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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIVERMELHO = CAI EM CONCURSO/OAB AMARELO = ATENÇÃO ROSA = CORRENTE MAJORITÁRIA Daniel Hertel daniel@uvv.br // danielhertel@terra.com.br UNIDADE 1: TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO 1. PROCESSO DE EXECUÇÃO 1.1. EVOLUÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL · 1ª FASE: SINCRÉTICA (Séc. XIX) ∟ direito processual e direito material eram tratados juntos ∟ um resquício dessa fase atualmente é na CLT: têm em um único diploma normativo as normas processuais e materiais · 2ª FASE: AUTONOMISTA/CIENTÍFICA OU CONCEITUAL (Séc. XIX – XX) ∟ direito processual foi apartado; ganhou autonomia; foi separado do direito material ∟ essa fase surgiu no ano de 1968 – de Bullow (um alemão) que é responsável por inaugurar a 2ª fase do direito processual: disse que existe 2 relações jurídicas, uma de direito material e outra de direito processual BULLOW RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO MATERIAL: R.J bilateral Formada: credor - devedor RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO PROCESSUAL: R.J triangular Formada: autor – réu - juiz · 3º FASE: INSTRUMENTAL (Séc. XIX - ...) 🡺 NOSSA FASE ATUAL ∟ o processo é visto apenas como um meio/uma forma para a realização do direito material; um instrumento. ∟ o processo não é tão importante assim ∟ o processo tem que ser a realização para o direito material COD. DE 2015 (Cod. Fux): ∟foi baseado na 3ª fase ∟tentar facilitar o acesso à justiça ∟ Esse cod. Simplificou a forma do réu se defender; tirou alguns recursos COD. DE 73 (Cod. Buzaid): ∟ era baseado na 2ª fase (autonomista) 1.2. TRILOGIA ESTRUTURAL · JURISDIÇÃO · AÇÃOCORRENTE MAJORITÁRIA CORRENTE MINORITÁRIA (defendida pelo professor da USP – Dinamarco) · PROCESSO · DEFESA A – JURISDIÇÃO: · CONCEITO: é a atividade de composição, ou seja, solução de conflitos · INÉRCIA (art. 2º CPC) = PRINCÍPIO DISPOSITIVO ∟ devido a isso o juiz não pode agir de ofício · OBS: a inércia é diferente do PROCESSO ADMINISTRATIVO (ex officio – art. 5º, Lei 9784/95): pode começar de ofício ex: fiscal do procon pode multar supermercado de ofício, sem provocação de ninguém B – AÇÃO · CONCEITO: mecanismo de provocação da jurisdição de modo a retirá-la do seu estado de inércia · 1º efeito prático ao ajuízar uma ação é tirar a jurisdição da inércia; ser inaugurado um processo C - PROCESSO · é o instrumento da atividade jurisdicional · diferente de procedimento, que é igual à rito, que é a forma pelo qual o processo se desenvolve · PROCESSO DE CONHECIMENTO: A – COMUM: art. 318 e ss. CPC B – ESPECIAIS: art. 539 e ss. CPC EX1: ação de consignação em pagamento (art. 539 CPC): o vendedor quer pagar uma divida mas o credor não quer receber EX2: ação de exigir contas (art. 550 CPC) EX3: ações possessórias (art. 554 CPC) EX4: ação de inventário (art. 610 CPC) EX5: ações de família (art. 693 CPC) EX6: ação monitória (art. 700 CPC) · TIPOS DE PROCESSO: A – PROCESSO DE CONHECIMENTO (Parte especial – art. 318 – 770 CPC): · Finalidade de reconhecer ou não a existência de um direito · Por meio desse processo tem essa finalidade · EX1: ação de investigação de paternidade: pretende reconhecer o vínculo; o direito entre autor e réu · EX2: ação de danos morais: reconhecer que o réu deve indenização B – PROCESSO DE EXECUÇÃO (Parte especial – art. 771 – 925 CPC) · o que se busca não é reconhecer um direito · por meio desse processo o que se pretende é realizar/materializar um direito previamente reconhecido · EX1: ação de execução de um cheque: eu quero realizar/ materializar o direito ali estabelecido, ou seja, pretende o recebimento do crédito e não o reconhecimento desse direito (que já está reconhecido) · Não é para declarar nem para reconhecer direito, é para realizar/materializar direitos que foram previamente estabelecidos C – PROCESSO CAUTELAR (não tem artigo) · Pretende assegurar, resguardar o resultado útil de um outro processo · Por meio desse processo se pretende isso · EX: o devedor – o qual é réu em uma ação de cobrança – está dilapidando seu patrimônio, logo, para resguardar o patrimônio, o autor entra com essa outra ação · ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO: o processo cautelar autônomo no NCPC não existe mais, mas medidas/decisões cautelares existem, mas existem dentro do processo principal 1.3. SENTENÇAS QUE COMPORTAM EXECUÇÃO · SENTENÇA CONDENATÓRIA: a sentença que comporta execução (por excelência) · SENTENÇA DECLARATÓRIA E CONSTITUTIVA: segundo a doutrina tradicional elas não podem ser executadas porque esse tipo de sentença esvazia/esgota a atividade do magistrado EX: o juiz proferiu uma sentença declarando que o contrato é nulo · OBS1: A sentença declaratória e a constitutiva, no que tange ao seu eventual capítulo condenatório, podem ser executadas · OBS2: Com o advento do novo código de processo civil parcela da doutrina passou a sustentar a possibilidade de execução da sentença declaratória ∟ isso porque o art. 515 I CPC fala que pode ser executada a sentença que reconhecera obrigação, e a sentença que reconhece é a condenatória e a declaratória (CORRENTE MAJORITÁRIA – o STJ passou a aceitar isso) · * esse assunto não tem como cobrar em objetiva sem especificar o que quer; qual o posicionamento. 1.4. MEIOS DE EXECUÇÃO · Meios pelos quais o processo de execução realiza os seus fins · HÁ 2 MEIOS: A – SUB – ROGAÇÃO (EXECUÇÃO DIRETA): ∟o Estado-juiz se coloca no lugar do devedor e cumpre a obrigação ∟o Estado vai apreender bens do devedor que serão alienados/vendidos e o dinheiro obtido será usado para o pagamento do crédito do credor ∟ EX: art. 824 e 825 II CPC ∟ processo de leilão judicial é uma das formas ∟ a vontade do devedor é irrelevante porque o Estado se coloca no lugar do devedor e vende os bens dele sem ligar para a opinião dele e paga a divida ∟ OBS: quando é utilizada a sub-rogação falamos que a execução é do tipo direta (EXECUÇÃO DIRETA) B – COAÇÃO OU COERÇÃO (EXECUÇÃO INDIRETA) ∟o Estado Juiz força/pressiona o devedor ao cumprimento da obrigação ∟ PODE FORÇAR DE 2 MANEIRAS: A – ASTREINTES: ∟ = multa processual ∟ EX: o juiz determina que a UNIMED autorize a realização de uma cirurgia em 5 dias sob pena de multa diária de 5000 mil caso não seja feita (art. 537 NCPC) B – PRISÃO CIVIL: (EXCEÇÃO) ∟CF determina que pode a prisão em 2 hipóteses: 1ª: DEVEDOR DE ALIMENTOS 2ª: DEPOSITÁRIO INFIEL MAS o STF desde o julgamento do Recurso Extraordinário 466, 343 – SP, passou a considerar a prisão civil do depositário infiel inconstitucional, devido a isso foi editada a Súmula Vinculante de 25 que diz não ter a prisão do depositário infiel, só a prisão de devedor de alimentos - *Execução de alimentos: art. 528 §3º CPC [1-3m] ∟ o devedor é intimado para pagar em 3 dias, se não for feito vai ser preso 1.5. PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS · É o procedimento do processo de execução A – PARA EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL - EX: sentença A.1: Cump. De sentença que estabelece obrigação de pagar quantia (art 52? CPC) A.2: Cump. De sentença que estabelece obrigação de pagar alimentos (art 528 CPC) A.3: Cump. De sentença que estabelece obrigação de pagar quantia pela faz. Púb (art. 534 CPC) ∟ a fazenda pública paga por meio de precatório A.4: Cump. De sentença que estabelece obrigação de fazer/não fazer (art. 536 CPC) A.5: Cump. De sentença que estabelece obrigação de dar (art. 538 CPC) B – PARA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL · EX: contrato escrito assinado por testemunhas B.1: Execução para entrega de coisa (art. 806 CPC) B.2: Execução por quantia certa contra devedor solvente (art. 824 CPC) B.3: Execução das obrigações de fazer/não fazer (art. 814CPC) B.4: Execução contra a Fazenda Pública [devedor] (art. 910CPC) B.5: Execução pela Fazenda Pública [credora] – LEF – Lei 6830/80 B.6: Execução de prestação de alimentos (art. 911 CPC) B.7: Execução por quantia certa contra devedor insolvente (art. 1052 NCPC) – PARA PESSOA FÍSICA (art. 1052 NCPC) ∟ esse artigo falaque a execução segue o disposto no código antigo, ou seja, o artigo 748 do CPC/73 *: SOCIEDADE EMPRESÁRIA: segue a lei 11.101/05 [Lei de Falência e de recuperação de empresas] 1.6. PROCESSO MISTO · Processo misto = sincrético ou híbrido · Não há ação de execução pelo credorFASE OU MÓDULO DE EXECUÇÃO (INICIA DA SENTENÇA ... ) FASE OU MÓDULO DE CONHECIMENTO (INICIA DA PET. INICIAL SENTENÇA) · PROCESSO SINCRÉTICO · O credor não tem que entrar com a execução porque quando o processo é hibrido; a execução é uma continuação/ alongamento; uma extensão natural de um processo que já foi iniciado · Porque é um processo só que com 2 etapas · Aquele processo no qual os atos do processo de conhecimento foram ligados/unidos ao processo de execução · Não precisa entrar com a execução porque ela é a continuação de um processo que já foi iniciado · EX: se alguém foi condenado a entregar algo, se a pessoa não entregou o juiz automaticamente vai emitir a busca e apreensão do automóvel (art. 498 e 538) · PS: tem 2 fases: 1 de conhecimento e outra de execução 1.7. PRINCIPIOS · PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA EXECUÇÃO: A- P. DA EFETIVIDADE: - o processo de execução deve produzir resultados - um processo destinado à produção de resultados - o processo de execução não é um processo para discussão teórica - essas ideias supracitadas são a ideia de efetividade do processo de execução B- P. MENOR SACRIFÍCIO POSSÍVEL DO DEVEDOR (ART. 805 CPC) - Quando a execução puder ser feita por mais de uma forma/maneira o juiz determinará que ela seja feita da forma menos gravosa/onerosa possível para o devedor - EX: o devedor, tem 2 automóveis, e me deve 10.000 reais, sendo que 1 dos carros é usado por ele para trabalhar e o outro para o lazer. Logo, com base nesse principio, o jui\ vai apreender para pagar a divida o carro utilizado para o lazer. C- P. DO CONTRADITÓRIO · HÁ 3 CORRENTES: 1ª : NÃO SE APLICA (ALFREDO BUZAID): ∟pq o devedor na execução já é citado para cumprir a obrigação, por isso não se aplica o principio do contraditório no processo de execução ∟ EX: na execução de um cheque o devedor é citado para pagar em 3 dias (art. 829 CPC) 2ª: É APLICÁVEL (ALEXANDRE CÂMARA) ∟ todo processo é contraditório, está na CF : “ a todos os litigantes é assegurado o contraditório e a ampla defesa”.