Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Discente: RIANNE FERREIRA FELIX CONTEÚDO: CONCEITOS USADOS NA SAÚDE PÚBLICA 1. Cite um exemplo de problema de saúde no seu cotidiano utilizando o enfoque epidemiológico A dengue é um problema de saúde que assola todo o território brasileiro a muitos anos, os primeiros relatos da doença estão datados no final do século XIX no estado de Curitiba. O vetor (Aedes aegypti) responsável pela transmissão da doença é um problema não só pela dengue em si, isso porque o mosquito é responsável por transmitir outras doenças como: Febre amarela, Chikungunya e o Zika vírus. Em algum momento da história brasileira o mosquito foi erradicado (1955) através de medidas de controle, essas medidas foram adotadas a fim de controlar a transmissão da febre amarela. No final da década de 60 houve um relaxamento nessas medidas de controle, o que levou ao reaparecimento do vetor no território brasileiro. Hoje o mosquito é encontrado em todos os estados do Brasil. O estado de Pernambuco segundo o boletim epidemiológico publicado em dezembro de 2020 (volume 51) é o 3º estado do nordeste com o maior número de casos e taxa de ocorrência da enfermidade, estando atrás somente da Bahia e do Ceará. Apesar da redução do número de casos comparado ao mesmo período em 2019 o estado de Pernambuco além de enfrentar a pandemia do Covid-19 tem que lidar com a dengue. No ano de 2016 o estado de Pernambuco registrou até o dia 03/12/2016 111.616 casos suspeitos de dengue. Neste mesmo ano 45% dos 184 municípios pernambucanos apresentavam um número de insetos acima do tolerado pelas organizações internacionais e estavam em situação de risco muito alto de surto de doenças. A maioria desses municípios eram do interior do estado, porém o município de Camaragibe localizado na RMR tinha um número elevado de mosquito correndo um grande risco de surto. Camaragibe (cidade em que resido) enfrenta problemas com infestações do vetor até os dias de hoje. A Secretaria de Saúde do estado de Pernambuco possui a ciência do quantitativo de casos da doença registradas na cidade e classifica a região como ‘de risco’, os moradores mostram insatisfação através de denúncias em grandes emissoras de entretenimento (TV), porém a prefeitura do município diz que está estudando medidas de controle. A cidade de Camaragibe não possui saneamento básico, ou seja, em várias áreas é possível ver o esgoto a céu aberto, uma cena muito comum para que mora na cidade. Além disso atualmente a cidade está num esquema de racionamento de água o que leva a parte mais necessitada da população a juntar água da chuva de maneira inadequada, dessa forma favorecendo a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Por fim, a cidade conta com poucas unidades especializadas para o tratamento de doenças de uma forma geral, isso leva os moradores a buscar atendimento em hospitais de cidades vizinhas podendo gerar um aumento na lotação de unidades de saúde. O Poder público estadual e municipal precisa com urgência desenhar estratégias de prevenção e controle da doença, para melhorar a qualidade de vida dos moradores que vivem assombrados com a possibilidade de se contaminar. CONTEÚDO: PROCESSO SAÚDE E DOENÇA 2. Qual sua definição de Saúde e de Agravo, por favor, exemplifique. → Durante muito tempo a saúde foi dita como a ausência de doença, acredito que para algumas pessoas esse conceito ainda é válido, inclusive para mim ele foi verídico por algum tempo. A falta do conhecimento e a educação básica por vezes negligenciada leva a parte da sociedade a acreditar que ter saúde é apenas não está enfermo. Atualmente acredito que saúde é uma condição em que o indivíduo está em harmonia em diversos âmbitos: Físico – onde todo o funcionamento fisiológico está em ordem; Mental – onde a situação emocional do indivíduo se encontra em equilíbrio; Ambiental – onde o indivíduo deve está inserido num território com qualidade ambiental para que possa desenvolver um modo de vida mais sustentável e saudável; Social – onde o estilo de vida e o acesso a serviços de saúde qualidade são estáveis; e por fim ter Políticas públicas(ligados intimamente com o âmbito social) – que sejam funcionais para que