONCEITO: são as que julgam o mérito da causa, colocando fim ao processo.
O que importa distinguir nesta fase é efetivamente o conteúdo da decisão, que dará por apreciada, em toda a sua extensão e profundidade, a matéria relativa ao caso penal levado a juízo, para o fim de absolver ou de condenar o acusado. Por isso se fala em decisão definitiva.
CLASSIFICAÇÃO: 
	1. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA
(constitutiva)
(julga improcedente a pretensão punitiva estatal [que pediu a condenação])
	2. SENTENÇA CONDENATÓRIA
(condenatória)
(julga procedente no todo ou em parte a pretensão punitiva estatal.)
	3. DECISÕES TERMINATIVAS DE MÉRITO
(declaratória)
(julgam o mérito, sem condenar ou absolver o réu (não discute pretensão punitiva); conhecem as causas impeditivas, conhecidas como excludentes/extinção de punibilidade, p. ex: morte, prescrição, abolitio criminis, perempção.)
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso (abolitio criminis)
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
· REQUISITOS DA SENTENÇA
· Art. 381 CPP. A sentença conterá:
I – os nomes das partes ou, quando não possível,as indicações necessárias para identificá-las;
II – a exposição sucinta da acusação e da defesa;
III – a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;
IV – a indicação dos artigos de lei aplicados;
V – o dispositivo;
VI – a data e a assinatura do juiz.
· Art. 489. § 1o CPC. Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Para uma sentença estar formalmente perfeita, o juiz deve passar por três fases/partes:
1. RELATÓRIO 
∟ relacionado ao princípio da identidade física do juiz
∟ é o resumo do ocorrido no processo
∟ incisos I e II do art. 301 do CPP
∟ tem que ter essa parte pois seu objetivo é provar que o juiz participou dos atos processuais, que está apto a julgar.
∟ SENTENÇA DO JECRIM: não precisa de relatório pois no rito sumaríssimo tudo acontece – em tese - em apenas um ato (é tudo comprimido na AUD. UNA). (a Lei 9.099/95, no artigo 81, parágrafo 3º, dispensou o relatório da sentença, em atenção à celeridade e economia processual, próprias do procedimento dos Juizados Especiais, caracterizando-se como uma exceção.)
2. FUNDAMENTAÇÃO
∟ relacionado ao princípio da livre convicção motivada/persuasão racional do juiz
∟ o juiz aponta as razões/expõe seu raciocínio que o levarão a condenar ou absolver o acusado.
∟ deve o magistrado analisar todas as teses e argumentos levantados pela acusação e pela defesa, sob pena de nulidade.
∟ inciso III do art. 381, CPP 
∟ a decisão do júri, por ser tratar da livre convicção dos jurados, não precisa ser fundamentada nem a decisão dos jurados leigos não precisa ser motivada
MOTIVOS DE FATO: é a analise da prova/raciocínio de como o Juiz analisou a prova e formou o seu convencimento. 
MOTIVOS DE DIREITO: são o embate da norma jurídica (ao receber a denúncia o MP usa uma fundamentação, mas na hora de dar a sentença o magistrado pode utilizar uma diversa que se encaixe com seu convencimento.)
 
3. DISPOSITIVO: 
∟ o juiz declara a procedência ou improcedência da ação penal, 
∟ é a parte da conclusão do raciocínio lógico que o órgão julgador está usando. 
∟ a sentença que contraria esta lógica, ou seja, entra em contradição o dispositivo com a fundamentação, surge o fenômeno da sentença suicida, sem congruência, que é passível de anulação. (p. ex: juiz na motivação construiu um raciocínio de o que réu é culpado e na conclusão o absolveu). 
∟ incisos IV e V do art. 381, CPP 
∟a sentença que há contradição, omissão ou obscuridade é passível de embargos de declaração
OBS: OS ARTGS. 800, 226 E 227 DO CPC TRAZEM OS PRAZOS PARA SEREM FEITAS AS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS, DESPACHOS E SENTENÇAS, QUE SÃO IMPRÓPRIOS, OU SEJA, SE FOREM DESRESPEITADOS NÃO TRAZEM NENHUMA SANÇÃO PROCESSUAL
4. PARTE AUTENTICATIVA
∟ inciso VI art. 381, CPP 
A FALTA DE QUALQUER DESSES REQUISITOS INTRÍNSECOS ENSEJA A NULIDADE POR FALTA DE FORMALIDADE ESSENCIAL DA SENTENÇA, COM FUNDAMENTO NO ARTIGO 564, VI.
· ELEMENTOS INTERNOS:
1. CERTEZA
∟significa que todos os atos judiciais, inclusive a sentença, devem ser claros, precisos e investidos de certeza. 
∟ essa exigência está inserida de forma implícita que elenca as hipóteses que são cabíveis os Embargos de Declaração, sendo elas: obscuridade, contradição ou omissão
2. CONGRUÊNCIA
∟ decorre do silogismo/dialética.
∟ o processo penal se inicia com a tese de alguém, vindo após a antítese da outra parte e ao final a síntese por meio do magistrado. Isso significa que a sentença deve ser a conversa entre as partes, tendo o Juiz que devolver o que lhe foi pedido.
3. [princípio da] CORRELAÇÃO 
∟ implica na exigência de que o fato imputado ao réu, na peça inicial acusatória, guarde perfeita correspondência com o fato reconhecido pelo juiz, na sentença, sob pena de grave violação ao devido processo legal. 
∟ significa que a sentença deve guardar plena consonância com o fato descrito na denúncia ou queixa. 
∟ o magistrado está adstrito aos exatos termos do que fora narrado na peça inicial da ação penal, não podendo decidir fora, além ou aquém dos seus limites, sob pena de decisões, respectivamente, extra, ultra ou infra/citra petita (Ne eat judex ultra petita partium), as quais estão eivadas de nulidade absoluta. 
Dele extraem-se três regras:	
1. A sentença não pode ser ultra petita (além - julga além dos pedidos),	
2. A sentença não pode ser extra petita (fora - julga algo que nem está nos fatos, criando algo novo que nem está na peça de acusação (ex: na ação de divórcio ainda dá alimentos; pessoa pede danos materiais e ele dá também danos morais) e	
3. A sentença não pode ser citra petita (aquém - não julga todos os pedidos).
 ῑ MATÉRIAS DE ORDEM PUBLICA 
∟ são aquelas que poderão ser conhecidas pelo órgão julgador sem que as partes as suscite.
	1. PRESSUPOSTO PROCESSUAL
	EXISTÊNCIA - juiz investido, partes e pedido
	
	VALIDADE – juiz tenha competência e imparcialidade, capacidade processual/postulatória das partes e inexistência de fato impeditivo. 
	2. CONDIÇÕES DA AÇÃO
	POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO – se o fato narrado é tipico
	
	LEGITIMIDADE AD CAUSAM 
	
	INTERESSE DE AGIR/PUNIR DO ESTADO (existem causas que podem tirar do estado esse interesse, quais sejam, as extinções de punibilidade)
OBS: ESSE PRINCÍPIO – DA CORRELAÇÃO - SE SUBMETE A ALGUMAS REGRAS DE SUMA IMPORTÂNCIA, QUE ESTÃO NOS ARTS. 383 E 384 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
· “EMENDATIO LIBELLI”
∟ possibilidade do juiz ou tribunal dar definição jurídica diversa da que constar na peça acusatória (Emendar a acusação, corrigir a classificação jurídica efetuada pelo MP)
∟ ainda que tenha que aplicar pena mais grave. 
