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CADERNO ANOTAÇÕES - DIREITO PROCESSUAL CIVIL III - PROCESSO DE EXECUÇÃO - 1B

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIVERMELHO = CAI EM CONCURSO/OAB
AMARELO = ATENÇÃO
ROSA = CORRENTE MAJORITÁRIA
Daniel Hertel 
 daniel@uvv.br // danielhertel@terra.com.br
UNIDADE 1: TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO
1. PROCESSO DE EXECUÇÃO
1.1. EVOLUÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL
· 1ª FASE: SINCRÉTICA (Séc. XIX)
∟ direito processual e direito material eram tratados juntos
∟ um resquício dessa fase atualmente é na CLT: têm em um único diploma normativo as normas processuais e materiais
· 2ª FASE: AUTONOMISTA/CIENTÍFICA OU CONCEITUAL (Séc. XIX – XX)
∟ direito processual foi apartado; ganhou autonomia; foi separado do direito material
∟ essa fase surgiu no ano de 1968 – de Bullow (um alemão) que é responsável por inaugurar a 2ª fase do direito processual: disse que existe 2 relações jurídicas, uma de direito material e outra de direito processual
BULLOW
RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO MATERIAL:
R.J bilateral
Formada: credor - devedor
RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO PROCESSUAL:
R.J triangular
Formada: autor – réu - juiz
 
· 3º FASE: INSTRUMENTAL (Séc. XIX - ...) 🡺 NOSSA FASE ATUAL
∟ o processo é visto apenas como um meio/uma forma para a realização do direito material; um instrumento.
∟ o processo não é tão importante assim
∟ o processo tem que ser a realização para o direito material
COD. DE 2015 (Cod. Fux):
∟foi baseado na 3ª fase
∟tentar facilitar o acesso à justiça
∟ Esse cod. Simplificou a forma do réu se defender; tirou alguns recursos
 
COD. DE 73 (Cod. Buzaid):
∟ era baseado na 2ª fase (autonomista)
1.2. TRILOGIA ESTRUTURAL
· JURISDIÇÃO
· AÇÃOCORRENTE MAJORITÁRIA
CORRENTE MINORITÁRIA (defendida pelo professor da USP – Dinamarco)
· PROCESSO
· DEFESA
A – JURISDIÇÃO: 
· CONCEITO: é a atividade de composição, ou seja, solução de conflitos 
· INÉRCIA (art. 2º CPC) = PRINCÍPIO DISPOSITIVO
∟ devido a isso o juiz não pode agir de ofício
· OBS: a inércia é diferente do PROCESSO ADMINISTRATIVO (ex officio – art. 5º, Lei 9784/95): pode começar de ofício ex: fiscal do procon pode multar supermercado de ofício, sem provocação de ninguém
B – AÇÃO
· CONCEITO: mecanismo de provocação da jurisdição de modo a retirá-la do seu estado de inércia
· 1º efeito prático ao ajuízar uma ação é tirar a jurisdição da inércia; ser inaugurado um processo
C - PROCESSO
· é o instrumento da atividade jurisdicional
· diferente de procedimento, que é igual à rito, que é a forma pelo qual o processo se desenvolve 
· PROCESSO DE CONHECIMENTO:
A – COMUM: art. 318 e ss. CPC
B – ESPECIAIS: art. 539 e ss. CPC
 EX1: ação de consignação em pagamento (art. 539 CPC): o vendedor quer pagar uma divida mas o credor não quer receber
 EX2: ação de exigir contas (art. 550 CPC)
 EX3: ações possessórias (art. 554 CPC)
 EX4: ação de inventário (art. 610 CPC)
 EX5: ações de família (art. 693 CPC)
 EX6: ação monitória (art. 700 CPC)
· TIPOS DE PROCESSO:
A – PROCESSO DE CONHECIMENTO (Parte especial – art. 318 – 770 CPC):
· Finalidade de reconhecer ou não a existência de um direito
· Por meio desse processo tem essa finalidade
· EX1: ação de investigação de paternidade: pretende reconhecer o vínculo; o direito entre autor e réu
· EX2: ação de danos morais: reconhecer que o réu deve indenização 
B – PROCESSO DE EXECUÇÃO (Parte especial – art. 771 – 925 CPC)
· o que se busca não é reconhecer um direito
· por meio desse processo o que se pretende é realizar/materializar um direito previamente reconhecido
· EX1: ação de execução de um cheque: eu quero realizar/ materializar o direito ali estabelecido, ou seja, pretende o recebimento do crédito e não o reconhecimento desse direito (que já está reconhecido)
· Não é para declarar nem para reconhecer direito, é para realizar/materializar direitos que foram previamente estabelecidos
C – PROCESSO CAUTELAR (não tem artigo)
· Pretende assegurar, resguardar o resultado útil de um outro processo 
· Por meio desse processo se pretende isso 
· EX: o devedor – o qual é réu em uma ação de cobrança – está dilapidando seu patrimônio, logo, para resguardar o patrimônio, o autor entra com essa outra ação 
· ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO: o processo cautelar autônomo no NCPC não existe mais, mas medidas/decisões cautelares existem, mas existem dentro do processo principal
1.3. SENTENÇAS QUE COMPORTAM EXECUÇÃO
· SENTENÇA CONDENATÓRIA: a sentença que comporta execução (por excelência) 
· SENTENÇA DECLARATÓRIA E CONSTITUTIVA: segundo a doutrina tradicional elas não podem ser executadas porque esse tipo de sentença esvazia/esgota a atividade do magistrado
EX: o juiz proferiu uma sentença declarando que o contrato é nulo
· OBS1: A sentença declaratória e a constitutiva, no que tange ao seu eventual capítulo condenatório, podem ser executadas
· OBS2: Com o advento do novo código de processo civil parcela da doutrina passou a sustentar a possibilidade de execução da sentença declaratória
∟ isso porque o art. 515 I CPC fala que pode ser executada a sentença que reconhecera obrigação, e a sentença que reconhece é a condenatória e a declaratória (CORRENTE MAJORITÁRIA – o STJ passou a aceitar isso)
· * esse assunto não tem como cobrar em objetiva sem especificar o que quer; qual o posicionamento.
1.4. MEIOS DE EXECUÇÃO 
· Meios pelos quais o processo de execução realiza os seus fins 
· HÁ 2 MEIOS:
A – SUB – ROGAÇÃO (EXECUÇÃO DIRETA):
 ∟o Estado-juiz se coloca no lugar do devedor e cumpre a obrigação
 ∟o Estado vai apreender bens do devedor que serão alienados/vendidos e o dinheiro obtido será usado para o pagamento do crédito do credor
 ∟ EX: art. 824 e 825 II CPC
 ∟ processo de leilão judicial é uma das formas
 ∟ a vontade do devedor é irrelevante porque o Estado se coloca no lugar do devedor e vende os bens dele sem ligar para a opinião dele e paga a divida 
 ∟ OBS: quando é utilizada a sub-rogação falamos que a execução é do tipo direta (EXECUÇÃO DIRETA)
B – COAÇÃO OU COERÇÃO (EXECUÇÃO INDIRETA) 
 ∟o Estado Juiz força/pressiona o devedor ao cumprimento da obrigação
 ∟ PODE FORÇAR DE 2 MANEIRAS:
 A – ASTREINTES:
 ∟ = multa processual
 ∟ EX: o juiz determina que a UNIMED autorize a realização de uma cirurgia em 5 dias sob pena de multa diária de 5000 mil caso não seja feita (art. 537 NCPC)
 B – PRISÃO CIVIL: (EXCEÇÃO)
 ∟CF determina que pode a prisão em 2 hipóteses:
 1ª: DEVEDOR DE ALIMENTOS
 2ª: DEPOSITÁRIO INFIEL
 MAS o STF desde o julgamento do Recurso Extraordinário 466, 343 – SP, passou a considerar a prisão civil do depositário infiel inconstitucional, devido a isso foi editada a Súmula Vinculante de 25 que diz não ter a prisão do depositário infiel, só a prisão de devedor de alimentos
- *Execução de alimentos: art. 528 §3º CPC [1-3m]
 ∟ o devedor é intimado para pagar em 3 dias, se não for feito vai ser preso
1.5. PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS
· É o procedimento do processo de execução
A – PARA EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL
- EX: sentença
A.1: Cump. De sentença que estabelece obrigação de pagar quantia (art 52? CPC)
A.2: Cump. De sentença que estabelece obrigação de pagar alimentos (art 528 CPC)
A.3: Cump. De sentença que estabelece obrigação de pagar quantia pela faz. Púb (art. 534 CPC)
 ∟ a fazenda pública paga por meio de precatório
A.4: Cump. De sentença que estabelece obrigação de fazer/não fazer (art. 536 CPC)
A.5: Cump. De sentença que estabelece obrigação de dar (art. 538 CPC)
B – PARA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL
· EX: contrato escrito assinado por testemunhas
B.1: Execução para entrega de coisa (art. 806 CPC)
B.2: Execução por quantia certa contra devedor solvente (art. 824 CPC)
B.3: Execução das obrigações de fazer/não fazer (art. 814CPC)
B.4: Execução contra a Fazenda Pública [devedor] (art. 910CPC)
B.5: Execução pela Fazenda Pública [credora] – LEF – Lei 6830/80
B.6: Execução de prestação de alimentos (art. 911 CPC)
B.7: Execução por quantia certa contra devedor insolvente (art. 1052 NCPC) – PARA PESSOA FÍSICA (art. 1052 NCPC)
 ∟ esse artigo falaque a execução segue o disposto no código antigo, ou seja, o artigo 748 do CPC/73
*: SOCIEDADE EMPRESÁRIA: segue a lei 11.101/05 [Lei de Falência e de recuperação de empresas]
1.6. PROCESSO MISTO
· Processo misto = sincrético ou híbrido 
· Não há ação de execução pelo credorFASE OU MÓDULO 
DE EXECUÇÃO
(INICIA DA SENTENÇA ... )
FASE OU MÓDULO 
DE CONHECIMENTO
(INICIA DA PET. INICIAL SENTENÇA)
· PROCESSO 
SINCRÉTICO
· O credor não tem que entrar com a execução porque quando o processo é hibrido; a execução é uma continuação/ alongamento; uma extensão natural de um processo que já foi iniciado
· Porque é um processo só que com 2 etapas
· Aquele processo no qual os atos do processo de conhecimento foram ligados/unidos ao processo de execução
· Não precisa entrar com a execução porque ela é a continuação de um processo que já foi iniciado 
· EX: se alguém foi condenado a entregar algo, se a pessoa não entregou o juiz automaticamente vai emitir a busca e apreensão do automóvel (art. 498 e 538)
· PS: tem 2 fases: 1 de conhecimento e outra de execução
1.7. PRINCIPIOS 
· PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA EXECUÇÃO:
A- P. DA EFETIVIDADE:
- o processo de execução deve produzir resultados
- um processo destinado à produção de resultados 
- o processo de execução não é um processo para discussão teórica
- essas ideias supracitadas são a ideia de efetividade do processo de execução 
B- P. MENOR SACRIFÍCIO POSSÍVEL DO DEVEDOR (ART. 805 CPC)
- Quando a execução puder ser feita por mais de uma forma/maneira o juiz determinará que ela seja feita da forma menos gravosa/onerosa possível para o devedor
- EX: o devedor, tem 2 automóveis, e me deve 10.000 reais, sendo que 1 dos carros é usado por ele para trabalhar e o outro para o lazer. Logo, com base nesse principio, o jui\ vai apreender para pagar a divida o carro utilizado para o lazer.