o no âmbito social os serviços que são um direito da população sejam ofertados com qualidade. Infelizmente todo o território brasileiro sofre com a falta de políticas públicas funcionais, ou seja, ações que possam sair do papel e dar a qualidade de vida que população deveria ter. A falta dessas políticas acabar por gerar fatores determinantes e condicionantes para a falta da saúde, para um agravo ou ainda para uma doença. Para muitos estudiosos ter “saúde” está ligada as condições de vida do indivíduo e devo afirmar que concordo plenamente com esse pensamento, tendo em vista que o acesso a um serviço de saúde pública de qualidade reflete na prevenção e diagnósticos precoces de doenças dando assim uma maior qualidade de vida a população. Temos como exemplo o Reino Unido que tem um sistema de saúde pública semelhante à do Brasil, completamente gratuito e mantido pelos impostos pagos pela população. Os planos de saúde privado no Reino Unido são extremamente restrito e usado basicamente por pessoas que querem poder escolher seus médicos, em contraponto temos o Brasil que apesar de oferecer o mesmo tipo de sistema (gratuito) boa parte da população contratam planos privados por medo da superlotação, sucateamento e ineficiência do sistema. O Reino Unido ocupa a 13º posição no ranking de IDH (segundo a ONU) e tem a expectativa de vida média de 81,16 anos. Segundo o “Ipsos MORI Social Research Institute”, de 2013, sete entre dez adultos (69%) na Inglaterra afirmaram estar satisfeitos com o andamento atual do NHS (National Health Service). Já o Brasil ocupa a 84º posição no ranking de IDH (segundo a ONU) e a expectativa de vida de 75,46 anos. Segundo o “Datafolha”, de 2014, 93% dos eleitores brasileiros achavam os serviços públicos e privados de saúde no país são regulares, ruins ou péssimos. O SUS recebeu avaliação negativa de 87% da população. O exemplo desses dois países que possuem sistemas públicos de saúde semelhantes evidencia o quanto as questões sociais e as políticas públicas influenciam na saúde de uma população. → Agravo é considerado todo e qualquer prejuízo a integridade física ou mental de um indivíduo, ocasionado num cenário nocivo. Como por exemplo acidentes, intoxicação química, abuso de drogas, agressões, maus tratos, homicídios, lesão autoprovocada. Também é considerado agravo doenças não infeciosas como: diabetes, depressão, hipertensão, câncer. Também é importante dizer que os agravos em saúde não ocorrem por acaso, existem fatores determinantes e condicionantes que evidenciam que a distribuição desigual desses danos está ligada a ação de fatores (nutricional, comportamental, social, psíquico, saneamento básico, condições de moradias etc.) que também se distribuem desigualmente na população. De acordo com a Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Art 3° “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.”. Ou seja, a partir do momento em que o a qualidade de um desses fatores em especial o acesso aos bens e serviços essenciais são negligenciados por parte do Poder público isso se torna um condicionante para o agravo. CONTEÚDO: HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS E SUA PREVENÇÃO 3. Fale da história da doença indicada para você abaixo: RIANNE FERREIRA FELIX - Doenças de Chagas Agente patológico: Trypanosoma cruzi • Fatores de risco Moradia (casa de taipa – paredes feitas de barro); Condições financeiras (viver na extremapobreza); Alimentos (caldo de cana e açaí); Localidade (Zonas Rurais). • História A doença de chagas é uma antropozoonose (doença primariamente de animais e que pode ser transmitida a humanos) considerada endêmica e assola 21 países da América Latina, é uma doença tropical causada por um parasita (Trypanosoma cruzi), considerada uma doença negligenciada pela OMS. Carlos Chagas – importante médico e cientista brasileiro, trabalhou como sanitarista e pesquisador na erradicação da malária no estado de São Paulo. Foi no ano de 1908, quando ele foi para o interior de Minas Gerais para trabalhar no apoio as melhorias das condições de saúde dos trabalhadores locais que ele detectou a presença de novos protozoários. Carlos Chagas observou que alguns insetos coexistiam nas moradias