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Fisiologia dos fluidos

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Josué Mallmann Centenaro 
Introdução 
Fluidos corporais são distribuidos dinamicamente, 
ordenados em compartimentos funcionais. 
A manutenção tanto de voleme e bioquímica são 
essenciais pata os eventos fisiológicos. 
 
Existe uma quantidade enorme de líquidos no 
organismo, tanto no líquido intracelular (LIC) quanto 
no líquido extracelular (LEC). 
Eletrólitos 
Eletrólitos são sais inorgânicos inertes dissolvidos nos 
líquidos corporais. 
Os eletrólitos possuem diversas funções, entre elas: 
manutenção de pH nos fluidos corporais, cofatores de 
sistemas enzimáticos, condução de impulsos nervosos, 
entre outros. 
Equilíbrio ácido-base 
Regulação da quantidade de concentração dos íons H+ 
nos líquidos corporais. É expressada em pH. 
O pH médio do LEC é de 7,4, variando de 7,35 a 7,45. 
Variações estreitas nesse valor acarretam em grandes 
variações na quantidade de íons H+. 
 Por exemplo, do pH 7,4 para 7,1, duplica-se a 
quantidade de H+, de 40 para 80 nEq/l; 
Diante disso, o organismo apresenta mecanismos de 
correção desse pH. 
Ácidos são substâncias que doam H+, e bases são 
substâncias que se ligam ao íon H+. 
O pH do sangue varia de 7,35 até 7,45. Qualquer valor 
inferior a isso, é considerado acidemia (grave em 
valores abaixo de 7,2), quaisquer valores acima disso, 
é considerado alcalemia (grave acima de 7,6). 
 Acidose: ocorre a adição de H+ no LEC e 
remoção de base do LEC; 
 Alcalose: adição de base no LEC e remoção de 
H+ do LEC; 
 A reação é reversível; 
Importância da regulação do pH 
Metabolismo gera ácidos e bases, influenciando no pH 
dos fluidos corporais. 
Alteração no pH do meio modificam nas estruturas de 
proteínas, ocorre a desnaturação proteica. 
O organismo utiliza três mecanismos para manter o 
equilíbrio ácido-base: 
 Tamponamento químico dos fluidos corporais; 
 Ajuste respiratório da concentração sanguínea 
de dióxido de carbono; 
 Excreção de íons de hidrogênio ou bicarbonato 
pelos rins; 
Tamponamento químico 
O sistema tampão impede grandes desvios de pH 
mesmo que ácido ou base seja adicionado à solução. 
Está presente no sangue, líquido intersticial e líquido 
intracelular. 
É uma solução capaz de tornar um ácido ou base forte 
em ácido ou base fraca. 
Os principais tampões encontrados nos animais são: 
bicarbonato (53%), hemoglobina (35%), proteínas 
plasmáticas (7%) e fosfatos (5%). 
 Bicarbonato (HCO3): está mais presente no LEC; 
 
 Fosfato (NaH2PO4): está mais presente no LIC; 
 
 Hemoglobina: proteína conjugada contendo 
ferro, cujas tamponantes são a histidina e 
imidazol. Combinação do H+ com grupo 
carboxila R-COO- + H+ ↔ RCOOH. Grupos de 
imidazol doam H+ quando a hemoglobina é 
oxigenada nos pulmões (mais ácido). Grupos de 
imidazol aceitam H+ quando a hemoglobina é 
desoxigenada nas células (mais básico); 
 Quando aceita O2, liberam H+; 
Na anemia, a falta de hemoglobina faz com que se 
altere o pH do meio. 
 
Acidose e alcalose respiratória 
A respiração é a responsável por controlar a 
quantidade de CO2 do meio. Em um pulmão saudável, 
ele mantém o equilíbrio ácido-base adequado. 
CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3- 
Se aumenta a frequência respiratória, a concentração 
de CO2 diminuirá, elevando a taxa de HCO3, causando 
uma alcalose respiratória. 
Alcalose respiratória 
A taxa de produção de CO2 é menor que a perda pelos 
pulmões. <pCO2 = hipoxemia. 
Causas possíveis: altitude, AVC, doenças pulmonares, 
ansiedade, calor, entre outras. 
Produção de CO2 é menor que a perda de < pCO2. 
Os níveis de CO2 diminuem, deslocando a reação para 
a esquerda, causando uma queda da concentração de 
H+. 
Um pulmão que hiperventila pode causar a alcalose 
respiratória. 
Pode se colocar íons H+ para balancear a equação, e 
causar um equilíbrio respiratório 
Acidose respiratória 
A taxa de produção de CO2 é maior que a perda pelos 
pulmões. > pCO2 = hipercapnia. 
Causas possíveis: depressão do centro respiratório no 
SNC, anormalidade da parede do tórax ou dos 
músculos respiratórios, obstrução ao movimento ou 
difusão dos gases no pulmão (redução da ventilação 
alveolar). 
Com a redução da frequência respiratória, o pulmão 
hipoventila, levando a uma acidose respiratória. 
O excesso de CO2 desloca a reação para a direita, 
causando um excesso de H+. 
 