 C- P. DO CONTRADITÓRIO
· HÁ 3 CORRENTES:
1ª : NÃO SE APLICA (ALFREDO BUZAID):
∟pq o devedor na execução já é citado para cumprir a obrigação, por isso não se aplica o principio do contraditório no processo de execução
∟ EX: na execução de um cheque o devedor é citado para pagar em 3 dias (art. 829 CPC)
2ª: É APLICÁVEL (ALEXANDRE CÂMARA)
∟ todo processo é contraditório, está na CF : “ a todos os litigantes é assegurado o contraditório e a ampla defesa”.É APLICÁVEL MAJORITARIAMENTE EM RAZÃO TB DO ART. 9º E 10º DA CF.
∟ todo processo tem contraditório e como a execução também é um processo, então também tem contraditório.
3ª: É MITIGADO (AMARAL SANTOS)
∟ ou seja, só se aplica nos casos previstos em lei
D- P. DO DESFECHO ÚNICO
∟ a execução tem um único fim que é a realização do direito do credor -> O DESFECHO É PROCEDENTE pq realiza o direito do credor
∟ no processo de conhecimento aplica-se um dos 2 desfechos -> pode ser procedente ou improcedente
A- P. DO SINCRETISMO
∟ há uma valorização na execução moderna do processo sincrético
· PRINCÍPIOS GERAIS DO CPC (1º - 5º CPC):
A- P. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CF (art. 1º CPC)
B- P. DA INÉRCIA (art. 2º CPC)
· EX: o juiz não pode começar uma execução de ofício
C- INCENTIVO DA SOLUÇÃO CONSENSUAL DO CONFLITO (art. 3º §3º CPC)
D- PRIMAZIA DA SOLUÇÃO DE MÉRITO (art. 4º CPC)
· o cod. Quer evitar sentenças terminativas, ou seja, sentença sem resolução de mérito
E- BOA FÉ OBJETIVA (art. 5º CPC)
· = lealdade e cooperação
E.1: NEMO VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM
· É um subprincípio da boa fé
· Uma vedação do comportamento contraditório
F- COOPERAÇÃO (art. 6º CPC)
· Todos os envolvidos no processo devem cooperar para a solução da demanda
· Na prática é difícil ver a aplicação desse principio 
· Esse principio foi importado do direito inglês
G- P. DO CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL (art. 9º e 10º CPC)
· Esse é um contraditório mais forte/efetivo/intenso
· É matéria de ordem pública, ou seja, que o juíz conhece de ofício
EX: matéria relativa à prescrição, condição da ação 
· mesmo quando a matéria é de ordem pública, por esse principio o juiz tem que ouvir as partes previamente sobre o assunto antes de decidir 
· a ideia é permitir que as partes participem do processo efetivamente
H- ORDEM CRONOLOGICA DE JULGAMENTO (art. 12 CPC)
· Por esse principio o processo que o juiz tem que julgar primeiro é o mais antigo
· Não é uma ordem cronológica de julgamento absoluta, o juiz pode discordar de forma fundamentada
· Essa ordem é relativa
1.8. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA – art. 771 § único CPC
· São aplicáveis subsidiariamente à execução as normas que tratam do processo de conhecimento, ou seja, toda vez que tiver um problema para resolver na execução
1ª ETAPA: NORMAS QUE TRATAM DA EXECUÇÃO (art. 771 – 925 CPC)
 ∟ procurar a resolução do problema nesses artigos primeiramente, se não achar pular para a etapa 2
2ª ETAPA: NORMAS QUE TRATAM DO PROCESSO DE CONHECIMENTO
 ∟ EX1: uma criança de 6 anos – tem legitimidade de ser parte – pode ajuízar uma ação de execução, contudo a capacidade dessa criança precisa de uma complementação, essa complementação não tem nos artigos da 1ª etapa, então você tem que ir para a etapa 2 para procurar a solução dessa falta de capacidade. O artigo que vai ser aplicado no processo de execução vai ser o do processo de conhecimento
-* revisão: ABSOLUTAMENTE INCAPAZ (art 3º CC) = REPRESENTAÇÃO – só os menores de 16 anos.
 RELATIVAMENTE INCAPAZ (art. 4º CC) = ASSISTÊNCIA 
 ∟EX2: PROCURAÇÃO (art. 105 CPC): precisa dessa peça para ajuizar uma execução, mas é usado um artigo do processo de conhecimento para fazer 
 ∟EX3: DOC. JUNTADOS NA EXECUÇÃO (art. 437 §1º CPC): se isso acontecer a outra parte tem que ser ouvida pelo juiz; deve ser ouvida a parte contraria em 15 dias
*OS PRAZOS NO NCPC SÃO CONTADOS EM DIAS ÚTEIS (art. 219 CPC)
1.9. CLASSIFICAÇÃO DAS EXECUÇÕES
· 1º DIVIDE-SE A EXECUÇÃO EM:
A- GENÉRICA:
∟ é a execução para a cobrança de importância em dinheiro (= pecúnia)
∟ Execução de cobrança de pecúnia
∟EX1: BB foi condenado a me pagar 5000 reais de danos morais e vou executar isso por meio de uma execução genérica
∟ EX2: execução de cobrança dos alugueis atrasados 
B- ESPECÍFICAS:
∟destinada à cobrança de uma obrigação de dar/fazer/não fazer
∟EX1: construtora condenada a fazer a reforma do meu apartamento
∟ EX2: sociedade empresária condenada a não abrir filial em determinado bairro
· 2º DIVIDE-SE A EXECUÇÃO EM:
I. TRADICIONAL:
∟ é aquela feita em processo autônomo; independente de execução 
∟ começa um processo novo
∟ EX1: execução de um cheque -> vai começar um processo novo direto na execução
∟ EX2: os títulos de crédito podem ser executados tradicionalmente
II. IMEDIATA:
∟ é aquela feita em processo sincrético, ou seja, o processo de conhecimento e execução foram unidos
∟ EX1: o devedor foi condenado a me pagar 50000 mil reais; eu não preciso de um processo novo para executar isso, a execução vai ser imediata
∟ sempre que houver a condenação de um valor vai ser imediato
2. PARTES:
· Parte é aquele que pede e aquele em faze de quem se pede
· Exequente/executante X executado
 (legitimidade ativa) (legitimidade passiva)
2.1. LEGITIMIDADE ATIVA
· 1º ART. 778 CAPUT CPC: pessoas que podem apenas requerer a execução
∟o credor a quem confere título executivo
∟ EX1: cheque <credor> (art. 784 I CPC) 
∟ EX2: contrato escrito de locação <é título executivo>; < locador (credor)> (art.784 CPC)
· 2º ART. 778 §1º CPC: pessoas que podem requerer a execução ou nela prosseguir 
∟ I: MINISTÉRIO PÚBLICO
 ῑ REGRA GERAL: MP não pode pedir a execução
 EX: o credor esqueceu de pedir a execução aí o MP pede 🡺 NÃO PODE
 ῑ SÓ PODE PEDIR QUANDO HOUVER PRECEPTIVO LEGAL AUTORIZANDO O MP A REQUERER A EXECUÇÃO 
 EX1: art 16 Lei 4717/65 (Lei de Ação Popular)
Quem tem legitimidade para propor essa ação é o cidadão, que é aquela pessoa que pode votar
 EX2: art. 15 da Lei 7347/85 (Lei de Ação Civil Pública)
∟ II: 
ESPÓLIO
HERDEIROS
 ῑ DE CUJUS
 É ABERTA A SUCESSÃOEM ATÉ 2 MESES (se passar desse prazo tem que pagar multa)
 AÇÃO DE INVENTÁRIO E PARTILHA – art. 610 CPC
 
 ESPÓLIO
- É o conjunto de bens (direitos e obrigações) do falecido
- pode ser autor ou réu de ações porque ele tem personalidade judiciária ( ≠ de personalidade jurídica)
- é uma ficção jurídica 
 - essa ação vai terminar com uma sentença de partilha (art. 654 CPC), que é por meio do qual o juíz vai dividir os bens, os direitos e as obrigações do falecido
· OBS: para saber quem vai requerer a execução, se o espólio ou o herdeiro, só olhar o seguinte:
ESPÓLIO
ANTES
SENTENÇA DE PARTILHA
DEPOIS
HERDEIROS
 ∟III: CESSÃO DE CRÉDITO
 ῑ = transferência de um crédito 
 ῑ CEDENTE CESSIONÁRIO (legitimidade)
 quem transfere o crédito para quem o crédito é transferido
 ∟ IV: SUB- ROGADO
 ῑ sub-rogação = substituição 
 ῑ significa ser colocado na situação jurídica de outra pessoa
 ῑ PODE DERIVAR:
- D. = afiançado; a divida a rigor é desse
- D. e F. -> litisconsórcio passivo 
 A – LEI -> legal
 B – CONTRATO -> convencional 
 ῑ EX1: CREDOR AJUÍZOU DEVEDOR - FIADORAÇÃO DE EXECUÇÃO CONTRA 
 
 ῑ fiança -> é uma garantia que alguém vai pagar a minha divida 
 ῑ o fiador que pagar a divida do devedor ele se sub-roga do dever do devedor, então quando o fiador paga a divida ao credor, o credor sai da relação e o fiador sub-roga para o lugar do credor para receber o valor
2.2. LEGITIMIDADE PASSIVA
- QUEM PODE SER SUJEITO PASSIVO (art 779): 
 I: DEVEDOR QUE FIGURA COM TAL CONDIÇÃO NO TÍTULO EXECUTIVO
 EX1: cheque - art. 784 I CPC
 ∟ o emitente/sacador – quem assina – tem legitimidade passiva para execução 
 EX2: Contrato escrito de locação
 ∟quem figura como locatário/inquilino tem legitimidade passiva para execução
 II: ESPÓLIO (antes da sentença de partilha)
 HERDEIROS (após a sentença de partilha)
 III: ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (cessão de débito)
 ∟= transferência da divída
 ∟= cessão de débito
 ∟ transfere a divida por meio de um contrato chamado de assunção de dívida/cessão de débito
 ∟o devedor que assumiu a divida tem legitimidade parcial para figurar na execução
IV: 
 ∟EX: contrato de locação locatário – inquilino 
Tem legitimidade passiva para executar (inciso I, 777 CPC)
Fiança (uma clausula no contrato de locação que estipula a fiança)
 ∟FIADOR (GARANTIDOR): tem legitimidade passiva para execução (inciso IV, 779)
 ∟ tanto o locatário/inquilino quanto o fiador possuem legitimidade passiva, mas por artigos diferentes
 V: A.1: Hipoteca (bem imóvel)
A.2: Penhor (bem móvel)
 
GARANTIA
REAL = em bens <no inciso V>
FIDEJUSSÓRI/PESSOAL = FIANÇA <no inciso IV>
· a legitimidade do inciso V é diferente da do IV: 
Ex: Daniel pede um empréstimo ao Banco do Brasil
 ∟ BB pede para Daniel deixar uma espécie de garantia, mas como ele não tem nada, pede emprestado uma garantia ao seu irmão:
 João da seu imóvel em garantia
 ∟ João passa a ter legitimidade passiva para a execução
VI: RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO
· é quem é que pode figurar num polo passivo de uma relação jurídica tributária 
· sujeição passiva tributária (art 121 CTN – Lei 5172)
∟ só quem tem:
 A: CONTRIBUINTE = é aquele que tem relação pessoal e direta com o fato que da origem a obrigação tributária;
 EX1: IPTU (art. 156 CF)
 ∟ toda pessoa que é dona de um imóvel é contribuinte; tem que pagar todo ano
 EX2: IPVA
 ∟ quem é proprietário de um veículo automotor tem que pegar todo ano IPVA
 B: RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO= é aquele que mesmo não tendo relação direta com o fato que da origem ao tributo por força de lei, pode ser obrigado a pagá-lo
- é aquela pessoa que não tem nada a ver com o tributo, mas a lei determina que a pessoa pague
 EX1: um rapaz de 14 anos é dono de um imóvel -> esse rapaz que é o contribuinte 
 ∟ mas os pais que respondem pelos tributos que são devidos pelos filhos menores (art. 134 e ss. CTN) 🡺 esse é um ex. de responsabilidade tributária (os pais respondem pelos tributos dos filhos)
 EX2: o curador responde pelos tributos devidos pelo curatelado
2.3. CESSÃO DE CRÉDITO (1) E ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (2)
(1):
- é a transferência de um crédito 
- para o credor fazer essa cessão/transferência de crédito ele não precisa da concordância do devedor 
(2):
- é a transferência da divida feita pelo devedor
- obrigatoriamente o devedor precisará da concordância do credorCREDOR não precisa da concordância do devedor para a cessão de crédito
DEVEDOR precisa da concordância do credor para a assunção de dívida 
 
2.4. LITISCONSÓRCIO (1) E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS (2)
(1):
- não é pluralidade de partes pq todo processo tem + 1 parte
- CONCEITO: é pluralidade de pessoas em um dos polos ou em ambos os polos na relação jurídica processual (art. 113 e ss)
- cabe na fase da execução tb (já é pacificado)
(2):
- MODALIDADES:
A- ASSISTÊNCIA – art. 114 CPC
NÃO CABEM NA EXECUÇÃO 
(entendimento majoritário)
 B- DENUNCIAÇÃO DA LIDE – art. 115 CPC
C- CHAMAMENTO AO PROCESSO – art. 130 CPC
 D- INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA – art. 133 CPCÉ CABÍVEL NA EXECUÇÃO
 E – AMICUS CURIAE – art. 138 CPC
- A/B/C não cabem pq não há julgamento de mérito na execução e essas modalidades demandam isso
- EXECUÇÃO DE 3º CABE NA EXECUÇÃO?