É APLICÁVEL MAJORITARIAMENTE EM RAZÃO TB DO ART. 9º E 10º DA CF. ∟ todo processo tem contraditório e como a execução também é um processo, então também tem contraditório. 3ª: É MITIGADO (AMARAL SANTOS) ∟ ou seja, só se aplica nos casos previstos em lei D- P. DO DESFECHO ÚNICO ∟ a execução tem um único fim que é a realização do direito do credor -> O DESFECHO É PROCEDENTE pq realiza o direito do credor ∟ no processo de conhecimento aplica-se um dos 2 desfechos -> pode ser procedente ou improcedente A- P. DO SINCRETISMO ∟ há uma valorização na execução moderna do processo sincrético · PRINCÍPIOS GERAIS DO CPC (1º - 5º CPC): A- P. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CF (art. 1º CPC) B- P. DA INÉRCIA (art. 2º CPC) · EX: o juiz não pode começar uma execução de ofício C- INCENTIVO DA SOLUÇÃO CONSENSUAL DO CONFLITO (art. 3º §3º CPC) D- PRIMAZIA DA SOLUÇÃO DE MÉRITO (art. 4º CPC) · o cod. Quer evitar sentenças terminativas, ou seja, sentença sem resolução de mérito E- BOA FÉ OBJETIVA (art. 5º CPC) · = lealdade e cooperação E.1: NEMO VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM · É um subprincípio da boa fé · Uma vedação do comportamento contraditório F- COOPERAÇÃO (art. 6º CPC) · Todos os envolvidos no processo devem cooperar para a solução da demanda · Na prática é difícil ver a aplicação desse principio · Esse principio foi importado do direito inglês G- P. DO CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL (art. 9º e 10º CPC) · Esse é um contraditório mais forte/efetivo/intenso · É matéria de ordem pública, ou seja, que o juíz conhece de ofício EX: matéria relativa à prescrição, condição da ação · mesmo quando a matéria é de ordem pública, por esse principio o juiz tem que ouvir as partes previamente sobre o assunto antes de decidir · a ideia é permitir que as partes participem do processo efetivamente H- ORDEM CRONOLOGICA DE JULGAMENTO (art. 12 CPC) · Por esse principio o processo que o juiz tem que julgar primeiro é o mais antigo · Não é uma ordem cronológica de julgamento absoluta, o juiz pode discordar de forma fundamentada · Essa ordem é relativa 1.8. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA – art. 771 § único CPC · São aplicáveis subsidiariamente à execução as normas que tratam do processo de conhecimento, ou seja, toda vez que tiver um problema para resolver na execução 1ª ETAPA: NORMAS QUE TRATAM DA EXECUÇÃO (art. 771 – 925 CPC) ∟ procurar a resolução do problema nesses artigos primeiramente, se não achar pular para a etapa 2 2ª ETAPA: NORMAS QUE TRATAM DO PROCESSO DE CONHECIMENTO ∟ EX1: uma criança de 6 anos – tem legitimidade de ser parte – pode ajuízar uma ação de execução, contudo a capacidade dessa criança precisa de uma complementação, essa complementação não tem nos artigos da 1ª etapa, então você tem que ir para a etapa 2 para procurar a solução dessa falta de capacidade. O artigo que vai ser aplicado no processo de execução vai ser o do processo de conhecimento -* revisão: ABSOLUTAMENTE INCAPAZ (art 3º CC) = REPRESENTAÇÃO – só os menores de 16 anos. RELATIVAMENTE INCAPAZ (art. 4º CC) = ASSISTÊNCIA ∟EX2: PROCURAÇÃO (art. 105 CPC): precisa dessa peça para ajuizar uma execução, mas é usado um artigo do processo de conhecimento para fazer ∟EX3: DOC. JUNTADOS NA EXECUÇÃO (art. 437 §1º CPC): se isso acontecer a outra parte tem que ser ouvida pelo juiz; deve ser ouvida a parte contraria em 15 dias *OS PRAZOS NO NCPC SÃO CONTADOS EM DIAS ÚTEIS (art. 219 CPC) 1.9. CLASSIFICAÇÃO DAS EXECUÇÕES · 1º DIVIDE-SE A EXECUÇÃO EM: A- GENÉRICA: ∟ é a execução para a cobrança de importância em dinheiro (= pecúnia) ∟ Execução de cobrança de pecúnia ∟EX1: BB foi condenado a me pagar 5000 reais de danos morais e vou executar isso por meio de uma execução genérica ∟ EX2: execução de cobrança dos alugueis atrasados B- ESPECÍFICAS: ∟destinada à cobrança de uma obrigação de dar/fazer/não fazer ∟EX1: construtora condenada a fazer a reforma do meu apartamento ∟ EX2: sociedade empresária condenada a não abrir filial em determinado bairro · 2º DIVIDE-SE A EXECUÇÃO EM: I. TRADICIONAL: ∟ é aquela feita em processo autônomo; independente de execução ∟ começa um processo novo ∟ EX1: execução de um cheque -> vai começar um processo novo direto na execução ∟ EX2: os títulos de crédito podem ser executados tradicionalmente II. IMEDIATA: ∟ é aquela feita em processo sincrético, ou seja, o processo de conhecimento e execução foram unidos ∟ EX1: o devedor foi condenado a me pagar 50000 mil reais; eu não preciso de um processo novo para executar isso, a execução vai ser imediata ∟ sempre que houver a condenação de um valor vai ser imediato 2. PARTES: · Parte é aquele que pede e aquele em faze de quem se pede · Exequente/executante X executado (legitimidade ativa) (legitimidade passiva) 2.1. LEGITIMIDADE ATIVA · 1º ART. 778 CAPUT CPC: pessoas que podem apenas requerer a execução ∟o credor a quem confere título executivo ∟ EX1: cheque <credor> (art. 784 I CPC) ∟ EX2: contrato escrito de locação <é título executivo>; < locador (credor)> (art.784 CPC) · 2º ART. 778 §1º CPC: pessoas que podem requerer a execução ou nela prosseguir ∟ I: MINISTÉRIO PÚBLICO ῑ REGRA GERAL: MP não pode pedir a execução EX: o credor esqueceu de pedir a execução aí o MP pede 🡺 NÃO PODE ῑ SÓ PODE PEDIR QUANDO HOUVER PRECEPTIVO LEGAL AUTORIZANDO O MP A REQUERER A EXECUÇÃO EX1: art 16 Lei 4717/65 (Lei de Ação Popular) Quem tem legitimidade para propor essa ação é o cidadão, que é aquela pessoa que pode votar EX2: art. 15 da Lei 7347/85 (Lei de Ação Civil Pública) ∟ II: ESPÓLIO HERDEIROS ῑ DE CUJUS É ABERTA A SUCESSÃOEM ATÉ 2 MESES (se passar desse prazo tem que pagar multa) AÇÃO DE INVENTÁRIO E PARTILHA – art. 610 CPC ESPÓLIO - É o conjunto de bens (direitos e obrigações) do falecido - pode ser autor ou réu de ações porque ele tem personalidade judiciária ( ≠ de personalidade jurídica) - é uma ficção jurídica - essa ação vai terminar com uma sentença de partilha (art. 654 CPC), que é por meio do qual o juíz vai dividir os bens, os direitos e as obrigações do falecido · OBS: para saber quem vai requerer a execução, se o espólio ou o herdeiro, só olhar o seguinte: ESPÓLIO ANTES SENTENÇA DE PARTILHA DEPOIS HERDEIROS ∟III: CESSÃO DE CRÉDITO ῑ = transferência de um crédito ῑ CEDENTE CESSIONÁRIO (legitimidade) quem transfere o crédito para quem o crédito é transferido ∟ IV: SUB- ROGADO ῑ sub-rogação = substituição ῑ significa ser colocado na situação jurídica de outra pessoa ῑ PODE DERIVAR: - D. = afiançado; a divida a rigor é desse - D. e F. -> litisconsórcio passivo A – LEI -> legal B – CONTRATO -> convencional ῑ EX1: CREDOR AJUÍZOU DEVEDOR - FIADORAÇÃO DE EXECUÇÃO CONTRA ῑ fiança -> é uma garantia que alguém vai pagar a minha divida ῑ o fiador que pagar a divida do devedor ele se sub-roga do dever do devedor, então quando o fiador paga a divida ao credor, o credor sai da relação e o fiador sub-roga para o lugar do credor para receber o valor 2.2. LEGITIMIDADE PASSIVA - QUEM PODE SER SUJEITO PASSIVO (art 779): I: DEVEDOR QUE FIGURA COM TAL CONDIÇÃO NO TÍTULO EXECUTIVO EX1: cheque - art. 784 I CPC ∟ o emitente/sacador – quem assina – tem legitimidade passiva para execução EX2: Contrato escrito de locação ∟quem figura como locatário/inquilino tem legitimidade passiva para execução II: ESPÓLIO (antes da sentença de partilha) HERDEIROS (após a sentença de partilha) III: ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (cessão de débito) ∟= transferência da divída ∟= cessão de débito ∟ transfere a divida por meio de um contrato chamado de assunção de dívida/cessão de débito ∟o devedor que assumiu a divida tem legitimidade parcial para figurar na execução IV: ∟EX: contrato de locação locatário – inquilino Tem legitimidade passiva para executar (inciso I, 777 CPC) Fiança (uma clausula no contrato de locação que estipula a fiança) ∟FIADOR (GARANTIDOR): tem legitimidade passiva para execução (inciso IV, 779) ∟ tanto o locatário/inquilino quanto o fiador possuem legitimidade passiva, mas por artigos diferentes V: A.1: Hipoteca (bem imóvel) A.2: Penhor (bem móvel) GARANTIA REAL = em bens <no inciso V> FIDEJUSSÓRI/PESSOAL = FIANÇA <no inciso IV> · a legitimidade do inciso V é diferente da do IV: Ex: Daniel pede um empréstimo ao Banco do Brasil ∟ BB pede para Daniel deixar uma espécie de garantia, mas como ele não tem nada, pede emprestado uma garantia ao seu irmão: João da seu imóvel em garantia ∟ João passa a ter legitimidade passiva para a execução VI: RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO · é quem é que pode figurar num polo passivo de uma relação jurídica tributária · sujeição passiva tributária (art 121 CTN – Lei 5172) ∟ só quem tem: A: CONTRIBUINTE = é aquele que tem relação pessoal e direta com o fato que da origem a obrigação tributária; EX1: IPTU (art. 156 CF) ∟ toda pessoa que é dona de um imóvel é contribuinte; tem que pagar todo ano EX2: IPVA ∟ quem é proprietário de um veículo automotor tem que pegar todo ano IPVA B: RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO= é aquele que mesmo não tendo relação direta com o fato que da origem ao tributo por força de lei, pode ser obrigado a pagá-lo - é aquela pessoa que não tem nada a ver