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Atividade - epidemiologia doença de chagas

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Discente: RIANNE FERREIRA FELIX 
 
CONTEÚDO: CONCEITOS USADOS NA SAÚDE PÚBLICA 
1. Cite um exemplo de problema de saúde no seu cotidiano utilizando o enfoque 
epidemiológico 
A dengue é um problema de saúde que assola todo o território brasileiro a muitos anos, 
os primeiros relatos da doença estão datados no final do século XIX no estado de 
Curitiba. O vetor (Aedes aegypti) responsável pela transmissão da doença é um 
problema não só pela dengue em si, isso porque o mosquito é responsável por transmitir 
outras doenças como: Febre amarela, Chikungunya e o Zika vírus. Em algum momento 
da história brasileira o mosquito foi erradicado (1955) através de medidas de controle, 
essas medidas foram adotadas a fim de controlar a transmissão da febre amarela. No 
final da década de 60 houve um relaxamento nessas medidas de controle, o que levou 
ao reaparecimento do vetor no território brasileiro. Hoje o mosquito é encontrado em 
todos os estados do Brasil. 
O estado de Pernambuco segundo o boletim epidemiológico publicado em dezembro 
de 2020 (volume 51) é o 3º estado do nordeste com o maior número de casos e taxa de 
ocorrência da enfermidade, estando atrás somente da Bahia e do Ceará. Apesar da 
redução do número de casos comparado ao mesmo período em 2019 o estado de 
Pernambuco além de enfrentar a pandemia do Covid-19 tem que lidar com a dengue. 
No ano de 2016 o estado de Pernambuco registrou até o dia 03/12/2016 111.616 casos 
suspeitos de dengue. Neste mesmo ano 45% dos 184 municípios pernambucanos 
apresentavam um número de insetos acima do tolerado pelas organizações 
internacionais e estavam em situação de risco muito alto de surto de doenças. A maioria 
desses municípios eram do interior do estado, porém o município de Camaragibe 
localizado na RMR tinha um número elevado de mosquito correndo um grande risco 
de surto. 
Camaragibe (cidade em que resido) enfrenta problemas com infestações do vetor até 
os dias de hoje. A Secretaria de Saúde do estado de Pernambuco possui a ciência do 
quantitativo de casos da doença registradas na cidade e classifica a região como ‘de 
risco’, os moradores mostram insatisfação através de denúncias em grandes emissoras 
de entretenimento (TV), porém a prefeitura do município diz que está estudando 
medidas de controle. 
A cidade de Camaragibe não possui saneamento básico, ou seja, em várias áreas é 
possível ver o esgoto a céu aberto, uma cena muito comum para que mora na cidade. 
Além disso atualmente a cidade está num esquema de racionamento de água o que leva 
a parte mais necessitada da população a juntar água da chuva de maneira inadequada, 
dessa forma favorecendo a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Por fim, a cidade 
conta com poucas unidades especializadas para o tratamento de doenças de uma forma 
geral, isso leva os moradores a buscar atendimento em hospitais de cidades vizinhas 
podendo gerar um aumento na lotação de unidades de saúde. 
O Poder público estadual e municipal precisa com urgência desenhar estratégias de 
prevenção e controle da doença, para melhorar a qualidade de vida dos moradores que 
vivem assombrados com a possibilidade de se contaminar. 
 
CONTEÚDO: PROCESSO SAÚDE E DOENÇA 
2. Qual sua definição de Saúde e de Agravo, por favor, exemplifique. 
→ Durante muito tempo a saúde foi dita como a ausência de doença, acredito que para 
algumas pessoas esse conceito ainda é válido, inclusive para mim ele foi verídico por 
algum tempo. A falta do conhecimento e a educação básica por vezes negligenciada 
leva a parte da sociedade a acreditar que ter saúde é apenas não está enfermo. 
Atualmente acredito que saúde é uma condição em que o indivíduo está em harmonia 
em diversos âmbitos: Físico – onde todo o funcionamento fisiológico está em ordem; 
Mental – onde a situação emocional do indivíduo se encontra em equilíbrio; 
Ambiental – onde o indivíduo deve está inserido num território com qualidade 
ambiental para que possa desenvolver um modo de vida mais sustentável e saudável; 
Social – onde o estilo de vida e o acesso a serviços de saúde qualidade são estáveis; e 
por fim ter Políticas públicas(ligados intimamente com o âmbito social) – que sejam 
funcionais para que o no âmbito social os serviços que são um direito da população 
sejam ofertados com qualidade. 