∟ nada de novo é trazido aos autos, somente há mudança de classificação do delito, que descrito de um modo é capitulado de outro. 
∟ a 2ª instancia pode fazer emendatio Libelli.
∟ se for substituído por uma tipificação que possa o réu fazer jus ao sursis, mas que de inicio não podia, o juiz tem que conceder de ofício na sentença. 
∟ isso não viola a ampla defesa, pois o réu se defende dos fatos, não da tipificação
· Art. 383 CPP. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave. § 1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. § 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.
· ART. 89, LEI 9.099/95: Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o MP, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.
· Art. 617CPP. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença.
· “MUTATIO LIBELLI”
∟ mudança operada na denúncia pelo MP
∟ quando da produção de provas,surjam elementos que indiquem a ocorrência de fatos novos (elementares – presentes no núcleo do tipo - e circunstâncias – qualificação, causas de aumento ou diminuição) que não tenham sido mencionados explícita ou implicitamente na peça acusatória. 
∟ é o aditamento da denúncia ou da queixa (na ação privada subsidiária da pública), desde o momento que ofereceu a denúncia até o momento da sentença.
∟ não é aplicado na 2ª instância (é vedado a adoção da mutatio libelli durante pendência de recurso no tribunal, pois é evidente que não é mais possível o aditamento da denúncia após a prolação da sentença de 1ª instância.)
∟ caso o promotor não se tenha manifestado a respeito por iniciativa própria, nada obsta a que o juiz provoque tal manifestação, apontando as provas que entende capazes de gerar a alteração da acusação. Nesse caso, se o promotor efetuar o aditamento, o processo seguirá na forma já estudada. Caso, porém, o promotor deixe de fazê-lo e o juiz discorde da manifestação, aplicará a regra do art. 28 do Código de Processo Penal, encaminhando os autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem incumbirá dar a palavra final quanto à necessidade de aditamento
∟ se o aditamento tiver sido feito de forma oral ou escrita será aberto prazo de 5 dias para o defensor se manifestar a respeito. Caso seja recebido o aditamento, o juiz designará nova audiência em continuação para a inquirição de testemunhas, novo interrogatório do réu e realização de debates e julgamento.	
∟ caso o Ministério Público tenha aditado a denúncia, mas o juiz tenha rejeitado o aditamento que o processo prosseguirá. (o prosseguimento, todavia, pressupõe que a rejeição do aditamento tenha transitado em julgado.)
· Art. 384CPC. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente. 
§ 1º Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. 
§ 2º Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. 
§ 3º Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo.
§ 4º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento.
§ 5º Não recebido o aditamento, o processo prosseguir
· SÚMULA 453 STF - Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa. 
· ART. 28 CPP. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
OBS: NA DENÚNCIA A PESSOA FOI ACUSADA PELO COMETIMENTO DE CRIME CULPOSO, CONTUDO ISSO FOI DESCARACTERIZADO PELAS TESTEMUNHAS QUE AFIRMAM QUE FOI UM CRIME PREMEDITADO. SE O MP NÃO FIZER NADA (MANTIVER A DENUNCIA COMO CRIME CULPOSO) E O JUIZ ENTENDER SE TRATAR DE CRIME DOLOSO, ESTE NÃO PROCEDERÁ COM A ACUSAÇÃO DE CRIME CULPOSO, PROFERINDO SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. 
· SENTENÇA ABSOLUTÓRIA
∟ julgam improcedente a pretensão punitiva no final do rito procedimental.
∟ HIPÓTESES: 
Art. 386 CPP: O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva,
desde que reconheça:
I — QUANDO ESTIVER PROVADA A INEXISTÊNCIA DO FATO.
ῑ nesse caso, sentença penal faz coisa julgada na esfera cível, não podendo ser afirmada posteriormente em tal juízo a existência do fato.
II — QUANDO NÃO HOUVER PROVA DA EXISTÊNCIA DO FATO.
ῑ não se trata aqui de dúvida quanto ao caráter ilícito da conduta e sim quanto à sua própria existência. 
ῑ nesta hipótese, poderá ser proposta ação indenizatória no juízo cível.
III — SE O JUIZ RECONHECER QUE O FATO É ATÍPICO.
ῑ quando a própria narrativa dos fatos na denúncia ou queixa não encontra enquadramento em qualquer norma incriminadora, deve ela ser rejeitada. Se não o for de plano, deverá ser objeto de absolvição sumária. 
ῑ se, todavia, por equívoco não tiver sido adotada uma dessas soluções (e nem o trancamento da ação pela via do habeas corpus) haverá a necessidade da sentença final absolutória.
ῑ a conduta imputada pode não constituir ilícito penal, mas pode caracterizar ilícito civil, razão pela qual a absolvição com fundamento neste artigo não impede a propositura de ação indenizatória.
IV — POR ESTAR PROVADO QUE O RÉU NÃO CONCORREU PARA A INFRAÇÃO PENAL.
ῑ quando fundada nesse dispositivo, a sentença penal faz coisa julgada na esfera cível
V — QUANDO NÃO EXISTIR PROVA DE TER O RÉU CONCORRIDO PARA A INFRAÇÃO PENAL.
ῑ como neste caso a absolvição é baseada em carência de provas, poderá ser proposta ação na esfera cível buscando indenização já que ali podem ser apresentadas novas provas.
VI 1ª PARTE — SE EXISTIR CIRCUNSTÂNCIA QUE EXCLUA O CRIME (...)
ῑ = excludentes de ilicitude ou antijuridicidade (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito).
ῑ faz coisa julgada no cível
VI 2ª PARTE: OU QUE ISENTE O RÉU DE PENA, (...) [ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA]
ῑ = excludentes de culpabilidade ou escusas absolutórias.
ῑ não faz coisa julgada no cível
VI 3ª PARTE: (...) OU MESMO SE HOUVER FUNDADA DÚVIDA SOBRE SUA EXISTÊNCIA.
ῑ há dúvida se o réu agiu com excludente de ilicitude ou de culpabilidade.
ῑ não faz coisa jugada no cível
VI — SE EXISTIR CIRCUNSTÂNCIA QUE EXCLUA O CRIME.
ῑ As circunstâncias que excluem o crime são as chamadas excludentes de ilicitude ou antijuridicidade (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito). 
ῑ Em regra o reconhecimento de excludente de ilicitude impede a propositura de ação indenizatória.
VII – NÃO EXISTIR PROVA SUFICIENTE PARA A CONDENAÇÃO.
ῑ dúvida genérica
ῑ não faz coisa julgada no cível
ῑ EFEITOS DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA (ART. 386 OU 397): 
∟ a sentença absolutória faz coisa julgada material, ou seja, torna imutável e indiscutível a sentença.
· ART. 386. §único CPP. Na sentença absolutória, o juiz: 
I – mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade; (ainda que haja recurso pendente de apreciação)
II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; (como aquelas decretadas nos crimes que apuram violência doméstica ou familiar contra mulher, por exemplo, suspensão de visitas aos filhos, suspensão do porte de arma etc. (Lei n. 11.340/2006));
III – aplicará medida de segurança, se cabível.
TAMBEM:
IV – levantamento do sequestro ou hipoteca legal (arts. 131, III, e 141 do CPP);	
V – cancelamento da hipoteca (art. 141 CPP);
VI – restituição da fiança (art. 337CPP); (o valor da fiança eventualmente prestada deve ser devolvido com o trânsito em julgado da sentença.) 
