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ALAIS revisão pós-banca TCC-1

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19
Estratégia no COMBATE À DENGUE, EM MIRANDA,
MATO GROSSO DO SUL[footnoteRef:2] [2: ¹ Trabalho de conclusão de Curso em Ciências Sociais desenvolvido sob a orientação da Prof.ª Ilsyane R. Kmitta.] 
Alais Pinheiro Machado Aguiar[footnoteRef:3]** [3: ** Estudante do curso de Licenciatura em Ciências Sociais, EAD, Polo de Miranda, e-mail: alaisaguiar@gmail.com] 
RESUMO: 
A dengue é considerada um dos principais problemas de saúde publica no mundo. O objetivo do presente trabalho é organizar projetos na diminuição e eliminação de casos expressivos da doença causada pelo mosquito Aedes Aegypti; fornecendo informações à população sobre os riscos e precauções na contribuição sobre o estado de saúde da população, através da promoção, proteção, diagnóstico precoce, tratamento e recuperação da saúde do indivíduo no contexto familiar e social. A Dengue é uma doença que atinge milhares de pessoas anualmente, no que se pesquisaram no município de Miranda nos últimos 10 anos, de acordo com o boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde, foram registrados 245 notificações, 132 positivos, 83 negativos em Miranda, ocorrendo um óbito com uma pessoa do sexo feminino. Para o desenvolvimento da pesquisa de combate à dengue, buscaram-se informações através de estudos bibliográficos e site sobre o município na internet na busca da informação para sua ação. É concluído que os resultados positivos no combate à dengue envolvem ações na mobilização e participação da sociedade.
Palavras-chave: Ações de prevenção. Dengue. Diagnóstico e Orientação.
ABSTRACT:
Dengue is considered one of the main public health problems in the world. The objective of this work is to organize projects in the reduction and elimination of expressive cases of the disease caused by the mosquito Aedes Aegypti; providing information to the population about the risks and precautions in contributing to the population's health status, through the promotion, protection, early diagnosis, treatment and recovery of the individual's health in the family and social context. Dengue is a disease that affects thousands of people annually, in what was researched in the city of Miranda in the last 10 years, according to the epidemiological bulletin issued by the Health Department, 245 notifications were registered, 132 positive, 83 negative in Miranda, a death occurring with a female person. For the development of research to combat dengue, information was sought through bibliographic studies and a website about the city on the Internet in search of information for its action. It is concluded that the positive results in the fight against dengue involve actions in the mobilization and participation of society.
Keywords: Prevention actions. Dengue. Diagnosis and Guidance.
INTRODUÇÃO 
No que se referem à doença da Dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, estudos são complexos, abrangendo a saúde e meio ambiente, envolvendo o ser humano no dia a dia, não só em casa obtendo seus devidos cuidados na prevenção e também na importância de prevenir no seu ambiente de trabalho, onde exerce sua profissão. É de suma importância atentar-se quanto aos sintomas que a doença apresenta ou vem apresentando. No que estamos vivenciando devido à pandemia no mundo, não nos esquecermos de obter o devido cuidado com relação à contaminação da doença que é causada pelo mosquito, salientando assim na conscientização na prevenção da proliferação da doença. 
O Brasil passou a registrar os casos de dengue a partir de 1990, entretanto, o país já experimentou períodos passados de ocorrência da doença. Silva, Mariano e Scopel (2008), afirmam que os primeiros relatos de dengue foram verificados a partir da segunda metade do século XIX, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. No século XX, esta doença se tornou uma preocupação pública, pois epidemias foram manifestadas em vários municípios brasileiros. Devido a medidas adotadas pelo Governo Getúlio Vargas, principalmente relacionadas com o combate químico do mosquito, a dengue foi erradicada do Brasil na década de 1940 (SILVA; MARIANO; SCOPEL, 2008).
A dengue foi reintroduzida no Brasil em 1982, transformando-se novamente em uma epidemia. Desde então, o país não conseguiu erradicar completamente o mosquito vetor e a doença. Os métodos tradicionais que funcionaram da década de 40, não foram mais suficientes para controlar o mosquito, que se adaptaram bem condições urbanas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Como a pesquisa é sobre a Dengue no município de Miranda é uma população, segundo IBGE 2019, com 28.013 habitantes, considerada como portal do Pantanal, é uma das cidades mais antigas do Estado. Em 25 de junho de 2020, a Secretaria de Saúde do município, começou a intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, na utilização do carro fumasse cedido pela secretaria de saúde, para a pulverização do município. Na medida em que a pandemia foi se intensificando, muitos se esqueceram aos cuidados com o descarte de resíduos, o que logrou em novos de criadouros do mosquito.