 ∟ DEPENDE, só 2 que cabemCAI BASTANTE EM CONCURSOS, MAS NA OAB O PROF NUNCA VIU CAIR
2.5. REGRAS DIVERSAS 
· DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO (art. 177 CPC)
- o credor pode desistir de toda a execução ou de algumas medidas executivas
 EX: executar 3 cheques: posso desistir de todos ou de 1 só
- PRECISA DE CONCORDÂNCIA DO EXECUTADO ?
 ∟ p saber se preciso da concordância ou não do executado para desistir da execução preciso analisar o tipo de concordância:
EMBARGOS DO DEVEDOR é um meio de defesa do devedor na execução
(no proc. De conhecimento defende com a contestação, já na execução é com os embargos do devedor)
 A: SEM EMBARGOS DO DEVEDOR
 - NÃO PRECISA DA CONCORDÂNCIA 
 B: COM EMBARGOS DO DEVEDOR
 - se os embargos versarem:
 B.1: EXCLUSIVAMENTE SOBRE QUESTÕES PROCESSUAIS
 - NÃO PRECISA DA CONCORDÂNCIA
 B.2: SOBRE MÉRITO
 - PRECISA DA CONCORDÂNCIA
- alegar que a divida está paga = questão de mérito
- o devedor alegou a leg. de parte e o pagamento da divida = precisa que o devedor concorde
- só não se aplica quando os embargos versarem exclusivamente sobre questões processuais 
- ART. 487 CPC, II: PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA. 
 ∟precisa da concordância do executado 
 ∟essa matéria é sobre execução 
OBS: DESISTÊNCIA DA AÇÃO DE CONHECIMENTO: a concordância ou não vai depender do momento da desistência, se for antes da contestação não precisa de concordância, se for depois: precisa de concordância (ART. 485 §4º CPC)
· OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS (art 800 CPC)
- é aquela na qual um credor ou devedor pode escolher o objeto da prestação 
EX1: o devedor tem a obrigação de entregar um carro ou uma moto
- REGRA GERAL: a escolha na obrigação alternativa compete ao devedor
 ∟EXCEÇÃO: pode ocorrer previsão contratual que a escolha pertence ao credor
- 800 CPC
 ∟mas ob. Alternativa quando a escolha depende do devedor.
 ∟o juiz vai mandar citar o executado/devedor para em 10 dias escolher a coisa e entregá-la. Se não entregar, a consequência está no §1º do art. 800: devolver-se-á (= transferir) ao credor a opção de escolher se o devedor não fizer no prazo marcado
 ∟ o direito de escolha pode pertencer ao credor por força decontrato; é a exceção; aplicar-se-á o §2º do art 800 CPC
 ∟ se o direito pertence ao credor ele vai ter que fazer essa escolha já na petição inicial da execução
· RELAÇÃO JURÍDICA SUJEITA À CONDIÇÃO(1) OU TERMO(2)
(1):
- evento futuro e incerto 
- EX: o pai faz a doação de um carro para o filho desde que ele passe no vestibular 🡺 UMA CONDIÇÃO 
(2):
- evento futuro e certo
- EX: a nota promissória encerrará no próximo dia 10 🡺 É UM TERMO (todo mundo sabe que esse diaTÍTULO vai ocorrer)
- quando o juiz decidir uma relação com CONDIÇÃO ou TERMO a execução dessa sentença somente poderá ser feita depois que essa condição ou termo ocorrer (art. 514 CPC)
-EX: VEÍCULO
 ∟	comprei pelo consórcio e me comprometi a pagar 12 prestações, só paguei as 4 primeiras e decido sair desse contrato de consórcio, exercendo meu direito de retirada e os meses que paguei eu posso ser restituído, inclusive de forma atualizada 🡪 É ENTENDIMENTO PACIFICADO DO STJ 35
 ∟	comprei um veículo pelo sistema do contrato de consórcio de veículos, me comprometi a pagar 12 prestações mensais (nov/17 – out/18); fiz o pagamento de nov/dez/jan, houve o adimplemento dessas obrigações; perdi meu emprego em janeiro e não tenho condições de ficar nesse contrato
 ῑ tenho direito de sair desse contrato de consórcio? 
 - contrato é um vinculo de confiança, a pessoa não é obrigada a ficar nele, mas a pessoa responde as consequências por romper o vinculo contratual
 - então posso sim sair do contrato de consórcio, ou seja, posso exercer o direito de retirada; posso sair do contrato de consórcio, exercendo meu direito de retirada
 - É PACIFICADO NO ENTENDIMENTO DO STJ [SÚMULA 35] QUE TENHO DIREITO À RESTITUÍÇÃO DAS PARCELAS PAGAS O ASSOCIADO QUE SAIU DO CONTRATO DE CONSÓRCIO, INCLUSIVE COM ACRESCIMO DE CORREÇÃO MONETÁRIA
 - mas ao sair do contrato em fev e exigir a restituição o responsável fala que não tenho direito e que tem, inclusive, uma clausula no contrato falando que se sair a pessoa não é restituída, diante disso ajuízo uma ação em fev mesmo; ação pelo rito comum alegando que fiz um consorcio, me comprometi a pagar todas as prestações, informo ao juiz que paguei 3, falo q qro sair desse contrato e que é meu direito de retirada e posso exercê-lo e que eu quero as parcelas que paguei na formula da súmula 35 do STJ
 ῑ vamos supor que em maio a ação tenha sido sentenciada julgando procedente a demanda e condenou o réu – a administradora- a me devolver as parcelas e ocorreu o transito em julgado da sentença
 - EU POSSO EXECUTAR DESDE LOGO ESSA SENTENÇA? NÃO!!!
 ∟ só posso fazer a execução dessa sentença condenatória depois de outubro de 2018, pq essa relação jurídica do contrato de consórcio é subordinada a um termo – ou seja, evento futuro e certo- que é a data final do contrato de consorcio e o art 514 CPC diz que quando o juiz decidir uma relação jurídica com condição ou termo a execução da sentença somente pode ser feita depois que ocorrer o termo ou a condição; então só posso executar no final do contrato de consórcio (JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA NO STJ NESSE SENTNIDO: a execução só pode ser feita depois da finalização do contrato de consórcio)
 - se mandasse devolver de imediato o valor o grupo do consórcio poderia ser prejudicado [além da justificativa jurídica para a execução ser só depois do fim do contrato, tem essa tb; que é lógica]
* SALVO se tramitar NOS JUIZADOS ESPECIAIS, que determina a restituição imediata [não tem recurso p o STJ, então os juizados tem entendimento próprio; não seguem a súmula]
· CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES 
- REQUISITOS (art. 780 CPC):
1) IDENTIDADE DE CREDOR
2) IDENTIDADE DE DEVEDOR
3) MESMA COMPETÊNCIA
 - EX: justiça federal não pode apreciar uma ação da justiça comum
 - é diferente do que acontece no 4
4) MESMO PROCEDIMENTO
 - não pode executar uma execução de alimentos junto com uma obrigação de fazer
OBS: CUMULAÇÃO DE AÇÕES DE CONHECIMENTO ( art. 327 CPC)
 1. MESMAS PARTES
 2. MESMA COMPETÊNCIA
 3. COMPATIBILIDADE DOS PEDIDOS 
 4. MESMO PROCEDIMENTO
 OBS: se os procedimentos forem diferentes haverá a possibilidade de cumulação de ações se adotado o procedimento comum
3. COMPETÊNCIA
∟é a medida da jurisdição 
- identificar o juízo competente consiste em identificar quem vai processar e julgar determinada ação/demanda
3.1. CRITÉRIO BIPARTIDO
A - TÍTULO JUDICIAL (art. 515 CPC) ART. 516 CPC
B – TÍTULO EXTRAJUDICIAL (art. 784 CPC) ART. 781 CPC
COMPETÊNCIA
EXECUÇÃO
 - para executar um título tem que saber 1º qual é o título para saber onde vai processar: no art 516 ou 781
3.2. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL
- ART. 516 CPC:
- CAPUT: cumprimento de sentença, ou seja, de título judicial 
- I: TRIBUNAIS
 ∟ nas causas de competência originária
 ∟ se a ação começou no tribunal de justiça, executa lá; se começou no STJ, executa no STJ; se começou no STF, executa no próprio STF.
 EX: Ação rescisória (art. 966 CC)
 ῑ começa no tribunal e executar a eventual decisão proferida no próprio tribunal
 ∟ EXCEÇÃO:
 - sentença estrangeira 
 ῑ para ser usada tem que ter a homologação do STJ, através da AÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA (art. 960 CPC; art 105, I, i, CF)
 ῑ a execução dessa sentença estrangeira não é feita pelo STJ
 ῑ a execução é feita perante o Juiz Federal de 1º grau (art. 109, x, CF)
- II: JUÍZO QUE DECIDIU A CAUSA EM 1º GRAU
 EX: Ação de Indenização 🡺 1ª vara cível de Vitória 🡺 sentença 🡺 apelação 🡺TJ 🡺 Acordão 🡺 trânsito em julgado
 
EXECUTA NO JUIZO DA 1ª VARA CÍVEL DE VITÓRIA
- tem que analisar o lugar que a ação começou, lá que vai ser executado; mesmo que tenha decidido em sede de recurso, será executado onde começou 
 - III: SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA COM TRÂNSITO EM JULGADO
 ∟tem efeitos penais
 ∟tem efeitos extrapenais (art 92 CP)
 EX: tornar certa a obrigação do réu indenizar os danos que a vítima sofreu
 ∟para saber onde executa a sentença penal a esfera cível:
A – DOMICÍLIO DO RÉU – ART. 46 CPC
B – LOCAL DO FATO
C – DOMICÍLIO DO AUTOR ( = vitima)
POSSO EXECUTAR:Art. 53 V CPC
· APARTE FINAL DO INCISO III DO ART 516 FALA “DECISÃO DO TRIBUNAL MARITIMO” 🡺 RISCAR ISSO PQ ISSO FOI VETADO
OBS: ART. 516 §ÚNICO CPC
 ∟nas h. do inciso II e III o credor pode, ainda, optar para executar perante:
· O atual domicilio do devedor
· O local dos bens do devedor
· O local de cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer
3.3. EXECUÇÃO DE COMPETÊNCIA DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
EX: documento assinado por 2 testemunhas
- art. 781:
- I: REGRA GERAL -> PERANTE O DOMICILIO DO DEVEDOR
 *CONTRATO (escrito)
 ῑ tem que vê se há uma clausula de eleição de foro – art. 63 CPC
 ῑ se houver, vai ser executado perante o foro que foi eleito
- II: EXECUTADO -> TEM MAIS 1 DOMÍCILIO 
 ∟ a execução é feita em qualquer um deles
 EX: o executado fica 15 dias em Vix e 15 dias em Guarapari 
 ῑ o executado pode ser executado em qualquer um dos lugares que reside
- III: DOMÍCILIO INCERTO OU DESCONHECIDO
 EX: ciganos; circenses.