VII – vedação da arguição da exceção da verdade nos crimes contra a honra (art. 138, §3º CP e 523 CPP). (os arts. 138, § 3º, e 139, § único, CP permitem que o querelado (pessoa apontada como autora da ofensa de calúnia ou difamação) proponha-se a provar, na mesma relação processual, que a imputação feita é verdadeira, ou seja, que ele não cometeu calúnia ou difamação porque simplesmente falou a verdade arespeito da outra pessoa. Com o prolação de uma sentença absolutória fica vedado utilizar-se de tal instituto.)
SISTEMA DA IDENTIDADE OU DA DEPENDÊNCIA: onde o juiz criminal também é competente para atribuir o valor para a reparação do dona, na esfera cível.
SISTEMA DA INTERDEPENDÊNCIA: as jurisdições cível e penal são distintas e autônomas, mas a penal tem primazia sobre a cível. [ESSE O USADO NO BRASIL]
· SENTENÇA ABSOLUTÓRIA ANTECIPADA/ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
∟ Neste caso, o Juiz de direito sentencia antes de produzir provas.
∟ Motivos devem ser muito contundentes, incontestáveis para absolvição.
∟ denúncia ou queixa > recebimento > citação > resposta a acusação
 - a resposta à acusação pode ser suficiente para se antecipar a sentença absolutória e absolver, através do art. 397 CPP.
- caso não tenha condições de absolver sumariamente, o juíz seguirá o rito 
∟ o juiz não pode antecipar a condenação, pois esta deve ser precedida de contraditório
∟ esse tipo de absolvição pode acontecer no rito sumário e no ordinário (não pode no sumaríssimo – JECRIM)
· Art. 396-A CPP. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
§ 1º A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. 
§ 2º Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. 
∟ HIPÓTESES: 
Art. 397CPP. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
I - EXISTÊNCIA MANIFESTA DE CAUSA EXCLUDENTE DA ILICITUDE DO FATO 
∟ Para a decretação da absolvição sumária é necessária a existência de prova que permita ao juiz a plena certeza de que o réu agiu em legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito. 
∟ recorre dessa sentença por apelação 
II - EXISTÊNCIA MANIFESTA DE CAUSA EXCLUDENTE DA CULPABILIDADE DO AGENTE, EXCETO INIMPUTABILIDADE 
∟ Esse dispositivo também exige prova cabal nesse momento processual de que o sujeito agiu em razão de coação moral irresistível, obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal, embriaguez fortuita e completa, erro de proibição etc.
∟ O dispositivo exclui a possibilidade de absolvição sumária em caso de inimputabilidade referindo -se aos doentes mentais (os menores de idade sequer podem ser parte do processo penal), porque, em tais casos, há a necessidade de aplicação de medida de segurança. Por isso, preferiu o legislador que a instrução judicial prossiga até o seu final porque as provas perante ele colhidas podem levá-lo à conclusão de que o réu é inocente, de forma a absolvê-lo sem a aplicação da medida de segurança.
∟ no caso da absolvição imprópria, só é possível a aplicação da absolvição sumária se a ininputabildiade for a única tese de defesa, ou seja, não visam a inocentar o réu e sim aplicar a medida de segurança.
∟ recorre dessa sentença por apelação 
III - QUE O FATO NARRADO EVIDENTEMENTE NÃO CONSTITUI CRIME 
∟ Note-se que se a narrativa do fato contida na denúncia ou queixa não constitui crime, o juiz deve, desde logo, rejeitá-las. A regra da absolvição sumária foi prevista no Código de Processo Penal para situações em que a atipicidade decorre de provas juntadas após o recebimento da inicial acusatória.
∟ recorre dessa sentença por apelação 
IV – EXTINTA A PUNIBILIDADE DO AGENTE
∟ Houve equívoco do legislador quando estabeleceu que o reconhecimento de causa extintiva da punibilidade constitui hipótese de absolvição, pois, neste caso, não há análise de mérito — e sim de causa impeditiva —, e tanto é assim que o art. 61 do Código de Processo Penal permite que o juiz, em qualquer fase do processo, reconheça a extinção da punibilidade, agindo, inclusive, de ofício.
∟ ou seja, não é causa de absolvição, pois é julgada extinta a punibilidade, ou seja, independe de absolvição, sendo assim, nesse caso, não é uma sentença absolutória, mas sim uma decisão terminativa de mérito.
∟ recorre dessa sentença por recurso em sentido estrito (RESE), pois é uma decisão extintiva de mérito
· REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA: [art. 397 cpp]
∟ Trata-se de decisão interlocutória mista terminativa que não se confunde com a absolvição. 
∟ No inicio do processo penal o juiz não aceita a acusação. 
∟ Oferecida a denúncia pelo Ministério Público ou a queixa-crime pelo ofendido, os autos serão encaminhados ao juiz competente para que verifique se estão presentes os requisitos legais. Com base nessa análise, o juiz decide se a recebe, dando prosseguimento ao feito, ou se a rejeita.
∟ HIPÓTESES: 
Art. 395 CPP. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I – FOR MANIFESTAMENTE INEPTA
∟ Ocorre quando a peça apresentada contém narrativa incompreensível dos fatos, não identifica suficientemente o réu ou não observa os requisitos mínimos exigidos pelo art. 41 do CPP para a denúncia ou queixa. 
∟ Nesses casos, a denúncia poderá ser reapresentada após as correções. No caso de queixa-crime a reapresentação também será possível, desde que não decorrido o prazo decadencial.
II – FALTAR PRESSUPOSTO PROCESSUAL OU CONDIÇÃO PARA O EXERCÍCIO DA AÇÃO PENAL
∟ Pressupostos processuais são aqueles que possibilitam a constituição e desenvolvimento válidos do processo. (1. capacidade para ser parte: não podem oferecer denúncia aquele que não integre o Ministério Público ou queixa o ente desprovido da condição de pessoa – natural, jurídica ou judiciária; 2. capacidade postulatória: de estar em juízo regularmente representado; a inicial acusatória deve ser oferecida a quem tem jurisdição (juiz regularmente investido no cargo; tratando-se de juízo incompetente, todavia, somente são passíveis de anulação os atos decisórios, devendo o processo, ao ser declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente, conforme previsão do art. 567, do Código de Processo Penal.)
∟ faltar condição para o exercício da ação penal: Além das condições genéricas (interesse de agir, legitimidade e possibilidade jurídica do pedido, no âmbito da ação penal), outras condicionantes específicas são requeridas. Tais condições da ação devem ser analisadas pelos juízes quando do recebimento da queixa ou da denúncia, de ofício.
∟ Ocorre, por exemplo, quando o promotor oferece denúncia em crime de ação pública condicionada sem que exista a prévia representação da vítima ou requisição do Ministro da Justiça. 
∟ Uma vez sanada a falha, a ação poderá ser reproposta, se ainda não decorrido o prazo prescricional.
III - FALTAR JUSTA CAUSA PARA O EXERCÍCIO DA AÇÃO PENAL
∟ Justa causa significa o mínimo de prova para receber a denúncia – PEC e ISA
∟ São várias as hipóteses de ausência de justa causa, como, por exemplo: 
a) atipicidade da conduta narrada na denúncia ou queixa; 
b) falta de indícios suficientes de autoria ou materialidade a embasar a denúncia oferecida; 
c) ocorrência de prescrição ou outra causa extintiva da punibilidade.
É o recebimento da denúncia ou queixa que dá início efetivo à ação penal e constitui causa interruptiva do prazo prescricional (art. 117, I, do CP). 
Não estando presente qualquer das hipóteses de rejeição da denúncia ou queixa, o juiz deve recebê-la e adotar as providências seguintes do rito processual.