Infelizmente todo o território brasileiro sofre com a falta de políticas públicas 
funcionais, ou seja, ações que possam sair do papel e dar a qualidade de vida que 
população deveria ter. A falta dessas políticas acabar por gerar fatores determinantes e 
condicionantes para a falta da saúde, para um agravo ou ainda para uma doença. 
Para muitos estudiosos ter “saúde” está ligada as condições de vida do indivíduo e devo 
afirmar que concordo plenamente com esse pensamento, tendo em vista que o acesso 
a um serviço de saúde pública de qualidade reflete na prevenção e diagnósticos 
precoces de doenças dando assim uma maior qualidade de vida a população. 
Temos como exemplo o Reino Unido que tem um sistema de saúde pública semelhante 
à do Brasil, completamente gratuito e mantido pelos impostos pagos pela população. 
Os planos de saúde privado no Reino Unido são extremamente restrito e usado 
basicamente por pessoas que querem poder escolher seus médicos, em contraponto 
temos o Brasil que apesar de oferecer o mesmo tipo de sistema (gratuito) boa parte da 
população contratam planos privados por medo da superlotação, sucateamento e 
ineficiência do sistema. 
O Reino Unido ocupa a 13º posição no ranking de IDH (segundo a ONU) e tem a 
expectativa de vida média de 81,16 anos. Segundo o “Ipsos MORI Social Research 
Institute”, de 2013, sete entre dez adultos (69%) na Inglaterra afirmaram estar satisfeitos 
com o andamento atual do NHS (National Health Service). 
Já o Brasil ocupa a 84º posição no ranking de IDH (segundo a ONU) e a expectativa 
de vida de 75,46 anos. Segundo o “Datafolha”, de 2014, 93% dos eleitores brasileiros 
achavam os serviços públicos e privados de saúde no país são regulares, ruins ou 
péssimos. O SUS recebeu avaliação negativa de 87% da população. 
O exemplo desses dois países que possuem sistemas públicos de saúde semelhantes 
evidencia o quanto as questões sociais e as políticas públicas influenciam na saúde de 
uma população. 
→ Agravo é considerado todo e qualquer prejuízo a integridade física ou mental de um 
indivíduo, ocasionado num cenário nocivo. Como por exemplo acidentes, intoxicação 
química, abuso de drogas, agressões, maus tratos, homicídios, lesão autoprovocada. 
Também é considerado agravo doenças não infeciosas como: diabetes, depressão, 
hipertensão, câncer. 
Também é importante dizer que os agravos em saúde não ocorrem por acaso, existem 
fatores determinantes e condicionantes que evidenciam que a distribuição desigual desses 
danos está ligada a ação de fatores (nutricional, comportamental, social, psíquico, 
saneamento básico, condições de moradias etc.) que também se distribuem desigualmente 
na população. 
De acordo com a Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Art 3° “A saúde tem como 
fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o 
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer 
e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a 
organização social e econômica do País.”. 
Ou seja, a partir do momento em que o a qualidade de um desses fatores em especial o 
acesso aos bens e serviços essenciais são negligenciados por parte do Poder público isso 
se torna um condicionante para o agravo. 
 
CONTEÚDO: HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS E SUA PREVENÇÃO 
3. Fale da história da doença indicada para você abaixo: 
RIANNE FERREIRA FELIX - Doenças de Chagas 
Agente patológico: Trypanosoma cruzi 
• Fatores de risco 
Moradia (casa de taipa – paredes feitas de barro); 
Condições financeiras (viver na extremapobreza); 
Alimentos (caldo de cana e açaí); 
Localidade (Zonas Rurais). 
• História 
A doença de chagas é uma antropozoonose (doença primariamente de animais e que 
pode ser transmitida a humanos) considerada endêmica e assola 21 países da América 
Latina, é uma doença tropical causada por um parasita (Trypanosoma cruzi), 
considerada uma doença negligenciada pela OMS. 
Carlos Chagas – importante médico e cientista brasileiro, trabalhou como sanitarista e 
pesquisador na erradicação da malária no estado de São Paulo. Foi no ano de 1908, 
quando ele foi para o interior de Minas Gerais para trabalhar no apoio as melhorias das 
condições de saúde dos trabalhadores locais que ele detectou a presença de novos 
protozoários. Carlos Chagas observou que alguns insetos coexistiam nas moradias da 
população mais humilde e que esses insetos (barbeiro:Triatomíneos – vetor) se 
alimentavam do sangue humano durante o período noturno, foi ai que ele começou a 
pesquisar e detectou a presença de protozoários no intestino desses insetos, então ele 
criou uma hipótese onde um doença misteriosa com sintomas majoritariamente 
cardíacos que assolava aquela população estava ligada aos parasitas que habitavam o 
intestino dos insetos. 
