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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Introdução: A Prótese Parcial Removível (PPR) é a área da Prótese Dentária responsável pela reposição de dentes e estruturas adjacentes em pacientes parcialmente edêntulos, por substitutos artificiais que podem e devem ser removidos da boca para higenização adequada. Carreiro, Batista e Farias Neto, 2013. Objetivos: • Restaurar a eficiência mastigatória; • Restaurar a fonética; • Restabelecer a estética; • Proporcionar conforto ao paciente; • Integrar-se ao sistema estomatognático; • Preservar os tecidos remanescentes. Indicações: Este é o tipo de prótese mais versátil que existe! • Pode ser indicada nas mais diversas situações clínicas, desde arcadas com apenas um dente ausente até casos onde permaneça apenas um dente. • A PPR está indicada para os casos onde a Prótese Parcial Fixa esteja contraindicada (exemplo: quando há a falta do pilar posterior). • Também indicada para pacientes que planejam futuramente uma Prótese sobre Implante. Contraindicações: • Contraindicação restrita aos paciente com problemas motores ou com debilidade mental (pois, inviabiliza a retirada e higienização da prótese, comprometendo a saúde do indivíduo). Esses casos podem ser avaliados individualmente (exemplos: pacientes que possuem um cuidador a sua disposição e que pode realizar a limpeza da prótese). Vantagens: • Mínimo preparo dos dentes; • Higienização; • Rapidez na execução; • Fácil manutenção; • Versatilidade; • Baixo Custo; Desvantagem: • Estética. Alguns pacientes podem sentir incômodo com os pedaços de metal que ficam à amostra na PPR. No entanto, esse conceito é bastante subjetivo e individual, pois algumas pessoas acreditam que isso seja um charme e fazem questão de que essas peças metálicas estejam visíveis. Elementos constituintes da PPR: São os elementos da PPR que abraçam o dente pilar, conferindo retenção e estabilidade quando forças tendem a deslocar a prótese do seu assentamento final. Trata-se de um dos elementos principais. • Adjacente (ao lado) ao espaço protético. Função principal = RETENÇÃO. • : Distante do espaço protético. Função principal = ESTABILIZAÇÃO. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • abraçam o dente (a coroa do dente): • : grampos que são combinados com prótese fixa, possuem um encaixe entre a PF e a PPR. Um grampo é sempre constituído por um conjunto de pequenos grampos (“grampinhos”). • No Grampo vestibular, apenas uma parte é responsável pela retenção -> . Essa porção do grampo fica abaixo do equador protético (área retentiva do dente). O equador do dente, é uma linha imaginária correspondente à maior circunferência da coroa. • do dente é o maior contorno de cada dente considerado individualmente; • é o equador em relação a todos os dentes, considerando um mesmo eixo de inserção e as diferentes inclinações dos dentes entre si. O equador protético divide o dente em duas áreas: área expulsiva (do equador protético para cima) e área retentiva (do equador protético para baixo). O equador protético, é o maior contorno do dente relativo à base sobre o qual o dente se encontra (pode ser alterado, dependendo da relação que o dente se encontra). • Essa ponta ativa do grampo de retenção é flexível, pois sofre uma deformação para passar pelo equador protético e se alojar na área retentiva. Ele passa por uma área de diâmentro grande e depois fica em uma área de diâmetro menor. • Fatores que podem interferir na flexibilidade da ponta ativa: 1. Espessura do grampo; 2. Comprimento do grampo; 3. Secção transversal; 4. Tipo de liga. O equador protético é encontrado/determinado através de um equipamento chamado delineador. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • O Grampo de retenção pode empurrar o dente para trás, mas essa força é controlada pelo grampo de oposição (que irá impedir que o dente se movimente), dessa forma, as forças se anulam. Esse princípio é denominado • Portanto, é obrigatório a presença de um grampo de oposição sempre que houver um grampo de retenção. • Grampos circunferenciais: abraçam o dente; • Grampos à barra/ de Roach: ficam posicionados apenas na cervical do dente. Carreiro e Batista, 2013 1. CIRCUNFERENCIAL SIMPLES OU DE ACKERS: • Um dos grampos mais utilizados; • Indicação: ✓ Dentes pilares posteriores adjacentes aos espaços intercalados; ✓ Para área retentiva oposta ao espaço protético. 