 ∟ pode ser executado no domicílio do autor ou pode executar no local que o devedor for encontrado
- IV: LITISCONSÓRCIO PASSIVO NA EXECUÇÃO
 ∟ em qualquer dos foros do executado
- V: onde vai ser a entrega do bem que vai ser executado
· EXECUÇÃO DO CHEQUE:
- todo cheque na parte esquerda tem o nome do banco que você tem cheque e abaixo do nome do banco vai constar a agência que você tem conta
- tem uma “______” linha para escrever o nome do local que você tá assinando o cheque
- se o cheque voltar sem fundo ele deve ser executado perante o foro do banco sacado = local da agência bancária 
· O ENTENDIMENTO DO STJ, ART 53 III A CPC 🡪 PASSIFICADO.
 - se forajuizada em outro local e como é competência relativa, nesse caso, o executado tem que alegar a incompetência sob pena de ocorrer a prorrogação da competência 
- se for processo de conhecimento alega a incompetência na contestação, se for execução alega nos embargos do devedor
- * no processo do trabalho continua a competência relativa sendo alegada por uma petição separada por ação de execução de competência 
3.4. EXECUÇÃO FISCAL ( Lei de Execução Fiscal 6830/80)
- ação que o Estado usa para cobrar um tributo não pago
- não é tratada no CPC, é tratado em uma lei separada que é a LEF
∟ vem acompanhado com um documento chamado CDA (Certidão de Divida Ativa)
CPC ART 46 § 5º:
DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO EXECUTADO
OU
ONDE O DEVEDOR FOR ENCONTRADO
COMPETÊNCIA PARA
EXECUÇÃO FISCAL
 
· TEM QUE OBSERVAR SE OS IMPOSTOS EXECUTADOS SÃO:
A. UNIÃO (art. 153 CF)
- EX: IR; IPI; II; IOF; IGF e ITR
- esses impostos são executados na justiça federal
B. ESTADOS (art. 155 CF)
- EX: IPVA; ICMS e ITCMD
- esses impostos são executados na justiça estadual
C. MUNICÍPIOS (art. 156 CF)
- EX: ISS; IPTU e ITBI
- esses impostos são executados na justiça estadual
- * O Brasil é uma federação de 3º grau, então no nosso sistema não há judiciário municipal
4. REQUISITOS PARA REALIZAR QUALQUER EXECUÇÃO 
- para requerer uma execução precisa ter título executivo
TÍTULO EXECUTIVO (art. 783 CPC)
 +
INADIMPLEMENTO DO DEVEDOR (art. 786 CPC)
∟ é uma situação de descumprimento ou de cumprimento imperfeito; defeituoso da obrigação 
 EXECUÇÃO 
REQUISITOS:
 OBS: se o título executivo tiver ausente deverá ser proposta ação de conhecimento
 ῑ não tem como entrar com execução 
5. TÍTULOS EXECUTIVOS
5.1. CONCEITO
∟ é um documento previsto em lei e que autoriza requerimento de execução 
∟ os títulos executivos são regidos pelos princípios da tipicidade e da taxatividade
- ou seja, só é titulo executivo aquele documento que se enquadra/amolda ao modelo definido pelo legislador, ou seja, não pode inventar titulo executivo
 EX1: cheque -> tem um modelo
 EX2: contrato escrito assinado pelo devedor e por 2 testemunhas -> esse contrato é um titulo executivo
- “titulo executivo”: é um documento previsto em lei e de imediata execução; princípios da taxatividade e da tipicidade, ou seja, por exemplo, um contrato escrito só vai ser taxado e executado se assinado por 2 testemunhas
5.2. NATUREZA JURÍDICA
- = estudar no que consiste determinado instituto dentro do direito
- CORRENTES SOBRE A NATUREZA JURIDICA DOS TITULOS (no sentido de fazer provas):
A. PROVA – DOCUMENTO -> CARNELUTTI
- não foi aceito porque diz que o titulo é uma prova/documento, mas na execução não são produzidas provas, logo, o titulo executivo não pode ser uma prova/documento
B. ATO JURIDICO -> LIEBMAN
- ou seja, de encontro de vontades
ESSA CORRENTE QUE PREVALECE
C. ATO JURIDICO E TB UM DOCUMENTO-> CHIOVENDA
- é documento porque no CPC todos os títulos executivos são escritos
-“documento” no sentido de ser escrito 
- essa é a adotada tanto no cpc de 73 quanto o de 2015
5.3. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS EXECUTIVOS
- tem varias mas só vamos estudar 1 
JUDICIAIS: aquele que decorre da manifestação de um magistrado ( art. 515 CPC)
EX1: sentença penal condenatória com transito em julgado
EX2: sentença civil
- * DEFESA: pela peça de impugnação (art. 525 CPC)
EXTRAJUDICIAL: é aquele que advém de um encontro de vantagens (art. 784 CPC) 
EXs: cheque, nota promissória ...
-* DEFESA: por embargos do devedor em execução (art. 914 CPC)
TÍTULOS
EXECUTIVOS
5.4. TÍTULOS EM ESPÉCIE 
· CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE
I. JUDICIAIS (art. 515 CPC)
- I: AS DECISÕES PROFERIDAS NO PROCESSO CIVIL 
 ∟ decisões que vem:DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
 EX: liminar para a Unimed liberar uma cirurgia 
 
A) JUIZ SENTENÇA
DECISÃO MONOCRÁTICA
(um doc pessoal)
B) TRIBUNAL ACORDÃO (art. 204 CPC)
- as decisões proferidas em processo civil que reconhecem obrigações de dar, fazer, não fazer e pagar quantia certa são títulos executivos judiciais 
 ∟ “pagar quantia certa” = pagar importância em dinheiro
II. DECISÃO HOMOLOGATÓRIA DE AUTOCOMPOSIÇÃO JUDICIAL 
- = de acordo feita na audiência de conciliação e mediação 
- é quando tem uma ação ajuizada e as partes fazem um acordo em juízo 
§2º: ESSA AUTOCOMPOSIÇÃO JUDICIAL PODERÁ ENVOLVER TERCEIRO
- EX: acordo que X vai pagar uma parte da divida de Y – que é irmão de X 🡪 para envolver o 3º que não está no processo o 3º tem que assinar o acordo e concordar com os termos do acordo 
III. DECISÃO HOMOLOGATÓRIA DE AUTOCOMPOSIÇÃO EXTRAJUDICIAL 
- ou seja, fora do juízo é feito o acordo; não tem ação ajuizada; é levado o acordo depois para o juiz homologar 
IV. FORMAL DE PARTILHA
- é em relação aos herdeiros e em relação ao inventariante 
- o formal de partilha é uma autuação que contem cópias de documentos que são extraídos dos autos do inventário (documentos mencionados no art. 655 CPC)
- PRA QUE SERVE O FORMAL?
 ∟é destinado a viabilizar o registro da transferência da propriedade do imóvel perante o cartório de RGI
- o formal de família é título de partilha executivo exclusivamente em relação aos herdeiros e em relação ao inventariante
 EX: DE CUJUS 🡪 ação de inventario e partilha (art. 610 e ss.) 🡪 espólio 🡪 SENTENÇA DE PARTILHA (art. 654 CPC)
HERDEIRO B: fica com o automóvel
HERDEIRO A: fica com o imóvel
(...)
(...)
 ∟ vai pedir um documento chamado de formal de partilha que é a copia com alguns documentos, que são os documentos do inventário 
 ∟ depois que pegar vai para o outro cartório, que é o do RGI e pede para registrar o formal de partilha
 ∟ RGI -> o imóvel está no nome do de cujus e vai passar para os herdeiros com o registro do formal de partilha; passa a ser do herdeiro A o imóvel 
MAS, o HERDEIRO B está morando no apartamento – imóvel – que seria do A, então o A vai executar o foral de partilha porque ele é titulo executivo em relação aos herdeiros e inventariante 
 ∟ só que, se fosse um 3º morando no imóvel o herdeiro A não pode executar o formal de partilha, vai ter que entrar com uma ação de despejo 
 
V. Não tem muita aplicação porque quando ajuíza uma ação já tem que pagar as custas
- a parte que pode se usar é dos honorários do perito
 ∟ mesmo assim é de pouca aplicação porque na prática o perito só faz a pericia se receber pelo menos uma parte
VI. SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA COM TRÂNSITO EM JULGADO 
- só é título executivo se tiver transito em julgado 
- sentença penal condenatória NÃO é título executivo, só é quando for “com trânsito em julgado”
VII. SENTENÇA ARBITRAL (Lei da Arbitragem: 9307)
- sentença arbitral proferida por um arbitro, se não for cumprida pode ser executada em juízo
VIII. SENTENÇA ESTRANGEIRA
- pode ser homologado no Brasil pelo STJ na justiça federal (art. 961 CPC §5º)
-* novidade: sentença estrangeira de divórcio consensual não precisa ser homologada para possuir efeitos no Brasil
IX. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA ESTRANGEIRA
- não é homologado, é feito o “exequatur”, que quer dizer “cumpra-se”
· TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS 
- ART. 784 CPC:
I: TÍTULO DE CRÉDITO (Vivante)
 - CONCEITO: é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado (art. 887CC)
 - o CC adotou o conceito de Vivante 
· CHEQUE:
A) AÇÃO DE EXECUÇÃO 
- para entrar com ação de execução do cheque tem que ser no município 🡪 entendimento do STJ
MESMA PRAÇA 6m + 30 dias
PRAÇAS DIFERENTES 6m + 60 dias
∟ o local da agência é diferente do local da assinatura do cheque
 PRAZO
 art. 59 da
Lei 7357/85
B) AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA/ILÍCITO
∟ art. 61 da Lei 7357/85
- prazo: 2 anos
 ῑ começa a contar depois de passado o prazo da execução 
 ῑ é contado o prazo de modo seguido/sucessivo com o prazo de A
C) AÇÃO DE COBRANÇA OU MONITÓRIA 
∟ art. 62. Lei 7357/85 // STJ – 299
CC/16 era 20 anos
CC/2002 2 orientações foram formadas:
MARCELO BETOLDI: 10 anos
 (art. 205 CC)FÁBIO U. COELHO: 5 ANOS
 (art. 206§5º CC)
SÚMULA – 503 STJ
PRAZO
- esse prazo é contado a partir da data de emissão do cheque
🡺 PRAZO PARA EXECUTAR A NOTA PROMISSÓRIA E DUPLICATA: 3 ANOS
II. ESCRITURA PÚBLICA
 - é lavrado no cartório de notas
 - documento publico 
 ῑ ex: contrato administrativo + nota de empenho é documento publico
III. 
