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Radiologia na Odontopediatria Os exames radiográficos são chamados de exames complementares, podendo auxiliar na definição do diagnóstico do paciente. Apesar de ser um importante método, deve-se pesar os benefícios e os riscos de sua realização, verificando se o paciente realmente precisará ser submetido a uma dose de radiação. Indicações do Exame Radiográfico na Odontologia Anomalias de número e forma Alterações na cronologia de erupção Fraturas, traumas Reabsorções Indicações do Exame Radiográfico na Odontopediatria Trauma Diagnóstico de cárie Avaliação das restaurações Retenção prolongada de dente decíduo Necessidade de exodontia ou endodontia Patologias regionais Estágios de Nolla Efeitos Diretos ou Indiretos da Radiação Diretos Ruptura do núcleo celular, que leva a danos ao DNA, membrana citoplasmática, mitocôndrias e Complexo de Golgi Com isso, há alteração do metabolismo celular, podendo até ocorrer lise da célula Indireto Reação com a água intercelular Produção de radicais livres (íons e peróxido de hidrogênio) Causando, então, a intoxicação celular Podendo resultar em destruição total ou parcial da célula Portanto, as radiografias só devem ser feitas quando for necessário! Para isso, o CD deve saber reconhecer as condições normais, anormais e patológicas, para poder indicar o exame no momento ideal. Além disso, a radiação em excesso pode trazer efeitos somáticos, como a carcinogênese (formação do câncer) e a teratogênese (anomalias e malformações do feto ainda no útero). Podem ocorrer também efeitos genéticos, que são repassados aos descendentes do paciente. Alterações periapicais e periodontais Lesões de cárie incipiente Tratamento endodôntico Vulnerabilidade das Crianças As crianças possuem células mais imaturas, que apresentam maior sensibilidade tecidual, além de terem a tireoide mais próxima aos maxilares, o que pode resultar em um acúmulo de exposição à radiação. Frequência e Número de Tomadas Radiográficas O tamanho e o tipo do filme devem ser considerados de acordo com a idade e o estágio de desenvolvimento da criança Deve-se considerar o risco e a atividade de cárie para determinar o número e o local das radiografias Manejo do Comportamento Mostrar o aparelho e explicar a técnica a ser feita Começar pelo mais fácil, normalmente as radiografias de região anterior (são menos desconfortáveis) Reduzir o tempo, ou postergar se preciso Sempre fazer um feedback positivo após um bom comportamento Deixar a criança tranquila e familiarizada Para radiografias inferiores, deve-se orientar a deixar a língua no palato para melhor encaixe do filme e também para prevenir ânsias Dependendo do caso, pode-se utilizar anestésico tópico Radiografias Intrabucais Técnica Periapical da Bissetriz Filme radiográfico é posicionado com o apoio do dedo (polegar – maxila; indicador – mandíbula) O feixe central do RX é direcionado perpendicularmente à bissetriz do ângulo filme/objeto (não se deve incidir o feixe de RX perpendicular ao filme – a imagem ficaria encurtada) Plano médio sagital perpendicular ao solo o Maxila: Plano de Camper (tragus/asa do nariz) paralelo ao plano horizontal o Mandíbula: Linha tragus/comissura labial paralela ao solo Distância focal de 20cm Deixar de 5 a 10mm de filme com margem na borda oclusal Técnica Periapical do Paralelismo Feixe de RX incide perpendicularmente ao longo eixo do dente Dente e filme paralelos entre si Utiliza-se posicionadores infantis (são menores e permitem a melhor oclusão do paciente) o Por conta do posicionador, a distância focal aumenta, o que aumenta também o tempo de exposição e a área irradiada Técnica Interproximal (Bitewing) É melhor tolerada em crianças de pouca idade Pode ser feita com posicionadores, com aletas pré-fabricadas ou até mesmo fita adesiva Deve-se posicionar o filme paralelo ao dente, ocluindo sobre a aleta Indicações o Avaliação de lesões cariosas proximais o Profundidade em relação à câmara pulpar o Presença de nódulos pulpares o Pontes dentinárias o Nível da crista óssea o Perfurações coronárias A vantagem é a obtenção da imagem superior e inferior juntas em uma só tomada radiográfica Radiografia Oclusal É realizada com filmes de tamanho 4 O filme é posicionado de forma que o paciente oclua sobre ele (a face ativa do filme fica voltada para o arco de interesse radiográfico) É um complemento da