	Rejeição da denuncia ou queixa – art. 395
- Não é sentença e sim uma decisão interlocutória mista terminativa.
- Julga apenas matéria processual.
- Ocorre após o oferecimento da denúncia ou queixa.
	1. Se for manifestamente inepta
2. Se faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;
3. Se faltar justa causa para o exercício da ação penal
	Absolvição sumaria – art. 397
- Sentença sumária do rito ordinário e sumário.
- Julga apenas matéria de direito (deve ter certeza ao proferi-la).
- Ocorre apósa resposta a acusação.
	1. Existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato.
2. Existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo a inimputabilidade.
3. Se o fato narrado evidentemente não constituir crime.
4. Se estiver extinta a punibilidade do agente.
	Absolvição definitiva – art. 386
- Sentença própria ou imprópria de caráter punitivo.
- Julga matéria de fato ou de direito.
- Ocorre ao final do rito processual.
	1. Estar provada a inexistência do fato.
2. Não estar provada a existência do fato.
3. Não constituir o fato infração penal.
4. Estar provado que o réu não concorreu para infração.
5. Não existir prova de ter o réu concorrido para a infração.
6. Existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, ou se houver dúvida sobre sua existência.
7. Não existir prova suficiente para a condenação.
· SENTENÇA CONDENATÓRIA 
∟ Proferida quando for procedente a pretensão punitiva do Estado
Art. 387CPP.  O juiz, ao proferir sentença condenatória:
 
I - MENCIONARÁ AS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES OU ATENUANTES DEFINIDAS NO CÓDIGO PENAL, E CUJA EXISTÊNCIA RECONHECER; (de ofício)
	CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES
	CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
	Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de 21, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença;
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente:
        a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
        b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
        c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
        d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
        e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
	Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência; 
II - ter o agente cometido o crime: 
        a) por motivo fútil ou torpe;
        b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
        c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
        d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
        e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
        f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
        g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
        h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; 
        i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
        j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
        l) em estado de embriaguez preordenada.
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
II - MENCIONARÁ AS OUTRAS CIRCUNSTÂNCIAS APURADAS E TUDO O MAIS QUE DEVA SER LEVADO EM CONTA NA APLICAÇÃO DA PENA, DE ACORDO COM O DISPOSTO NOS ARTS. 59 E 60, CP.
	Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. 
	Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu.
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código.
III - APLICARÁ AS PENAS DE ACORDO COM ESSAS CONCLUSÕES;
	Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
 PARTE DISPOSITIVA DA SENTENÇA	
IV - FIXARÁ VALOR MÍNIMO PARA REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS PELA INFRAÇÃO, CONSIDERANDO OS PREJUÍZOS SOFRIDOS PELO OFENDIDO;
∟ Saliente-se que, de acordo com o texto legal, o juiz criminal fixa apenas um valor mínimo de reparação, sem prejuízo da apuração integral no juízo cível do valor do dano sofrido, caso a vítima entenda que seu prejuízo excedeu ao valor mencionado pelo juiz criminal (art. 63, parágrafo único).
V - ATENDERÁ, QUANTO À APLICAÇÃO PROVISÓRIA DE INTERDIÇÕES DE DIREITOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA, AO DISPOSTO NO TÍTULO XL DESTE LIVRO;
∟ Deverá verificar a possibilidade de substituição de eventual pena privativa de liberdade aplicada por outra espécie de pena (multa, restritiva de direitos ou sursis).
Obs: em caso absolvição em virtude do reconhecimento de inimputabilidade completa em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, o juiz aplicará medida de segurança consistente em internação ou tratamento ambulatorial (art. 386, § único, III), proferindo uma sentença absolutória imprópria.
VI - DETERMINARÁ SE A SENTENÇA DEVERÁ SER PUBLICADA NA ÍNTEGRA OU EM RESUMO E DESIGNARÁ O JORNAL EM QUE SERÁ FEITA A PUBLICAÇÃO (ART. 73, § 1O, DO CÓDIGO PENAL).
∟ Após a publicação, a acusação e a defesa devem ser intimadas, instante a partir do qual passará a correr o prazo para eventuais recursos. 
§ 1O  O JUIZ DECIDIRÁ, FUNDAMENTADAMENTE, SOBRE A MANUTENÇÃO OU, SE FOR O CASO, A IMPOSIÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA OU DE OUTRA MEDIDA CAUTELAR, SEM PREJUÍZO DO CONHECIMENTO DE APELAÇÃO QUE VIER A SER INTERPOSTA.
∟ O juiz, ao proferir sentença condenatória, deve decidir, de forma fundamentada, sobre a manutenção ou decretação da prisão preventiva ou outra medida cautelar.
∟ Além disso, o dispositivo impõe o conhecimento da apelação que vier a ser manejada, independentemente do recolhimento do réu ao cárcere. 
§ 2O  O TEMPO DE PRISÃO PROVISÓRIA, DE PRISÃO ADMINISTRATIVA OU DE INTERNAÇÃO, NO BRASIL OU NO ESTRANGEIRO, SERÁ COMPUTADO PARA FINS DE DETERMINAÇÃO DO REGIME INICIAL DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.   
∟ Não se trata de detração do tempo de privação da liberdade na pena e sim a sua consideração na fixação do regime penitenciário para o início de seu cumprimento. 
∟ O total da pena imposta, sem a detração, haverá de ser considerada para todos os demais efeitos penais e incidentes na execução. 
∟ até então, o cálculo da detração era feito pelo juízo da execução. 
· DOS EFEITOS GENÉRICOS E ESPECÍFICOS DA CONDENAÇÃO
· ART. 91CPP- SÃO EFEITOS DA CONDENAÇÃO: 
I - TORNAR CERTA A OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR O DANO CAUSADO PELO CRIME;
II - A PERDA EM FAVOR DA UNIÃO, RESSALVADO O DIREITO DO LESADO OU DE TERCEIRO DE BOA-FÉ: 	
A) DOS INSTRUMENTOS DO CRIME, DESDE QUE CONSISTAM EM COISAS CUJO FABRICO, ALIENAÇÃO, USO, PORTE OU DETENÇÃO CONSTITUA FATO ILÍCITO;	
B) DO PRODUTO DO CRIME OU DE QUALQUER BEM OU VALOR QUE CONSTITUA PROVEITO AUFERIDO PELO AGENTE COM A PRÁTICA DO FATO CRIMINOSO.
§ 1O  PODERÁ SER DECRETADA A PERDA DE BENS OU VALORES EQUIVALENTES AO PRODUTO OU PROVEITO DO CRIME QUANDO ESTES NÃO FOREM ENCONTRADOS OU QUANDO SE LOCALIZAREM NO EXTERIOR.   
§ 2O  NA HIPÓTESE DO § 1O, AS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS PREVISTAS NA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PODERÃO ABRANGER BENS OU VALORES EQUIVALENTES DO INVESTIGADO OU ACUSADO PARA POSTERIOR DECRETAÇÃO DE PERDA.   
· ART. 92 CPP. SÃO TAMBÉM EFEITOS DA CONDENAÇÃO:
I - A PERDA DE CARGO, FUNÇÃO PÚBLICA OU MANDATO ELETIVO: 	
A) QUANDO APLICADA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR TEMPO IGUAL OU SUPERIOR A UM ANO, NOS CRIMES PRATICADOS COM ABUSO DE PODER OU VIOLAÇÃO DE DEVER PARA COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA; 
B) QUANDO FOR APLICADA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR TEMPO SUPERIOR A 4 (QUATRO) ANOS NOS DEMAIS CASOS. 