Foi somente em 1909 que ele examinou uma criança que possuía sintomas diversos, e 
então ele achou em seu sangue os mesmos protozoários que observou nos intestinos 
dos insetos (barbeiro: Triatomíneos – vetor), dessa forma descobrindo uma nova 
doença que inicialmente chamou de ‘Tripanossomíase americana’. No mesmo ano 
Carlos Chagas publicou sua descoberta no volume de Memórias do Instituto Oswaldo 
Cruz, nessa publicação ele relatava a morfologia e o ciclo de vida do parasita. Após a 
publicação do artigo o episódio ganhou destaque na imprensa e não só na nacional e o 
próprio Oswaldo Cruz anunciou de forma formal à Academia Nacional de Medicina a 
descoberta feita por Carlos Chagas da Doença de Chagas (como ficou conhecida). 
A partir disso que os estudos sobre a nova doença ganharam força na pauta de pesquisa 
do Instituto Oswaldo Cruz e mobilizou vários cientistas, todos sobre a supervisão de 
Chagas, que passou a ter um grande destaque e assumir posições de importância na 
instituição. Além de se tornar importante cientificamente a descoberta deu início a um 
debate político sobre quais os rumos e problemas da nação brasileira que era uma 
jovem república na época. Segundo o cientista a descoberta não era apenas um novo 
problema de saúde pública, mas sim a evidência do ate então desconhecido e 
abandonado “Brasil dos sertões”. E foi assim que Chagas se tornou uma importante 
liderança no movimento que lutava em prol do saneamento rural brasileiro. 
Dados da OMS, divulgados na Argentina em 2005, indicam a existência de 16-18 milhões 
de infectados pelo Trypanosoma cruzi, contudo em recente publicação 
Dias Scielo estima-se que 12 a 14 milhões de indivíduos na América Latina são 
portadores da doença, sendo achados indivíduos contaminados em países da Europa e 
América do Norte, sendo em sua maioria o resultado da migração de indivíduos 
infectados que vão em busca de melhores condições de vida. Isso evidência a inexistência 
de inquérito epidemiológico recente e indicam, como apontado pela OMS, a necessidade 
ainda atual de conhecimento da prevalência e incidência da doença. 
• Características gerais: 
A doença de Chagas nada mais é que o efeito da infecção causada pelo protozoário 
flagelado Trypanosoma cruzi. Na ocasião da doença é possível ver duas fases clínicas: 
aguda e crônica. 
http://www.scielo.br/pdf/csp/v23s1/03.pdf
http://www.who.int/tdr/diseases/chagas/swg_chagas.pdf
→ Transmissão: As formas habituais da transmissão da doença de Chagas para o homem 
são: Vetorial – acontece através do contato homem – excretas contaminadas, é quando o 
barbeiro: Triatomíneos (inseto vetor) pica o homem e após sua picada defecam na região 
e dessa forma os parasitas penetram pelo orifício da picada ou por solução de 
continuidade deixada pelo ato de coçar o ferimento. Período de incubação - de 4 a 15 
dias.; 
Transfusional – acontece através do sangue e de hemoderivados (componentes do 
sangue) importante de propagação da doença nos centros urbanos, sendo considerada a 
principal forma de transmissão em países não endêmicos (Canadá, Espanha, EUA e 
outros). Uma forma de evitar esse tipo de transmissão é a atuação mais efetiva da 
vigilância sanitária sobre os serviços de hemoterapia públicos e privados. Período de 
incubação - de 30 a 40 dias ou mais; 
Transplacentária (congênita) – é considerado uma transmissão vertical que é quando a 
mãe passa uma doença para o seu feto seja no útero ou recém nascido no momento do 
parto, no caso da doença de Chagas é mais provável de ocorra no ultimo trimestre 
gestacional ou na passagem pelo canal de parto, entretanto a transmissão pode ocorrer em 
qualquer época da gestação.; 
Transmissão por via oral – ocorre pela ingestão de alimentos contaminados pelo agente 
patogênico. Esse tipo de transmissão pode acontecer com vários alimentos onde 
geralmente são encontrados vetores ou reservatórios infectados nas imediações da área 
de produção, manuseio ou utilização do alimento contaminado. Entre os alimentos, 
podem-se incluir sopas, caldos, sucos de cana, açaí, carne de caça semi crua etc. Período 
de incubação - de 3 a 22 dias.; 
Mecanismos de transmissão incomuns – são os acidentes de laboratório, por leite 
materno e transplante de órgãos. Período de incubação - até, aproximadamente, 20 dias. 