Acidose e alcalose metabólica 
Acidose metabólica 
Cetose e diabete melito: produção do ácido b-
hidrobutírico e acetoacético. A produção de muitos 
corpos cetônicos (após o jejum), e a diabete pode gerar 
ácidos que culminam na acidose metabólica. 
Acidose renal: deficiência de reabsorção de 
bicarbonato e a perda dele na urina. 
Diarreia: o suco pancreático e as secreções intestinais 
com o bicarbonato não são reabsorvidas. Nos 
ruminantes será no abomaso. A alta taxa de HCl do 
estômago, proporciona uma corrosão do intestino 
(que junto com o suco pancreático, possui muito 
bicarbonato). A passagem muito rápida, por conta da 
diarreia, deixa muitos íons H+ no intestino que absorve 
muitos íons deixando ácido. 
 
 Como chega menos oxigênio, pode levar a um 
metabolismo anaeróbico; 
 O excesso de potássio no sangue pode causar 
morte por falha cardíaca. Em uma diarreia 
crônica, há a morte do animal por falha 
cardíaca; 
Na acidose metabólica todos há perda de HCO3, 
levando a uma hipobasemia, ou seja, uma baixa 
concentração de tampão circulante, aumentando o íon 
H+. 
O aumento do pCO2 no centro de controle respiratório, 
leva a um aumento da ventilação alveolar e uma 
redução do pCO2. 
Aumento de excreção urinária de H+, a cada um H+ 
removido, um HCO3 é restaurado no plasma. 
Um terceiro tipo de acidose pode ocorrer, nos 
ruminantes pode causar a acidose alimentar. A glicose 
absorvida, é transformada no rúmen em ácidos graxos 
voláteis (que caem na circulação – vão até o fígado e 
transforma em glicose). Durante tudo isso pode ter 
uma alta taxa de ácido. Isso se ele comer muito 
carboidrato estrutural (estrutura das células – fibras 
celulares, celulose e lignina). O carboidrato estrutural 
demora muito para ser absorvido. Se o animal se 
alimentar de muita ração (carboidrato não-estrutural) 
estão mais propensos a ter uma alcalose. 
 A lignina não é digerida, quanto mais velho o 
feno/capim mais lignina terá, logo não será 
bem absorvido; 
Já os carboidratos não-estruturais são: glicose, 
glicogênio, maltose, lactose e amido. Nos ruminantes, 
a celulose e hemicelulose (são convertidos em ácido 
graxo), e em carboidratos não-estruturais (em ácido 
graxo volátil). Por isso é mais fácil ter acidose em 
ruminantes. Nos animais não-ruminantes só 
carboidratos não-estruturais (ácidos graxos voláteis) – 
só no rúmen, retículo e omaso. 
Os ácidos graxos voláteis são produtores (através dos 
microrganismos) de ácido acético ou acetato 
(carboidrato estrutural – animal que vive no pasto, é 
produzido em local onde o pH é alto, logo não ocorre 
um ambiente ácido), ácido propiônico ou priopionato 
(carboidrato não-estrutural – produzidos por 
microrganismos em ambiente mais ácidos, pode-se 
colocar um tampão na ração) e ácido butírico ou 
butirato (CNE). 
Alcalose metabólica 
Vômitos persistentes: perda de ácido gástrico. 
Deficiência de vitamina K (hipotassemia): excreção 
renal anormal de K+. Na excreção de K+ ocorre uma 
reabsorção de H+, quanto menos potássio, menor será 
a quantidade de H+. 
Oxidação de sais orgânicos ingeridos ou injetados: 
lactato ou citrato. 
Injeção com solução de bicarbonato. 
Todos esses lavam a um aumento de bicarbonato no 
LEC e a uma hiperbasemia. 
A redução da ventilação pulmonar leva a um aumento 
de pCO2 e uma maior concentração de H+ livre. Pode-
se colocar soro ácido para fazer a homeostase do 
corpo. 
 
Controle renal através da secreção de íons de 
hidrogênio. 
 