radiografia periapical Indicações o Localização radiográfica o Delimitação de grandes áreas patológicas o Verificação de disjunção palatina o Localização e pesquisa de cálculos salivares Maxila o Plano de Camper paralelo ao solo o Incidência do RX na região da glabela o Ângulo vertical de 65o o Distância focal de 25cm Mandíbula o Linha tragus/comissura labial paralela ao solo o Cabeça inclinada para trás o Incidência sobre a mandíbula (perpendicular ao filme) Técnicas para localização Clark o Variação da angulação do feixe para fazer a dissociação de objetos o Indicações Localização de dentes retidos Corpos estranhos Dissociação de raízes ou canais radiculares Processos patológicos Raízes residuais o As tomadas radiográficas são feitas com a variação da angulação (distorradial ou mesiorradial), ou seja, o cilindro é movimentado para distal ou mesial o É realizada em 2 momentos Faz-se uma radiografia periapical convencional (chamada de ortorradial) E outra radiografia angulada (para D ou M) Se a incidência é distorradial e a imagem se desloca para distal, o dente está por P ou L Se a incidência é distorradial e a imagem se desloca para mesial, o dente está por V Se a incidência é mesiorradial e a imagem se desloca para distal, o dente está por V Se a incidência é mesiorradial e a imagem se desloca para mesial, o dente está por P ou L Ou seja, se o objeto acompanhar a nova incidência, está por P ou L! Miller-Winter o Localização de supranumerários ou corpos estranhos em região posterior de mandíbula o É realizada em duas etapas, assim como a Clark: Faz-se uma radiografia periapical convencional E a segunda radiografia será uma oclusal com um filme periapical Com incidência na borda da mandíbula em 90o, com o tempo de exposição duplicado em relação à periapical convencional Técnicas Modificadas para Crianças Pré-Escolares Eficientes na impossibilidade de utilizar posicionadores (ou de segurar o filme) Facilita a tomada radiográfica Reduz o desconforto pelo tamanho do filme Técnica Periapical Anterior Modificada Filme tamanho 2 posicionado no sentido transversal Ocluir com cuidado Maxila Filme formando um ângulo de 30o com o plano horizontal Cilindro posicionado na ponta do nariz (65 a 90o) Mandíbula Cabeça ligeiramente inclinada para trás Cilindro na sínfise mentoniana (45o) Ou então, faz-se a Dicotomorradiografia Filme oclusal dobrado ao meio (ou dois filmes tamanho 2, um em cima do outro) com a parte sensível para fora Lâmina de chumbo interposta Técnica Periapical Posterior Modificada Técnica Casati Álvares Filme tamanho 2, dobrado ao meio ou em 1/3 do filme A dobra será o local de oclusão e apreensão Parte sensível para dentro Alívio com rolete de algodão fixado com fita adesiva A incidência se dá de modo semelhante à técnica da bissetriz Técnicas Extrabucais Radiografia Panorâmica Indicações o Avaliar presença de patologias o Fraturas o Anomalias o Avaliação da saúde bucal geral o Desenvolvimento dentário o Documentação ortodôntica e cirúrgica Vantagens o Pequena dose de radiação o Extensão de estruturas examinadas o Técnica simples, menor tempo Desvantagens o Não é indicadapara menores de 5 anos o Não auxilia na detecção de cárie, avaliação do periodonto/região periapical o Pode ocorrer distorções e sobreposições Telerradiografia Lateral Indicações o Planejamento ortodôntico o Avaliação de crescimento craniofacial o Diagnóstico de cistos, tumores e fraturas o Análise cefalométrica o Auxilia no diagnóstico de respiradores bucais (adenoides hipertróficas) Técnica Lateral de Fazzi Indicações o Intrusão de dentes decíduos por trauma É realizada em duas etapas: o Uma radiografia oclusal ou periapical anterior modificada (verificar intrusão) o Outra radiografia com o filme oclusal apoiado de encontro à face da criança Se a coroa clínica do dente intruído estiver deslocada para vestibular, a porção radicular apical está por palatina o TOMAR CUIDADO: Pode estar ocorrendo contato com o dente permanente que está em formação Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (CONE BEAM) Indicações Cefalometria 3D Elementos dentais inclusos Avaliar grau de reabsorção radicular de dentes adjacentes a caninos retidos Localizar trincas e fraturas dento-alveolares Diagnóstico e delimitação de lesões patológicas Fenda palatina Avaliação de quantidade óssea Planejamento cirúrgico
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