da população mais humilde e que esses insetos (barbeiro:Triatomíneos – vetor) se alimentavam do sangue humano durante o período noturno, foi ai que ele começou a pesquisar e detectou a presença de protozoários no intestino desses insetos, então ele criou uma hipótese onde um doença misteriosa com sintomas majoritariamente cardíacos que assolava aquela população estava ligada aos parasitas que habitavam o intestino dos insetos. Foi somente em 1909 que ele examinou uma criança que possuía sintomas diversos, e então ele achou em seu sangue os mesmos protozoários que observou nos intestinos dos insetos (barbeiro: Triatomíneos – vetor), dessa forma descobrindo uma nova doença que inicialmente chamou de ‘Tripanossomíase americana’. No mesmo ano Carlos Chagas publicou sua descoberta no volume de Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, nessa publicação ele relatava a morfologia e o ciclo de vida do parasita. Após a publicação do artigo o episódio ganhou destaque na imprensa e não só na nacional e o próprio Oswaldo Cruz anunciou de forma formal à Academia Nacional de Medicina a descoberta feita por Carlos Chagas da Doença de Chagas (como ficou conhecida). A partir disso que os estudos sobre a nova doença ganharam força na pauta de pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz e mobilizou vários cientistas, todos sobre a supervisão de Chagas, que passou a ter um grande destaque e assumir posições de importância na instituição. Além de se tornar importante cientificamente a descoberta deu início a um debate político sobre quais os rumos e problemas da nação brasileira que era uma jovem república na época. Segundo o cientista a descoberta não era apenas um novo problema de saúde pública, mas sim a evidência do ate então desconhecido e abandonado “Brasil dos sertões”. E foi assim que Chagas se tornou uma importante liderança no movimento que lutava em prol do saneamento rural brasileiro. Dados da OMS, divulgados na Argentina em 2005, indicam a existência de 16-18 milhões de infectados pelo Trypanosoma cruzi, contudo em recente publicação Dias Scielo estima-se que 12 a 14 milhões de indivíduos na América Latina são portadores da doença, sendo achados indivíduos contaminados em países da Europa e América do Norte, sendo em sua maioria o resultado da migração de indivíduos infectados que vão em busca de melhores condições de vida. Isso evidência a inexistência de inquérito epidemiológico recente e indicam, como apontado pela OMS, a necessidade ainda atual de conhecimento da prevalência e incidência da doença. • Características gerais: A doença de Chagas nada mais é que o efeito da infecção causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Na ocasião da doença é possível ver duas fases clínicas: aguda e crônica. http://www.scielo.br/pdf/csp/v23s1/03.pdf http://www.who.int/tdr/diseases/chagas/swg_chagas.pdf → Transmissão: As formas habituais da transmissão da doença de Chagas para o homem são: Vetorial – acontece através do contato homem – excretas contaminadas, é quando o barbeiro: Triatomíneos (inseto vetor) pica o homem e após sua picada defecam na região e dessa forma os parasitas penetram pelo orifício da picada ou por solução de continuidade deixada pelo ato de coçar o ferimento. Período de incubação - de 4 a 15 dias.; Transfusional – acontece através do sangue e de hemoderivados (componentes do sangue) importante de propagação da doença nos centros urbanos, sendo considerada a principal forma de transmissão em países não endêmicos (Canadá, Espanha, EUA e outros). Uma forma de evitar esse tipo de transmissão é a atuação mais efetiva da vigilância sanitária sobre os serviços de hemoterapia públicos e privados. Período de incubação - de 30 a 40 dias ou mais; Transplacentária (congênita) – é considerado uma transmissão vertical que é quando a mãe passa uma doença para o seu feto seja no útero ou recém nascido no momento do parto, no caso da doença de Chagas é mais provável de ocorra no ultimo trimestre gestacional ou na passagem pelo canal de parto, entretanto a transmissão pode ocorrer em qualquer época da gestação.; Transmissão por via oral – ocorre pela ingestão de alimentos contaminados pelo agente patogênico. Esse