 - as testemunhas não podem assinar depois
 - se o contrato tiver assinado com + 2 testemunhas -> pode ser executado
 -* para executar um cheque tem que estar o cheque original nos autos, senão é extinta a execução
IV. INSTRUMENTO DE TRANSAÇÃO
 - = acordo
 - “referendado” = assinado {pela DP ou MP ou Adv. Púb. Da União 
ou conciliadores/mediadores}
 - é titulo executivo extrajudicial
V. HIPOTECA -> imóvel
 PENHOR -> móvel
VI. SEGURO DE VIDA
 - só pode ser executado no caso de óbito do segurado: só assim vira título executivo
VII. FORO E LAUDÊMIO
 - são verbas relacionadas/relativas à um direito real chamado de ENFITEUSE ou AFORAMENTO ou EMPRAZAMENTO
 - o CC novo não tem esse direito, mas diz que as que estiverem/ as existentes ainda vão valer; só não pode criar novos
FORO
SENHORIO
DOMÍNIO
DIRETO
ENFITEUTA OU FOREIRO
 DOMÍNIO ÚTIL 
ῑ o senhorio não mora; não pode lugar o imóvel
ῑ o “domínio direto” é como se fosse uma propriedade só no papel
ῑ enfiteuta ou foreiro pode alugar, morar ou emprestar o imóvel e paga para o senhorio o “foro” anualmente e o “laudêmio” quando for transferir o imóvel; quando vende o domínio útil para o 3º
ῑ isso é o que ocorre com o terreno de marinha
- TERRENO DE MARINHA:
 ∟ quem tem o domínio direto -> ÚNIÃO
 ∟ quem tem o domínio útil -> PARTICULAR
 ∟ foro e laudêmio são títulos executivos extrajudiciais e aplicam-se a particulares e terrenos de marinha
 ∟ o conceito disso está no art. 2º da Lei 9780 ( não achei essa lei nem em qual tem esse conceito)
TERRENOS DE MARINHA PODEM TER O REGIME DE:
OCUPAÇÃO: Dec. Lei 2398
AFORAMENTO: Dec. Lei 9780
TANTO PARA CONCURSO QUANTO PARA PROVA DE HERTEL
VIII. CONTRATO ESCRITO DE LOCAÇÃO 
- STJ: não precisa de assinatura de testemunhas
IX. CERTIDÃO DE DIVÍDA ATIVA (CDA)
- a lei prevê as hipóteses de incidência tributária, por exemplo: do PTTU = ser proprietário de um imóvel
- HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA (que estão na lei) 🡺 FATO GERADOR (ou seja, a ocorrência do que está na lei) 🡺 NASCE A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 🡺 (feito o ) LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 🡺 (nasce o) CRÉDITO TRIBUTÁRIO 🡺 (aí tenho 30 dias para pagar o tributo, se eu não pagar vai ocorrer a) INCRIÇÃO NO LIVRO DE DÍVIDA ATIVA 🡺 É EXTRAÍDA UMA CERTIDÃO DE DIVÍDA ATIVA (CDA): que é um título de execução extrajudicial então o Estado vai pegar isso e executar
X. ENCARGOS DO CONDOMÍNIO
- podem ser executados:
1. APROVADOS NA ASSEMBLEIA GERAL
OU
2. PREVISTOS NA CONVENÇÃO
XI. MULTAS: devidas ao poder judicial
 ENVOLVIMENTOS: paga ao cartório
 - tem pouca aplicação na prática porque na prática os cartórios só fazem algo se você pagar antes
 - os 2 constituem título executivo extrajudicial 
XII. 
 EX1: Decisão do Tribunal de Contas: art. 71 §3º CF
 EX2: Contrato escrito de honorários de advogado: art. 24 do Estatuto da OAB – Lei 8906/94
XIII. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO OU EM CONTA CORRENTE
 - = contrato de cheque especial 
 -por meio desse contrato o banco coloca a disposição ao correntista um crédito limite para que ele possa usar esse crédito mesmo que ele não tenha limite
 - SÚMULA 233 STJ: CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO NÃO É TÍTULO EXECUTIVO
 ∟ porque os valores são instáveis; varia muito de um dia para o outro; os valores mudam bastante
 ∟ devido a essa instabilidade que o STJ adota esse entendimento
 ∟ o banco, nesse caso, pode mover uma ação de conhecimento que, nessa hipótese, do XIII, pode ser uma ação de obrigação ou uma ação monitória AÇÃO DE COBRANÇA: art. 318 CPC
AÇÃO MONITÓRIA: art. 700 CPC
 AÇÃO DE 
CONHECIMENTO
STJ - 247
5.5. TÍTULO QUE CONTEMPLE OBRIGAÇÃO CERTA, LÍQUIDA E EXEQUÍVEL.
- EXECUÇÃO REQUISITOS 🡺 A: INADIMPLEMENTO + TÍTULO EXECUTIVO
 ART. 783 E 786 CPC
CONDIÇÕES DA AÇÃO
(INTERESSE)
CERTO
LÍQUIDO
EXIGÍVEL 
- NULA (nulidade absoluta): art 183 I CPC
 ∟ ex officcio
 ∟ resultar na extinção do processo (art. 485 IV ou VI CPC)
🡺 NATUREZA JURÍDICA
- certeza; liquidez; exigibilidade 🡺 estão relacionadas à CONDIÇÃO DA AÇÃO
QUAL? 
R.: Interesse de agir
SE FALTA UM DESSES REQUISITOS É NULA A EXECUÇÃO
🡺NULIDADE DA EXECUÇÃO
EX: cheque colado com durex 🡪 não é certo
- a nulidade está no art.803 I CPC
- NULIDADE ABSOLUTA 
 ∟ = nulidade grave no processo
 ∟ ex officio pelo juíz
 ∟extinção do processo (art. 485 IV ou VI CPC) 
🡺AÇÃO DE COBRANÇA E TÍTULO CERTO, LÍQUIDO E EXIGÍVEL
- já com o título certo, líquido e exequível o credor ajuíza uma ação de conhecimento
- a consequência desse ajuizamento é a extinção do processo por ausência de interesse 🡺 A DOUTRINA TRADICIONAL ENTENDE ISSO
- já o STJ nunca concordou com isso e adotou um entendimento diferente: o fato do credor ajuízar uma ação de conhecimento com base em título executivo é uma mera irregularidade
 ∟ o novo CPC adotou esse entendimento do STJ: art. 785 NCPC
 ῑ em síntese: esse artigo estabelece que nada impede que o credor com o título já certo, liquido e exequível se utilize do processo de conhecimento 
DOUTRINA = extinção do processo de conhecimento por ausência de interesse
STJ = mera irregularidade
NCPC = art. 785 CPC
5.6. IMPUGNAÇÃO DO DÉBITO PELA VIA ORDINÁRIA
- o ajuizamento de uma ação de conhecimento para discutir a divida que consta no título executivo não impede/inibe/obsta o credor de requerer a execução
 ∟ não obsta o devedor de pagar
 ∟o legislador estabelece que ainda que o devedor ajuíze execução para discutir a divida isso não impede o credor de entrar com ação de execução
- art. 784 §1º
 ∟ a propositura de qualquer ação não inibe o credor de promover a execução
 ∟ SÓ TEM 1 HIPÓTESE DE SUSPENDER: se nessa ação de conhecimento for concedida uma tutela provisória, aí pode ficar suspensa a ação de execução:Quando na ação de conhecimento for concedida uma liminar de tutela provisória (art. 294 CPC) aí é possível que a execução fique suspensa
EXCEÇÃO:
6. EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA
6.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
- o legislador em determinadas situações autorizou a execução da sentença antes mesmo do trânsito em julgado
 ∟ou seja, mesmo pendendo o recurso o credor vai poder pedir a execução da sentença
sentença; antes mesmo do trânsito em julgado
- a essas hipóteses nas quais o legislador autorizou a execução da sentença antes do trânsito em julgado chamamos de EXECUÇÃO PROVISÓRIA ou CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA, que é uma forma de aceleração contratual
 ∟ está em harmonia/sincronia com o princípio da celeridade processual
- art 784 §1º CPC
-* tutela provisória – art. 294 CPC
- EXECUÇÃO PROVISÓRIA = CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA
 ∟ aceleração processual -> harmonia com o princípio da celeridade processual
6.2. HIPÓTESES 
A: TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
 ∟ será sempre definitivo
B: TÍTULO JUDICIAL
 B.1. EXECUÇÃO DEFINITIVA: quando a sentença ou acordão tiver transitado em julgado
 B.2. EXECUÇÃO PROVISÓRIA: quando a sentença ou acórdão for impugnado por recurso recebido com efeito somente devolutivo
 ∟efeito devolutivo todo recurso tem
 ∟EXS de recursos que não tem efeito suspensivo (logo, deve ter somente o efeito devolutivo):
i. AGRAVO DE INSTRUMENTO
ῑ art 1015 CPC
ii. RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
ῑ art 1029 CPC
iii. APELAÇÃO
ῑ nas hipóteses dos incisos do §1º do art 1012 CPC tem efeito somente devolutivo 
ῑ EX: art 1012 caput CPC-> regra geral: ter efeito suspensivo
 §1º e inciso II -> quando alguém é condenado a pagar alimentos a apelação é recebida apenas com efeito devolutivo, logo, o credor pode pedir a execução da sentença
 Pode executara liminar que o juiz deu mesmo a outra parte tendo agravado porque o agravo de execução não tem efeito suspensivo
 ∟há juízes que na própria sentença – art. 1012 V CPC – concedem uma tutela provisória dentro da sentença 
 ῑ o efeito propício disso é que o eventual recurso de apelação vai ser recebido somente com efeito devolutivo
 ∟ o advogado pede ao juiz para conceder a tutela provisória dentro da sentença, aí a apelação que for ajuizada vai ter apenas efeito devolutivo, então, o credor pode executar esse título
 ῑ essa é uma forma de retirar o efeito suspensivo da apelação
 ῑ tem que ser pedido e reiterado na sentença a concessão
 ῑ porque senão conceder na sentença, a sentença não vai adiantar de nada, porque como a apelação tem efeito suspensivo o credor só pode cobrar depois do resultado da apelação
6.3. REGRAS DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA 
- art. 520 CPC
- REGRA GERAL: a execução provisória é feita da mesma forma que a execução definitivaCAPUT
- “cump. Provisório” 
- “ da sentença impugnada pra recurso desprovido ...” = ou seja, a regra geral; sem efeito suspensivo, somente o efeito devolutivo
- “far-se-á da mesma maneira que o cumprimento definitivo”
OS INCISOS TEM AS PARTICULARIDADES/EXCEÇÕES DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA:
I: “correm por iniciativa”
 ∟a execução provisória não pode ser feita de ofício
 ∟na prática vários juízes erram
 EX: no fim da sentença coloca “intima-se a parte para cumprir”
 ∟a execução provisória é conta e risco do credor pq o tribunal está pendente um recurso contra o devedor e ao apreciar o recurso o tribunal pode falar que o devedor não deve nada; já está prescrito; que o devedor não deve nada
 EXCEÇÕES 
(incisos do art. 520 CPC)
II: “fica sem efeito a execução”
 ∟= vai ser extinta a execução provisória se sobrevier acordão do tribunal modificando a ação exequente
III: h. de reforma ou anulação parcial da sentença
 ∟ fica sem efeito a execução na parte que for modificada/anulada a sentença