com o tributo, mas a lei determina que a pessoa pague EX1: um rapaz de 14 anos é dono de um imóvel -> esse rapaz que é o contribuinte ∟ mas os pais que respondem pelos tributos que são devidos pelos filhos menores (art. 134 e ss. CTN) 🡺 esse é um ex. de responsabilidade tributária (os pais respondem pelos tributos dos filhos) EX2: o curador responde pelos tributos devidos pelo curatelado 2.3. CESSÃO DE CRÉDITO (1) E ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (2) (1): - é a transferência de um crédito - para o credor fazer essa cessão/transferência de crédito ele não precisa da concordância do devedor (2): - é a transferência da divida feita pelo devedor - obrigatoriamente o devedor precisará da concordância do credorCREDOR não precisa da concordância do devedor para a cessão de crédito DEVEDOR precisa da concordância do credor para a assunção de dívida 2.4. LITISCONSÓRCIO (1) E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS (2) (1): - não é pluralidade de partes pq todo processo tem + 1 parte - CONCEITO: é pluralidade de pessoas em um dos polos ou em ambos os polos na relação jurídica processual (art. 113 e ss) - cabe na fase da execução tb (já é pacificado) (2): - MODALIDADES: A- ASSISTÊNCIA – art. 114 CPC NÃO CABEM NA EXECUÇÃO (entendimento majoritário) B- DENUNCIAÇÃO DA LIDE – art. 115 CPC C- CHAMAMENTO AO PROCESSO – art. 130 CPC D- INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA – art. 133 CPCÉ CABÍVEL NA EXECUÇÃO E – AMICUS CURIAE – art. 138 CPC - A/B/C não cabem pq não há julgamento de mérito na execução e essas modalidades demandam isso - EXECUÇÃO DE 3º CABE NA EXECUÇÃO? ∟ DEPENDE, só 2 que cabemCAI BASTANTE EM CONCURSOS, MAS NA OAB O PROF NUNCA VIU CAIR 2.5. REGRAS DIVERSAS · DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO (art. 177 CPC) - o credor pode desistir de toda a execução ou de algumas medidas executivas EX: executar 3 cheques: posso desistir de todos ou de 1 só - PRECISA DE CONCORDÂNCIA DO EXECUTADO ? ∟ p saber se preciso da concordância ou não do executado para desistir da execução preciso analisar o tipo de concordância: EMBARGOS DO DEVEDOR é um meio de defesa do devedor na execução (no proc. De conhecimento defende com a contestação, já na execução é com os embargos do devedor) A: SEM EMBARGOS DO DEVEDOR - NÃO PRECISA DA CONCORDÂNCIA B: COM EMBARGOS DO DEVEDOR - se os embargos versarem: B.1: EXCLUSIVAMENTE SOBRE QUESTÕES PROCESSUAIS - NÃO PRECISA DA CONCORDÂNCIA B.2: SOBRE MÉRITO - PRECISA DA CONCORDÂNCIA - alegar que a divida está paga = questão de mérito - o devedor alegou a leg. de parte e o pagamento da divida = precisa que o devedor concorde - só não se aplica quando os embargos versarem exclusivamente sobre questões processuais - ART. 487 CPC, II: PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA. ∟precisa da concordância do executado ∟essa matéria é sobre execução OBS: DESISTÊNCIA DA AÇÃO DE CONHECIMENTO: a concordância ou não vai depender do momento da desistência, se for antes da contestação não precisa de concordância, se for depois: precisa de concordância (ART. 485 §4º CPC) · OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS (art 800 CPC) - é aquela na qual um credor ou devedor pode escolher o objeto da prestação EX1: o devedor tem a obrigação de entregar um carro ou uma moto - REGRA GERAL: a escolha na obrigação alternativa compete ao devedor ∟EXCEÇÃO: pode ocorrer previsão contratual que a escolha pertence ao credor - 800 CPC ∟mas ob. Alternativa quando a escolha depende do devedor. ∟o juiz vai mandar citar o executado/devedor para em 10 dias escolher a coisa e entregá-la. Se não entregar, a consequência está no §1º do art. 800: devolver-se-á (= transferir) ao credor a opção de escolher se o devedor não fizer no prazo marcado ∟ o direito de escolha pode pertencer ao credor por força decontrato; é a exceção; aplicar-se-á o §2º do art 800 CPC ∟ se o direito pertence ao credor ele vai ter que fazer essa escolha já na petição inicial da execução · RELAÇÃO JURÍDICA SUJEITA À CONDIÇÃO(1) OU TERMO(2) (1): - evento futuro e incerto - EX: o pai faz a doação de um carro para o filho desde que ele passe no vestibular 🡺 UMA CONDIÇÃO (2): - evento futuro e certo - EX: a nota promissória encerrará no próximo dia 10 🡺 É UM TERMO (todo mundo sabe que esse diaTÍTULO vai ocorrer) - quando o juiz decidir uma relação com CONDIÇÃO ou TERMO a execução dessa sentença somente poderá ser feita depois que essa condição ou termo ocorrer (art. 514 CPC) -EX: VEÍCULO ∟ comprei pelo consórcio e me comprometi a pagar 12 prestações, só paguei as 4 primeiras e decido sair desse contrato de consórcio, exercendo meu direito de retirada e os meses que paguei eu posso ser restituído, inclusive de forma atualizada 🡪 É ENTENDIMENTO PACIFICADO DO STJ 35 ∟ comprei um veículo pelo sistema do contrato de consórcio de veículos, me comprometi a pagar 12 prestações mensais (nov/17 – out/18); fiz o pagamento de nov/dez/jan, houve o adimplemento dessas obrigações; perdi meu emprego em janeiro e não tenho condições de ficar nesse contrato ῑ tenho direito de sair desse contrato de consórcio? - contrato é um vinculo de confiança, a pessoa não é obrigada a ficar nele, mas a pessoa responde as consequências por romper o vinculo contratual - então posso sim sair do contrato de consórcio, ou seja, posso exercer o direito de retirada; posso sair do contrato de consórcio, exercendo meu direito de retirada - É PACIFICADO NO ENTENDIMENTO DO STJ [SÚMULA 35] QUE TENHO DIREITO À RESTITUÍÇÃO DAS PARCELAS PAGAS O ASSOCIADO QUE SAIU DO CONTRATO DE CONSÓRCIO, INCLUSIVE COM ACRESCIMO DE CORREÇÃO MONETÁRIA - mas ao sair do contrato em fev e exigir a restituição o responsável fala que não tenho direito e que tem, inclusive, uma clausula no contrato falando que se sair a pessoa não é restituída, diante disso ajuízo uma ação em fev mesmo; ação pelo rito comum alegando que fiz um consorcio, me comprometi a pagar todas as prestações, informo ao juiz que paguei 3, falo q qro sair desse contrato e que é meu direito de retirada e posso exercê-lo e que eu quero as parcelas que paguei na formula da súmula 35 do STJ ῑ vamos supor que em maio a ação tenha sido sentenciada julgando procedente a demanda e condenou o réu – a administradora- a me devolver as parcelas e ocorreu o transito em julgado da sentença - EU POSSO EXECUTAR DESDE LOGO ESSA SENTENÇA? NÃO!!! ∟ só posso fazer a execução dessa sentença condenatória depois de outubro de 2018, pq essa relação jurídica do contrato de consórcio é subordinada a um termo – ou seja, evento futuro e certo- que é a data final do contrato de consorcio e o art 514 CPC diz que quando o juiz decidir uma relação jurídica com condição ou termo a execução da sentença somente pode ser feita depois que ocorrer o termo ou a condição; então só posso executar no final do contrato de consórcio (JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA NO STJ NESSE SENTNIDO: a execução só pode ser feita depois da finalização do contrato de consórcio) - se mandasse devolver de imediato o valor o grupo do consórcio poderia ser prejudicado [além da justificativa jurídica para a execução ser só depois do fim do contrato, tem essa tb; que é lógica] * SALVO se tramitar NOS JUIZADOS ESPECIAIS, que determina a restituição imediata [não tem recurso p o STJ, então os juizados tem entendimento próprio; não seguem a súmula] · CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES - REQUISITOS (art. 780 CPC): 1) IDENTIDADE DE CREDOR 2) IDENTIDADE DE DEVEDOR 3) MESMA COMPETÊNCIA - EX: justiça federal não pode apreciar uma ação da justiça comum - é diferente do que acontece no 4 4) MESMO PROCEDIMENTO - não pode executar uma execução de alimentos junto com uma obrigação de fazer OBS: CUMULAÇÃO DE AÇÕES DE CONHECIMENTO ( art. 327 CPC) 1. MESMAS PARTES 2. MESMA COMPETÊNCIA 3. COMPATIBILIDADE DOS PEDIDOS 4. MESMO PROCEDIMENTO OBS: se os procedimentos forem diferentes haverá a possibilidade de cumulação de ações se adotado o procedimento comum 3. COMPETÊNCIA ∟é a medida da jurisdição - identificar o juízo competente consiste em identificar quem vai processar e julgar determinada ação/demanda 3.1. CRITÉRIO BIPARTIDO A - TÍTULO JUDICIAL (art. 515 CPC) ART. 516 CPC B – TÍTULO EXTRAJUDICIAL (art. 784 CPC) ART. 781 CPC COMPETÊNCIA EXECUÇÃO - para executar um título tem que saber 1º qual é o título para saber onde vai processar: no art 516 ou 781 3.2. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL - ART. 516 CPC: - CAPUT: cumprimento de sentença, ou seja, de título judicial - I: TRIBUNAIS ∟ nas causas de competência originária ∟ se a ação começou no tribunal de justiça, executa lá; se começou no STJ, executa no STJ; se começou no STF, executa no próprio STF. EX: Ação rescisória (art. 966 CC) ῑ começa no tribunal e executar a eventual decisão proferida no próprio tribunal ∟ EXCEÇÃO: - sentença estrangeira ῑ para ser usada tem que ter a homologação do STJ, através da AÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA (art. 960 CPC; art 105, I, i, CF) ῑ a execução dessa sentença estrangeira não é feita pelo STJ ῑ a execução é feita perante o Juiz Federal de 1º grau (art. 109, x, CF) - II: JUÍZO QUE DECIDIU A CAUSA EM 1º GRAU EX: Ação de Indenização 🡺 1ª vara cível de Vitória 🡺 sentença 🡺 apelação 🡺TJ 🡺 Acordão 🡺 trânsito em julgado EXECUTA NO JUIZO DA 1ª VARA CÍVEL DE VITÓRIA - tem que analisar o lugar que a ação começou, lá que vai ser executado; mesmo que tenha decidido em sede de recurso, será executado onde começou - III: SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA COM TRÂNSITO EM JULGADO ∟tem efeitos penais ∟tem efeitos extrapenais (art 92 CP) EX: tornar certa a obrigação do réu indenizar os danos que a vítima sofreu ∟para saber onde executa a sentença penal a esfera cível: A – DOMICÍLIO DO RÉU – ART. 46 CPC B – LOCAL DO FATO C – DOMICÍLIO DO AUTOR ( = vitima) POSSO EXECUTAR:Art. 53 V CPC · APARTE FINAL DO INCISO III DO ART 516 FALA “DECISÃO DO TRIBUNAL MARITIMO” 🡺 RISCAR ISSO PQ ISSO FOI VETADO OBS: ART. 516 §ÚNICO CPC ∟nas h. do inciso II e III o credor pode, ainda, optar para executar perante: · O atual domicilio do devedor · O local dos bens do devedor · O local de cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer 3.3. EXECUÇÃO DE COMPETÊNCIA DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL EX: documento assinado por 2 testemunhas - art. 781: - I: REGRA GERAL -> PERANTE O DOMICILIO DO DEVEDOR *CONTRATO (escrito) ῑ tem que vê se há uma clausula de eleição de foro – art. 63 CPC ῑ se houver, vai ser executado perante o foro que foi eleito - II: EXECUTADO -> TEM MAIS 1 DOMÍCILIO ∟ a execução é feita em qualquer um deles EX: o executado fica 15 dias em Vix e 15 dias em Guarapari ῑ o executado pode ser executado em qualquer um dos lugares que reside - III: DOMÍCILIO INCERTO OU DESCONHECIDO EX: ciganos; circenses. ∟ pode ser executado no domicílio do autor ou pode executar no local que o devedor for encontrado - IV: LITISCONSÓRCIO PASSIVO NA EXECUÇÃO ∟ em qualquer dos foros do executado - V: onde vai ser a entrega do bem que vai ser executado · EXECUÇÃO DO CHEQUE: - todo cheque na parte esquerda tem o nome do banco que você tem cheque e abaixo do nome do banco vai constar a agência que você tem conta - tem uma “______” linha para escrever o nome do local que você tá assinando o cheque - se o cheque voltar sem fundo ele deve ser executado perante o foro do banco sacado = local da agência bancária · O ENTENDIMENTO DO STJ, ART 53 III A CPC 🡪 PASSIFICADO. - se forajuizada em outro local e como é competência relativa, nesse caso, o executado tem que alegar a incompetência sob pena de ocorrer a prorrogação da competência - se for processo de conhecimento alega a incompetência na contestação, se for execução alega nos embargos do devedor - * no processo do trabalho continua a competência relativa sendo alegada por uma petição separada por ação de execução de competência 3.4. EXECUÇÃO FISCAL ( Lei de Execução Fiscal 6830/80) - ação que o Estado usa para cobrar um tributo não pago - não é tratada no CPC, é tratado em uma lei separada que é a LEF ∟ vem acompanhado com um documento chamado CDA (Certidão de Divida Ativa) CPC ART 46 § 5º: DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO EXECUTADO OU ONDE O DEVEDOR FOR ENCONTRADO COMPETÊNCIA PARA EXECUÇÃO FISCAL · TEM QUE OBSERVAR SE OS IMPOSTOS EXECUTADOS SÃO: A. UNIÃO (art. 153 CF) - EX: IR; IPI; II; IOF; IGF e ITR - esses impostos são executados na justiça federal B. ESTADOS (art. 155 CF) - EX: IPVA; ICMS e ITCMD - esses impostos são executados na justiça estadual C. MUNICÍPIOS (art. 156 CF) - EX: ISS; IPTU e ITBI - esses impostos são executados na justiça estadual - * O Brasil é uma federação de 3º grau, então no nosso sistema não há judiciário municipal 4. REQUISITOS PARA REALIZAR QUALQUER EXECUÇÃO - para requerer uma execução precisa ter título executivo TÍTULO EXECUTIVO (art. 783 CPC) + INADIMPLEMENTO DO DEVEDOR (art. 786 CPC) ∟ é uma situação de descumprimento ou de cumprimento imperfeito; defeituoso da obrigação EXECUÇÃO REQUISITOS: OBS: se o título executivo tiver ausente deverá ser proposta ação de conhecimento ῑ não tem como entrar com execução 5. TÍTULOS EXECUTIVOS 5.1. CONCEITO ∟ é um documento previsto em lei e que autoriza requerimento de execução ∟ os títulos executivos são regidos pelos princípios da tipicidade e da taxatividade - ou seja, só é titulo executivo aquele documento que se enquadra/amolda ao modelo definido pelo legislador, ou seja, não pode inventar titulo executivo EX1: cheque -> tem um modelo EX2: contrato escrito assinado pelo devedor e por 2 testemunhas -> esse contrato é um titulo executivo - “titulo executivo”: é um documento previsto em lei e de imediata execução; princípios da taxatividade e da tipicidade, ou seja, por exemplo, um contrato escrito só vai ser taxado e executado se assinado por 2 testemunhas 5.2. NATUREZA JURÍDICA - = estudar no que consiste determinado instituto dentro do direito - CORRENTES SOBRE A NATUREZA JURIDICA DOS TITULOS (no sentido de fazer provas): A. PROVA – DOCUMENTO -> CARNELUTTI - não foi aceito porque diz que o titulo é uma prova/documento, mas na execução não são produzidas provas, logo, o titulo executivo não pode ser uma prova/documento B. ATO JURIDICO -> LIEBMAN - ou seja, de encontro de vontades ESSA CORRENTE QUE PREVALECE C. ATO JURIDICO E TB UM DOCUMENTO-> CHIOVENDA - é documento porque no CPC todos os títulos executivos são escritos -“documento” no sentido de ser escrito - essa é a adotada tanto no cpc de 73 quanto o de 2015 5.3. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS EXECUTIVOS - tem varias mas só vamos estudar 1 JUDICIAIS: aquele que decorre da manifestação de um magistrado ( art. 515 CPC) EX1: sentença penal condenatória com transito em julgado EX2: sentença civil - * DEFESA: pela peça de impugnação (art. 525 CPC) EXTRAJUDICIAL: é aquele que advém de um encontro de vantagens (art. 784 CPC) EXs: cheque, nota promissória ... -* DEFESA: por embargos do devedor em execução (art. 914 CPC) TÍTULOS EXECUTIVOS 5.4. TÍTULOS EM ESPÉCIE · CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE I. JUDICIAIS (art. 515 CPC) - I: AS DECISÕES PROFERIDAS NO PROCESSO CIVIL ∟ decisões que vem:DECISÃO INTERLOCUTÓRIA EX: liminar para a Unimed liberar uma cirurgia A) JUIZ SENTENÇA DECISÃO MONOCRÁTICA (um doc pessoal) B) TRIBUNAL ACORDÃO (art. 204 CPC) - as decisões proferidas em processo civil que reconhecem obrigações de dar, fazer, não fazer e pagar quantia certa são títulos executivos judiciais ∟ “pagar quantia certa” = pagar importância em dinheiro II. DECISÃO HOMOLOGATÓRIA DE AUTOCOMPOSIÇÃO JUDICIAL - = de acordo feita na audiência de conciliação e mediação - é quando tem uma ação ajuizada e as partes fazem um acordo em juízo §2º: ESSA AUTOCOMPOSIÇÃO JUDICIAL PODERÁ ENVOLVER TERCEIRO - EX: acordo que X vai pagar uma parte da divida de Y – que é irmão de X 🡪 para envolver o 3º que não está no processo o 3º tem que assinar o acordo e concordar com os termos do acordo III. DECISÃO HOMOLOGATÓRIA DE AUTOCOMPOSIÇÃO EXTRAJUDICIAL - ou seja, fora do juízo é feito o acordo; não tem ação ajuizada; é levado o acordo depois para o juiz homologar IV. FORMAL DE PARTILHA - é em relação aos herdeiros e em relação ao inventariante - o formal de partilha é uma autuação que contem cópias de documentos que são extraídos dos autos do inventário (documentos mencionados no art. 655 CPC) - PRA QUE SERVE O FORMAL? ∟é destinado a viabilizar o registro da transferência da propriedade do imóvel perante o cartório de RGI - o formal de família é título de partilha executivo exclusivamente em relação aos herdeiros e em relação ao inventariante EX: DE CUJUS 🡪 ação de inventario e partilha (art. 610 e ss.) 🡪 espólio 🡪 SENTENÇA DE PARTILHA (art. 654 CPC) HERDEIRO B: fica com o automóvel HERDEIRO A: fica com o imóvel (...) (...) ∟ vai pedir um documento chamado de formal de partilha que é a copia com alguns documentos, que são os documentos do inventário ∟ depois que pegar vai para o outro cartório, que é o do RGI e pede para registrar o formal de partilha ∟ RGI -> o imóvel está no nome do de cujus e vai passar para os herdeiros com o registro do formal de partilha; passa a ser do herdeiro A o imóvel MAS, o HERDEIRO B está morando no apartamento – imóvel – que seria do A, então o A vai executar o foral de partilha porque ele é titulo executivo em relação aos herdeiros e inventariante ∟ só que, se fosse um 3º morando no imóvel o herdeiro A não pode executar o formal de partilha, vai ter que entrar com uma ação de despejo V. Não tem muita aplicação porque quando ajuíza uma ação já tem que pagar as custas - a parte que pode se usar é dos honorários do perito ∟ mesmo assim é de pouca aplicação porque na prática o perito só faz a pericia se receber pelo menos uma parte VI. SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA COM TRÂNSITO EM JULGADO - só é título executivo se tiver transito em julgado - sentença penal condenatória NÃO é título executivo, só é quando for “com trânsito em julgado” VII. SENTENÇA ARBITRAL (Lei da Arbitragem: 9307) - sentença arbitral proferida por um arbitro, se não for cumprida pode ser executada em juízo VIII. SENTENÇA ESTRANGEIRA - pode ser homologado no Brasil pelo STJ na justiça federal (art. 961 CPC §5º) -* novidade: sentença estrangeira de divórcio consensual não precisa ser homologada para possuir efeitos no Brasil IX. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA ESTRANGEIRA - não é homologado, é feito o “exequatur”, que quer dizer “cumpra-se” · TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS - ART. 784 CPC: I: TÍTULO DE CRÉDITO (Vivante) - CONCEITO: é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado (art. 887CC) - o CC adotou o conceito de Vivante · CHEQUE: A) AÇÃO DE EXECUÇÃO - para entrar com ação de execução do cheque tem que ser no município 🡪 entendimento do STJ MESMA PRAÇA 6m + 30 dias PRAÇAS DIFERENTES 6m + 60 dias ∟ o local da agência é diferente do local da assinatura do cheque PRAZO art. 59 da Lei 7357/85 B) AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA/ILÍCITO ∟ art. 61 da Lei 7357/85 - prazo: 2 anos ῑ começa a contar depois de passado o prazo da execução ῑ é contado o prazo de modo seguido/sucessivo com o prazo de A C) AÇÃO DE COBRANÇA OU MONITÓRIA ∟ art. 62. Lei 7357/85 // STJ – 299 CC/16 era 20 anos CC/2002 2 orientações foram formadas: MARCELO BETOLDI: 10 anos (art. 205 CC)FÁBIO U. COELHO: 5 ANOS (art. 206§5º CC) SÚMULA – 503 STJ PRAZO - esse prazo é contado a partir da data de emissão do cheque 🡺 PRAZO PARA EXECUTAR A NOTA PROMISSÓRIA E DUPLICATA: 3 ANOS II. ESCRITURA PÚBLICA - é lavrado no cartório de notas - documento publico ῑ ex: contrato administrativo + nota de empenho é documento publico III. - as testemunhas não podem assinar depois - se o contrato tiver assinado com + 2 testemunhas -> pode ser executado -* para executar um cheque tem que estar o cheque original nos autos, senão é extinta a execução IV. INSTRUMENTO DE TRANSAÇÃO - = acordo - “referendado” = assinado {pela DP ou MP ou Adv. Púb. Da União ou conciliadores/mediadores} - é titulo executivo extrajudicial V. HIPOTECA -> imóvel PENHOR -> móvel VI. SEGURO DE VIDA - só pode ser executado no caso de óbito do segurado: só assim vira título executivo VII. FORO E LAUDÊMIO - são verbas relacionadas/relativas à um direito real chamado de ENFITEUSE ou AFORAMENTO ou EMPRAZAMENTO - o CC novo não tem esse direito, mas diz que as que estiverem/ as existentes ainda vão valer; só não pode criar novos FORO SENHORIO DOMÍNIO DIRETO ENFITEUTA OU FOREIRO DOMÍNIO ÚTIL ῑ o senhorio não mora; não pode lugar o imóvel ῑ o “domínio direto” é como se fosse uma propriedade só no papel ῑ enfiteuta ou foreiro pode alugar, morar ou emprestar o imóvel e paga para o senhorio o “foro” anualmente e o “laudêmio” quando for transferir o imóvel; quando vende o domínio útil para o 3º ῑ isso é o que ocorre com o terreno de marinha - TERRENO DE MARINHA: ∟ quem tem o domínio direto -> ÚNIÃO ∟ quem tem o domínio útil -> PARTICULAR ∟ foro e laudêmio são títulos executivos extrajudiciais e aplicam-se a particulares e terrenos de marinha ∟ o conceito disso está no art. 2º da Lei 9780 ( não achei essa lei nem em qual tem esse conceito) TERRENOS DE MARINHA PODEM TER O REGIME DE: OCUPAÇÃO: Dec. Lei 2398 AFORAMENTO: Dec. Lei 9780 TANTO PARA CONCURSO QUANTO PARA PROVA DE HERTEL VIII. CONTRATO ESCRITO DE LOCAÇÃO - STJ: não precisa de assinatura de testemunhas IX. CERTIDÃO DE DIVÍDA ATIVA (CDA) - a lei prevê as hipóteses de incidência tributária, por exemplo: do PTTU = ser proprietário de um imóvel - HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA (que estão na lei) 🡺 FATO GERADOR (ou seja, a ocorrência do que está na lei) 🡺 NASCE A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 🡺 (feito o ) LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 🡺 (nasce o) CRÉDITO TRIBUTÁRIO 🡺 (aí tenho 30 dias para pagar o tributo, se eu não pagar vai ocorrer a) INCRIÇÃO NO LIVRO DE DÍVIDA ATIVA 🡺 É EXTRAÍDA UMA CERTIDÃO DE DIVÍDA ATIVA (CDA): que é um título de execução extrajudicial então o Estado vai pegar isso e executar X. ENCARGOS DO CONDOMÍNIO - podem ser executados: 1. APROVADOS NA ASSEMBLEIA GERAL OU 2. PREVISTOS NA CONVENÇÃO XI. MULTAS: devidas ao poder judicial ENVOLVIMENTOS: paga ao cartório - tem pouca aplicação na prática porque na prática os cartórios só fazem algo se você pagar antes - os 2 constituem título executivo extrajudicial XII. EX1: Decisão do Tribunal de Contas: art. 71 §3º CF EX2: Contrato escrito de honorários de advogado: art. 24 do Estatuto da OAB – Lei 8906/94 XIII. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO OU EM CONTA CORRENTE - = contrato de cheque especial -por meio desse contrato o banco coloca a disposição ao correntista um crédito limite para que ele possa usar esse crédito mesmo que ele não tenha limite - SÚMULA 233 STJ: CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO NÃO É TÍTULO EXECUTIVO ∟ porque os valores são instáveis; varia muito de um dia para o outro; os valores mudam bastante ∟ devido a essa instabilidade que o STJ adota esse entendimento ∟ o banco, nesse caso, pode mover uma ação de conhecimento que, nessa hipótese, do XIII, pode ser uma ação de obrigação ou uma ação monitória AÇÃO DE COBRANÇA: art. 318 CPC AÇÃO MONITÓRIA: art. 700 CPC AÇÃO DE CONHECIMENTO STJ - 247 5.5. TÍTULO QUE CONTEMPLE OBRIGAÇÃO CERTA, LÍQUIDA E EXEQUÍVEL. - EXECUÇÃO REQUISITOS 🡺 A: INADIMPLEMENTO + TÍTULO EXECUTIVO ART. 783 E 786 CPC CONDIÇÕES DA AÇÃO (INTERESSE) CERTO LÍQUIDO EXIGÍVEL - NULA (nulidade absoluta): art 183 I CPC ∟ ex officcio ∟ resultar na extinção do processo (art. 485 IV ou VI CPC) 🡺 NATUREZA JURÍDICA - certeza; liquidez; exigibilidade 🡺 estão relacionadas à CONDIÇÃO DA AÇÃO QUAL? R.: Interesse de agir SE FALTA UM DESSES REQUISITOS É NULA A EXECUÇÃO 🡺NULIDADE DA EXECUÇÃO EX: cheque colado com durex 🡪 não é certo - a nulidade está no art.803 I CPC - NULIDADE ABSOLUTA ∟ = nulidade grave no processo ∟ ex officio pelo juíz ∟extinção do processo (art. 485 IV ou VI CPC) 🡺AÇÃO DE COBRANÇA E TÍTULO CERTO, LÍQUIDO E EXIGÍVEL - já com o título certo, líquido e exequível o credor ajuíza uma ação de conhecimento - a consequência desse ajuizamento é a extinção do processo por ausência de interesse 🡺 A DOUTRINA TRADICIONAL ENTENDE ISSO - já o STJ nunca concordou com isso e adotou um entendimento diferente: o fato do credor ajuízar uma ação de conhecimento com base em título executivo é uma mera irregularidade ∟ o novo CPC adotou esse entendimento do STJ: art. 785 NCPC ῑ em síntese: esse artigo estabelece que nada impede que o credor com o título já certo, liquido e exequível se utilize do processo de conhecimento DOUTRINA = extinção do processo de conhecimento por ausência de interesse STJ = mera irregularidade NCPC = art. 785 CPC 5.6. IMPUGNAÇÃO DO DÉBITO PELA VIA ORDINÁRIA - o ajuizamento de uma ação de conhecimento para discutir a divida que consta no título executivo não impede/inibe/obsta o credor de requerer a execução ∟ não obsta o devedor de pagar ∟o legislador estabelece que ainda que o devedor ajuíze execução para discutir a divida isso não impede o credor de entrar com ação de execução - art. 784 §1º ∟ a propositura de qualquer ação não inibe o credor de promover a execução ∟ SÓ TEM 1 HIPÓTESE DE SUSPENDER: se nessa ação de conhecimento for concedida uma tutela provisória, aí pode ficar suspensa a ação de execução:Quando na ação de conhecimento for concedida uma liminar de tutela provisória (art. 294 CPC) aí é possível que a execução fique suspensa EXCEÇÃO: 6. EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA 6.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS - o legislador em determinadas situações autorizou a execução da sentença antes mesmo do trânsito em julgado ∟ou seja, mesmo pendendo o recurso o credor vai poder pedir a execução da sentença sentença; antes mesmo do trânsito em julgado - a essas hipóteses nas quais o legislador autorizou a execução da sentença antes do trânsito em julgado chamamos de EXECUÇÃO PROVISÓRIA ou CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA, que é uma forma de aceleração contratual ∟ está em harmonia/sincronia com o princípio da celeridade processual - art 784 §1º CPC -* tutela provisória – art. 294 CPC - EXECUÇÃO PROVISÓRIA = CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA ∟ aceleração processual -> harmonia com o princípio da celeridade processual 6.2. HIPÓTESES A: TÍTULO EXTRAJUDICIAL ∟ será sempre definitivo B: TÍTULO JUDICIAL B.1. EXECUÇÃO DEFINITIVA: quando a sentença ou acordão tiver transitado em julgado B.2. EXECUÇÃO PROVISÓRIA: quando a sentença ou acórdão for impugnado por recurso recebido com efeito somente devolutivo ∟efeito devolutivo todo recurso tem ∟EXS de recursos que não tem efeito suspensivo (logo, deve ter somente o efeito devolutivo): i. AGRAVO DE INSTRUMENTO ῑ art 1015 CPC ii. RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO ῑ art 1029 CPC iii. APELAÇÃO ῑ nas hipóteses dos incisos do §1º do art 1012 CPC tem efeito somente devolutivo ῑ EX: art 1012 caput CPC-> regra geral: ter efeito suspensivo §1º e inciso II -> quando alguém é condenado a pagar alimentos a apelação é recebida apenas com efeito devolutivo, logo, o credor pode pedir a execução da sentença Pode executara liminar que o juiz deu mesmo a outra parte tendo agravado porque o agravo de execução não tem efeito suspensivo ∟há juízes que na própria sentença – art. 1012 V CPC – concedem uma tutela provisória dentro da sentença ῑ o efeito propício disso é que o eventual recurso de apelação vai ser recebido somente com efeito devolutivo ∟ o advogado pede ao juiz para conceder a tutela provisória dentro da sentença, aí a apelação que for ajuizada vai ter apenas efeito devolutivo, então, o credor pode executar esse título ῑ essa é uma forma de retirar o efeito suspensivo da apelação ῑ tem que ser pedido e reiterado na sentença a concessão ῑ porque senão conceder na sentença, a sentença não vai adiantar de nada, porque como a apelação tem efeito suspensivo o credor só pode cobrar depois do resultado da apelação 6.3. REGRAS DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA - art. 520 CPC - REGRA GERAL: a execução provisória é feita da mesma forma que a execução definitivaCAPUT - “cump. Provisório” - “ da sentença impugnada pra recurso desprovido ...” = ou seja, a regra geral; sem efeito suspensivo, somente o efeito devolutivo - “far-se-á da mesma maneira que o cumprimento definitivo” OS INCISOS TEM AS PARTICULARIDADES/EXCEÇÕES DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA: I: “correm por iniciativa” ∟a execução provisória não pode ser feita de ofício ∟na prática vários juízes erram EX: no fim da sentença coloca “intima-se a parte para cumprir” ∟a execução provisória é conta e risco do credor pq o tribunal está pendente um recurso contra o devedor e ao apreciar o recurso o tribunal pode falar que o devedor não deve nada; já está prescrito; que o devedor não deve nada EXCEÇÕES (incisos do art. 520 CPC) II: “fica sem efeito a execução” ∟= vai ser extinta a execução provisória se sobrevier acordão do tribunal modificando a ação exequente III: h. de reforma ou anulação parcial da sentença ∟ fica sem efeito a execução na parte que for modificada/anulada a sentença ∟na inicial fala que o devedor deve 50.000, a decisão do tribunal fala que 10.000 -> o devedor vai passar a dever só 10.000 IV: temos a grande diferença da execução provisória (1) e definitiva (2) (1): ∟ o credor vai ter que prestar uma caução; uma garantia ῑ tem que fazer isso pq ele está executando um título que é provisório e lá na frente se o tribunal reconhecer que o credor não tem esse direito, ele vai ter que reparar os eventuais prejuízos que o devedor venha a sofrer ∟ CAUÇÃO: o credor paga isso para reparação de eventuais prejuízos que o devedor venha a sofrer havendo reforma da sentença exequenda 6.4. REALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA - a execução provisória é requerida por meio de uma simples petição; não precisa fazer uma ação - junto com essa petição tem que juntar cópias de alguns documentos: I. SENTENÇA OU ACÓRDÃO EXEQUENTE II. DECISÃO DE RECEBIMENTO DO RECURSO COM EFEITO SOMENTE DEVOLUTIVO III. CÓPIAS DAS PROCURAÇÕES OUTORGADAS AOS ADVOGADOS DAS PARTES ∟ ESSAS CÓPIAS DEVERÃO SER AUTENTICADAS ῑ essa autenticação das cópias poderá ser feita pelo próprio advogado ῑ em regra, as cópias no CPC são simples, salvo exceções ῑ o advogado pode assinar cada folha ou fazer uma declaração falando que as cópias são autênticas ῑ se se tratar de processo eletrônico não se afigura necessário juntar as mencionadas cópias 7. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS - a execução moderna (dos dias atuais) é regida pelo princípio da realidade da execução, ou seja, o devedor responde com seu patrimônio para o pagamento da divída ∟isso é o PRINCIPIO DA REALIDADE DA EXECUÇÃO ∟ responde com os bens que integram seu patrimônio - MAS A EXECUÇÃO ANTIGA – que era durante o período romano – era regido pelo PRINCIPIO DA PESSOALIDADE ∟ se o devedor não pagasse uma divida ele respondia com o próprio corpo pelo pagamento da divida EX: o devedor poderia ser transformado no próprio escravo do credor - AINDA HOJE temos lembranças da ideia da pessoalidade da execução romana ∟ como no caso da execução de alimentos que o devedor que não pagar a divida pode responder com a própria liberdade EXECUÇÃO MODERNA 🡺 PRINCÍPIO DA REALIDADE DA EXECUÇÃO EXECUÇÃO ANTIGA 🡺 PRINCIPIO DA PESSOALIDADE (Direito Romano) EX: art. 528§3º CPC -> pena de 1 – 3 meses 7.2. BENS PRESENTES(1) E FUTUROS(2) (1) : são aqueles bens que existem no patrimônio do devedor no momento da realização da penhora (2) : são aqueles bens que são adquiridos pelo devedor após o ajuizamento da execução - * bem imóvel = bem de raiz - o art 789 CPC trata desses dois tipos de bens {tanto o 1 quanto o 2} ∟ = o devedor responde na execução com todos os seus bens presentes e futuros, ou seja, em uma execução o devedor responde pelos bens que já existem no patrimônio, assim como aqueles bens que vem a adquirir depois que entrou com a execução ῑ isso faz com que não possa usar a tese de defesa de que na época que foi assinado o cheque/contrato não tinha o bem, pq responde pelos bens presentes e futuros, EXCETO AS EXCEÇÕES ESTABELECIDAS EM LEI, que são as hipóteses de bens impenhoráveis - BENS IMPENHORÁVEIS: EXS: ∟ BENS DE FAMÍLIA independente do valor não pode ser penhorado ∟O SALÁRIO QUE O DEVEDOR RECEBE ∟OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO DEVEDOR Ex: automóvel do uber ∟SEGURO DE VIDA ∟OS ACESSÓRIOS QUE GUARNECEM A RESIDÊNCIA DO DEVEDOR Ex: geladeira, TV BENS PRESENTES E BENS FUTUROS 🡺 ART 789 CPC EXCEÇÕES = BENS IMPENHORÁVEIS: 1. ART. 833 CPC 2. ART 834 CPC 3. LEI 8009/90 (dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família) 7.3. RESPONSABILIDADE SECUNDÁRIA - = a sujeição dos bens à execução - ocorre quando os bens de um 3º, que não é parte na execução, podem ser apreendidos/penhorados - os casos de responsabilidade solidária decorrem de lei - no CPC está previsto no art. 790 CPC: CAPUT I. SUCESSOR à TÍTULO SINGULAR OBRIGAÇÃO DE DIREITO REAL(1) OU PERCEBTÓRIA(2) - o devedor é condenado a entregar um bem, mas ele transfere a um 3º; mesmo assim esse bem que está com 3º poderá ser penhorado e retido - 2 ações podem ter nesse caso: i. PAUTADA NO DIREITO DE PROPRIEDADE (DIREITOS REAIS) – AÇÃO REIVINDICATÓRIA - aqui já sou dono do bem ii. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES (DIREITO PESSOAL) – AÇÃO REIPERSECUTÓRIA - não sou dono do bem ainda, é pautada no direito de obrigações 🡪TANTO I. QUANTO II. PODEM APLICAR O INCISO I DO ART 790 CPC II. INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (ART 133 CPC) - Quem paga a divida da sociedade é a sociedade e quem paga a do sócio é o sócio (REGRA) - tem hipótese na lei que o sócio responde por dívida societária, aí é quando os bens de um 3º que não é parte da execução são apreendidos: o sócio vai responder pelos bens pessoais - para atingir os bens do sócio tem que usar o incidente de desconsideração de personalidade jurídica, prevista no art. 133 CPC EX: quando a sociedade não paga algum tributo, os bens do sócio vão pagar (+ ou – assim) III. Bens do devedor em posse de 3º ∟ se conseguir acha-los IV. BENS DOS CÔNJUGES - tem 3 tipos: i. BENS PRÓPRIOS: os bens que são levados para o casamento pelo cônjuge; bens adquiridos antes do casamento ii. MEAÇÃO iii. BENS RESERVADOS: consistiam na possibilidade da mulher destacar uma parcela do patrimônio do casal exclusivamente para ela ∟ESSE TIPO DE BEM NÃO FOI RECEPCIONADO PELA CF/88 PQ VIOLA O PRINCIPIO DA IGUALDADE - para resolver os problemas envolvendo os bens dos cônjuges há 2 regras: i. Se a divida foi contraída no exclusivo interesse de 1 dos cônjuges, respondem apenas os bens próprios e os bens da meação deste cônjuge EX: um marido faz um financiamento bancário para comprar uma moto – não pagou – e é executado 🡪 só os bens próprios e a parte da meação dele que vai ser executado ii. Se a dívida foi contraída no interesse da família respondem os bens próprios e da meação de ambos os cônjugesEX: marido faz o financiamento bancário para pagar a divida da casa da família 🡪 todos os bens respondem tanto os do homem quanto os da mulher V. ESSE ELE PULOU E VAI TER UM TÓPICO ESPECIFICO DEPOIS PARA FALAR DESSE INCISO VI. PULOU TB ῑ OS DOIS VÃO SER FALADOS NO TÓPICO 7.4 VII. É POSSÍVEL A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA - diz a mesma coisa que o inciso 2, mas nas duas hipóteses fala dos bens dos sócios; quando os bens dos sócios vão responder por uma divida societária EX1: ação que envolver direito do consumidor -> ART 28 CDC: autoriza a desconsideração da personalidade jurídica EX2: no direito ambiental EX3: no direito de trabalho EX4: quando ocorre o abuso da personalidade jurídica (art 50 CC), como quando há desvio de finalidade ou confusão patrimonial 7.4. BENS PRETÉRITOS - AQUI ESTÁ O INCISO V E VI - são aqueles bens que não existem mais no patrimônio do devedor há época da realização da penhora EX: João é dono de um carro e vende, ai eu ajuízo uma ação de execução -> o carro virou um bem pretérito - BENS PRETÉRITOS RESPONDEM NA EXECUÇÃO? ∟ REGRA GERAL: NÃO ∟ EXCEÇÃO: SIM ῑ SE ALIENADOS DE FORMA FRAUDULENTA: A. FRAUDE CONTRA CREDORES B. FRAUDE À/DE EXECUÇÃO 7.5. FRAUDE CONTRA CREDORES E FRAUDE À EXECUÇÃO FRAUDE CONTRA CREDORES É UM INSTITUTO DE DIREITO MATERIAL DEFEITO DO NEGÓCIO JURÍDICO ARTGS. 158 E 159 CC OCORRE ANTES DA CITAÇÃO ∟ a pessoa – devedor – transfere tudo que tem antes de receber a citação ∟ citação para o processo de conhecimento PRECISA DE AÇÃO PROPRIA PARA SER DECRETADA: AÇÃO PAULINA OU REVOCATÓRIA ∟ ação para reconhecer que um ato foi praticado em fraude contra credores {cai na prova de hertel esse 5. tb} FRAUDE À/DE EXECUÇÃO É UM INSTITUTO DE DIREITO PROCESSUAL ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA ART 774 I CPC REGRA GERAL: OCORRE APÓS A CITAÇÃO ∟ depois que é citada a pessoa transfere os bens com a finalidade de fraudar à execução ∟ essa citação é para o processo de conhecimento, não para a execução (STJ disse isso) NÃO HÁ NECESSIDADE DE AÇÃO PRÓPRIA PARA ELA SER RECOLHIDA OBS: o juiz antes de reconhecer a fraude de execução deve mandar intimar o 3º que adquiriu o bem (é a ideia do contraditório do COD.) [ART. 792 §4º CPC] -> É NOVIDADE DO NCPC 7.6. BENEFÍCIO DE ORDEM DO FIADOR - cabe ao fiador indicar bens livres e desembargados na mesma comarca que sejam do devedor ∟comarca: JUIZ; JUÍZO – VARA; FORO – MUNICÍPIO; FORÚM; COMARCA: LEI 234/02 🡺 RENÚNCIA - fiador -> renúncia do benefício de ordem ∟ art. 827 e 828 CC 7.7. BENS PARTICULARES DE SÓCIOS - quem responde pela dívida da sociedade é a própria sociedade, mas quem responde pela do sócio é ele mesmo ∟ nas hipóteses previstas em lei é possível que o sócio responda por uma dívida da sociedade EX: se o juiz desconsiderar a pessoa jurídica ∟ mesmo nessas hipóteses o art. 795 CPC permite ao sócio exigir que 1º seja esgotado o patrimônio da sociedade Ꚍ mas para o sócio poder isso deve indicar bens que estejam situados na mesma comarca da sociedade UNIDADE II: LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 1. NOÇÕES GERAIS 1.1. FINALIDADE - a liquidação de sentença tem a finalidade de atribuir um valor a um título executivo que é ilíquido [= sem valor] EX: sentença penal condenatória com trânsito em julgado é um título executivo ∟se ela não estabelecer o valor da indenização no civil, vai ter que passar para a liquidação da sentença antes de ser executada 1.2. CABIMENTO - em relação ao título extrajudicial não cabe liquidação, em sentido técnico ∟ isso se dá por 2 motivos: 1º: o título extrajudicial já é líquido por natureza 2º: [motivo de ordem literal] art 509 [que trata de liquidação] só fala da liquidação da sentença; de título judicial - liquidação só tem cabimento em relação ao título judicial - liquidação de sentença: ∟ finalidade? ∟ cabimento: 1º título extrajudicial = NÃO 2º título judicial = SIM 1.3. NATUREZA JURÍDICA - lá no passado a liquidação era uma ação, essa era a natureza dela - no NCPC a natureza é de um