II - A INCAPACIDADE PARA O EXERCÍCIO DO PÁTRIO PODER, TUTELA OU CURATELA, NOS CRIMES DOLOSOS, SUJEITOS À PENA DE RECLUSÃO, COMETIDOS CONTRA FILHO, TUTELADO OU CURATELADO;  
III - A INABILITAÇÃO PARA DIRIGIR VEÍCULO, QUANDO UTILIZADO COMO MEIO PARA A PRÁTICA DE CRIME DOLOSO.
PARÁGRAFO ÚNICO - OS EFEITOS DE QUE TRATA ESTE ARTIGO NÃO SÃO AUTOMÁTICOS, DEVENDO SER MOTIVADAMENTE DECLARADOS NA SENTENÇA.
· Quando falamos em efeitos principais, estamo-nos referindo à própria consequência jurídico-penal primordial/direta/imediata da sentença condenatória; é a aplicação da pena (privativa de liberdade, restritiva de direito, multa, possível medida de segurança). Ligadas a essa consequência primordial está a secundária. Os efeitos secundários da condenação podem ser classificados em penais e extrapenais. 
Além da imposição da pena (efeito principal), são também efeitos da sentença condenatória (secundários): a obrigação de reparar o dano decorrente do ilícito, a perda dos instrumentos e produtos do crime, do cargo ou função pública em algumas hipóteses, o lançamento do nome deste no rol dos culpados após o trânsito em julgado da sentença etc. O art. 15, III, da Constituição Federal determina ainda que, com o trânsito em julgado, ocorrerá a suspensão dos direitos políticos do condenado, enquanto durarem os efeitos da condenação. 
· Na esfera cível poderá: 
a) Executar o quantum mínimo indenizatório;
b) Fazer a liquidação da sentença por artigos;
c) Ajuizar ação civil ex delicti para discutir dano (o seu valor e não a sua ocorrência).
· Os produtos e o proveito do crime somente serão confiscados em favor da União se não puderem ser restituídos ao prejudicado ou terceiro de boa-fé. A perda dos instrumentos do crime é automática, decorrendo do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
No caso da Lei de Drogas, ao contrário, todos os veículos, maquinismos e instrumentos em geral, empregados na prática de tráfico ilícito de entorpecentes, em havendo condenação do agente, serão sempre confiscados pela União, ainda que seu porte não constitua fato ilícito. 
· É PRESSUPOSTO PARA REINCIDÊNCIA:
· ART. 63 CPP- VERIFICA-SE A REINCIDÊNCIA QUANDO O AGENTE COMETE NOVO CRIME, DEPOIS DE TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA QUE, NO PAÍS OU NO ESTRANGEIRO, O TENHA CONDENADO POR CRIME ANTERIOR. 
· ART. 64 CPP- PARA EFEITO DE REINCIDÊNCIA: 	
I - NÃO PREVALECE A CONDENAÇÃO ANTERIOR, SE ENTRE A DATA DO CUMPRIMENTO OU EXTINÇÃO DA PENA E A INFRAÇÃO POSTERIOR TIVER DECORRIDO PERÍODO DE TEMPO SUPERIOR A 5 (CINCO) ANOS, COMPUTADO O PERÍODO DE PROVA DA SUSPENSÃO OU DO LIVRAMENTO CONDICIONAL, SE NÃO OCORRER REVOGAÇÃO; 
· POSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO DO SURSIS PENAL:
· Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:  	
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; 
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
· REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL:
· Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: 	
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; 	
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código.
· Assim, compreende-se que o Juiz também pode declarar, na sentença penal condenatória, a incapacidade do autor para o exercício da guarda da vítima, não obstante ausente previsão legal para esta hipótese específica.
· O veículo tem que ser utilizado como instrumento para a prática do crime. Exemplo é o agente que, dolosamente, se utiliza de um carro para atropelar uma pessoa. Será inabilitado. Só é aplicável ao crime doloso em que o veículo é utilizado como meio para seu cometimento, perdurando-se a inabilitação até a reabilitação do réu.
· SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS; (ART. 15, III CF)
· Cuida-se de efeito automático e inerente a toda e qualquer condenação.
· Declarada a extinção da pena, por seu cumprimento ou pela prescrição, o sujeito recupera, também automaticamente, os direitos políticos. 
· IMPEDIMENTO À NATURALIZAÇÃO; (ART. 12, II, B CF)
· A contrário senso, uma condenação penal transitada em julgado impede a pessoa de obter a naturalização.
· OUTROS EFEITOS PENAIS E EXTRAPENAIS ESPALHADOS PELA LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
NO RITO ORDINÁRIO
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA/QUEIXA: é uma decisão interlocutória simples; não recorrível; pode usar o HC; 
REJEIÇÃO DA DENÚNCIA: passível de ser recorrida por RESE;
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA: passível de ser recorrida por apelação
SENTENÇA CONDENATÓRIA: passível de recurso de apelação
· DECISÕES DO RITO DO JÚRI
· CPP - Art. 447.  O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento
· Art. 5º. XXXVIII CPP - e reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
∟ CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA.: Código Penal art. 121 à art. 127: homicídio; induzimento, instigação ou auxílio a suicídio; infanticídio; aborto provocado pela gestante OU com seu consentimento, aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante e aborto provocado com o consentimento da gestante. 
∟ CRIMES CONEXOS POR VIS ATRATIVA (CPP art. 78, I)
· Art. 78 CPP. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri;
∟ CRIMES PRETERDOLOSOS (CP ART. 19) 
· Não são julgados pelo Tribunal do Juri
· Há dolo no fato antecedente e culpa no consequente. (A morte é o resultado e não a pretensão inicial.)
· Art. 19CPP – Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
∟ LATROCÍNIO E GENOCÍDIO NÃO SÃO JULGADOS PELO TRIBUNAL DO JÚRI, MAS SIM PELO JUIZ SINGULAR.
ῑ PROCEDIMENTO
1ª FASE. JUDICIUM ACCUSATIONIS (sumária da culpa)
∟ tem início com o recebimento da denúncia e encerra-se com a preclusão da decisão de pronúncia ou impronuncia. 
∟ Tal etapa traduz atividade processual voltada para a formação de juízo de admissibilidade da acusação (juízo de prelibação), para saber se o caso pertence ou não ao Júri
∟ presidida por um juíz togado
∟ essa fase é marcada pelo princípio in dubio pro societate
2ª FASE: JUDICIUM CAUSAE (juízo da causa)
∟ se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem produzir em plenário e tem fim com o trânsito em julgado
∟ da decisão do Tribunal do Júri, haverá o julgamentodo mérito da pretensão punitiva (juízo de delibação).
· A ação penal começa com uma peça de acusação que não pede a condenação do acusado e sim que a pessoa seja submetida ao rito do Juri. (ou seja, na denúncia o MP pede o conhecimento da competência do Juri, para depois, a condenação em plenário.)
· RITO DO JÚRI – 1ª FASE:
ῑ PRONÚNCIA – IN DUBIO PRO SOCIETATE
· Art. 413, CPP. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. 	
§ 1º - A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. 	
§ 2º - Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória. 	
§ 3º - O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código. 
∟ Pronúncia é uma decisão interlocutória mista não terminativa por meio da qual o juiz, convencido da prova da existência do crime e de haver indícios suficientes de autoria (autor ou partícipe), encaminha o processo para julgamento perante o Plenário
∟ quando o juiz de direito pronuncia, ele admite a acusação no todo ou em parte
∟ Nesta decisão o juiz admite que estar diante de um crime doloso contra vida, tentado ou consumado e que tem indícios de materialidade e autoria. 