 ∟na inicial fala que o devedor deve 50.000, a decisão do tribunal fala que 10.000 -> o devedor vai passar a dever só 10.000
IV: temos a grande diferença da execução provisória (1) e definitiva (2)
 (1):
 ∟ o credor vai ter que prestar uma caução; uma garantia
 ῑ tem que fazer isso pq ele está executando um título que é provisório e lá na frente se o tribunal reconhecer que o credor não tem esse direito, ele vai ter que reparar os eventuais prejuízos que o devedor venha a sofrer 
 ∟ CAUÇÃO: o credor paga isso para reparação de eventuais prejuízos que o devedor venha a sofrer havendo reforma da sentença exequenda
 
 
6.4. REALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA
- a execução provisória é requerida por meio de uma simples petição; não precisa fazer uma ação
- junto com essa petição tem que juntar cópias de alguns documentos:
I. SENTENÇA OU ACÓRDÃO EXEQUENTE
II. DECISÃO DE RECEBIMENTO DO RECURSO COM EFEITO SOMENTE DEVOLUTIVO
III. CÓPIAS DAS PROCURAÇÕES OUTORGADAS AOS ADVOGADOS DAS PARTES
 ∟ ESSAS CÓPIAS DEVERÃO SER AUTENTICADAS 
 ῑ essa autenticação das cópias poderá ser feita pelo próprio advogado
 ῑ em regra, as cópias no CPC são simples, salvo exceções
 ῑ o advogado pode assinar cada folha ou fazer uma declaração falando que as cópias são autênticas
 ῑ se se tratar de processo eletrônico não se afigura necessário juntar as mencionadas cópias
7. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
- a execução moderna (dos dias atuais) é regida pelo princípio da realidade da execução, ou seja, o devedor responde com seu patrimônio para o pagamento da divída
 ∟isso é o PRINCIPIO DA REALIDADE DA EXECUÇÃO
 ∟ responde com os bens que integram seu patrimônio 
- MAS A EXECUÇÃO ANTIGA – que era durante o período romano – era regido pelo PRINCIPIO DA PESSOALIDADE
 ∟ se o devedor não pagasse uma divida ele respondia com o próprio corpo pelo pagamento da divida 
 EX: o devedor poderia ser transformado no próprio escravo do credor
- AINDA HOJE temos lembranças da ideia da pessoalidade da execução romana
 ∟ como no caso da execução de alimentos que o devedor que não pagar a divida pode responder com a própria liberdade
EXECUÇÃO MODERNA 🡺 PRINCÍPIO DA REALIDADE DA EXECUÇÃO
EXECUÇÃO ANTIGA 🡺 PRINCIPIO DA PESSOALIDADE
 (Direito Romano) EX: art. 528§3º CPC -> pena de 1 – 3 meses
7.2. BENS PRESENTES(1) E FUTUROS(2)
(1) : são aqueles bens que existem no patrimônio do devedor no momento da realização da penhora
(2) : são aqueles bens que são adquiridos pelo devedor após o ajuizamento da execução
- * bem imóvel = bem de raiz
- o art 789 CPC trata desses dois tipos de bens {tanto o 1 quanto o 2}
 ∟ = o devedor responde na execução com todos os seus bens presentes e futuros, ou seja, em uma execução o devedor responde pelos bens que já existem no patrimônio, assim como aqueles bens que vem a adquirir depois que entrou com a execução
 ῑ isso faz com que não possa usar a tese de defesa de que na época que foi assinado o cheque/contrato não tinha o bem, pq responde pelos bens presentes e futuros, EXCETO AS EXCEÇÕES ESTABELECIDAS EM LEI, que são as hipóteses de bens impenhoráveis
- BENS IMPENHORÁVEIS:
EXS:
 ∟ BENS DE FAMÍLIA
 independente do valor não pode ser penhorado
 ∟O SALÁRIO QUE O DEVEDOR RECEBE
 ∟OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO DEVEDOR
 Ex: automóvel do uber
 ∟SEGURO DE VIDA
 ∟OS ACESSÓRIOS QUE GUARNECEM A RESIDÊNCIA DO DEVEDOR
 Ex: geladeira, TV
BENS PRESENTES E BENS FUTUROS 🡺 ART 789 CPC
EXCEÇÕES = BENS IMPENHORÁVEIS:
1. ART. 833 CPC
2. ART 834 CPC
3. LEI 8009/90 (dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família)
7.3. RESPONSABILIDADE SECUNDÁRIA
- = a sujeição dos bens à execução
- ocorre quando os bens de um 3º, que não é parte na execução, podem ser apreendidos/penhorados
- os casos de responsabilidade solidária decorrem de lei
- no CPC está previsto no art. 790 CPC:
CAPUT
I. SUCESSOR à TÍTULO SINGULAR OBRIGAÇÃO DE DIREITO REAL(1) OU PERCEBTÓRIA(2)
- o devedor é condenado a entregar um bem, mas ele transfere a um 3º; mesmo assim esse bem que está com 3º poderá ser penhorado e retido
- 2 ações podem ter nesse caso:
i. PAUTADA NO DIREITO DE PROPRIEDADE (DIREITOS REAIS) – AÇÃO REIVINDICATÓRIA
- aqui já sou dono do bem
ii. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES (DIREITO PESSOAL) – AÇÃO REIPERSECUTÓRIA
- não sou dono do bem ainda, é pautada no direito de obrigações
🡪TANTO I. QUANTO II. PODEM APLICAR O INCISO I DO ART 790 CPC
II. INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (ART 133 CPC)
- Quem paga a divida da sociedade é a sociedade e quem paga a do sócio é o sócio (REGRA)
- tem hipótese na lei que o sócio responde por dívida societária, aí é quando os bens de um 3º que não é parte da execução são apreendidos: o sócio vai responder pelos bens pessoais
- para atingir os bens do sócio tem que usar o incidente de desconsideração de personalidade jurídica, prevista no art. 133 CPC
 EX: quando a sociedade não paga algum tributo, os bens do sócio vão pagar (+ ou – assim)
III. Bens do devedor em posse de 3º 
∟ se conseguir acha-los
IV. BENS DOS CÔNJUGES
- tem 3 tipos:
i. BENS PRÓPRIOS: os bens que são levados para o casamento pelo cônjuge; bens adquiridos antes do casamento
ii. MEAÇÃO
iii. BENS RESERVADOS: consistiam na possibilidade da mulher destacar uma parcela do patrimônio do casal exclusivamente para ela
∟ESSE TIPO DE BEM NÃO FOI RECEPCIONADO PELA CF/88 PQ VIOLA O PRINCIPIO DA IGUALDADE
- para resolver os problemas envolvendo os bens dos cônjuges há 2 regras:
i. Se a divida foi contraída no exclusivo interesse de 1 dos cônjuges, respondem apenas os bens próprios e os bens da meação deste cônjuge 
EX: um marido faz um financiamento bancário para comprar uma moto – não pagou – e é executado 🡪 só os bens próprios e a parte da meação dele que vai ser executado
ii. Se a dívida foi contraída no interesse da família respondem os bens próprios e da meação de ambos os cônjugesEX: marido faz o financiamento bancário para pagar a divida da casa da família 🡪 todos os bens respondem tanto os do homem quanto os da mulher
V. ESSE ELE PULOU E VAI TER UM TÓPICO ESPECIFICO DEPOIS PARA FALAR DESSE INCISO 
VI. PULOU TB
 ῑ OS DOIS VÃO SER FALADOS NO TÓPICO 7.4
VII. É POSSÍVEL A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
- diz a mesma coisa que o inciso 2, mas nas duas hipóteses fala dos bens dos sócios; quando os bens dos sócios vão responder por uma divida societária 
EX1: ação que envolver direito do consumidor -> ART 28 CDC: autoriza a desconsideração da personalidade jurídica
EX2: no direito ambiental
EX3: no direito de trabalho
EX4: quando ocorre o abuso da personalidade jurídica (art 50 CC), como quando há desvio de finalidade ou confusão patrimonial
7.4. BENS PRETÉRITOS
- AQUI ESTÁ O INCISO V E VI
- são aqueles bens que não existem mais no patrimônio do devedor há época da realização da penhora
 EX: João é dono de um carro e vende, ai eu ajuízo uma ação de execução -> o carro virou um bem pretérito
- BENS PRETÉRITOS RESPONDEM NA EXECUÇÃO?
 ∟ REGRA GERAL: NÃO
 ∟ EXCEÇÃO: SIM
 ῑ SE ALIENADOS DE FORMA FRAUDULENTA:
A. FRAUDE CONTRA CREDORES
B. FRAUDE À/DE EXECUÇÃO
7.5. FRAUDE CONTRA CREDORES E FRAUDE À EXECUÇÃO FRAUDE CONTRA CREDORES
É UM INSTITUTO DE DIREITO MATERIAL
DEFEITO DO NEGÓCIO JURÍDICO
ARTGS. 158 E 159 CC
OCORRE ANTES DA CITAÇÃO
∟ a pessoa – devedor – transfere tudo que tem antes de receber a citação
∟ citação para o processo de conhecimento
PRECISA DE AÇÃO PROPRIA PARA SER DECRETADA: AÇÃO PAULINA OU REVOCATÓRIA
∟ ação para reconhecer que um ato foi praticado em fraude contra credores {cai na prova de hertel esse 5. tb}
 FRAUDE À/DE EXECUÇÃO
É UM INSTITUTO DE DIREITO PROCESSUAL
ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA
ART 774 I CPC
REGRA GERAL: OCORRE APÓS A CITAÇÃO
∟ depois que é citada a pessoa transfere os bens com a finalidade de fraudar à execução
∟ essa citação é para o processo de conhecimento, não para a execução (STJ disse isso)
NÃO HÁ NECESSIDADE DE AÇÃO PRÓPRIA PARA ELA SER RECOLHIDA
OBS: o juiz antes de reconhecer a fraude de execução deve mandar intimar o 3º que adquiriu o bem (é a ideia do contraditório do COD.) [ART. 792 §4º CPC] -> É NOVIDADE DO NCPC
7.6. BENEFÍCIO DE ORDEM DO FIADOR
- cabe ao fiador indicar bens livres e desembargados na mesma comarca que sejam do devedor 
 ∟comarca: JUIZ; JUÍZO – VARA; FORO – MUNICÍPIO; FORÚM; COMARCA: LEI 234/02 
🡺 RENÚNCIA
- fiador -> renúncia do benefício de ordem
 ∟ art. 827 e 828 CC 
7.7. BENS PARTICULARES DE SÓCIOS
- quem responde pela dívida da sociedade é a própria sociedade, mas quem responde pela do sócio é ele mesmo
 ∟ nas hipóteses previstas em lei é possível que o sócio responda por uma dívida da sociedade
 EX: se o juiz desconsiderar a pessoa jurídica
 ∟ mesmo nessas hipóteses o art. 795 CPC permite ao sócio exigir que 1º seja esgotado o patrimônio da sociedade
 Ꚍ mas para o sócio poder isso deve indicar bens que estejam situados na mesma comarca da sociedade
UNIDADE II: LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
1. NOÇÕES GERAIS
1.1. FINALIDADE
- a liquidação de sentença tem a finalidade de atribuir um valor a um título executivo que é ilíquido [= sem valor]
 EX: sentença penal condenatória com trânsito em julgado é um título executivo
 ∟se ela não estabelecer o valor da indenização no civil, vai ter que passar para a liquidação da sentença antes de ser executada
1.2. CABIMENTO
- em relação ao título extrajudicial não cabe liquidação, em sentido técnico
 ∟ isso se dá por 2 motivos:
 1º: o título extrajudicial já é líquido por natureza
 2º: [motivo de ordem literal] art 509 [que trata de liquidação] só fala da liquidação da sentença; de título judicial
- liquidação só tem cabimento em relação ao título judicial
- liquidação de sentença:
 ∟ finalidade?