tipo de transmissão pode acontecer com vários alimentos onde geralmente são encontrados vetores ou reservatórios infectados nas imediações da área de produção, manuseio ou utilização do alimento contaminado. Entre os alimentos, podem-se incluir sopas, caldos, sucos de cana, açaí, carne de caça semi crua etc. Período de incubação - de 3 a 22 dias.; Mecanismos de transmissão incomuns – são os acidentes de laboratório, por leite materno e transplante de órgãos. Período de incubação - até, aproximadamente, 20 dias. → Aspecto clínico: basicamente ocorrem duas etapas fundamentais na infecção humana pelo Trypanosoma cruzi: Aguda – é a fase inicial quando o parasito esta circulante em toda corrente sanguínea, com frequência, nesta fase não há qualquer manifestação da doença, podendo passar desapercebida ou ainda os sinais e sintomas da doença podem desaparecer de forma espontânea evoluindo para a fase crônica ou levar ao óbito do paciente que tem a fase aguda muito grave. Crônica – nessa fase existem poucos parasitas circulantes, no início dessa fase ela costuma ser assintomática e não tem sinais de comprometimento cardíaco ou digestivo. Essa fase pode apresentar algumas formas, são elas: Forma indeterminada – quando o indivíduo infectado é assintomático e e não apresenta sinais de comprometimento do aparelho circulatório e do aparelho digestivo. O quadro poderá perdurar por toda a vida da pessoa ou pode evoluir tardiamente para a forma cardíaca, digestiva ou associada; Forma cardíaca – comprometimento do coração que geralmente avança até os quadros de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva. Essa forma ocorre em cerca de 30% dos casos crônicos e é a maior responsável pela mortalidade na doença de Chagas crônica; Forma digestiva – comprometimento do aparelho digestivo que geralmente evolui para megacólon ou megaesôfago. Acontece em mais ou menos 10% dos portadores; Forma associada – nada mais é do que as formas digestiva e cardíaca juntas, as lesões compatíveis com ambas as formas. → Fases epidemiológicas(patogênese): A doença de Chagas tem sua disseminação altamente relacionada com o seu vetor (barbeiro) que é o principal responsável pela transmissão da doença. A partir disso é possível dizer que o período Pré-patogênico dessa doença está ligada ao seu vetor (barbeiro – Triatomíneos) que acontece através da inoculação do vírus quando o inseto infectado pica o homem. O barbeiro – Triatomíneos – é um inseto que tem um tempo de vida longo que pode variar entre 6 meses e 2 anos dependendo da espécie, o animal se infecta quando se alimenta de sangue humano ou animal (reservatório) já infectado e a partir daí o parasita (T. cruzi) coloniza o seu trato digestivo do inseto que irá se alimentar de sangue humano outra vez em alguém momento assim transmitindo a doença. Já o período Pré-patogênico se inicia quando o parasita(T. cruzi) interage com as células do hospedeiro logo após a sua eliminação pelos excrementos no seu vetor, assim que o parasita penetra no local da picada a interação com as células do sistema mononuclear fagocitário da região da picada do inseto (vetor). A partir dai se inicia o ciclo biológico do parasita no seu hospedeiro. Fase aguda – depois que o T. cruzi entra no hospedeiro ele pode parasitar qualquer célula, sendo as mais frequentes os macrófagos, células de Schwann, micróglia, fibroblastos e células musculares (lisas e estriadas). Nessa fase da infecção o macrófago é a célula que tem mais chances de adesão, o parasito ao se multiplicar corre o risco de degeneração, da mesma forma com a célula hospedeiro – se isso acontecer o parasito é liberado no interstício. Em consequência disso antígenos íntegros ou degradados e outras substâncias são liberadas pela célula hospedeira e com isso uma inflamação aguda local pode se estabelecer, apesar disso os parasitos não ficam no local da inflamação eles vão parasitar aleatoriamente qualquer órgão. Na fase aguda o parasitismo é muito intenso onde o parasito pode ser encontrado em grande quantidade, podendo ocorrer morte do hospedeiro (principalmente em crianças). Porém não são todos os indivíduos infectados que apresentam sintomas nessa fase o que torna a