O método utilizado para a realização desse projeto de combate a dengue, se deu através de pesquisas, levantamento, leitura e análise de referencias bibliográficas relacionadas ao tema.
A dengue se caracterizada como uma doença febril aguda, evoluindo na maioria dos casos para cura, porém são evidenciados casos graves, culminando no óbito. Está subdividida em sorotipos denominados DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4. O vírus é transmitido pela picada de mosquitos da espécie Aedes que também são responsáveis pela transmissão da Chikungunya, febre amarela e Zika (Ministério da Saúde, 2018).
No ano de 2002, foi criado o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), cujas diretrizes se baseavam no desenvolvimento de campanhas publicitárias para disseminação de informações e mobilização civil; fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica para detecção de surtos precoces; ações de saneamento básico; integração das ações de controle da doença associadas com os Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programas de Saúde da Família (PSF); utilização de instrumentos legais que permitem a entrada em propriedades particulares abandonadas para a eliminação de criadouros; destinação adequada de resíduos sólidos; utilização de meios seguros para armazenamento de água e acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas (BRASIL, 2002). 
Pessanha et al. (2009) realizaram um estudo cujo objetivo foi avaliar o PNCD, quanto ao cumprimento de suas metas. Os autores revelaram que no período de 2003-2006, as mesmas não foram cumpridas em quantidade significativa dos municípios considerados prioritários pelo programa. “A redução em 50% no número de casos de 2003 em relação a 2002 e nos anos seguintes (25% a cada ano) não foi alcançada em 143 de 292 (49%)” (PESSANHA et al., 2009, p.1638). Logo, apontasse indícios que o PNCD não foi eficaz para controlar os casos de dengue no Brasil. 
Em 2015, o Aedes aegypti ganhou ainda mais evidência, pois uma das doenças transmitidas pelo mosquito, o Zika vírus, foi associado ao aumento dos casos de microcefalia no país. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). Devido aos graves problemas que a Zika pode ocasionar, o combate ao mosquito Aedes aegypti foi reforçado por meio do Programa Nacional de Enfrentamento ao Aedes e a Microcefalia (PNEAM), criado pelo governo federal em 2015.
Esse programa tem como proposta a intensificação de campanhas; inspeção de todos os domicílios e instalações públicas e privadas urbanas; e realização de visitas domiciliares de controle do mosquito bimestralmente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016b).
Os primeiros sintomas aparecem de quatro a 10 dias depois da picada do mosquito infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave caracterizado por febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações. Na fase crítica da dengue (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas), podem surgir manifestações clínicas (sinaisde alarme) correspondentes a uma complicação da doença potencialmente letal chamada dengue grave (conhecida anteriormente como dengue hemorrágica), que aparecem devido ao aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode levar ao choque irreversível e à morte. Tornando a uma doença viral que, na maior parte dos casos, se manifesta de forma benigna. Entre cinco e sete dias depois, a temperatura volta ao normal e os incômodos vão desaparecendo, mas o cansaço pode persistir.
Estudos apontam não existe tratamento específico para dengue. Os cuidados terapêuticos consistem em tratar os sintomas, combater a febre e, nos casos graves realizar hidratação por via ultranervosa. O atendimento rápido para a identificação dos sinais de alarme e o tratamento oportuno pode reduzir o número de óbitos, chegando a menos de 1% dos casos. 
Atualmente, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos, eliminando os criadouros de forma coletiva com participação comunitária, e o estímulo à estruturação de políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas. 
No ano de 2017 houve 302 internações por dengue registradas no Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIHSUS. Sendo 130 do sexo feminino e 172 do sexo masculino. Ao longo do tempo, vemos uma grande diferença no Estado de Mato Grosso do Sul. Foram registradas 11 mortes confirmadas; 2.829 casos nos 43 primeiros dias do ano (2020), em média de 65,7 por dia. Em Campo Grande foram confirmados 658 casos da doença, seguido por Três Lagoas, com 269 casos, e Sonora, com 173. Em Corumbá, onde há registro de mortes, foram 116 casos até hoje.
De acordo com a SES entre 2017 e 2020, as notificações por dengue chegaram a 12.182 no Estado do MS. As faixas etárias mais atingidas são as de 20 a 34 anos e de 35 aos 49 anos.