incidente processual; é essa fase do processo ∟ por ser um incidente não é finalizada por meio de sentença e sim por uma decisão interlocutória - o incidente é finalizado por meio de uma decisão interlocutória -NATUREZA JURÍDICA -> INCIDENTE PROCESSUAL [FASE] ∟ DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 1.4. INTIMAÇÃO - serve para garantir o contraditório - quando a parte requer a liquidação, o juiz tem que mandar intimar a parte contrária/ré para se manifestar sobre o requerimento de liquidação ∟ não é essa intimação feita na pessoa do devedor e sim do seu advogado - essa intimação é feita na pessoa do advogado do devedor ∟ art 272 CPC §1º: autoriza que a intimação seja feita também na pessoa da sociedade de advogados em vez de intimar só o advogado, intima a sociedade de advogados [NOVIDADE NO CPC] 1.5. MATÉRIA OBJETO DE DISCUSSÃO - a única matéria que será objeto de discussão na fase de liquidação é a referente ao quantum indenizatório ∟ vai ser discutido valores - art 505§4º CPC ∟ QUANTUM DE BEATUR [isso que será discutido na fase de liquidação] ∟ NA DEBEATUR [ISSO NÃO SERÁ DISCUTIDO NA FASE DE LIQUIDAÇÃO] 1.6. RECURSO - ANTES: quando a liquidação era uma ação a liquidação terminava com uma sentença o recurso cabível era a apelação - HOJE: termina com uma decisão, então o recurso cabível é o agravo de instrumento [ART. 1015 §ÚNICO CPC] 1.7. REQUERIMENTO DE LIQUIDAÇÃO PELO RÉU - o comum é o credor pedir a liquidação da sentença, mas o CPC no art. 509 CAPUT, trouce uma novidade: permite que o réu requeira a liquidação ∟ o credor é quem tem direito de receber algo - art 509 CAPUT CPC -> o réu pode requerer a liquidação - tanto o autor quanto o réu podem requerer a liquidação da sentença 2. TIPOS DE LIQUIDAÇÃO - há 3 tipos: A: ARBITRAGEM [art.509 I CPC] - é uma prova parcial para chegar a um valor - vai ser utilizada quando tiver necessidade de produção de prova pericial EX: X foi condenado a me pagar um valor relativo a um veículo gol de 1975, que precisa de perícia para saber do valor B: PROCEDIMENTO COMUM [ART 509 II CPC] - ERA chamado de “liquidação por artigos” [CPC/73] - no NCOC mudou: “liquidação por procedimento comum” -está relacionada a fatos novos para chegar a um valor C: CALCULOS DO CONTADOR -ERA utilizada quando havia necessidade de colaboração de cálculos aritméticos - FOI BANIDA, NÃO EXISTE MAIS NO CPC - foi substituída pela “memória de atualização da dívida” tb chamado de “demonstrativo de débito atualizado” * CLT: art 879 CLT ainda prevê os 3 tipos de liquidação [A, B e C] 3. LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO 3.1. CABIMENTO - terá cabimento em 3 hipóteses, de acordo com o art 509 I CPC: A – CONVENCIONADO PELAS PARTES EX: as partes fizeram acordo em juízo que o valor de liquidação seria feito por um perito B- DETERMINADO NA SENTENÇA EX: na sentença o juiz fala que a liquidação para determinado valor é X valor -> arbitramento C- EXIGIR O OBJETOO DA CONDENAÇÃO Pode resumir os três em: PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL ∟ arbitramento vai ser utilizado na produção de prova pericial 3.2. PROCEDIMENTO - previsto no art 510 CPC - começa por meio de uma simples petição -requer a liquidação por arbitramento, daí o juiz mandará intimar a parte contrária para apresentar a defesa. Na sequência, o juiz mandará intimar as partes – autor e réu – para apresentarem e documentos elucidativos sobre o valor que tem quer ser pago - ART 510 CPC [liquidação por arbitramento] 🡪 POR UMA SIMPLES PETIÇÃO 🡪 O JUIZ MANDARÁ INTIMAR AS ARTES PARA APRESENTAREM PARECERES E DOCUMENTOS ELUCIDATIVOS 🡪 DÁI SE O JUIZ DECIDIR QUE: A. AS PROVAS SÃO SUFICIENTES ∟o juiz decidirá a liquidação fixando o quantum indenizatório B. AS PROVAS NÃO SÃO SUFICIENTES ∟ o juiz mandará realizar prova pericial [art. 465 e ss CPC ῑ DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - EX: o juiz intimaas partes para apresentarem documentos e pareceres elucidativos sobre o valor do veículo ∟ o juiz pode entender que os documentos e pareceres elucidativos são suficientes, dai o juiz decidirá a liquidação fixando o quantum indenizatório OU ∟ o juiz pode achar que as provas não são suficientes e vai pedir para realizar PROVA PERICIAL, depois de proferir a perícia o juiz finaliza essa liquidação proferindo uma decisão interlocutória 3.3. RECURSO - o recurso cabível à decisão interlocutória supracitada é o de agravo de instrumento 4. LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM 4.1. CABIMENTO - liquidação pelo procedimento comum vai ser utilizada quando o credor quiser alegar e provas fatos novos -FATOS NOVOS: são aqueles fatos anteriores, concomitantes ou supervenientes a ação de indenização e que tenham relação direta com o quantum indenizatório EX: o rapaz que teve a face desconfigurada ingressou com uma ação de indenização – mas não tem como falar o valor porque não sabe quantas cirurgias são necessárias – com um pedido ilíquido, ou seja, sem o valor da liquidação o juiz da uma sentença ilíquida, aí passa para a fase de liquidação pelo procedimento comum e aqui vai alegar fatos novos ῑ EX: antes de fazer cirurgia precisou fazer um tratamento e gastou 10.000 reais - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO [pedido ilícito] 🡺 SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA ILÍQUIDA 🡺 FASE DE LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM [fatos novos] -* NÃO PRECISO FAZER 2 TIPOS DE LIQUIDAÇÃO: só usa o arbitramento se só precisar de uma prova pericial, se precisar, por exemplo, de uma prova documental também então vai para a liquidação pelo procedimento comum, que é mais ampla, e dentro dessa liquidação faz a pericia e a prova documental 4.2. PROCEDIMENTO - o rito é pelo próprio processo comum [art 511 CPC] ∟ “o disposto no 1” -> é o procedimento comum do art 318 e ss do CPC 4.3. RECURSO - essa liquidação termina por decisão interlocutória e o recurso cabível é a liquidação por agravo de instrumento 5. HIPÓTESES DE CÁLCULO ARITMÉTICO 5.1. CONTEXTUALIZAÇÃO - NO PASSADO, o credor que pretendia atualizar uma divida tinha que entrar com uma ação chamada de AÇÃO DE LIQUIDAÇÃO POR CAUCULOS DO CONTADOR - HOJE você mesmo – credor – vai ter que elaborar essa atualização, que é chamada de MEMÓRIA DA ATUALIZAÇÃO DA DÍVIDA ∟ o advogado do credor que faz isso ∟tem que fazer isso antes de fazer uma petição; uma execução ∟antes de pedir a execução tem que fazer a memória de atualização da dívida ∟o art 509§2º CPC que informa que o credor tem que elaborar o documento EX: sentença condenatória ao pagamento de R$10.000,00 -> ano de 2015 ῑ você é contratado para executar mas antes vai ter que elaborar a memória de atualização da dívida, tem 2 jeitos: A. NO SITE WWW.CALCULOS.COM ∟ esse site são para cálculos mais complexos ∟ ele é pago, mas resolver qualquer tipo de calculo B. WWW.TJES.JUS.BR ∟ o próprio site do tribunal ∟é gratuito Vai nesse link de atualização da divida e vai preencher alguns tópicos: ART. 798 §ÚNICO CPC ∟explica o que a memória de atualização deve conter · Valor do principal: R$ 10.000,00 · Juros de mora: R$ ? · Correção monetária: R$ ? ART. 798 § ÚNICO [explica o que a memória de atualização deve conter] CAPUT I- ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA [NCPC] -*FAZ. PÚB 🡪 2009 🡪 IPCA – E - “demonstrativo de débito” = memória de atualização da dívida - índice de correção monetária [há vários, tem que olhar qual é adotado]: · NCPC: é adotado esse para o particular · IPCA-E: se for réu fazenda pública [de 2009 em diante] II. TÁXA DE JUROS DE MORA - 1% ao mês por força do ART. 466 CC c/c ART 161§1º CTN [Cód. Tributário Nacional] -* FAZ. PÚB. 🡪 2009: · DÍVIDA TRIBUTÁRIA: o mesmo percentual dos juros do tributo · DÍVIDA NÃO TRIBUTÁRIA: caderneta de poupança III. TERMO INICIAL - a partir de quando começa a contar a correção monetária e o juros de mora - CORREÇÃO MONETÁRIA: ∟DANO MATERIAL: termo inicial é a data do prejuízo ∟DANO MORAL: é a data do arbitramento [STJ – 362] - JUROS DE MORA: ∟ILÍCITO CONTRATUAL: data da citação [art. 240 CPC] ∟ ILÍCITO EXTRACONTRATUAL: data do ato ilícito [STJ – 54] ῑ EX: “fui atropelado” IV. JUROS COMPOSTOS - = juros sobre juros EX: caderneta de poupança - REGRA GERAL: não pode juros compostos; capitalização de juros - EXCEÇÕES ∟ art 5º medida provisória 2170 [contrato bancário] ῑ esse artigo autoriza a capitalização de juros em contrato bancário V. DESCONTOS OBRIGATÓRIOS EX: imposto de rendaENTENDIMENTO PACÍFICADO NO STJ ∟ verba remuneratória -> SIM, incide imposto de renda EX: verba previdenciária ∟ verba indenizatória -> NÃO, não tem IR 5.2. DADOS EM PODER DE TERCEIRO OU DO DEVEDOR - pode acontecer que para elaborar memória de atualização de divida a parte precise de documentos que estão na posse de outras pessoas EX: execução de sentença condenatória ao pagamento de alimentos na percentual de 30% do salário do réu ∟ se a pessoa sabe quanto o réu ganha 🡪 OK, vai fazer ∟mas se a pessoa não souber antes de executar vai fazer um requerimento ao juiz para que sejam requisitadas informações em poder do 3º 🡪 depois de fazer esse pedido o juiz vai oficiar a empresa para saber quanto o cara recebe NA PRÁTICA é igual à DP, o concursado adota o que achar melhor e o juiz faz vista grossa, mas isso não é o certo; o certo é do jeito que o hertel explicou 5.3. REMESSA DOS AUTOS AO CONTADOR - REGRA GERAL: os autos não podem ser remetidos pelo juiz para a contadoria do juízo porque em regra quem faz a atualização é o próprio credo -* o cód. Permite a remeça dos autos a contadoria do juízo apenas para a verificação dos cálculos ∟ os autos só podem ser remetidos para isso EX: sentença condenatória ao pagamento de alimentos no percentual de 30% do salário do réu ∟ requerimento ao juiz para que sejam requisitadas informações em poder de 3º ou do devedor, sob