identificação da doença mais difícil, aqueles que manifestam sintomas também encontram dificuldades no seu diagnóstico isso porque os sintomas (Febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza, náuseas) nessa fase são confundidos com os de outras doenças por não serem específicos. Quando o hospedeiro desenvolve resposta imune eficaz a parasitemia diminui e a infeção acaba por se tornar crônica. Fase crônica – nessa fase o número de parasitas em circulação é pequeno, a evolução e o desenvolvimento das formas clínicas ocorrem de forma lenta. A patogenia da doença de Chagas parece bem mais complexa, sendo diferente dependendo das formas: Forma indeterminada – indivíduos que sobrevivem a fase aguda assintomática ou sintomática evoluem para a fase crônica e podem permanecer assintomáticos ou com infecção latente por muitos anos ou pela vida toda; Forma cardíaca – pacientes podem ter cardiopatia chagásica crônica sintomática que pode ocasionar a morte, de forma geral o coração se mostra maior (cardiomegalia), de forma microscópica são encontrados raros parasitos na forma de amastigotas; Forma digestiva – de forma geral os pacientes apresentam a dilatação permanente do tubo digestivo, além das alterações mucosas (ulceras, pólipos), de forma microscópica as lesões são caracterizadas por raro parasitismos; Acreditava-se numa teoria da autoimunidade relacionada a doença de Chagas, que dominou o cenário do conhecimento desde 1970 até o presente. Mais recentemente se vem atribuindo a miocardiopatia chagásica crônica a múltiplos fatores como imunodepressão, fibrose e dilatação da microvasculatura associadas a uma resposta inadequada do hospedeiro – ou seja, as respostas imunitárias do hospedeiro é importante. → Tratamento: os compostos medicamentosos hoje disponíveis no mercado são atualmente recomendados em ambas as fases da doença, porém as taxas de cura são menores durante a fase crônica, daí a importância da sua descoberta precoce. Além do tratamento medicamentoso é necessário um tratamento realizado com uma equipe de multiprofissionais a fim de garantir a qualidade de vida do portador da doença de Chagas. → Cura: O diagnóstico precoce possibilita o início do tratamento, que quanto antes acontecer maiores serão as chances de cura. Quanto maior o tempo de infecção, menores as chances e mais difícil será visualizar a efetividade do tratamento, porque mesmo estando curado, você continuará gerando anticorpos. A doença de Chagas não possui critérios clínicos que possibilitem definir com exatidão a cura de pacientes. A cura é a resultado negativo do exame sorológico, que maioria dos casos ocorre em até 5 anos após o tratamento. → Prevenção: É baseado principalmente nas ações de controle do vetor – inseto (barbeiro) – para impedir a proliferação, assim diminuindo as chances de infecção, para esse controle específico de vetores que aparecem em residências o Ministério da Saúde adota algumas medidas, como utilização de inseticidas de ação residual. Além disso o trabalho de educação juntamente com a população nunca deve ser esquecido, ações de controle devem ser ensinadas para que a população esteja ciente dos cuidados que deve tomar. Dentre as medidas de prevenção estão: melhoramento das moradias (evitar brechas, rachaduras e frestas); telas de proteção em janelas e portas; evitar juntar entulhos, lenha ou telhas nos arredores da casa (pois além do barbeiro outros vetores de outras doenças se aproveitam dessa situação); limpeza periódica na casa e nos arredores; passar os conhecimentos básicos sobre a doença, transmissor e sobre as medidas preventivas para as pessoas próximas; entrar em contato com a vigilância sanitária ou o serviço de saúde mais próximo se suspeitar de algo. Além disso estudos ligados aos aspectos ambientais podem apontar regiões que necessitam do controle através de agentes químicos. → Promoção: A doença de Chagas é dita como uma doença negligenciada e possui aspectos ligados a mortalidade isso representa um desafio pois além do tratamento medicamentoso existe uma necessidade de abordar a melhoria da qualidade de vida. Dessa forma a educação relacionada a saúde se torna um componente chave na promoção a saúde, sendo um processo