No município de Miranda houve dois casos de dengue que foram encaminhados para os hospitais em Campo Grande que se resultou em óbito, há registros públicos de todos os casos de dengue no município, no que dificulta ações de combate e prevenção.
Ha 201 km de Campo Grande no estado de Mato Grosso do Sul, o município de Miranda abrange diversas comunidades indígenas, Aldeia Cachoeirinha, Passarinho, Moreira, Lalima, Lagoinha, Mãe Terra entre outros setores rurais como assentamentos Tupã Bae e Bandeirantes e fazendas ao seu redor. Para obter sucesso no combate à dengue é preciso que haja uma mobilização e participação de todos da comunidade e não só do poder público.
O projeto elaborado e apresentado para a equipe local de saúde (principal recurso humano para realização do projeto), sendo que no município existe uma equipe local para cada região entre bairros, grupos divididos por seções nos bairros.
Considerada um grave problema de saúde pública, e os números sempre crescentes dos casos de dengue, sua eliminação torna-se um desafio cada vez maior, diante desse fato tão preocupante, ocorreu à necessidade de elaborar projetos na prevenção e combate à doença.
Sendo assim, utilizamos metodologias de análises da situação local de saúde, planejamento local e trabalho em equipes, com participações efetivas da comunidade com apoio da equipe local de saúde. Essa será a principal estratégia para controle das ocorrências, incentivo e mudanças de comportamentos dos moradores do bairro.
 O que sabemos sobre a Dengue 
Trata-se de uma doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti que se desenvolve na água ou em lugares úmidos e em áreas tropicais e subtropicais (TEIXEIRA et al, 2012). Segundo Varella (2015), a manifestação da doença pode ser classificada em:
Dengue clássica: Nos adultos, a primeira manifestação é a febre alta (39º a 40º), de início repentino, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e coceira. Em um período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas. Nas crianças, o sintoma inicial também é a febre alta acompanhada de apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia. A vermelhidão no corpo pode estar presente ou não. 
Dengue hemorrágica: As manifestações iniciais da dengue hemorrágica são as mesmas da forma clássica. Entretanto, depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecem sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival, vaginal, rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas), além de outros. Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias. 
Síndrome do choque associado a dengue: O potencial de risco é evidenciado por uma das seguintes complicações: alterações neurológicas (delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia), sintomas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva, derrame pleural. As manifestações neurológicas, geralmente, surgem no final do período febril ou na convalescença.
Infecção Inaparente: A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
Uma importante ferramenta para que a vigilância epidemiológica aconteça, é a informação em saúde por constituir fator desencadeador do processo “informação decisão-ação”. Tríade que sintetiza a dinâmica de suas atividades que, como se sabe, devem ser iniciadas a partir da informação de um indício ou suspeita de caso de alguma doença ou agravo (BRASIL, 2005). Assim, são fundamentais para garantir a qualidade de um Sistema de Vigilância Epidemiológica: oportunidade, atualidade, disponibilidade e cobertura. Essas características são inerentes à produção de indicadores e sua utilização pelos Sistemas de Informação em Saúde (SIS), além da sensibilidade para captar o mais precocemente possível as alterações que podem ocorrer no perfil de morbimortalidade de uma área, e também da organização e cobertura das atividades desenvolvidas pela vigilância epidemiológica (BRASIL, 2005).
Pacientes com dengue, ou com suspeita da doença, precisam de assistência médica. Sob nenhum pretexto, devem recorrer à automedicação, pois jamais podem usar antitérmicos que contenham ácidos acetilsalicílicos (AAS, Aspirina, Melhoral etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, Diclofenaco de Sódio, Scaflan), que interferem no processo de coagulação do sangue. Uma vacina contra os quatro tipos da dengue, desenvolvida a partir de uma cepa do vírus vivo, geneticamente modificado, está sendo testada em humanos, não há tratamento específico contra o vírus da dengue. Recomenda-se tomar muito líquido para evitar desidratação e utilizar medicamentos para baixar a febre e analgésicos. São as medidas de rotina para aliviar os sintomas; seu diagnóstico é laboratorial. (VARELLA et al, 2015)
O Ministério da Saúde (MS) publicou as Diretrizes para a Organização dos Serviços de Atenção à Saúde em Situação de Aumento de Casos ou Epidemia de Dengue. O documento tem o objetivo de auxiliar secretarias estaduais e municipais de saúde na estruturação dos serviços de saúde e impactar na redução do número de mortes por dengue. A doença é recorrente nos principais centros urbanos do país. As Diretrizes buscam evitar a ocorrência de óbitos, além de prevenir e controlar processos epidêmicos. Para alcançar esses resultados é necessário prestar a assistência adequada ao paciente, organizar ações de prevenção e controle e fortalecer a articulação das diferentes áreas e serviços, visando à integralidade das ações. Para reduzir a letalidade por dengue é necessário o reconhecimento dos casos suspeitos, além do tratamento adequado do paciente conforme protocolo clínico do MS (COSEMS/SP, et al 2011).
