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Proteínas de fase aguda INTRODUÇÃO São importantes para o diagnóstico clínico e para o monitoramento de doenças e diversas condições clínicas. Através da dosagem é possível identificar infecções, doenças autoimunes e acompanhar processos inflamatórios. FUNÇÕES • Contribuir para a defesa do organismo neutralizando agentes inflamatórios, minimizando o dano tecidual; • Participam no reparo e regeneração tecidual; • Induzem um rápido aumento na concentração plasmática de muitos componentes do sistema complemento; • Estimulam a quimiotaxia de neutrófilos, macrófagos e proteínas plasmáticas para o local da lesão; • Participam da morte de agente infecciosos, formação de debris celulares e reparo de tecidos lesionados. CLASSIFICAÇÃO TIPO DE RESPOSTA QUANTITATIVA DIANTE DE UM ESTÍMULO Proteínas de fase aguda negativas: são aquelas as quais os níveis diminuem quando se produz a resposta de fase aguda. Dentro deste grupo estão: albumina, pré-albumina e transferrina. Proteínas de fase aguda positivas: são aquelas as quais os níveis aumentam com a resposta de fase aguda. Dentro deste critério existem diferenças entre os tipos de proteínas, como: - Aquelas cujos níveis aumentam em 50%. - Aquelas que apresentam aumentos de 2 a 3 vezes sua concentração normal. - Aquelas que apresentam aumentos rápidos de até 1000 vezes sua concentração normal. FUNÇÕES BIOLÓGICAS a. Proteínas de Fase aguda que interferem na defesa do hospedeiro. Neste grupo estão as proteínas que intervém na adaptação ou defesa do organismo frente ao patógeno como: - Proteína C reactiva (PCR) - Proteína amilóide A sérica (SAA) - Componentes do complemento - Fibrinogênio b. Proteínas inibidoras das proteases séricas. Estas proteínas tem um papel muito importante, limitando a atividade das enzimas liberadas pelas células fagocíticas protegendo a integridade dos tecidos do hospedeiro. Dentro deste grupo estão: - α1-antitripsina - α1-antiquimiotripsina c. Proteínas transportadoras com atividade antioxidante. Este grupo de proteínas tem uma importante função protegendo os tecidos do hospedeiro dos metabolitos do oxigênio que são liberados pelas células fagocíticas durante a inflamação. Neste grupo estão: - Ceruloplasmina - Haptoglobina - Hemopexina RESPOSTA DE FASE AGUDA A concentração sanguínea das PFAs (liberadas pelos hepatócitos) é modulada por citocinas pró-inflamatórias como interleucina-1 (IL-1), IL-6 (maior mediador da secreção hepática da maioria das PFAs) e fator de necrose tumoral (TNF). A IL-6, por sua vez diminui a síntese hepática de albumina, além causar a supressão da produção dessas citocinas pelos macrófagos. Assim, a elevação dos níveis plasmáticos das PFAs é utilizada no diagnóstico e monitoramento de processos. Desencadeamento da resposta de fase aguda PROTEÍNA C REATIVA São proteínas produzidas pelo fígado nos hepatócitos no início do processo inflamatório. Está presente em pequenas quantidades no sangue de pessoas saudáveis. A proteína C reativa (PCR) é o marcador com maior sensibilidade a processos agudos, justamente por ser a menos afetada por interferências. • É utilizada na rotina clínica; • Um exame simples e rápido; • Precisa ser dosada e quantificada; • Consegue ativar a via clássica do complemento; AÇÃO Em episódios de inflamação ou infecção aguda, sua concentração pode aumentar até mil vezes. UTILIZAÇÃO • É usada, principalmente, para medir o risco cardiovascular. Níveis elevados dessa proteína no sangue estão associados a ataques cardíacos e derrames; • Processos agudos infecciosos e inflamatórios; • Lesões teciduais ou necroses por qualquer etiologia, inclusive tumorais. PCR AUMENTADA • Proteína de fase aguda; • Altera-se significativamente e rapidamente frente a um estímulo inflamatório inespecífico (6-8 horas); • Níveis séricos caem paralelamente frente a resolução do processo inflamatório (4 dias); • Valores de PCR persistentemente elevados indicam que o processo está continuando e provavelmente possui causa infecciosa AMILÓIDE SÉRICA A • Quimiotaxia tecidual • Liga-se a LPS e facilita a fagocitose por macrófagos LIGADORES DE MANOSE • Deficiência de MBL associada a infecções por patógenos extracelulares; • É capaz de ativar o sistema complemento; HAPTOGLOBINA • Se liga a hemoglobina livre no plasma impedindo a excreção renal e os efeitos oxidativos do Ferro; • Diminui na anemia hemolítica; • Marcador de fase aguda fraco (em inflamação não é muito utilizado) e tardio; • Valor de referência:40 a 280 mg/dL. FIBRINOGÊNIO • Valores de referência: 200 a 400 mg/dL; • Em caso de lesão tecidual, o fibrinogênio também é capaz de se ligar a receptores e estimular a transcrição de fatores NF-Kβ; D-DÍMERO • São fragmentos de um polímero de fibrina; • Objetivo de descartar a possibilidade de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar; • Avaliar o funcionamento da cascata de coagulação; • Valores de referência: 0,5 µg/mL ou 500 ng/mL. Quando pode ser utilizado: • Coagulação intravascular disseminada; • Após grandes cirurgias; • Grandes traumas; • Durante a gravidez; • Doenças cardíacas, renais ou hepáticas; • Inflamações; • Uso de anticoagulantes; • Alguns tipos de câncer; • COVID-19.
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