pena de desobediência [art. 524 §3º CPC] - art 524 §2º CPC -> remessa dos autos ∟ a contadoria de juízo 🡪 verificação dos autos 6. LIQUIDAÇÃO E JUÍZADO ESPECIAL - juizados especiais ∟não tem liquidação porque o art 38 dispõe que a sentença de juiz do juizado especial deveria ser uma sentença líquida, ou seja, que estabelece o valor - art 38 § único -* mesmo que o pedido seja genérico, ou seja, ilíquido; sem valor, a sentença tem que ser líquida; com valor -nos juizados especiais não cabe liquidação da sentença [art 38 lei 9099/95 § único – sentença líquida] 7. QUESTÕES DIVERSAS 7.1. LIQUIDAÇÃO ZERO - liquidação zero é a possibilidade de o juiz na fase de liquidação reconhecer que nenhuma importância é devida ∟o STJ tem jurisprudência pacificada de que é possível a liquidação zero; é cabível (ENTENDIMENTO DOMINANTE E JURISPRUDENCIAL DO STJ) -liq.zero 🡪 STJ sim 7.2. TÍTULO PARCIALMENTE LÍQUIDO - é permitido - SENTENÇA CONDENATÓRIA, DETERMINANDO: A. DANO MORAL 🡪 no valor de 10.000 reais 🡺 LÍQUIDA ∟ em relação a essa parte o credor tem que pedir a execução [AUTOR PRINCIPAIS] B. DANO MATERIAL A SER APURADO EM LIQUIDAÇÃO 🡺 ILÍQUIDA ∟ em relação a essa parte o credor tem que pedir a liquidação [AUTOR APARTADOS] - ART. 509 §1º cpc ∟ permite o credor requerer a execução e liquidação simultaneamente ∟ não precisa esperar uma para fazer a outra ∟ISSO TEM QUE SER FEITO EM PETIÇÕES SEPARADAS; PEÇAS SEPARADAS ῑ a execução nesse caso tramitaria nos autos principais e a liquidação nos autos apartados 7.3. LIQUIDAÇÃO PROVISÓRIA - é a possibilidade de o credor requerer a liquidação da sentença ainda que mesmo que esteja pendente um recurso do devedor - encontra-se prevista no art 512 CPC OBS1: para requerer a liquidação provisória [que é diferente da execução provisória, esta tem que prestar caução] o credor não tem que prestar caução; garantia OBS2: pouco importa os efeitos do recebimento do recurso ∟o credor vai poder pedir a liquidação mesmo que o recurso tenha efeito suspensivo- a liquidação provisória pode ser requerida independente dos efeitos do recurso ∟ diferente do que acontece na execução provisória, onde o recurso tem que ser recebido apenas com efeito devolutivo - a liquidação segue todas as regras que foram vistas no ícone 3 da unidade 1 UNIDADE III: DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A EXECUÇÃO ∟ regras aplicadas à todos as execuções 1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PENHORA 1.1. CONCEITO - é a vinculação de um determinado bem do patrimônio do devedor a uma execução ∟ depois de feita a penhora o bem fica individualizado ∟ antes da penhora o devedor respondia por todos os bens do patrimônio, mas a partir do momento que é feito a penhora a execução fica individualizada EX: X deve um cheque de 5.000 reais ∟ na execução ajuizada contra X foi penhorado o carro de X, que fica afetado à execução PENHORA ≠ PENHOR É uma medida executiva Quando o bem é objeto de penhora falamos que o bem está PENHORADO Vinculação de um determinado bem a execução passa a ter uma individualização do bem É um contrato que da origem a um direito real Quando o bem for objeto de penhor fala que o bem está EMPENHADO ou APENHADO EX: joias que deixa em garantia ao empréstimo que foi feito no banco por um contrato de penhor É um contrato 1.2. PREFERÊNCIA/PREFERENCIAL - a penhora gera o direito de preferência ∟isso significa dizer que quem 1º penhorou o bem terá o direito de receber o bem em 1º lugar - pode ter mais de 1 penhora sobre o mesmo bem - “penhora de 1º grau”: = 1º penhora que recaiu sobre o bem - ART 779 CPC ∟EX: tem 1 devedor que tem um único imóvel no seu bem no valor de 50.000 mil reais; há 2 credores que o devedor está devendo, o devedor deve 30.000 mil para cada um dos credores; o credor A ajuizou uma ação e logo penhorou o bem e o B demorou um pouco para penhorar. Assim, o A – que tem a penhora de 1º grau – vai ter seus 30.000 mil que o devedor deve, já o B só vai receber depois que o credor A receber, mas para o B só vai receber o valor de 20.000 mil reais – que é o que sobrou do patrimônio do devedor - o direito de preferência é caracterizado pelo PRINCIPIO PRIOR TEMPORE POTIOR IURE [ = “quem penhorou 1º o bem tem direito de receber em 1º lugar” - MAS se tiver DECLARAÇÃO DE INSOLVÊNCIA DO DEVEDOR muda tudo ∟ aí não importa quem penhorou primeiro ∟ aqui os credores vão receber de acordo com classes de crédito que o credor tiver inserido ∟EX: empresa vai a falência: falência só acontece em empresa ∟ aplica-se analogicamente o art 83 da Lei de falência e de recuperação de empresa da Lei 11.101/05, que define as classes de credores: 1ª CLASSE: credores de acidente de trabalho e de dividas trabalhistas – sem limitação de valor, essas são limitadas a 150x o salário mínimo ∟ 1º PAGA ESSES, SE SOBRAR DINHEIRO VAI PARA A 2º CLASSE 2ª CLASSE: créditos com garantia do tipo real ∟ geralmente acontece em banco EX: instituição bancária que tem hipoteca ∟ SE SOBRAR DINHEIRO, VAI PARA A 3º CLASSE 3ª CLASSE: faz. Pública 🡪 credora tributária 4ª CLASSE: credores quirografários ∟ eles não tem garantia nenhuma, apenas um papel que assegura o crédito EX: um cheque, uma nota promissória 2. EXORDIAL - exordial = proemial = pet. Inicial - a exordial da execução deve atender requisitos 2.1. REQUISITOS - há 2 tipos: A. GENÉRICOS – art 319 e 178 CPC - são aqueles que valem para todas as petições iniciais que existem [de execução, da ação de conhecimento ...] - ART. 319 CPC: · Indicar o juízo competente · Tem que qualificar as partes · Indicar fatos e fundamentos jurídicos ∟só fala que é um título executivo: certo líquido e exigível ∟ bem breve · Tem que ter pedidos · Tem que dar o valor da causa NÃO SE APLICA À EXECUÇÃO · [VI]: não pede a requisição de produção de provas · [VII] requer para a realização ou não da audiência de conciliação e mediação ∟ não é feita na execução - ART. 178 CPC: ∟ é o requerimento de intimação do MP A. Só vai pedir a intervenção ministerial quando for uma das hipóteses do art. 178 CPC EX: interesse do incapaz B. [???] CONFIRMAR SE TEM B. ESPECÍFICOS – art. 798 e 799 CPC - são aqueles inerentes; próprios; condizentes; peculiares à execução - ART. 798 CPC: I: A. Junto com a petição inicial da execução tem que juntas o título executivo ∟se não juntar vai ser nula a execução ∟ grampear o cheque no meio da folha e não com durex, para não correr o risco de perde - JUNTA O TÍTULO ORIGINAL? i. TÍTULO DE CRÉDITO -SIM - tem que ser o original devido ao principio da cartularidade ii. DEMAIS TÍTULOS - NÃO - não precisa ser o original - EX: contrato de locação B. Tem que juntar sempre a memória de atualização da dívida e juntar com a petição inicial da execução C. Condição = evento futuro e incerto Termo = evento futuro e certo - se for executar um título que tenha condição ou termo, tem que trazer a prova de que essa condição ou esse termo já ocorreu D. É aplicável aos contratos bilaterais ou sinalagmáticos, que são aqueles que implica/importa direitos e obrigações para ambos os contratantes ∟ para executar esses tipos de contratos preciso comprovar que minha contraprestação foi cumprida, só assim posso exigir a do outro EX: compra e venda: o vendedor tem que entregar a coisa e o comprador que pagar II. A. Se tiver mais uma maneira de executar, tenho que falar por qual maneira quero a execução ∟ tem que indicar a forma pela qual quero que a decisão seja processada EX: execução de alimentos, pode ser: A. SOB PENA DE PRISÃO (art. 528 caput e §3º CPC) B. SOB PENA DE PENHORA (art 528 §8º CPC) - STJ-309 [= ART 528 §7º CPC] – 3 prestações ∟ a execução dos alimentos por pena de prisão somente pode ser realizado em relação às últimas 3 prestações em atraso ∟ se atrasar 1 mês já pode executar pelo rito de prisão - EX: OUT/17 – NOV/17 – DEZ/17 – JAN/18 – FEV/18 – MAR/18 EXECUÇÃO POR PENA DE PENHORA DE BENS [art 528 §8º CPC) EXECUÇÃO SOB PENA DE PRISÃO [art 528 §3º CPC] B. Tem que qualificar as partes ∟ pode fazer – o juiz – o bloqueio judicial da conta bancária do devedor, pelo bacenjud, mas para isso precisa do CPF ou CNPJ do devedor C. Pode indicar bens do devedor para ser penhorado ∟ ela não é obrigatória pq nem sempre o credor tem condição de indicar esses bens - ART. 799 CPC: ∟ pode ser resumido esse requisito em: “requerimento do credor de intimação de 3º com garantia real sobre o bem que será penhorado” EX: o credor vai ajuizar para ser penhorado/apreendido um imóvel que é do devedor, mas esse imóvel está em garantia real para o Banco do Brasil CREDOR EXECUÇÃO DEVEDOR PENHORA IMÓVEL ESTÁ EM GARANTIA REAL PARA O BB INTIMAÇÃO BANCO DO BRASIL - o art 799, em linhas gerais, diz que o credor tem que pedir a intimação desse 3º que tem a garantia real do bem na petição inicial da execução - “como eu sei se o bem tem a hipoteca?” ∟só tirar a certidão negativa do imóvel [certidão negativa de ônus reais] - CERTIDÃO DA PROPOSITURA DA EXECUÇÃO 🡪 ART 828 CPC ∟ RGI: registro geral de imóvel ∟ DETRAN 2.2. EMENDA 🡺 RETRATAÇÃO DO INDEFERIMENTO - FALTANDO ALGUM DESSES REQUISITOS O JUIZ MANDA DETERMINAR A EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL [ART 801 CPC] ∟ o prazo para fazer essa emenda é de 15 dias – dias úteis [art 219 CPC] ∟ se a parte não fizer essa emenda em 15 dias o juiz profere uma sentença de indeferimento da petição inicial ∟ se é sentença, então o recurso cabível contra essa sentença é o recurso da apelação [art 1009 CPC] ῑ essa apelação tem uma particularidade: · Nessa apelação o juiz pode se retratar · Há a possibilidade de retratação pelo juiz [art 331 CPC] · Comporta juízo de retratação 3. OUTRAS REGRAS 3.1. CERTIDÃO - quando ajuíza uma execução de cheque: contrato de locação, nota promissória [..] pode pedir uma certidão de propositura/ajuizamento da execução
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