O desenvolvimento do vírus causador da dengue obedece a dois períodos distintos: o primeiro, denominado "período de incubação extrínseco", ocorre dentro do organismo do inseto; o segundo, chamado de “períodode incubação intrínseco”, ocorre quando o mosquito pica o homem e transmite o vírus. (BORGES, 2001, p.91 ).
É de suma importância a abordagem de aspectos epidemiológicos da dengue, pois possibilita à população o acesso à informação sobre a disseminação da doença e permite que ela reflita sobre sua condição de saúde, determinantes sociais e qualidade de vida, incentivando, assim, uma intensificação das intervenções de prevenção e controle.
Conforme dados obtidos no Plano Nacional de Saúde (PNS), disponíveis em BRASIL (2011), a epidemia de dengue no território brasileiro ocorreu com a introdução do sorotipo DEN-1 no Rio de Janeiro, com expansão para algumas capitais do Nordeste (1986 a 1993). Posteriormente, houve a introdução do sorotipo DEN-2, e o registro dos primeiros casos de febre hemorrágica deram-se no início dos anos 1990. Em seguida, houve a introdução da DEN-3 no Rio de Janeiro (2000), resultando em uma grande epidemia em 2002, com cerca de 700 mil casos e taxa de incidência de 400 casos por 100 mil habitantes. Nos anos posteriores, obteve-se uma baixa de endemicidade quando havia a circulação predominante da DEN-3. Em 2008, surgiu uma nova epidemia no país com a DEN-2. 
Em 2010, ocorreu a maior epidemia registrada da DEN-1 com taxas de incidência acima de 300 casos por 100 mil habitantes e uma taxa média para todo o país de 522,1 casos/100 mil habitantes. Em julho de 2010, surgiram os primeiros registros de DEN-4 em Roraima, e, em 2011, foram notificados casos no Amazonas, Pará, Bahia, Pernambuco, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo (BRASIL, 2011; REIS; ANDRADE; CUNHA, 2013). 
De acordo com autores BARRETO e TEIXEIRA (2011), no Brasil, de 1990 a junho de 2008, foram incluídos no Sistema de Vigilância Epidemiológica 8.885 casos de febre hemorrágica da dengue. Desse total, 995 casos (10,7%) ocorreram entre 1990 e 2000. Durante esse período e nos anos seguintes, o número de casos de dengue teve altos e baixos, demonstrando que as ações do governo, assim como a falta de ações efetivas, influenciam diretamente na quantidade de casos. 
Se comparados ao ano de 2006, os anos de 2007 e 2008 apresentaram aumento significativo de notificações. Já no ano de 2009, verificou-se uma redução. Entretanto, no ano de 2010, ocorreu um novo pico, o maior de toda a história da dengue no Brasil, com mais de um milhão de casos. Houve declínio em 2011, com 764.000 casos. O destaque foi a região Sudeste, que apresentou 478.003 notificações (BARRETO; TEIXEIRA, 2011).
Dados mais atualizados estão disponíveis no Portal da Saúde - SUS - sob o título “Casos de Dengue. Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas. 1990 a 2014”. O Portal foi consultado em 10/12/2015, e ali constava que no Brasil, nos anos de 2012, 2013 e 2014, ocorreram, respectivamente, 589.591, 1.452,489 e 589.107 casos de dengue. Cabe destacar que a região Sudeste apresentou situação mais crítica, registrando um total de 918.226.
No mês de Junho deste ano o boletim epidemiológico constatado no site oficial do Ministério da Saúde, a região Centro-Oeste apresentou a maior incidência de dengue, com 362 casos/100 mil hab., seguida das regiões: Sul (207,6 casos/100 mil hab.), Sudeste (177,7 casos/100 mil hab.), Norte (129,4 casos/100 mil hab.), e Nordeste (76,2 casos/100 mil hab.).