2. CINCUNFERENCIAL GEMINADO OU DUPLO: • É formado pela união de dois grampos cinrcunferenciais simples, através do seu apoio; • Indicação: ✓ Dentes molares e pré-molares; ✓ Utilizado para retenção indireta; ✓ Exige preparo de canaleta para complementar o nicho. 3. CIRCUNFERENCIAL EM FORQUILHA OU DE GILLET: • É uma variação do grampo circunferencial simples; • Indicação: ✓ Dentes posteriores, quando a porção retentiva se localizar próximo ao apoio, ou seja, o terminal retentivo e o apoio se localizarem do mesmo lado. Menor retenção Maior retenção Origem: Apoio Origem: sela metálica ou conector maior Ponta ativa: terço mesial ou distal da face vestibular ou lingual Ponta ativa: Terço cervical da face vestibular Indicação: dentes pilares em espaços protéticos inter- calados Indicação: dentes pilares adjacentes à extremidade livres ou espaços protéticos amplos. Quando a ponta ativa do braço de retenção está ultrapassando a linha equatorial do dente suporte gera força que é neutralizada pela ação da força do braço de oposição. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 4. MDL (MÉSIO-DISTO-LINGUAL) MODIFICADO: • Indicações: ✓ Dentes anteriores; ✓ Abrange as superfícies mesial, distal e lingual; ✓ Apenas uma pequena ponta ativa retentiva aparece por vestibular; ✓ Confere melhor estética e menor capacidade retentiva. • Possuem formas básicas das letras: ; • Apresentam melhor estética em pacientes com sorriso baixo; • Indicações: ✓ Dentes anteriores e posteriores adjacentes à espaços protéticos de extremidade livre ou espaços protéticos amplos. 1. GRAMPO À BARRA EM T (“T” DE ROACH): • A forma em “T” é a mais utilizada. São os elementos rígidos da estrutura metálica responsáveis pelo suporte e pela transmissão e direcionamento da força mastigatória aos dentes pilares. Carreiro e Batista, 2013 • “Suporte: impedir deslocamento ocluso-gengival da ppr”; • “Transmissão da carga mastigatória dos dentes pilares”; • Impedem que a prótese vá para baixo (de encontro aos tecidos moles) – Impedem o movimento ocluso-gengival da PPR. • Oclusais; • De cíngulo. • São cavidades preparadas a fim de alojar os apoios das PPRs; • Devem ter profundidade suficiente para que o apoio oclusal apresente espessura e resistência; • A falta dos nichos leva à traumas oclusais. Podem ser classificados quanto à sua localização, em: • Oclusais; O nicho oclusal deve possuir formato triangular arredondado, o preparo deve deixar a superfície do nicho bem lisa, com a parede pulpar plana (a presença de irregularidades pode causar trauma oclusal, prejudicando a polpa). Essa parede pulpar de fundo deverá acompanhar a inclinação da face oclusal do dente. Para identificar a localização do nicho durante a sua confecção, o dente que irá receber o apoio deve ser dividido em três partes no sentido mésio- distal e em quatro partes no sentido vestíbulo-lingual. Os apoios ficam alojados em cima do dente, dentro de preparos, que são realizados nos dentes pilares, denominados– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto O nicho deve ficar exatamente no terço médio (em relação à divisão mésio-distal) e na primeira porção da face oclusal (em relação à divisão vestíbulo-lingual, na posição de ¼ do dente – significa que irá ficar bem na mesial ou bem na distal do dente). Nos casos em que for necessário confeccionar um nicho para um grampo geminado, deve-se realizar o preparo de uma canaleta entre os dentes que irão receber esse grampo. • De cíngulo. • Possui a função de unir todos os elementos da PPR, ligando os componentes de um lado da arcada aos do outro lado. • A PPR não pode ser unilateral, por isso, mesmo que haja apenas um lado protético, deve haver também o outro lado da prótese para melhorar estabilidade e impedir que o paciente venha a engolir essa prótese. • Na maxila, o conector é sem alívio (enconstado ao palato), pois trata-se de uma mucosa espessa, densa e firmemente aderida ao osso subjacente; • O palato funciona como uma área de transmissão de forças e o conector irá ajudar na dissipação das forças mastigatórias; • O conector irá melhorar a distribuição das forças e evitar a penetração de alimentos; • O conector deve ser rígido, não pode ser flexível; • Fica desencostado do dente cerca de 6 mm. 1. BARRA PALATINA DUPLA: ✓ Indicada para classe I, II, III e IV de Kennedy; ✓ Contraindicada em casos de tórus palatino inoperável, e de grande extensão. 