 ∟ cabimento: 1º título extrajudicial = NÃO
 2º título judicial = SIM
1.3. NATUREZA JURÍDICA
- lá no passado a liquidação era uma ação, essa era a natureza dela
- no NCPC a natureza é de um incidente processual; é essa fase do processo
 ∟ por ser um incidente não é finalizada por meio de sentença e sim por uma decisão interlocutória
- o incidente é finalizado por meio de uma decisão interlocutória
-NATUREZA JURÍDICA -> INCIDENTE PROCESSUAL [FASE]
 ∟ DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
1.4. INTIMAÇÃO 
- serve para garantir o contraditório
- quando a parte requer a liquidação, o juiz tem que mandar intimar a parte contrária/ré para se manifestar sobre o requerimento de liquidação
 ∟ não é essa intimação feita na pessoa do devedor e sim do seu advogado
- essa intimação é feita na pessoa do advogado do devedor
 ∟ art 272 CPC §1º: autoriza que a intimação seja feita também na pessoa da sociedade de advogados em vez de intimar só o advogado, intima a sociedade de advogados [NOVIDADE NO CPC]
1.5. MATÉRIA OBJETO DE DISCUSSÃO 
- a única matéria que será objeto de discussão na fase de liquidação é a referente ao quantum indenizatório
 ∟ vai ser discutido valores 
- art 505§4º CPC
 ∟ QUANTUM DE BEATUR [isso que será discutido na fase de liquidação]
 ∟ NA DEBEATUR [ISSO NÃO SERÁ DISCUTIDO NA FASE DE LIQUIDAÇÃO]
1.6. RECURSO
- ANTES: quando a liquidação era uma ação a liquidação terminava com uma sentença o recurso cabível era a apelação
- HOJE: termina com uma decisão, então o recurso cabível é o agravo de instrumento [ART. 1015 §ÚNICO CPC]
1.7. REQUERIMENTO DE LIQUIDAÇÃO PELO RÉU
- o comum é o credor pedir a liquidação da sentença, mas o CPC no art. 509 CAPUT, trouce uma novidade: permite que o réu requeira a liquidação
 ∟ o credor é quem tem direito de receber algo 
- art 509 CAPUT CPC -> o réu pode requerer a liquidação
- tanto o autor quanto o réu podem requerer a liquidação da sentença 
2. TIPOS DE LIQUIDAÇÃO
- há 3 tipos:
A: ARBITRAGEM [art.509 I CPC]
- é uma prova parcial para chegar a um valor
- vai ser utilizada quando tiver necessidade de produção de prova pericial
 EX: X foi condenado a me pagar um valor relativo a um veículo gol de 1975, que precisa de perícia para saber do valor
B: PROCEDIMENTO COMUM [ART 509 II CPC]
- ERA chamado de “liquidação por artigos” [CPC/73]
- no NCOC mudou: “liquidação por procedimento comum”
-está relacionada a fatos novos para chegar a um valor
C: CALCULOS DO CONTADOR 
-ERA utilizada quando havia necessidade de colaboração de cálculos aritméticos
- FOI BANIDA, NÃO EXISTE MAIS NO CPC
- foi substituída pela “memória de atualização da dívida” tb chamado de “demonstrativo de débito atualizado”
* 	CLT: art 879 CLT ainda prevê os 3 tipos de liquidação [A, B e C]
3. LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO
3.1. CABIMENTO
- terá cabimento em 3 hipóteses, de acordo com o art 509 I CPC:
A – CONVENCIONADO PELAS PARTES
 EX: as partes fizeram acordo em juízo que o valor de liquidação seria feito por um perito
B- DETERMINADO NA SENTENÇA
 EX: na sentença o juiz fala que a liquidação para determinado valor é X valor -> arbitramento
C- EXIGIR O OBJETOO DA CONDENAÇÃO 
Pode resumir os três em: PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL
 ∟ arbitramento vai ser utilizado na produção de prova pericial
3.2. PROCEDIMENTO
- previsto no art 510 CPC
- começa por meio de uma simples petição
-requer a liquidação por arbitramento, daí o juiz mandará intimar a parte contrária para apresentar a defesa. Na sequência, o juiz mandará intimar as partes – autor e réu – para apresentarem e documentos elucidativos sobre o valor que tem quer ser pago 
- ART 510 CPC [liquidação por arbitramento] 🡪 POR UMA SIMPLES PETIÇÃO 🡪 O JUIZ MANDARÁ INTIMAR AS ARTES PARA APRESENTAREM PARECERES E DOCUMENTOS ELUCIDATIVOS 🡪 DÁI SE O JUIZ DECIDIR QUE:
A. AS PROVAS SÃO SUFICIENTES
 ∟o juiz decidirá a liquidação fixando o quantum indenizatório
B. AS PROVAS NÃO SÃO SUFICIENTES 
 ∟ o juiz mandará realizar prova pericial [art. 465 e ss CPC
 ῑ DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
- EX: o juiz intimaas partes para apresentarem documentos e pareceres elucidativos sobre o valor do veículo
 ∟ o juiz pode entender que os documentos e pareceres elucidativos são suficientes, dai o juiz decidirá a liquidação fixando o quantum indenizatório
OU
 ∟ o juiz pode achar que as provas não são suficientes e vai pedir para realizar PROVA PERICIAL, depois de proferir a perícia o juiz finaliza essa liquidação proferindo uma decisão interlocutória
3.3. RECURSO
- o recurso cabível à decisão interlocutória supracitada é o de agravo de instrumento 
4. LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM
4.1. CABIMENTO
- liquidação pelo procedimento comum vai ser utilizada quando o credor quiser alegar e provas fatos novos
-FATOS NOVOS: são aqueles fatos anteriores, concomitantes ou supervenientes a ação de indenização e que tenham relação direta com o quantum indenizatório
 EX: o rapaz que teve a face desconfigurada ingressou com uma ação de indenização – mas não tem como falar o valor porque não sabe quantas cirurgias são necessárias – com um pedido ilíquido, ou seja, sem o valor da liquidação o juiz da uma sentença ilíquida, aí passa para a fase de liquidação pelo procedimento comum e aqui vai alegar fatos novos 
 ῑ EX: antes de fazer cirurgia precisou fazer um tratamento e gastou 10.000 reais
- AÇÃO DE INDENIZAÇÃO [pedido ilícito] 🡺 SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA ILÍQUIDA 🡺 FASE DE LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM [fatos novos]
-* NÃO PRECISO FAZER 2 TIPOS DE LIQUIDAÇÃO: só usa o arbitramento se só precisar de uma prova pericial, se precisar, por exemplo, de uma prova documental também então vai para a liquidação pelo procedimento comum, que é mais ampla, e dentro dessa liquidação faz a pericia e a prova documental
4.2. PROCEDIMENTO
- o rito é pelo próprio processo comum [art 511 CPC]
 ∟ “o disposto no 1” -> é o procedimento comum do art 318 e ss do CPC
4.3. RECURSO
- essa liquidação termina por decisão interlocutória e o recurso cabível é a liquidação por agravo de instrumento 
5. HIPÓTESES DE CÁLCULO ARITMÉTICO
5.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
- NO PASSADO, o credor que pretendia atualizar uma divida tinha que entrar com uma ação chamada de AÇÃO DE LIQUIDAÇÃO POR CAUCULOS DO CONTADOR
- HOJE você mesmo – credor – vai ter que elaborar essa atualização, que é chamada de MEMÓRIA DA ATUALIZAÇÃO DA DÍVIDA 
 ∟ o advogado do credor que faz isso
 ∟tem que fazer isso antes de fazer uma petição; uma execução
 ∟antes de pedir a execução tem que fazer a memória de atualização da dívida
 ∟o art 509§2º CPC que informa que o credor tem que elaborar o documento
 EX: sentença condenatória ao pagamento de R$10.000,00 -> ano de 2015
 ῑ você é contratado para executar mas antes vai ter que elaborar a memória de atualização da dívida, tem 2 jeitos:
A. NO SITE WWW.CALCULOS.COM
 ∟ esse site são para cálculos mais complexos
 ∟ ele é pago, mas resolver qualquer tipo de calculo
B. WWW.TJES.JUS.BR
 ∟ o próprio site do tribunal
 ∟é gratuito
Vai nesse link de atualização da divida e vai preencher alguns tópicos:
ART. 798 §ÚNICO CPC
∟explica o que a memória de atualização deve conter
· Valor do principal: R$ 10.000,00
· Juros de mora: R$ ?
· Correção monetária: R$ ?