 Se estiver em alcalose, o H+ é reabsorvido. Em 
acidose, ele é eliminado; 
Equilíbrio hídrico 
Função da água nos animais:solvente, controle da 
temperatura, transporte de nutrientes e metabólitos, 
homeostase, digestão e metabolismo de nutrientes, 
diminuição de atrito/lubrificação, diluente (veículo de 
excreção), reações químicas (hidrólise de proteínas, 
gorduras e carboidratos), entre outras. 
Água X líquido 
Água: 100% pura, já o líquido contém água além de 
eletrólitos, carboidratos e minerais. 
A água no organismo está distribuída por todo o corpo, 
ela corresponde a 60%, em média, do organismo. 
 Água no LIC: 40% de toda a água do organismo; 
 Água do LEC: 20% de toda água do organismo, 
ela é conhecida como água de emergência; 
A água do LEC é dividida em: intersticial (15%) + 
intravascular ou volume plasmático (5%) + 
transcelular. Estão localizadas em volta das células, 
tecido conectivo, plasma e no trato gastrintestinal (15 
a 35% do volume plasmático). 
Composição corporal 
A composição corporal varia de espécie para espécie e 
também de acordo com a idade de cada animal, por 
exemplo um pintinho possui 85% do volume corporal 
de água, já uma galinha adulta possui 55% do volume 
corporal, e uma água-viva possui 96% do volume 
corporal. 
O animal pode ficar 24 horas sem água, e então 
algumas reações deixarão de funcionar. 
A água também é encontrada em diferentes 
porcentagens de acordo com os órgãos. Por exemplo, 
o fígado (86%), cérebro (85%), pulmões (80%), rins 
(80%) e coração (77%). 
Com o passar dos anos, o volume corporal comporto 
de água vai diminuído de acordo com diversos motivos, 
entre eles: o colágeno, proporção músculo-gordura 
(músculo possui muita água e então vai diminuído). 
Fontes de água para os animais: água livre, no alimento 
e a água metabólica. 
 Água livre: 70 a 97% da água consumida; 
 Água no alimento: varia com a matéria-seca do 
alimento e com o consumo; 
 Água metabólica: resultado da oxidação dos 
nutrientes orgânicos nos tecidos, é liberada 
através de reações químicas nas células; 
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + ATP. A água 
entra por transporte passivo; 
A perda de água pode ser pelos seguintes jeitos: 
insensível (perda de água na forma de vapor, pela pelo 
ou expiração). De forma sensível (na urina, fezes, 
secreções não sujeitas a evaporação). 
De forma geral, pode se dizer que a água input (água 
livre, alimento e metabólica) é igual a água output 
(fezes, urina, feto, suor, leite). 
A necessidade de água está relacionada com o gasto 
calórico, em condições basais tem relação com a 
superfície corporal. 
 Uma vaca de 500Kg e um bezerro de 50Kg, 
necessitam de quantidades diferentes de água, 
em média 20% do peso corporal. No entanto, a 
superfície corporal de um bezerro não é 10 
vezes menor que de uma vaca adulta, logo, o 
animal mais jovem é mais susceptível a 
desidratação. Essa perda de água leva o animal 
a sentir sede; 
Controle de água no corpo 
O controle de água no corpo começa quando a hipófise 
recebe a informação que os níveis de água estão 
baixos. Esses impulsos nervosos chegam através de 
neurônios osmossensíveis. Até a produção e 
armazenamento de hormônios no hipotálamo. 
 A alteração da volemia (volume sanguíneo) é 
baixa, queda de pressão, desidratação, baixa 
concentração de [Na+] ou alta de [K+]; 
 Isso faz a ativação de um hormônio chamado 
antidiurético, vasopressina ou ADH; 
Uma segunda parte é conhecida como sistema renina-
angiotensina-aldosterona. 
 A alteração da volemia (volume sanguíneo) é 
baixa, queda de pressão, desidratação, baixa 
concentração de [Na+] ou alta de [K+]; 
 RAA: a renina é um hormônio produzido no rim. 
Quando há alteração da volemia, este 
hormônio cai na corrente sanguínea até 
procurar uma proteína plasmática, o 
angiotensinogênio, produzido no fígado (que 
forma a angiotensina I), angiotensina (faz a 
liberação de aldosterona) e aldosterona (retém 
água e Na+ no organismo; 
 