Sabe-se que o controle da dengue deve ser estabelecido com base nos conhecimentos científicos e técnicos disponíveis. Não sendo possível evitar casos de dengue em áreas infestadas por Aedes aegypti, nem havendo a disponibilidade de vacinas, é possível, entretanto, prevenir epidemias por meio do aprimoramento da vigilância epidemiológica, além de ser factível reduzir a letalidade da doença dos níveis atuais de 5 a 6% para cerca de 1% das formas graves (TAUIL, 2002). 
Diretrizes construídas pelo Plano Nacional de Saúde (Brasil, 2011, p.80) dentro das ações de promoção e vigilância em saúde, com intuito de redução dos riscos e agravos à saúde da população, normatiza que as tecnologias de monitoramento da infestação de Aedes aegypti, desenvolvidas no Instituto Oswaldo Cruz, devem ser transferidas para estados e municípios. Sabe-se que, até o presente momento, infelizmente não há vacina eficaz contra o vírus da dengue acessível para toda a população (TAUIL, 2002; SOUZA, 2008). 
Por intermédio de parceria entre o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e a GlaxoSmithKline (GSK), desenvolve-se uma vacina inativada para os quatro sorotipos desse vírus. O Instituto Butantan, por sua vez, está envolvido no desenvolvimento de uma vacina em parceria com o National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos (SANTOS; CHAMA e MOREL, 2012). 
Foi liberada pela ANVISA, em dezembro de 2015, a Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi Pasteur. Entretanto, ela promete eficácia de apenas 60%. São necessárias três doses, aplicadas com intervalos de seis meses e é indicada para pessoas que tenham entre nove e 45 anos. Infelizmente, por ter custo elevado, ela não atinge todas as faixas etárias e nem todas as classes sociais (BRASIL, 2016). 
 Para saber que há algumas formas de combate ao mosquito em desenvolvimento. Estuda-se e já se experimenta liberar mosquitos geneticamente modificados no ambiente das comunidades para produzir linhagens estéreis deles (SILVA, et al.; 2012; BRAGA e VALLE, 2007).
A tecnologia desenvolvida pela empresa Oxitec visa ao extermínio, ou pelos menos o controle da população de Aedes aegypti por meio do mosquito transgênico OX513A, geneticamente modificado. Os adultos machos do mosquito OX513A, quando liberados em campo, copulam com as fêmeas selvagens, e os filhotes desse cruzamento morrem antes da idade adulta. Dessa forma, o OX513A ajuda a reduzir a população das fêmeas e, consequentemente, a transmissão da doença. Com base em testes realizados na cidade de Juazeiro e em outros municípios estado de São Paulo, a empresa Oxitec declarou ter constatado a diminuição em 96% das populações de mosquitos da dengue (WENTZEL, 2015). 
Outra estratégia que visa à erradicação do vetor da dengue é a capitalização pelo país de um projeto, via Instituto Oswaldo Cruz, intitulado “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil”. Trata-se de uma iniciativa científica em andamento em cinco países. A pesquisa objetiva o controle da doença por intermédio da bactéria Wolbachia, que bloqueia a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito Aedes aegypti. Injeta-se a referida bactéria, que já existe naturalmente no meio ambiente no vetor Aedes aegypti, que, posteriormente, é solto em campo como teste. Atualmente, equipes implantam essa tecnologia nas cidades do Rio de Janeiro e em Niterói (WENTZEL, 2015; HOFFMANN et al., 2014). 
Segundo Assis; Pimenta e Schall (2013), em publicação sobre análise crítica dos materiais impressos sobre a dengue, o foco do trabalho de educação em saúde, quanto aos aspectos epidemiológicos da dengue, é de máxima importância. Ele possibilita que a população tenha acesso à informação sobre a disseminação da doença. Permitem, também, reflexões sobre condições de saúde, determinantes sociais e qualidade de vida, enquanto estimula a intensificação das intervenções de prevenção e controle. A população deve ser trabalhada no sentido de conhecer o ciclo de vida do principal vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti, e as diversas formas e técnicas de medidas preventivas para que possam auxiliar no trabalho de combate à proliferação do vetor (GUBLER, 2011; CANÇADO, 2014).
FOCO DE AÇÕES
Tendo em vista que a dengue tem se apresentado como um problema mundial de graves proporções para a saúde da população e está diretamente relacionada ao processo de desenvolvimento humano e à economia financeira do país, esta pesquisa buscou aquelas ações que foram bem sucedidas no combate à doença. Norteou-se também pelo que foi feito em outros locais atingidos pela dengue, inclusive, para motivar a intensificação dessa atuação.