2. BARRA EM FORMA DE “U”: ✓ Indicada para classe III e IV de Kennedy; ✓ Pode ser utilizada em casos de tórus palatino inoperável e de grande extensão no limite palato duro-mole. ✓ Possui pouca rigidez. 3. BARRA PALATINA SIMPLES: ✓ Indicada para classe III de kennedy com espaços intercalados, dentossuportada e de pequena extensão; ✓ Possui forma de fita. 4. RECOBRIMENTO TOTAL DO PALATO OU PLACA PALATINA: ✓ Indicada para casos com poucos dentes remanescentes; ✓ Promove o máximo de suporte e rigidez; – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto ✓ Totalmente em metal ou metaloplástica. • Na mandíbula, o conector maior é com alívio, pois se trata de uma mucosa fina, móvel e bastante sensível; Exame: a. 3-4 mm abaixo do limite gengival; b. 4-5 mm da barra – rígida; c. 1 mm até o assoalho. 1. BARRA LINGUAL: ✓ Conector de escolha para a mandíbula; ✓ Indicado para todas as classes de Kennedy, desde que haja espaço (maior ou igual a 8 mm); 2. PLACA LINGUAL: ✓ Indicada quando o espaço entre fundo de sulco lingual (assoalho) e gengiva marginal for insuficiente; ✓ Indicada para qualquer classificação de Kennedy; ✓ Localiza-se sobre os dentes, apoiando-se na região dos cíngulos; ✓ É indicada quando o paciente possui um comprometimento periodontal (pode ser utilizada como um componente estabilizador dessa perca óssea); ✓ Pode ser feita a substituição com dentes artificias sem necessidade de trocar a infra- estrutura (exemplo: paciente que precisou extrair o dente, mas a estrutura da prótese ainda está boa, os dentes artificiais podem se unir à placa e substituir os dentes que foram retirados para que o paciente não precise trocar a prótese). São elementos que têm a função de unir o conector maior aos demais componentes da PPR (retentores, apoio, sela). Funções: • Transmitir as forças mastigatórias geradas nos dentes artificiais da prótese aos dentes pilares, devido à sua união com o apoio; • E podem atuar como plano-guia, quando localizados adjacentes ao espaço protético. IMPORTANTE: Durante o exame do paciente, deve-se medir a distância entre a margem gengival dos dentes pilares e o assoalho bucal. Pois, para indicar a barra lingual, essa medida deve ser no mínimo 8 mm. Para indicação de Barra lingual: A medida pode ser no mínimo 8 mm e, idealmente, de pelo menos 10 mm. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto “Componente da PPR que preenche o espaço protético, reconstruindo, funcional e esteticamente, os tecidos ósseos e mucosos”. • “Serve como base para fixação dos dentes artificiais”; • “Pode transmitir a carga mastigatória ao rebordo”; • A Sela necessita de “buraquinhos” para que haja a retenção da resina acrílica. TIPOS DE SELA: • estrutura com sela metálica recoberta com resina acrílica (que substitui o rebordo absorvido); • para casos em que há a ausência de apenas um dente, possui apenas a sela metálica e o dente artificial que fica por cima; • não possui estrutura metálica interna (exemplo: próteses temporárias). COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO AO TIPO DE SUPORTE: • - sela apenas com a função de: ✓ Preenchimento; ✓ Fixação dos dentes artificiais; ✓ Proteção da papila adjacente; • – sela com a função de: ✓ Preenchimento; ✓ Fixação dos dentes artificiais; ✓ Transmissão de forças para o rebordo alveolar (para que a prótese desempenhe essa função de forma aceitável, é necessário que haja uma ótima adaptação). Função: substituir os dentes naturais ausentes. • Dentes posteriores: devolvem a função mastigatória e DVO (quando estiver alterada); • Dentes anteriores: reestabelecem a função, fonação e estética. Na maioria das vezes, para a PPR, utiliza-se os dentes artificiais em resina acrílica: • Vantagens desse material: ✓ Resistentes à fratura; ✓ Absorve força proveniente da mastigação; ✓ Unem-se quimicamente à base da prótese; ✓ Possui boa estética. • Desvantagens desse material: ✓ Baixa resistência a abrasão (nos casos de pacientes que escovam os dentes com muita força e utilizando uma escova bem dura); ✓ Manchamento (podem machar com o tempo). Durante a seleção dos dentes artificiais, deve-se tomar como referência a cor, o tamanho e a forma dos dentes remanscentes na boca do paciente. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Referências: Aula teórica de Prótese Laboratorial. Professora Luana Maria Martins de Aquino. Faculdade Maurício de Nassau, Odontologia, 2021. Carreiro, Batista e Farias Neto, 2013.
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