∟ em caso de dúvida, deve o juiz pronunciar o réu, para não subtrair a apreciação da causa do Tribunal do Júri, juiz natural dos crimes dolosos contra a vida. (diz-se, pois, que nessa etapa vigora o princípio in dubio pro societate, ou seja, na dúvida o juiz manda o réu a Júri.)
∟É a pronúncia que dá os limites da acusação em plenário, por isso o Juiz deverá se limitar, colocando apenas o dispositivo legal (classificação do crime – art. 121 a 127, CP) em cuja sanção está sujeito o acusado, bem como se o delito foi cometido na modalidade simples ou doloso e, por fim, quais as qualificadoras e causas de aumento de pena presentes (art. 413, § 1º).
∟Na medida em que o acusado deve ter em conta, para o exercício da defesa, o fato que lhe foi imputado e não a tipificação indicada na denúncia, o juiz poderá dar-lhe definição jurídica diversa da constante da acusação (emendatio libelli — art. 383 do CPP), ainda que o réu fique sujeito a pena mais grave (art. 418).
∟ é uma dec. Mista não terminativa, recorrível por RESE
∟cabe retratação
∟ EFEITOS DA PRONÚNCIA:
· Submete o acusado ao julgamento do Juri
· Limita a acusação 
· Interrompe a prescrição 
· Outras providências:
a) A manifestação fundamentada do juiz acerca da necessidade de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada ou, em se cuidando de réu solto, sobre o cabimento da prisão preventiva ou de outra medida cautelar.
∟ Pronúncia não é mais motivo para prender ninguém. Ela abre a possibilidade da discussão sobre prisão x liberdade provisória, diferentemente do que acontecia anteriormente, uma vez que até 2008 pronuncia = decreto prisional.
b) O arbitramento de fiança, se a natureza do crime admitir a medida de contracautela, como condição para a concessão ou manutenção da liberdade provisória (art. 413, § 2º). 
ῑ IMPRONÚNCIA
· Art. 414, CPP. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova.
∟Por via de tal decisão, o julgador reconhece inexistir justa causa para submeter o acusado a julgamento popular. O réu, portanto, não vai a Júri.
∟Essa decisão, de natureza interlocutória mista terminativa, não faz coisa julgada material, apenas formal. Assim, em surgindo nova prova, poderá a qualquer tempo ser proposta nova ação (art. 414, parágrafo único), desde que não se tenha operado causa extintiva da punibilidade (prescrição, morte do réu etc.).
∟ OBS: OS CRIMES CONEXOS DO JURI NÃO SOFREM IMPRONUNCIA OU ABSOLVIÇAO SUMÁRIA, DEVENDO SER REMETIDOS PARA VARA COMPETENTE. (Proferindo o magistrado decisão de impronúncia em relação ao crime doloso contra a vida, não pode se manifestar, desde logo, com referência ao crime conexo que não possua essa natureza. Relativamente a este, deverá, pois, aguardar o trânsito em julgado da sentença de impronuncia para somente julgá-lo, se for o competente, ou então remetê-lo à apreciação do juiz que o seja. Nessa hipótese, portanto, o delito conexo não será julgado pelo tribunal popular, mas sim pelo juiz singular); (A respeito dos crimes conexos, deve-se observar a mesma regra prevista para a decisão de impronúncia, onde o juiz da 1ª fase, após a decisão que decretar a absolvição sumária, deve em regra remeter a julgamento do juiz ordinário competente.)
∟ recorrível por apelação
ῑ ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
· Art. 415, CPP. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 	
I – provada a inexistência do fato; matéria de fato 	
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; matéria de fato 	
III – o fato não constituir infração penal; matéria de direito 	
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. matéria de direito 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26, CP, salvo quando esta for a única tese defensiva.
∟ É a sentença definitiva proferida pelo juiz, por meio da qual a pretensão punitiva é julgada improcedente 
∟ Caso a circunstância dirimente em questão seja a inimputabilidade por doença ou perturbação da saúde mental ou, ainda, por desenvolvimento incompleto ou retardado (art. 26 do CP), o juiz deverá absolver sumariamente o acusado apenas se não houver outra tese defensiva (art. 415, parágrafo único). Essa distinção justifica-se pela circunstância de que o reconhecimento da inimputabilidade sujeita o agente à medida de segurança (absolvição sumária imprópria). Assim, se o réu assume a autoria do crime e sua defesa se limita a alegar inimputabilidade por doença mental, o juiz, caso provada a inimputabilidade, absolverá sumariamente o réu e aplicará a medida de segurança.
∟ Por tratar-se de sentença definitiva, a absolvição sumária produz coisa julgada material, recorrível por apelação 
ῑ DECISÃO DESCLASSIFICATÓRIA: 
· Art. 419, CPP. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja. 	
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste ficará o acusado preso.
∟ Quando o juiz não concordar com a classificação feita na denúncia ou queixa, ele poderá corrigir a inicial (emendatio libelli, art. 383, CPP), fazendo a adequação que lhe parecer mais correta, independentemente de qualquer providência, uma vez que a parte (o réu, no caso) defende-se do fato imputado, e não de sua classificação. Se houver, com a desclassificação, modificação de competência, deve o juiz encaminhar os autos ao juiz competente (art. 383, § 2º, CPP).
∟ é uma decisão interlocutória mista não terminativa, recorrível por RESE
ῑ PROCEDIMENTO DO JURI OBS:
∟ A decisão que rejeita a denúncia é uma decisão mista terminativa e a que recebe é uma decisão simples.
∟ Obs: despronúncia: reforma da pronúncia atacada por recurso (Juiz se retrata ou Tribunal reforma).
Trata-se da reforma da decisão de pronúncia, quando do julgamentodo recurso em sentido estrito. A pronúncia é alterada para impronunciar o réu. 
O juiz inicialmente concluiu pela existência de indícios suficientes para levar o acusado ao julgamento pelo plenário, mas diante do recurso da parte passiva (réu) advém decisão alterando o entendimento primário para considerar que não existem provas sobre os elementos necessários para a pronúncia.
Existem duas possibilidades de despronúncia: (a) o juiz, em razão do juízo de retratação inerente ao RESE, volta atrás e despronuncia; (b) o Tribunal, ao julgar o RESE, reforma a decisão de pronúncia para impronunciar o réu (ou seja, para despronunciar).
· RITO DO JÚRI – 2ª FASE:
ῑ PLENÁRIO 
∟ Se inicia com o trânsito em julgado da pronúncia.
∟ Órgão de julgamento: composto por 25 juízes leigos e 1 juiz togado, sendo 7 escolhidos para compor o pleno. Proferem decisão complexa e subjetivamente plúrima.
∟daqui sai uma decisão mista
∟ serão feita as perguntas com os quesitos:
· Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre: 
I – a materialidade do fato; 
II – a autoria ou participação; 
III – se o acusado deve ser absolvido; (absolvição)
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; 
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.
 ∟ o juiz tocago interpretará o resultado da votação dos quesitos
 
ῑ CONDENAÇÃO
∟ é a repetição do art. 387, CPP
∟ O jurado conhece o fato.
· Art. 492, CPP. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: 
I – no caso de condenação:	
a) fixará a pena-base; 	
b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates; 	
c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo júri; 	
d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código; 	
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva; 	
f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação; 
∟ é uma sentença nos moldes do art 387 CPP, com os mesmo efeitos, sendo cabível o recurso de apelação.