A secretaria de saúde da cidade de Miranda percorre os bairros do município, na intensificada ação contra o mosquito da dengue. Com essa tomada, é formadoum grupo participante e agendado reuniões para novas parcerias, atividades, organização do cronograma e a definição das funções de cada participante; para assim organizar palestras e projetos de conscientização na comunidade no combate a dengue. 
Para realização de um projeto é necessário como recursos humanos, todos os funcionários da equipe local de saúde do município, os moradores dos bairros, funcionários da secretaria de saúde e funcionários da prefeitura.
Ações com os moradores:
· Atividades educativas.
· Visita do agente de zoonoses em todas as casas. Aplicação do larvicida nos criadouros de mosquitos.
· Mutirão de limpeza na comunidade do bairro.
· Apresentação e divulgação nas casas com o grupo formado pelo projeto. 
· Colaboração nas escolas com palestras sobre o tema Educação Ambiental.
Desse modo, Secretarias se unem pelo meio ambiente, ICMS Ecológico e combate ao mosquito da Dengue, um trabalho conjunto que tem alcançado excelentes resultados para o município. Citamos como exemplo, um trabalho conjunto desenvolvido pelas Secretarias Municipais de Saúde, Turismo e Meio Ambiente com apoio da Secretaria de Agricultura, e tem alcançado resultados surpreendentes no combate ao mosquito da dengue e preservação ao meio ambiente, ainda o aumento do repasse do ICMS Ecológico[footnoteRef:4] para o município de Miranda. [4: O ICMS Ecológico é um mecanismo de repartição de receitas tributárias pertencentes aos municípios, baseado em um conjunto de critérios ambientais, estabelecidos para determinar quanto cada município irá receber dos recursos financeiros arrecadados com o ICMS do Estado.] 
Trabalho que consiste na parceria entre as pastas, a Secretaria de Saúde através da Vigilância Sanitária e Controle de Vetores recolhem pneus velhos (figura 1), em vários pontos da cidade, armazenam esses pneus em um galpão cedido pela Secretaria Municipal de Agricultura e a Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente que contabiliza esse material e encaminha o relatório anual ao IMASUL, para dar[footnoteRef:5] continuidade do repasse do ICMS Ecológico ao município. [5: https://www.imasul.ms.gov.br/municipios-tem-ate-31-de-maio-para-protocolar-pedido-de-participacao-no-icms-ecologico/ Acesso em: 27/11/2021.] 
Para os componentes resíduos sólidos é imprescindível o acompanhamento de todos os documentos indicados na Resolução SEMADE n. 22/2015. A apresentação de requerimento e documentação poderá ser realizada presencialmente mediante agendamento junto à Central de Atendimento do Imasul ou por via postal.
Na análise referente ao ano de 2018, os 73 municípios habilitados no ICMS Ecológico receberam R$ 84 milhões. Para a análise dos dados relativos a 2019, o prazo inicial venceria em 31 de março. Com a pandemia da nova corona vírus, houve necessidade de mudança na data limite. 
No Imasul, as equipes técnicas realizaram, no mês de fevereiro, a Oficina sobre Elaboração e Revisão de Plano Municipal de Resíduos Sólidos, como ação do Plano de Capacitação para gestores e técnicos.
O Plano Municipal de Resíduos Sólidos é utilizado como avaliação qualitativa para pontuação do ICMS Ecológico, do componente resíduos sólidos. Os gestores serão orientados para a elaboração dos planos municipais assim como, na concepção de editais de contratação desses serviços, o que significa eficiência na aplicação de recursos públicos com retorno ambiental ao município.
Parceria realizada nos últimos anos entre Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS), Ministério Público Estadual (MPMS) e Imasul/Semagro para orientação dos municípios para a gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos, fez com que mais municípios se habilitassem.
Isso contribui para que as prefeituras entendam que a gestão adequada de seus resíduos sólidos pode se tornar recurso que beneficiará seus municípios. O ICMS Ecológico é dividido entre os municípios que tenham parte de seu território integrando terras indígenas homologadas, unidade de conservação da natureza devidamente inscrita no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação e, ainda, aos que possuam Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, Sistema de Coleta Seletiva e Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos, devendo esta última ser devidamente licenciada. 