ART. 798 § ÚNICO [explica o que a memória de atualização deve conter]
CAPUT
I- ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA [NCPC]
-*FAZ. PÚB 🡪 2009 🡪 IPCA – E
- “demonstrativo de débito” = memória de atualização da dívida 
- índice de correção monetária [há vários, tem que olhar qual é adotado]:
· NCPC: é adotado esse para o particular
· IPCA-E: se for réu fazenda pública [de 2009 em diante]
II. TÁXA DE JUROS DE MORA
 - 1% ao mês por força do ART. 466 CC c/c ART 161§1º CTN [Cód. Tributário Nacional]
 -* FAZ. PÚB. 🡪 2009:
· DÍVIDA TRIBUTÁRIA: o mesmo percentual dos juros do tributo
· DÍVIDA NÃO TRIBUTÁRIA: caderneta de poupança
III. TERMO INICIAL
- a partir de quando começa a contar a correção monetária e o juros de mora
- CORREÇÃO MONETÁRIA:
 ∟DANO MATERIAL: termo inicial é a data do prejuízo
 ∟DANO MORAL: é a data do arbitramento [STJ – 362]
- JUROS DE MORA:
 ∟ILÍCITO CONTRATUAL: data da citação [art. 240 CPC]
 ∟ ILÍCITO EXTRACONTRATUAL: data do ato ilícito [STJ – 54]
 ῑ EX: “fui atropelado”
IV. JUROS COMPOSTOS
- = juros sobre juros
 EX: caderneta de poupança
- REGRA GERAL: não pode juros compostos; capitalização de juros
- EXCEÇÕES
 ∟ art 5º medida provisória 2170 [contrato bancário]
 ῑ esse artigo autoriza a capitalização de juros em contrato bancário
V. DESCONTOS OBRIGATÓRIOS
EX: imposto de rendaENTENDIMENTO PACÍFICADO NO STJ
 ∟ verba remuneratória -> SIM, incide imposto de renda
 EX: verba previdenciária
 ∟ verba indenizatória -> NÃO, não tem IR
5.2. DADOS EM PODER DE TERCEIRO OU DO DEVEDOR 
- pode acontecer que para elaborar memória de atualização de divida a parte precise de documentos que estão na posse de outras pessoas
 EX: execução de sentença condenatória ao pagamento de alimentos na percentual de 30% do salário do réu
 ∟ se a pessoa sabe quanto o réu ganha 🡪 OK, vai fazer
 ∟mas se a pessoa não souber antes de executar vai fazer um requerimento ao juiz para que sejam requisitadas informações em poder do 3º 🡪 depois de fazer esse pedido o juiz vai oficiar a empresa para saber quanto o cara recebe
NA PRÁTICA é igual à DP, o concursado adota o que achar melhor e o juiz faz vista grossa, mas isso não é o certo; o certo é do jeito que o hertel explicou
5.3. REMESSA DOS AUTOS AO CONTADOR
- REGRA GERAL: os autos não podem ser remetidos pelo juiz para a contadoria do juízo porque em regra quem faz a atualização é o próprio credo
-* o cód. Permite a remeça dos autos a contadoria do juízo apenas para a verificação dos cálculos
 ∟ os autos só podem ser remetidos para isso
 EX: sentença condenatória ao pagamento de alimentos no percentual de 30% do salário do réu
 ∟ requerimento ao juiz para que sejam requisitadas informações em poder de 3º ou do devedor, sob pena de desobediência [art. 524 §3º CPC]
- art 524 §2º CPC -> remessa dos autos
 ∟ a contadoria de juízo 🡪 verificação dos autos
6. LIQUIDAÇÃO E JUÍZADO ESPECIAL
- juizados especiais 
 ∟não tem liquidação porque o art 38 dispõe que a sentença de juiz do juizado especial deveria ser uma sentença líquida, ou seja, que estabelece o valor
- art 38 § único
-* mesmo que o pedido seja genérico, ou seja, ilíquido; sem valor, a sentença tem que ser líquida; com valor
-nos juizados especiais não cabe liquidação da sentença [art 38 lei 9099/95 § único – sentença líquida]
7. QUESTÕES DIVERSAS
7.1. LIQUIDAÇÃO ZERO
- liquidação zero é a possibilidade de o juiz na fase de liquidação reconhecer que nenhuma importância é devida
∟o STJ tem jurisprudência pacificada de que é possível a liquidação zero; é cabível (ENTENDIMENTO DOMINANTE E JURISPRUDENCIAL DO STJ)
-liq.zero 🡪 STJ sim
7.2. TÍTULO PARCIALMENTE LÍQUIDO
- é permitido 
- SENTENÇA CONDENATÓRIA, DETERMINANDO:
A. DANO MORAL 🡪 no valor de 10.000 reais 🡺 LÍQUIDA
∟ em relação a essa parte o credor tem que pedir a execução [AUTOR PRINCIPAIS]
B. DANO MATERIAL A SER APURADO EM LIQUIDAÇÃO 🡺 ILÍQUIDA
∟ em relação a essa parte o credor tem que pedir a liquidação [AUTOR APARTADOS]
 - ART. 509 §1º cpc
∟ permite o credor requerer a execução e liquidação simultaneamente
∟ não precisa esperar uma para fazer a outra
∟ISSO TEM QUE SER FEITO EM PETIÇÕES SEPARADAS; PEÇAS SEPARADAS
 ῑ a execução nesse caso tramitaria nos autos principais e a liquidação nos autos apartados
7.3. LIQUIDAÇÃO PROVISÓRIA 
- é a possibilidade de o credor requerer a liquidação da sentença ainda que mesmo que esteja pendente um recurso do devedor
- encontra-se prevista no art 512 CPC
OBS1: para requerer a liquidação provisória [que é diferente da execução provisória, esta tem que prestar caução] o credor não tem que prestar caução; garantia
OBS2: pouco importa os efeitos do recebimento do recurso
 ∟o credor vai poder pedir a liquidação mesmo que o recurso tenha efeito suspensivo- a liquidação provisória pode ser requerida independente dos efeitos do recurso
 ∟ diferente do que acontece na execução provisória, onde o recurso tem que ser recebido apenas com efeito devolutivo
- a liquidação segue todas as regras que foram vistas no ícone 3 da unidade 1
UNIDADE III: DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A EXECUÇÃO
 ∟ regras aplicadas à todos as execuções
1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PENHORA
1.1. CONCEITO
- é a vinculação de um determinado bem do patrimônio do devedor a uma execução
 ∟ depois de feita a penhora o bem fica individualizado
 ∟ antes da penhora o devedor respondia por todos os bens do patrimônio, mas a partir do momento que é feito a penhora a execução fica individualizada
 EX: X deve um cheque de 5.000 reais
 ∟ na execução ajuizada contra X foi penhorado o carro de X, que fica afetado à execução
 PENHORA ≠ PENHOR
É uma medida executiva
Quando o bem é objeto de penhora falamos que o bem está PENHORADO
Vinculação de um determinado bem a execução passa a ter uma individualização do bem
É um contrato que da origem a um direito real
Quando o bem for objeto de penhor fala que o bem está EMPENHADO ou APENHADO
EX: joias que deixa em garantia ao empréstimo que foi feito no banco por um contrato de penhor
É um contrato 
1.2. PREFERÊNCIA/PREFERENCIAL
- a penhora gera o direito de preferência
 ∟isso significa dizer que quem 1º penhorou o bem terá o direito de receber o bem em 1º lugar
- pode ter mais de 1 penhora sobre o mesmo bem
- “penhora de 1º grau”: = 1º penhora que recaiu sobre o bem
- ART 779 CPC
 ∟EX: tem 1 devedor que tem um único imóvel no seu bem no valor de 50.000 mil reais; há 2 credores que o devedor está devendo, o devedor deve 30.000 mil para cada um dos credores; o credor A ajuizou uma ação e logo penhorou o bem e o B demorou um pouco para penhorar. Assim, o A – que tem a penhora de 1º grau – vai ter seus 30.000 mil que o devedor deve, já o B só vai receber depois que o credor A receber, mas para o B só vai receber o valor de 20.000 mil reais – que é o que sobrou do patrimônio do devedor
- o direito de preferência é caracterizado pelo PRINCIPIO PRIOR TEMPORE POTIOR IURE [ = “quem penhorou 1º o bem tem direito de receber em 1º lugar”
- MAS se tiver DECLARAÇÃO DE INSOLVÊNCIA DO DEVEDOR muda tudo
 ∟ aí não importa quem penhorou primeiro
 ∟ aqui os credores vão receber de acordo com classes de crédito que o credor tiver inserido
 ∟EX: empresa vai a falência: falência só acontece em empresa
 ∟ aplica-se analogicamente o art 83 da Lei de falência e de recuperação de empresa da Lei 11.101/05, que define as classes de credores:
1ª CLASSE: credores de acidente de trabalho e de dividas trabalhistas – sem limitação de valor, essas são limitadas a 150x o salário mínimo
 ∟ 1º PAGA ESSES, SE SOBRAR DINHEIRO VAI PARA A 2º CLASSE
2ª CLASSE: créditos com garantia do tipo real
 ∟ geralmente acontece em banco
 EX: instituição bancária que tem hipoteca 
 ∟ SE SOBRAR DINHEIRO, VAI PARA A 3º CLASSE
3ª CLASSE: faz. Pública 🡪 credora tributária 
4ª CLASSE: credores quirografários
 ∟ eles não tem garantia nenhuma, apenas um papel que assegura o crédito
 EX: um cheque, uma nota promissória
2. EXORDIAL
- exordial = proemial = pet. Inicial
- a exordial da execução deve atender requisitos
2.1. REQUISITOS
- há 2 tipos:
A. GENÉRICOS – art 319 e 178 CPC
 - são aqueles que valem para todas as petições iniciais que existem [de execução, da ação de conhecimento ...]
 - ART. 319 CPC:
· Indicar o juízo competente
· Tem que qualificar as partes
· Indicar fatos e fundamentos jurídicos 
∟só fala que é um título executivo: certo líquido e exigível 
∟ bem breve
· Tem que ter pedidos
· Tem que dar o valor da causa
NÃO SE APLICA À EXECUÇÃO
· [VI]: não pede a requisição de produção de provas 
· [VII] requer para a realização ou não da audiência de conciliação e mediação 
∟ não é feita na execução
 - ART. 178 CPC:
 ∟ é o requerimento de intimação do MP
A. Só vai pedir a intervenção ministerial quando for uma das hipóteses do art. 178 CPC
EX: interesse do incapaz
B. [???] CONFIRMAR SE TEM 
B. ESPECÍFICOS – art. 798 e 799 CPC
 - são aqueles inerentes; próprios; condizentes; peculiares à execução
 - ART. 798 CPC:
I:
A. Junto com a petição inicial da execução tem que juntas o título executivo
 ∟se não juntar vai ser nula a execução 
 ∟ grampear o cheque no meio da folha e não com durex, para não correr o risco de perde
 - JUNTA O TÍTULO ORIGINAL?
i. TÍTULO DE CRÉDITO 
-SIM
- tem que ser o original devido ao principio da cartularidade
ii. DEMAIS TÍTULOS
- NÃO
- não precisa ser o original
- EX: contrato de locação 
B. Tem que juntar sempre a memória de atualização da dívida e juntar com a petição inicial da execução 
C. Condição = evento futuro e incerto
Termo = evento futuro e certo
- se for executar um título que tenha condição ou termo, tem que trazer a prova de que essa condição ou esse termo já ocorreu
D. É aplicável aos contratos bilaterais ou sinalagmáticos, que são aqueles que implica/importa direitos e obrigações para ambos os contratantes
 ∟ para executar esses tipos de contratos preciso comprovar que minha contraprestação foi cumprida, só assim posso exigir a do outro
EX: compra e venda: o vendedor tem que entregar a coisa e o comprador que pagar
II. 
A. Se tiver mais uma maneira de executar, tenho que falar por qual maneira quero a execução
 ∟ tem que indicar a forma pela qual quero que a decisão seja processada
 EX: execução de alimentos, pode ser:
A. SOB PENA DE PRISÃO
(art. 528 caput e §3º CPC)
B. SOB PENA DE PENHORA
(art 528 §8º CPC)
- STJ-309 [= ART 528 §7º CPC] – 3 prestações
 ∟ a execução dos alimentos por pena de prisão somente pode ser realizado em relação às últimas 3 prestações em atraso
 ∟ se atrasar 1 mês já pode executar pelo rito de prisão
- EX: OUT/17 – NOV/17 – DEZ/17 – JAN/18 – FEV/18 – MAR/18
EXECUÇÃO POR PENA DE PENHORA DE BENS [art 528 §8º CPC)
EXECUÇÃO SOB PENA DE PRISÃO [art 528 §3º CPC]
B. Tem que qualificar as partes
 ∟ pode fazer – o juiz – o bloqueio judicial da conta bancária do devedor, pelo bacenjud, mas para isso precisa do CPF ou CNPJ do devedor
C. Pode indicar bens do devedor para ser penhorado 
 ∟ ela não é obrigatória pq nem sempre o credor tem condição de indicar esses bens
- ART. 799 CPC:
∟ pode ser resumido esse requisito em: “requerimento do credor de intimação de 3º com garantia real sobre o bem que será penhorado”
 EX: o credor vai ajuizar para ser penhorado/apreendido um imóvel que é do devedor, mas esse imóvel está em garantia real para o Banco do Brasil
CREDOR EXECUÇÃO DEVEDOR
PENHORA
IMÓVEL
ESTÁ EM GARANTIA REAL PARA O BB
INTIMAÇÃO
BANCO DO BRASIL
- o art 799, em linhas gerais, diz que o credor tem que pedir a intimação desse 3º que tem a garantia real do bem na petição inicial da execução 
- “como eu sei se o bem tem a hipoteca?”
 ∟só tirar a certidão negativa do imóvel [certidão negativa de ônus reais]
- CERTIDÃO DA PROPOSITURA DA EXECUÇÃO 🡪 ART 828 CPC
 ∟ RGI: registro geral de imóvel
 ∟ DETRAN
2.2. EMENDA
🡺 RETRATAÇÃO DO INDEFERIMENTO 
- FALTANDO ALGUM DESSES REQUISITOS O JUIZ MANDA DETERMINAR A EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL [ART 801 CPC]
 ∟ o prazo para fazer essa emenda é de 15 dias – dias úteis [art 219 CPC]
 ∟ se a parte não fizer essa emenda em 15 dias o juiz profere uma sentença de indeferimento da petição inicial
 ∟ se é sentença, então o recurso cabível contra essa sentença é o recurso da apelação [art 1009 CPC]
 ῑ essa apelação tem uma particularidade:
· Nessa apelação o juiz pode se retratar
· Há a possibilidade de retratação pelo juiz [art 331 CPC]
· Comporta juízo de retratação
3. OUTRAS REGRAS
3.1. CERTIDÃO
- quando ajuíza uma execução de cheque: contrato de locação, nota promissória [..] pode pedir uma certidão de propositura/ajuizamento da execução

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