de troca cultural (não só de informações) onde cientistas, profissionais de saúde, educação e os trabalhadores rurais e suas famílias (população mais afetada) possam desenvolver uma participação social ativa, promovendo soluções sustentáveis que poderão ser construídas coletivamente e o processo vai ser modificado no sentido da saúde de forma gradual, porém duradoura. Referências Bibliográficas. Doença de Chagas | DNDi América Latina. DNDi América Latina. Disponível em: <https://www.dndial.org/doencas/doenca-chagas/>. Acesso em: 12 Feb. 2021. Portal Chagas. MeuSite. Disponível em: <http://chagas.fiocruz.br/a-descoberta/>. Acesso em: 12 Feb. 2021. Descoberta da Doença de Chagas – O macaco, o gato e o tatu e o doutor Carlos Chagas – Fiocruz Minas. Fiocruz.br. Disponível em: <http://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/descoberta-da-doenca-de-chagas-o-macaco-o-gato-e-o- tatu-e-o-doutor-carlos-chagas/>. Acesso em: 12 Feb. 2021. GARCIA, Sérgio Britto. Doença de Chagas: os 100 anos da descoberta e a atualidade do pensamento do seu descobridor. Arquivos de Gastroenterologia, v. 46, n. 4, p. 249– 251, 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 28032009000400001>. Acesso em: 12 Feb. 2021. CONTRIBUIDORES DOS PROJETOS DA WIKIMEDIA. Serviço Nacional de Saúde (Reino Unido). Wikipedia.org. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_Nacional_de_Sa%C3%BAde_(Reino_ Unido)>. Acesso em: 12 Feb. 2021. OECD Better Life Index. Oecdbetterlifeindex.org. Disponível em: <http://www.oecdbetterlifeindex.org/pt/paises/united-kingdom- pt/#:~:text=O%20Reino%20Unido%20est%C3%A1%20acima,equil%C3%ADbrio%20 vida%2Dtrabalho%20e%20moradia.>. Acesso em: 12 Feb. 2021. OECD Better Life Index. Oecdbetterlifeindex.org. Disponível em: <http://www.oecdbetterlifeindex.org/pt/paises/brazil-pt/>. Acesso em: 12 Feb. 2021. Portal Chagas. MeuSite. Disponível em: <http://chagas.fiocruz.br/sessao/historia/>. Acesso em: 12 Feb. 2021. MENDES, Rosilda; FERNANDEZ, Juan Carlos Aneiros ; SACARDO, Daniele Pompei. Promoção da saúde e participação: abordagens e indagações. Saúde em Debate, v. 40, n. 108, p. 190–203, 2016. Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/sdeb/2016.v40n108/190-203/>.Acesso em: 19 Feb. 2021. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE Organização Mundial da Saúde -Representação Brasil Saúde e doença na população 2. [s.l.]: , [s.d.]. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulo_principios_epidemiologia_2.pdf>. Acesso em: 19 Feb. 2021. COURA, JOSÉ RODRIGUES. Tripanosomose, doença de Chagas. Ciência e Cultura, v. 55, n. 1, p. 30–33, 2021. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009- 67252003000100022#:~:text=Durante%20a%20fase%20aguda%2C%20que,Chagas%2 0parece%20bem%20mais%20complexa.>. Acesso em: 19 Feb. 2021. Conselho Nacional de Saúde. Saude.gov.br. Disponível em: <https://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080.htm>. Acesso em: 19 Feb. 2021. BÔLLA, Kelly Daiane Savariz ; MILIOLI, Geraldo. A Questão Ambiental no CRAS: Promoção de Qualidade de Vida e Sustentabilidade. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, 2019. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414- 98932019000100157&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 19 Feb. 2021. SANTOS, Emily F.; SILVA, Ângelo A. O.; LEONY, Leonardo M.; et al. Acute Chagas disease in Brazil from 2001 to 2018: A nationwide spatiotemporal analysis. PLOS Neglected Tropical Diseases, v. 14, n. 8, p. e0008445, 2020. Disponível em: <https://journals.plos.org/plosntds/article?id=10.1371/journal.pntd.0008445>. Acesso em: 19 Feb. 2021. NEVES, David Pereira et al. Parasitologia humana. 13. ed. atual. São Paulo: Atheneu, 2016. ISBN 978-85-388-0715-5. Disponível em: <http://tga.blv.ifmt.edu.br/media/filer_public/31/76/3176ffaa-16bb-4615-b066- a81a5344d823/neves_-_parasitologia_humana_-_13ed_-_2016.pdf.>. Acesso em: 26 fev. 2021. DE MEIS, Juliana ; CASTRO, Rejane. MANUAL PARA DIAGNÓSTICO EM DOENÇA DE CHAGAS PARA MICROSCOPISTAS DE BASE DO ESTADO DO PARÁ. [s.l.]: , [s.d.]. Disponível em: <http://chagas.fiocruz.br/wp- content/uploads/2018/08/02-Manual-de-Chagas-Diagramado.pdf>. Acesso em: 06 mar. 2021.
Compartilhar