→ Aspecto clínico: basicamente ocorrem duas etapas fundamentais na infecção humana 
pelo Trypanosoma cruzi: Aguda – é a fase inicial quando o parasito esta circulante em 
toda corrente sanguínea, com frequência, nesta fase não há qualquer manifestação da 
doença, podendo passar desapercebida ou ainda os sinais e sintomas da doença podem 
desaparecer de forma espontânea evoluindo para a fase crônica ou levar ao óbito do 
paciente que tem a fase aguda muito grave. 
Crônica – nessa fase existem poucos parasitas circulantes, no início dessa fase ela 
costuma ser assintomática e não tem sinais de comprometimento cardíaco ou digestivo. 
Essa fase pode apresentar algumas formas, são elas: Forma indeterminada – quando o 
indivíduo infectado é assintomático e e não apresenta sinais de comprometimento do 
aparelho circulatório e do aparelho digestivo. O quadro poderá perdurar por toda a vida 
da pessoa ou pode evoluir tardiamente para a forma cardíaca, digestiva ou associada; 
Forma cardíaca – comprometimento do coração que geralmente avança até os quadros 
de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva. Essa forma ocorre em 
cerca de 30% dos casos crônicos e é a maior responsável pela mortalidade na doença de 
Chagas crônica; Forma digestiva – comprometimento do aparelho digestivo que 
geralmente evolui para megacólon ou megaesôfago. Acontece em mais ou menos 10% 
dos portadores; Forma associada – nada mais é do que as formas digestiva e cardíaca 
juntas, as lesões compatíveis com ambas as formas. 
→ Fases epidemiológicas(patogênese): A doença de Chagas tem sua disseminação 
altamente relacionada com o seu vetor (barbeiro) que é o principal responsável pela 
transmissão da doença. A partir disso é possível dizer que o período Pré-patogênico 
dessa doença está ligada ao seu vetor (barbeiro – Triatomíneos) que acontece através da 
inoculação do vírus quando o inseto infectado pica o homem. O barbeiro – Triatomíneos 
– é um inseto que tem um tempo de vida longo que pode variar entre 6 meses e 2 anos 
dependendo da espécie, o animal se infecta quando se alimenta de sangue humano ou 
animal (reservatório) já infectado e a partir daí o parasita (T. cruzi) coloniza o seu trato 
digestivo do inseto que irá se alimentar de sangue humano outra vez em alguém 
momento assim transmitindo a doença. 
Já o período Pré-patogênico se inicia quando o parasita(T. cruzi) interage com as células 
do hospedeiro logo após a sua eliminação pelos excrementos no seu vetor, assim que o 
parasita penetra no local da picada a interação com as células do sistema mononuclear 
fagocitário da região da picada do inseto (vetor). A partir dai se inicia o ciclo biológico 
do parasita no seu hospedeiro. 
Fase aguda – depois que o T. cruzi entra no hospedeiro ele pode parasitar qualquer célula, 
sendo as mais frequentes os macrófagos, células de Schwann, micróglia, fibroblastos e 
células musculares (lisas e estriadas). Nessa fase da infecção o macrófago é a célula que 
tem mais chances de adesão, o parasito ao se multiplicar corre o risco de degeneração, da 
mesma forma com a célula hospedeiro – se isso acontecer o parasito é liberado no 
interstício. Em consequência disso antígenos íntegros ou degradados e outras substâncias 
são liberadas pela célula hospedeira e com isso uma inflamação aguda local pode se 
estabelecer, apesar disso os parasitos não ficam no local da inflamação eles vão parasitar 
aleatoriamente qualquer órgão. 
Na fase aguda o parasitismo é muito intenso onde o parasito pode ser encontrado em 
grande quantidade, podendo ocorrer morte do hospedeiro (principalmente em crianças). 
Porém não são todos os indivíduos infectados que apresentam sintomas nessa fase o que 
torna a identificação da doença mais difícil, aqueles que manifestam sintomas também 
encontram dificuldades no seu diagnóstico isso porque os sintomas (Febre prolongada, 
dor de cabeça, fraqueza, náuseas) nessa fase são confundidos com os de outras doenças 
por não serem específicos. 
Quando o hospedeiro desenvolve resposta imune eficaz a parasitemia diminui e a infeção 
acaba por se tornar crônica. 