ῑ ABSOLVIÇÃO 
∟é a repetição do art. 386, CPP
∟ O jurado não conhece algum quesito.
· Art. 492, CPP. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: 
II – no caso de absolvição: 	
a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso; 	
b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas; 	
c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível. 
∟ é uma sentença nos moldes do art 387 CPP, com os mesmo efeitos, sendo cabível o recurso de apelação.
ῑ DESCLASSIFICAÇÃO EM PLENÁRIO
∟ Os jurados decidem que foi outro crime diverso de crime doloso contra a vida. 
∟ Neste caso declina-se a competência do Tribunal do Juri (juízes leigos) para o Juiz presidente do Tribunal, que julgará sozinho e na hora. Sendo hipótese de crime de menor potencial ofensivo, esse mesmo juiz julgará aplicando a lei 9.099/95, ao invés de remeter ao JECrim.
· Art. 492, § 1º - Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099/95.
§ 2º - Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
· RITO SUMARÍSSIMO
ῑ COMPETÊNCIA
· Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
∟consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, no âmbito estadual, todas as contravenções penais (pena de prisão simples) e os crimes (pena de reclusão ou detenção) cuja pena máxima (em abstrato) não exceda 2 anos (com ou sem previsão de multa cumulativa). 
∟ Quanto ao montante da pena, há de se ressalvar que a existência de causa de aumento que torne a pena máxima superior a 2 anos exclui a competência do juizado. O mesmo não ocorre em relação às agravantes genéricas, uma vez que o reconhecimento destas não permite a aplicação da pena acima do máximo legal.
∟ São também aplicáveis os institutos da Lei n. 9.099/95 às autoridades que gozam de foro por prerrogativa de função que venham a cometer infração de menor potencial ofensivo. Nesse caso, a aplicação dos dispositivos legais será feita diretamente pelo tribunal competente.
∟ O art. 94 do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/2003) determinou a aplicação do procedimento da Lei n. 9.099/95 aos crimes nele previstos, cuja pena máxima não ultrapasse quatro anos. Esse dispositivo simplesmente permite a aplicação do rito sumaríssimo, após o recebimento da denúncia, nos crimes contra os idosos, e não da transação penal, já que tal texto não trouxe nova definição de infração de menor potencial ofensivo. (A intenção do dispositivo é apenas a de dar maior celeridade ao procedimento judicial, em face da peculiaridade da vítima idosa, e não de tornar menos gravosos tais delitos.)
∟ A Lei n. 11.340/2006, que trata da questão da violência doméstica e familiar contra a mulher, estabelece, em seu art. 41, que, independentemente da pena, não se aplica a Lei n. 9.099/95 às infrações penais dessa natureza. 
∟ O art. 90-A da Lei n. 9.099/95, introduzido pela Lei n. 9.839/99, estabelece que suas disposições não se aplicam no âmbito da Justiça Militar.
ῑ FASES:
1ª FASE = PRELIMINAR OU NÃO PROCESSUAL
∟ dispensou-se a instauração do inquérito policial para apurar as infrações de menor potencial ofensivo, em seu lugar foi instituído o termo circunstanciado que o delegado deve lavrar assim que tomar conhecimento da ocorrência do ilícito penal.
∟ O referido termo, portanto, deve apontar as circunstâncias do fato criminoso e os elementos colhidos quanto à autoria, para que o titular da ação possa formar a opinio delicti.
∟ Concluída a lavratura do termo circunstanciado, a autoridade deverá encaminhá-lo ao JECrim. 
∟ A audiência preliminar é designada para analisar a conveniência/possibilidade da propositura da ação penal. Nela tenta-se a composição civil e a transação penal.
∟esta fase está voltada à justiça restaurativa e a relativização do princípio da obrigatoriedade da ação penal, podendo ocorre:
1. COMPOSIÇÃO CIVIL:
· Quando for A.P.Pub. Condicionada ou ação privada
· Será homologada por sentença irrecorrível que terá status de título executivo
· Importa em renúncia ao direito de representação e ao direito queixa-crime 
Problema do art. 104 §único CP pois fala que o recebimento de indenização não importa a renúncia, daí surge um conflito com o art. 74 da Lei 9099/95. Sendo assim, o art. 104 se aplica apenas aos crimes que não são submetidos ao rito do JECRIM.
· Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.
· Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarretaa renúncia ao direito de queixa ou representação.”
2. TRANSAÇÃO PENAL
· O orgão de acusação (MP) oferecerá proposta de antecipação “medidas despenalizadoras” que, na vdd, é direito subjetivo do autor dos fatos, quando presente os pressupostos legais.
· O acordo será homologado por sentença que poderá ser recorrível por apelação [art. 82 da Lei 9099/95)
· Lembrar que, aqui não ocorre a antecipação da tutela de culpa, ou seja, não se torna antecedente criminal, não há nem ação penal
· REQUISITOS: 
1) NÃO TER O AGENTE SIDO CONDENADO EM DEFINITIVO PELA PRÁTICA DE CRIME À PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.;
∟ prevalece o entendimento de que a transação, em tese, volta a ser cabível após o decurso do prazo de 5 anos, a contar do cumprimento da pena privativa de liberdade 
∟ A condenação anterior à pena privativa de liberdade pela prática de contravenção penal não impede o benefício.
2) NÃO TER O AGENTE SIDO CONTEMPLADO COM OUTRA TRANSAÇÃO PENAL NO PRAZO DE 5 ANOS.;
3) TEREM A PERSONALIDADE, A CONDUTA SOCIAL DO AGENTE, OS SEUS ANTECEDENTES, OS MOTIVOS E AS CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO INDICADO QUE A MEDIDA É SUFICIENTE PARA A REPRESSÃO E PREVENÇÃO DO DELITO.;
2ª FASE = FASE JUDICIAL
∟ é distribuida da seguinte maneira:
1º. Recebimento ou rejeição da denúncia ou queixa;
2º. Possibilidade de sursis processual;
3º. Audiência UMA
∟ fato -> depol -> tc -> jecrim -> a.p.pub ou a.p.priv -> comp. Civil ou tp ou inicio da a.p (sursis ou aij) -> decisões
∟ os atos ocorrem – em tese – em uma audiência UMA
∟ oferecimento da denúncia ou queixa -> recebimento ou rejeição -> proposta de sursis processual -> oitiva: vítima e testemunhas -> interrogatório e memoriais -> sentença
ῑ DECISÕES NO CURSO DO RITO SUMARÍSSIMO 
1. HOMOLOGAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CIVIL: 
∟ não possui efeito penal ou extrapenal.
∟ sua força é apenas para sustar a ação penal e a transformar em título executivo.
∟ a homologação do acordo que gera a extinção da punibilidade do autor da infração e não seu efetivo cumprimento. Assim, se o autor da infração, posteriormente, não honrar o acordo, nada mais poderá ser feito em matéria criminal, restando à vítima o consolo de executá-lo na esfera cível, uma vez que o art. 74, caput, da Lei n. 9.099/95 lhe confere eficácia de título executivo judicial.
2. HOMOLOGAÇÃO DA TRANSAÇÃO PENAL:
∟ A transação penal não possui efeito civil ou condenatório.
∟ a aceitação da transação penal não é reconhecimento de culpa pelo suposto infrator. (É, em verdade, uma forma de “acordo” em que ele opta por não enfrentar um processo criminal para não correr o risco de sair condenado ao final, se considerado culpado; ou se, mesmo que em seu íntimo saiba que não é culpado, simplesmente para não passar pelas agruras do processo criminal.)
∟ A sentença homologatória só tem força de produzir impedimento de que ele se beneficie de nova transação penal no prazo de 5 anos. 