A informação, ao sair do hipotálamo, chega através de 
receptores nos túbulos seminíferos, para ocorrer a 
reabsorção de água ou, então, inibe a eliminação de 
água. 
Informação necessária: quando o indivíduo bebe 
álcool, os neurônios osmossensíveis param de produzir 
a ADH, retendo potássio se tornando inchado. 
A enzima ECA converte angiotensina I em angiotensina 
II (faz uma vasoconstrição, mas células do córtex renal 
– adrenal – libera o hormônio de aldosterona que 
auxilia na retenção de água igual o ADH, aciona o ADH 
e o centro da sede no SNC). Ela é produzida pelo 
pulmão. 
A sede é proveniente de um estresse por calor, 
qualidade de água, doenças, e outros motivos que 
levem a um déficit hídrico. Esse déficit proporciona um 
balanço hídrico negativo, que leva a uma secreção de 
ADH (reduz a quantidade de urina excretada e ocorre a 
conservação da água no corpo) e de renina (que leva a 
angiotensina I, angiotensina II, sede e, então, a 
ingestão de água). 
 A diferença de angiotensina I para angiotensina 
II é estrutural; 
Consumo de água 
Bovinos leiteiros: 40 a 65 L/cab/dia. Produção de 1,5 a 
2L de leite por dia. 
Bovinos de corte: 8 a 9 L/100KgPV. 
Ovinos: 3,5 a 4 L/cab/dia. 
Equinos: 30 a 45 L/cab/dia. Em trabalho, 60 L/cab/dia. 
Gatos: 30 mL/Kg/dia. 
Cães de grande porte: 40 mL/Kg/dia. 
Cães de pequeno porte: 60 mL/Kg/dia. 
Umidade do ar 
Alta umidade do ar diminui o consumo de água pelos 
animais, diminui a habilidade de aplicar os mecanismos 
de perda de calor por evaporação, diminui a 
concentração de massa seca (diminui assim a 
produção). Na falta de água, o corpo pode absorver 
grandes quantidades de água, levando a uma urina 
concentrada, porém essa capacidade é limitada. 
Desidratação e adaptação da falta de água: ocorre a 
procura por aliemntos hídricos e ingestão de água, 
procura por sombra e/ou outros mecanismo de perda 
de calor, redução de micção, saliva e enzimas, menor 
transpiração e diminuição da frequência respiratória, 
queda no metabolismo. 
 A desidratação em animais pode ser constatada 
em um teste de apertar a pele ou na nuca de 
animais para avaliar o grau de desidratação; 
 Reperfusão: a compressão gengival também 
pode ser utilizada para mensurar o grau de 
desidratação; 
 
 
Moderado 4 – 6%; Perigoso: 8 – 12%; Morte: 12 – 15%. 
 
Temperatura corporal e sua 
regulação 
Às vezes, a água é perdida para medir a temperatura. 
A temperatura não é a mesma em todo o organismo, 
varia de acordo com o que o animal está fazendo ou o 
local onde ele se encontra. 
 
Todo organismo possui todas as funções adequadas no 
intervalo de temperatura indicado na tabela. 
Temperaturas muito baixas ou altas do normal, podem 
causar um estresse térmico. Abrindo mão de processos 
fisiológicos e comportamentais. 
Mecanismo de ajuste de temperatura 
Ajustes circulatórios: o volume de sangue na pele é 
controlado pelas fibras vasoconstritoras simpáticas. 
Em dias frios, ocorre uma vasoconstrição que é o 
processo de contração dos vasos sanguíneos. Já em 
dias quentes, ocorre a vasodilatação que é o processo 
de dilatação dos vasos sanguíneos, através do 
relaxamento dos músculos lisos do vaso. A 
vasoconstrição diminui a circulação periférica, 
enquanto a vasodilatação aumenta a circulação 
periférica, liberando suor. 
Tegumentos externos 
Existem mecanismos externos que auxiliam na 
regulação de temperatura, como a pele, pelos, 
glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas. 
Elas possuem funções importantes, como a proteção, 
percepção do meio, excreção e termorregulação. 
Pelame é um mecanismo do animal que faz o 
“aprisionamento” de ar por entre os pelos, fazendo 
com que esse mecanismo físico mantenha a 
temperatura constante por mais tempo. 
Tipos de pêlos 
Comprido e grosso: retém muito ar entre a pele e o 
meio ambiente, dificultando a perda de calor, além de 
dificultar a reflexão. 
Curto, liso e suave: reflete melhor a radiação solar e 
facilita a perda por convecção desde a superfície da 
pele. 
Coloração dos pêlos 
A absorçãoe reflexão do calor proveniente da radiação 
solar é muito importante para a regulação corporal. 
Cor do pelame Absorção Reflexão 
Branco 46 54 
Creme (baio) 50 50 
Vermelho 72 28 
Preto 90,5 9,5 
Cor da pele 
Funciona do mesmo jeito do pêlo. Peles mais escuras 
absorvem mais vitamina D e maior produção de 
melanina. Na pele clara, tem dificuldade em absorver 
vitamina D e produção de melanina. 
 