O ICMS Ecológico foi criado pela Lei Complementar número 57 de 4 de janeiro de 1991 e se constitui num mecanismo de repartição de parte das receitas tributárias do ICMS pertencentes aos municípios, baseado em um conjunto de critérios ambientais estabelecidos para determinar quanto cada um irá receber.
Nessa perspectiva, segundo informações, o combate ao mosquito Aedes Aegypti transmissor de doenças como a Dengue, Zica e a Febre Chikungunya, colocando o município de Miranda numa situação confortável se comparada a outros municípios do estado onde essas doenças têm um alto índice de proliferação. Miranda está entre as cidades que menos caso destas doenças foi registrado nos anos de 2018 até junho de 2019.
Lembramos que MS registra mais de mil casos de dengue em uma semana, conforme aponta boletim, números de notificações da doença chegaram a 65.608 em todo o Estado, é o segundo maior registro dos últimos oito anos. O número de casos confirmados de dengue em Mato Grosso do Sul chegou a 39.745 ao longo do ano de 2013. (Secretaria de Estado de Saúde).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quatro bilhões de pessoas estejam vivendo em áreas com riscos de infecção pela doença. Anualmente, 390 milhões de casos são registrados no mundo, dos quais 96 milhões se manifestam clinicamente. A dengue afeta 128 países e é considerada uma doença negligenciada pela OMS.
Na região das Américas, a doença tem se disseminado com surtos cíclicos ocorrendo a cada 3/5 anos. No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986 registrando o maior surto da doença em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados.
CAMINHOS A PERCORRER
Em relação ao criar um projeto no combate à Dengue no município, no ano de 2017, na data de 17 de novembro o site: www.ms.gov.br, trouxe uma matéria sobre um projeto voltado em uma das aldeias do município. 
Dando início às ações do projeto "A Saúde Mais Perto de Você Indígena", no município de Miranda, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul realizou em 17 de novembro de 2017, uma mobilização de combate ao mosquito Aedes aegypti na aldeia Cachoeirinha. Os trabalhos contaram com a participação de agentes de saúde, agentes de endemias e militares do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Militar Ambiental. Durante a manhã, as equipes visitaram residências, comércios, além de vistoriar terrenos abandonados e fazendo a limpeza do local para evitar acúmulos de resíduos.
Figura 1 – Combatendo a Dengue
Fonte: Foto tira da pela Secretária de saúde, 2018.
O objetivo da ação foi conscientizar a população indígena sobre os cuidados para se evitar focos do mosquito e locais que possibilitam a proliferação do Aedes aegypti. O secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, acompanhou a ação das equipes em campo, junto com a prefeita Marlene Bossay e do secretário Municipal de Saúde Wilson Braga. Para o secretário de Saúde do Estado, a ação de enfrentamento ao Aedes conseguirá maiores resultados com a participação de vários parceiros e da conscientização da sociedade sobre os cuidados básicos para evitar focos do mosquito. Na fala do Secretário Estadual de Saúde:
Hoje estamos começando uma ação que é importante para a população indígena e também os convocando para nos auxiliar nesta mobilização. A conscientização é essencial para se evitar os focos do mosquito causador de doenças como a dengue, Zika e febre Chikungunya. Por isso estamos visitando as residências com o objetivo de levar esta orientação, além de designar equipes para fazer a vistoria e limpeza dos locais onde há a suspeita de focos (TAVARES, 2017). 
Equipes da Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros fizeram a limpeza do Lago Cachoeirinha, localizado na entrada da aldeia. Os militares retiraram o acumulo de resíduos orgânicosque serviam de depósitos para larvas dos mosquitos. O coordenador Estadual de Vetores, Mauro Lúcio Rosa, disse que “Miranda é um município que apresenta bons resultados nos trabalhos de combate ao Aedes. Agora estamos reforçando estas orientações para a aldeia Cachoeirinha, para que não diminuam os cuidados básicos que ajudam a prevenir contra a proliferação do Aedes Aegypti”.
O projeto tem uma estrutura em saúde, oferecendo atendimentos para a população indígena como: cirurgias eletivas (especialidades em vesícula, hérnia e laqueadura), prevenção e tratamento de saúde bucal, mamografias, eletroencefalograma, ultrassom, audiometria, atendimentos ambulatoriais (Oftalmologia, Cardiologia, Ortopedia, Urologia e Nefrologia), além de emissão de documentos, ação de combate ao Aedes aegypti, orientações de prevenção a acidentes de trânsito e práticas esportivas. A expectativa é de que cerca de três mil pessoas sejam atendidas durante a ação. Afirmações de Jeferson Gonçalves da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Esse projeto é de grande importância para a área indígena, pois tem a visibilidade de abranger outras necessidades das comunidades.
