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CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO - CLÍNICA CIRÚRGICA

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1 
 
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO 
CLÍNICA CIRÚRGICA 
Emanuel Antonio Lopes Domingos 
 
FASES DO PÓS-OPERATÓRIO 
O pós-operatório é dividido em 3 fases: 
- Imediata ou pós-anestésica: da saída da sala de cirurgia até algumas 
horas. O paciente tem uma monitorização mais próxima. 
- Intermediária: Durante a internação hospitalar. 
- Convalescência: da alta hospitalar até recuperação total. 
Com relação aos cuidados durante a internação, deve-se dar um enfoque nas 
fases imediata e intermediária, que é o período em que o organismo retorna 
à homeostase. Deve-se priorizar o tratamento da dor, reposição de 
líquidos e eletrólitos, prevenção de complicações e reconhecimento 
precoce de complicações. 
As principais causas de complicações são de origem pulmonar, 
cardiovascular e distúrbios HE e AB. O paciente deve ser observado na 
sala de recuperação anestésica ou na UTI. 
 
CUIDADOS NA FASE IMEDIATA: 
Após sair do centro cirúrgico, o paciente será redirecionado para a sala de 
recuperação anestésica, onde serão monitorados os aspectos 
cardiovasculares, respiratórios e do SNC. Se o paciente estiver estável, sem 
sinais de complicação, o mesmo será liberado. 
Se após 2 horas, o paciente não conseguiu atingir sinais de estabilidade, o 
mesmo será encaminhado para UTI. 
 
Cuidados na UTI: 
Nesse local, a monitorização é bem mais intensa. Avalia-se: 
- Sinais vitais: FC, FR, PA, Temperatura, Oxigenação; 
- Hemodinâmica: PVC, PAM, DC; 
2 
 
- Balanço hídrico: diurese, perda de fluidos corporais, perdas 
insensíveis, reposição de fluidos; 
- Especiais: PIC, PIA, Pulsos Arteriais, Pressões de Vias áereas; 
- Cuidados com a ventilação e oxigenação: ventilação mecânica, 
suplemento de oxigênio, permeabilidade das vias aéreas. 
- Posição no leito: cabeceira elevada, mudança de decúbito (prevenção 
úlceras de pressão), contenção (as vezes é necessário o uso de 
medicações para a contenção do paciente); 
- Dieta: função gastrointestinal, nível de consciência, cirurgia 
realizada. 
- Tubos e drenos: drenagem: tipo e volume, função do dreno, curativo 
e cuidados. 
 
Medicações no pós-operatório: 
- Antibióticos: 
- Analgésicos, sedativos e antitérmicos: 
- Protetores de mucosa gástrica (no período em que o paciente estiver 
sem alimentação) 
- Prevenção de trombose venosa profunda: (principalmente em 
pacientes acamadas e em cirurgias de risco moderado a grave), 
heparina de baixo peso ou não fracionada. 
- Medicações de uso regular: se for contraindicado durante a cirurgia, 
retirar esses medicamentos e retornar após o pós-operatório. 
 
Exames laboratoriais e de imagem: 
- Hemograma e coagulação: 
- Eletrólitos: é importante analisar em pacientes intubados a 
gasometria para ver o equilíbrio ácido básico. Analisar lactato em 
pacientes com sepse. 
- Função renal e hepática: 
- Raio X e demais exames de imagem: 
3 
 
 
REPOSIÇÃO DE FLUIDOS E ELETRÓLITOS 
Perdas: é importante ter em mente a origem do sítio da perda, além do tipo 
de perda (exsutado, transudato), a concentração de eletrólitos e de proteínas. 
Com base nessas informações é que se elabora um plano de reposição de 
eletrólitos e proteínas. 
Os exames laboratoriais devem ser feitos para a dosagem de eletrólitos, 
proteínas e osmolaridade (O que mais influencia: Na+, glicose e ácido úrico 
ou ureia). Pacientes com insuficiência renal e ureia elevada, diabéticos com 
hiperglicemia, pacientes com hipernatremia vão ter aumento da 
osmolaridade. 
 