∟ Não tem efeitos penais.
3. INTERLOCUTÓRIAS QUE IMPORTEM CONSTRANGIMENTO À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO:
∟ HC preventivo ou liberatório 
4. INTERLOCUTÓRIAS QUE IMPORTEM CONSTRANGIMENTO À OUTRO DIREITO DIFERENTE LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO:
∟ mandado de segurança
5. REJEIÇÃO DE DENÚNCIA OU QUEIXA:
∟ apelação do art. 82 
6. ABSOLVIÇÃO OU CONDENAÇÃO
∟ apelação do art 82
Processo no JECRIM
Audiência preliminar – antes do início da ação penal – art. 72 da Lei 9.099/99. Ainda não é rito sumaríssimo, tentativa de restaurar o conflito sem abertura de ação. Tudo o que acontecer nesta fase não tem sentença, reincidência, efeito penal ou extra penal, mas a decisão é definitiva.
Composição civil – que seria uma conciliação
Transação penal – o autor do fato transaciona com o MP
Audiência do rito sumaríssimo – fase judicial
Denúncia (ação publica) ou queixa (ação privada) -> aqui se inicia o rito sumaríssimo
Recebimento - da rejeição da denuncia/queixa cabe apelação (art. 82, L. 9099/95).
Instrução – oitava de testemunhas, vítimas
Sentença – condenatória, absolutória ou extintiva de punibilidade.
Execução da sanção penal
ῑ SURSIS PROCESSUAL 
∟ esta no inicio da ação penal
∟ Suspensão condicional da ação. O MP estará propondo a ação penal e estando presentes os requisitos do art. 89, ele propõe a suspensão condicional da ação. 
∟ Mitigação do princípio da obrigatoriedade e indisponibilidade da ação penal. 
∟ Apesar da lei 9.099 ter criado o JECRIM, quando ela cria o Sursis processual ela diz qualquer infração penal, qualquer procedimento que tenha pena em abstrato menor ou igual a 1 ano, ou seja, tem uma força que irradia para todo sistema penal brasileiro.
∟ Posso ter um crime, no tribunal de júri, onde possa ser aplicado o Sursis? Sim. Aborto do 124 e 125.
· PERÍODO DE PROVA: Suspensão da ação pelo prazo de 2 a 4 anos. 
· REQUISITOS: 
1. Objetivo – infração penal com pena mínima em abstrato menor ou igual a 1 ano. 
2. Subjetivo – não tenha condenação anterior, não seja reincidente em crime doloso e a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício
· MOMENTO PROCESSUAL :
∟ Início da ação penal com oferecimento da denúncia/queixa
∟ Tb pode ocorrer na mutatio/emendatio
· NO PERÍODO DE PROVA:
∟ não ocorrerá a prescrição
∟ o acusado deverá reparar o dano, ficar proibido de frequentar certos lugares, proibido de ausentar-se da comarca e deverá comparecer mensalmente ao juízo
∟ expirado o prazo, o juíz declarará a extinção de punibilidade
· NÃO OFERECIMENTO PELO MP:
∟ Aplica-se o disposto no art. 28, CPP (determina a remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça para que este decida).
∟ Réu pode fazer uso de habeas corpus (art. 647, CPP)
· HOMOLOGAÇÃO DA PROPOSTA:
∟ trata-se de uma decisão terminativa de mérito
∟ Suspende o prazo prescricional
∟ Não há efeitos penais como reincidência, maus antecedentes, questão indenizatória, etc.
· REVOGAÇÃO:
∟ Em caso de descumprimento, ocorrerá a revogação, voltando a correr a ação e a prescrição.
· SUSPENSÃO:
· Art.89 Da Lei 9.099/95. § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
ῑ APÓS O CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS OCORRERÁ A EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE DO AGENTE.
· TEORIA GERAL DOS RECURSOS (547 a 580 CPP)
∟ DEFINIÇÕES : É um dos instrumentos processuais de natureza voluntária ou necessária de reexame de uma mesma relação processual ainda não preclusa com finalidade de a reformar, invalidar, esclarecer ou confirmar.
∟ CLASSIFICAÇÃO
· LEGAIS OU CONSTITUCIONAIS – Os recursos legais são aqueles previstos na legislação infraconstitucional (Rese, Apelação, etc). Os Constitucionais estão previstos na Constituição, embora seu procedimento seja regulado em lei federal (ROC, Resp, Rext).
· VOLUNTÁRIOS OU NECESSÁRIOS – Voluntários são aqueles que a parte tem a faculdade de interpor, devido ao seu inconformismo. Necessários são um reexame como pressuposto de validade da decisão (ex: Sentença que concede HC só passa em julgado quando for julgada por uma banca criminal).
· ORDINÁRIOS OU EXTRAORDINÁRIOS - Ordinários são aqueles não há condição específica para sua interposição (Apelação não tem condição específica para ser interposta). Os Extraordinários, pressupõem uma condição anterior sem a qual eles não podem existir (ex: Rext, discute-se matéria de natureza Constitucional, que venha sido discutida e que tenha Repercussão Geral).
∟ PRESSUPOSTOS RECURSAIS:
· 1º juízo de admissibilidade: Juízo de Admissibilidade ou de Prelibação; Juízo “A Quo” (= “do qual”; “de onde se recorre”)
· 2º juízo de admissibilidade: Juízo “Ad Quem” (“para o qual”; “para onde se recorre”)
1. PRESSUPOSTOS RECURSAIS OBJETIVOS:
· PREVISÃO LEGAL: O recurso criminal é previsto pelo legislador em casos específicos, mas há decisões que não comportam qualquer meio recursal (ex: Decisão homologatória de acordono Jecrim).
· Unirrecorribilidade – Para cada decisão, há apenas um recurso.
· Fungibilidade – O Juiz aceita o recurso errado como o correto, dado que não haja erro grosseiro e má-fé.
· TEMPESTIVIDADE: É o manejo do recurso no prazo previsto em Lei. Ex: Embargos de Declaração (2 dias no CPP, 5 dias na Lei 9099/95).
· FORMALIDADE – Como deve ser feita a interposição:
· Se a interposição se dá por petição ou por termo;
· Apresentação das RAZÕES;
· Preparo, que é o pagamento da taxa de recurso. Somente o querelante paga o Preparo para recorrer.
2. PRESSUPOSTOS RECURSAIS SUBJETIVOS:
· LEGITIMIDADE: São as partes, autor e réu: Mp e Querelante; Réu e Querelado.
· Atenção para o RESE e Apelação subsidiária, que podem recorrer: ofendido ou vítima, pessoas do art. 31 CPP (CADI), quando o Ministério Público fica inerte.
· INTERESSE: Somente quem sucumbiu poderá articular o Recurso, pois tem interesse numa melhor situação jurídica.
∟ EFEITOS DOS RECURSOS:
1. DEVOLUTIVO: Todos terão efeito devolutivo, pois a matéria será reexaminada.
2. SUSPENSIVO: É A EXCEÇÃO. A decisão recorrida não surtirá efeito enquanto o recurso não for julgado.
3. REGRESSIVO: O juízo A Quo – o qual proferiu a decisão - terá a oportunidade de retratação.
4. EXTENSIVO: (Está diretamente ligado ao concurso de pessoas (art. 29)) Se em um processo que há vários réus respondendo pelo mesmo crime e um só recorrer e o recurso for sobre questões objetivas, p. ex, desclassificação, vale para todos, mas se for sobre questões subjetivas do réu, diz apenas sobe quem recorreu.

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