Fase crônica – nessa fase o número de parasitas em circulação é pequeno, a evolução e 
o desenvolvimento das formas clínicas ocorrem de forma lenta. A patogenia da doença 
de Chagas parece bem mais complexa, sendo diferente dependendo das formas: Forma 
indeterminada – indivíduos que sobrevivem a fase aguda assintomática ou sintomática 
evoluem para a fase crônica e podem permanecer assintomáticos ou com infecção latente 
por muitos anos ou pela vida toda; Forma cardíaca – pacientes podem ter cardiopatia 
chagásica crônica sintomática que pode ocasionar a morte, de forma geral o coração se 
mostra maior (cardiomegalia), de forma microscópica são encontrados raros parasitos na 
forma de amastigotas; Forma digestiva – de forma geral os pacientes apresentam a 
dilatação permanente do tubo digestivo, além das alterações mucosas (ulceras, pólipos), 
de forma microscópica as lesões são caracterizadas por raro parasitismos; 
Acreditava-se numa teoria da autoimunidade relacionada a doença de Chagas, que 
dominou o cenário do conhecimento desde 1970 até o presente. Mais recentemente se 
vem atribuindo a miocardiopatia chagásica crônica a múltiplos fatores como 
imunodepressão, fibrose e dilatação da microvasculatura associadas a uma resposta 
inadequada do hospedeiro – ou seja, as respostas imunitárias do hospedeiro é importante. 
→ Tratamento: os compostos medicamentosos hoje disponíveis no mercado são 
atualmente recomendados em ambas as fases da doença, porém as taxas de cura são 
menores durante a fase crônica, daí a importância da sua descoberta precoce. Além do 
tratamento medicamentoso é necessário um tratamento realizado com uma equipe de 
multiprofissionais a fim de garantir a qualidade de vida do portador da doença de Chagas. 
→ Cura: O diagnóstico precoce possibilita o início do tratamento, que quanto antes 
acontecer maiores serão as chances de cura. Quanto maior o tempo de infecção, menores 
as chances e mais difícil será visualizar a efetividade do tratamento, porque mesmo 
estando curado, você continuará gerando anticorpos. A doença de Chagas não possui 
critérios clínicos que possibilitem definir com exatidão a cura de pacientes. A cura é a 
resultado negativo do exame sorológico, que maioria dos casos ocorre em até 5 anos após 
o tratamento. 
→ Prevenção: É baseado principalmente nas ações de controle do vetor – inseto 
(barbeiro) – para impedir a proliferação, assim diminuindo as chances de infecção, para 
esse controle específico de vetores que aparecem em residências o Ministério da Saúde 
adota algumas medidas, como utilização de inseticidas de ação residual. Além disso o 
trabalho de educação juntamente com a população nunca deve ser esquecido, ações de 
controle devem ser ensinadas para que a população esteja ciente dos cuidados que deve 
tomar. 
Dentre as medidas de prevenção estão: melhoramento das moradias (evitar brechas, 
rachaduras e frestas); telas de proteção em janelas e portas; evitar juntar entulhos, lenha 
ou telhas nos arredores da casa (pois além do barbeiro outros vetores de outras doenças 
se aproveitam dessa situação); limpeza periódica na casa e nos arredores; passar os 
conhecimentos básicos sobre a doença, transmissor e sobre as medidas preventivas para 
as pessoas próximas; entrar em contato com a vigilância sanitária ou o serviço de saúde 
mais próximo se suspeitar de algo. 
Além disso estudos ligados aos aspectos ambientais podem apontar regiões que 
necessitam do controle através de agentes químicos. 
→ Promoção: A doença de Chagas é dita como uma doença negligenciada e possui 
aspectos ligados a mortalidade isso representa um desafio pois além do tratamento 
medicamentoso existe uma necessidade de abordar a melhoria da qualidade de vida. 
Dessa forma a educação relacionada a saúde se torna um componente chave na 
promoção a saúde, sendo um processo de troca cultural (não só de informações) onde 
cientistas, profissionais de saúde, educação e os trabalhadores rurais e suas famílias 
(população mais afetada) possam desenvolver uma participação social ativa, 
promovendo soluções sustentáveis que poderão ser construídas coletivamente e o 
processo vai ser modificado no sentido da saúde de forma gradual, porém duradoura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas. 
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Chagas – Fiocruz Minas. Fiocruz.br. Disponível em: 
<http://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/descoberta-da-doenca-de-chagas-o-macaco-o-gato-e-o-
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GARCIA, Sérgio Britto. Doença de Chagas: os 100 anos da descoberta e a atualidade do 
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