REPOSIÇÃO VOLÊMICA: 
Cristaloides: 
- Solução salina isotônica (SSI): pode ter sódio demais e deve-se tomar 
cuidado com acidose. 
- Solução de Ringer Lactato (RL): concentrações de cloro e sódio mais 
baixa, e tem potássio também. 
- Solução de Ringer; 
- Solução salina hipertônica: quando há perda de sódio muito grande. 
- Soluções balanceadas; 
 
 
Coloides: 
- Dextran; 
4 
 
- Gelatina; 
- Amido; 
- Albumina. 
 
 
 
 
Por que as soluções acima geralmente apresentam um pH mais baixo que 
o sangue? 
5 
 
O nosso organismo está muito mais acostumado a um metabolismo mais 
ácido. 
 
REPOSIÇÃO DE ELETRÓLITOS: 
O sódio e o potássio são os eletrólitos mais importantes para reposição. 
 
Sódio: Calcular o déficit, repor 10 a 12 mEq/L, em 24h. O sódio fica mais 
no intravascular do que no intracelular. Portanto, os valores plasmáticos são 
relativamente mais altos. 
Para termos práticos, considera-se que os adultos possuem 50% do peso 
corporal de água. 
Exemplo: Suponha que um paciente de 70 kg (35 L de água) esteja 
com o sódio em 130 mEq/L e deseja atingir 135 mEq/L. Então 
devemos fazer 5 (135-130) x 35 (litros de água corporal) = 175 mEq/L 
nas próximas 24 h de reposição. 
Em algumas situações pode haver excesso de sódio (acima de 140 
mEq/L), ao invés de falta. Nesses casos, o que deve ser feito é diluir o 
sangue, com uma solução que não tenha sódio, de preferência. 
 
Figura 1. TWB = Total Water Body; A fórmula é a subtração do volume corporal pela multiplicação do volume 
corporal com o Na médio do sangue/Na encontrado. O valor encontrado é o volume hídrico que deve ser 
reposto. 
 
 
Potássio: Estimar o déficit, repor 20 mEq por hora. O potássio está mais 
presente no meio intracelular do que extracelular. Portanto, os valores 
plasmáticos são relativamente mais baixos. 
O potássio é um íon que fica predominantemente no meio intracelular, 
portanto é mais difícil de mensurar se ele está baixo ou alto. Portanto, para 
repor deve-se utilizar uma ampola (que vem com um pouco mais de 20 mEq) 
6 
 
em um litro de soro e deixar infundir no paciente por uma hora (ou 5 
ampolas, 5 horas). Vai fazendo isso e medindo os níveis de potássio sérico. 
Quando atingir o valor esperado, esse processo é interrompido. 
Obs; se um paciente estiver com hipocalemia e sintomático, como fraqueza, 
dificuldade de respirar e para movimentar os membros. Pode-se fazer 40, 
60... mEq para tirar o paciente dos sintomas. 
 
Demais eletrólitos: por demanda. 
 
REPOSIÇÃO DE HEMODERIVADOS: 
 
 
CUIDADOS NA FASE INTERMEDIÁRIA: 
Deve-se atentar para cuidados com: a ferida, os drenos, sistemas urinários, 
digestivo, respiratório e Nervoso central. 
 
QUESTÕES: 
7 
 
 
a) Qual o provável diagnóstico? Hipercalemia. 
b) Qual o tratamento imediato para o caso? Inicialmente, deve-se 
colher exames para verificar os níveis séricos de potássio para 
confirmar a hipótese diagnóstica. O tratamento consiste basicamente 
em proteger o coração do paciente: com carbonato de cálcio, 
bicarbonato, insulina mais glicose. 
 
8 
 
 
Figura 2. VR de K: 3,5 - 4. 
a) Reposição parcial e contínua. 
b) Continuar com a reposição até os níveis de potássio se normalizarem. 
Isso pode acontecer em casos em que o potássio intracelular está 
baixo, então as células irão colocar para dentro os íons que estão nos 
vasos. 
 
 
 
9 
 
O paciente em questão apresenta cerca de 22 mEq/L de sódio a mais na 
corrente sanguínea. É um valor muito alto que não pode ser corrigido de uma 
vez só. Nas primeiras 24h deve-se abaixar 12 mEq/L. E nas próximas 24h, 
abaixar os 12 mEq/L restantes. 
 
 
Repor os 11 mEq/L nas primeiras 24h.

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