Para o corrente ano, o governo do estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), realizou a ação “A Saúde Mais Perto de Você Indígena.” O governador Reinaldo Azambuja esteve em Miranda onde fez a entrega da reforma da escola estadual Caetano Pinto e participou do encerramento das ações do programa “A Saúde Mais Perto de Você Indígena” na aldeia Cachoeirinha. A expectativa é que cerca de três mil índios das aldeias Cachoeirinha, Lalima, Moreira, Passarinho, Lagoinha, Babaçu, Morrinho, Argola e Mãe Terra foram atendidas pelo programa.
As ações na área da saúde nas aldeias indígenas de Miranda tiveram início com efetivação de grande ação de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Chikungunya e Zika. A comunidade das aldeias foi atendida com a realização de cirurgias eletivas como vesícula, hérnia e laqueadura, prevenção à saúde bucal, mamografias, oftalmologia, cardiologia, ortopedia, urologia e nefrologia.
A professora Terena Josiane Canale, que trabalha na escola da aldeia Cachoeirinha, relata e se emociona ao falar da importância do programa. “O acesso à saúde para nós é muito difícil, quando a gente precisa de um encaminhamento para fazer lá fora, tipo uma ultrassonografia, ou até um exame de sangue, tem que entrar na fila. E esse projeto está sendo muito importante pra nós, porque aqui está sendo realizados muitos tipos de exame. Hoje o sentimento é de felicidade por termos recebido esse programa”, comentou a professora.
O projeto "A Saúde Mais Perto de Você Indígena" é uma parceria entre Governo do Estado, Prefeitura de Miranda, Distrito Sanitário Especial Indígena (DSI/MS) e Fundação Nacional do Índio (FUNAI-MS). O objetivo é levar até as principais aldeias de Mato Grosso do Sul resolubilidade em sua totalidade para as necessidades em saúde da população indígena, como prevenção, diagnóstico e tratamento.
NA ESCOLA
É interessante criar um projeto voltado à escola, aos alunos da rede municipal de ensino, envolvendo assim a sociedade, objetivando refletir sobre as necessidades das medidas preventivas contra a proliferação do mosquito da dengue para o bem estar social, valorizando a saúde e os meios da proliferação da mesma. 
O direcionamento de projeto visa identificar o mosquito transmissor do Aedes Aegypti; sensibilizar a população sobre a contribuição de cada um na prevenção da dengue e no fortalecimento e ampliação da coleta seletiva do lixo, eliminar possíveis criadouros e fornecendo informações sobre a dengue, febre Chikungunya e zica vírus a toda comunidade.
Na escola, o desenvolvimento do projeto de dará a partir de atividades interdisciplinares, onde os professores se mobilizarão através de conteúdos que tem como foco o combate ao mosquito da dengue tanto no ambiente escolar como fora dele.
A execução do projeto combatendo a dengue, proporcionará conhecimentos que contribuam para a sensibilização dos alunos e a comunidade na qual estão inseridos, sobre como deve ser feito o combate contra a proliferação do mosquito evitando assim as doenças transmitidas pelo mesmo.
Foram encontrados diversos artigos sobre o mosquito da dengue, que em muito auxiliam na criação de grupos e organização para projetos voltados ao combate à dengue. Textos que poderão contribuir na elaboração de materiais para estudos, facilitando o acesso a informações e ao mesmo tempo trabalhando a conscientização e prevenção no combate à dengue, nas escolas, aldeias e na sociedade como um todo em Miranda, MS.
Considerações Finais 
O estudo revelou que a Dengue é um problema sério na saúde pública do país, do estado e município. É fundamental a ação de projetos, compartilhados entre setor público e sociedade, no combate à doença, prevenindo, controlando de modo que todos os envolvidos, na disseminação de conhecimentos, na contribuição de mudanças nos hábitos e comportamento da sociedade. 
É importante destacar a necessidade de mais estudos, sempre atualizados sobre o programa de controle e prevenção da doença transmitida pelo mosquito, vale ressaltar, que não basta apenas buscar informações em períodos de maior infecção. O controle de medidas acredita-se devem ser constantes, que deverão ser intensificadas. É preciso que a população se atente, se precaver e colocar em prática os cuidados necessários no combate ao mosquito.
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