Na tireoide, a tirosina produz T3 e T4. 
Portanto, o animal ideal, deve possuir pelo branco e 
pele escura, uma vez que o pelo branco irá refletir 
bastante luz solar evitando um estresse hídrico, e a 
pele escura para aproveitar ao máximo a luz que é 
absorvida pelo animal. 
Glândulas sudoríparas 
Auxiliam na perda de calor por evaporação cutânea. 
Nos animais domésticos encontram-se glândulas 
sudoríparas em equinos, asininos, bovinos, caprinos e 
ovinos. Os suínos, cães e gatos não possuem glândulas 
sudoríparas. 
O número total de glândulas não implica em diferenças 
significativas para os animais. 
O volume das glândulas de zebuínos é mais volumoso 
(cerca de 4 vezes maiores) que os demais animais 
domésticos que possuem glândulas sudoríparas. 
Regiões de sudorese: peito, braços e axilas (índice de 
100), paleta, cupim e nádegas (índice de 60-80), 
pescoço, costelas e tórax (índice de 40-60), cabeça 
(índice de 20-40) e prepúcio (índice de 0-20). 
Glândulas endócrinas 
Glândulas écrinas, também chamada de merócrinas, é 
a maior nos humanos, sua saída é diretamente na pele. 
Libera por volta de 99% de água e 1% de cloretos. 
Possuem funcionamento contínuo, funciona pelo SNC, 
mas muito mais pelo sistema nervoso simpático. A 
célula dica intacta após a liberação de seus produtos. 
Glândulas apócrinas, estão mais presentes em animais, 
sua saída é em pêlos, corrente sanguínea, entre outros. 
Liberam cerca de 94,5% de água, 0,5% de albumina 
(proteína) e 5% de cloretos e outros sais. Glândulas 
controladas pelo SNC, pela liberação de adrenalina. 
Parte da porção superior da célula secretora é 
excretada junto na eliminação dos produtos. 
 
Mecanismos de trocas de calor 
 
Convecção: transferência do calor por meio do 
deslocamento de fluido (ar e ventos) 
Polipneia: é a perda de calor através do trato 
respiratório, de 200 a 400 movimentos respiratórios 
por minuto. É a forma de calor mais eficiente dos cães, 
pois este não contém suas glândulas sudoríparas. 
O cavalo, ao fazer exercício, produz uma “espuma” que 
surge nele devido à uma proteína chamada saponina, 
que assemelha-se com sabão, como um detergente no 
suor. Além de água e minerais, ele também secreta 
essa substância proteica e, se houver atrito/fricção, ela 
faz espuma, geralmente entre as pernas ou locais em 
contato com a sela e a rédea. 
 A laterina é a proteína, que é uma saponina, um 
composto hidrofílico (geralmente açúcares) e 
lipofílicos (gorduras); 
 Depois de usar o cavalo, tem que lavar muito 
bem para tirar esses sais que ficam na pele; 
Formas de perda de calor 
Formas sensíveis: são as que dependem de um 
gradiente de temperatura, como a condução, 
convecção e radiação. 
 Condução: transferência de calor entre 
moléculas. Ocorre através do contato. Depende 
de uma condutividade térmica, a condutância 
Kcal/m. Varia de acordo com o material, granito 
(3,5), pedra (1,59) e tijolo (0,84); 
 Convecção: depende da corrente de fluídos 
(líquidos ou gasosos). O vento é a principal 
forma de troca de calor por convecção. O calor 
é transferido. Fator sanitário. Em aviários são 
comuns as Dark house locais em que as aves 
não terão nenhum contato com a luz solar; 
 Radiação: processo de troca de calor, no qual os 
objetos/animais emitem calor na forma de 
ondas eletromagnéticas. A porcentagem varia 
de acordo com a cor do pelo, preto 10%, 
vermelho 18%, amarelo 40% e branco 50%; 
Formas latentes: são independentes de um gradiente 
de temperatura, com a evaporação (pela superfície 
cutânea ou respiração). 
 A evaporação é a passagem do estado líquido 
da água para o gasoso. Ocorre em locais como 
a bolsa gutural (em equinos), rede carotídea 
(em ovinos – o sangue venoso procedente da 
cavidade nasal é frio e passa pela rede 
carotídea, resfriando o sangue proveniente da 
própria carótida); 
 
A T3 e T4 fazem a termogênese.

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