Citologia vaginal e citologia de nódulos

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Citologia vaginal e 
Citologia de nódulos
Letícia Santos Goes
Citologia vaginal
● Durante o ciclo estral, as células epiteliais vaginais sofrem 
alterações. 
● Através da citologia vaginal é possível avaliar a morfologia 
dessas células e, assim, identificar em qual fase do ciclo estral o 
animal se encontra. 
● Essa técnica é mais precisa quando feita de forma seriada.
Proestro
Duração: em média 9 dias.
Desenvolvimento folicular com aumento da concentração de estrógeno, 
sintetizado pelas células da granulosa dos folículos, e que ocasiona a 
proliferação do epitélio vaginal
Observa-se aumento gradativo de edema vulvar e de corrimento 
serossanguinolento.
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Estro02
Duração: de 9 a 10 dias, em média.
Concentração de estrógeno abaixa e progesterona aumenta. É nessa fase que 
ocorre a ovulação, cerca de 24 a 48h após o pico do hormônio LH.
Observa-se vulva edemaciada e corrimento vulvar menos abundante e mais 
claro.
Fase de aceitação da monta pela fêmea.
Ciclo estral em cadelas e gatas
As cadela apresenta a particularidade de liberar 
inicialmente oócitos imaturos, portanto ainda não 
fecundáveis. Esses oócitos precisam permanecer na 
tuba uterina por mais cerca de 48 horas para 
atingirem o estágio de maturação.
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Diestro
Duração: 75 dias (não gestacional) e 65 dias (gestacional).
Fase em que há o corpo lúteo ativo, com secreção intensa de 
progesterona.
O término do diestro é determinado pelo declínio da 
progesterona.
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Anestro04
Ciclo estral em cadelas
Fase de maior duração.
Inicia com a regressão do corpo lúteo e termina com a próxima fase 
folicular. 
Nessa fase os níveis de estrógeno e progesterona encontram-se com 
valores basais.
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Importância de identificar a fase do ciclo 
estral:
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02Reprodução
Melhora dos indices 
reprodutivos, pela 
inseminação ou monta 
no momento correto 
(estro).
Castração
Idealmente não castramos as 
fêmeas no período de proestro 
e estro, pois há maior risco de 
hemorragia durante a cirurgia. 
Além disso, se a castração 
ocorrer no diestro o animal 
pode desenvolver pseudociese, 
devido aos niveis altos de 
progesterona.
Técnica de citologia 
vaginal
1. Limpeza da região da vulva
2. Introdução do swab 
inicialmente em ângulo de 45º, 
depois 180º para obter material 
da região mais cranial da 
vagina
3. Fixação do material em lâmina 
por rolagem
4. Coração da lâmina pelo método 
do Panótico rápido
5. Avaliação em microscópio
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A, célula basal pequena e basofílica. B, células parabasais. C, uma célula 
parabasal, mais basofílica e três células intermediárias. D, célula 
superficial ou cornificada. 
Fonte: Solano-Galego, L.; Masserdotti, C. (2016).
Proestro
Início: presença de células parabasais, 
intermediárias, neutrófilos, hemácias e 
bactérias. 
Lâmina com aspecto microscópico “sujo”, 
devido a produção de grande quantidade de 
secreções cervicais e vaginais que se coram ao 
fundo do esfregaço.
Final: presença de neutrófilos, presença 
variável de hemácias, células parabasais e 
intermediárias vão diminuindo, enquanto a 
porcentagem de células superficiais vai 
gradativamente aumentando.
Estro
Predominio de células superficiais nucleadas e células escamas anucleadas.
Diestro
As células superficiais diminuem e passam a predominar as células 
parabasais e intermediárias. As células intermediárias normalmente 
mostram-se agrupadas e os neutrófilos reaparecem.
Anestro
Predomínio das células parabasais e as intermediárias em pequena 
quantidade. Pode-se visualizar bactérias da flora bacteriana normal e 
neutrófilos, hemácias estão geralmente ausentes. O número de células por 
lâmina é pequeno e elas se encontram bem espaçadas 
Citologia de nódulos
● A citologia de nódulos trata-se de um exame de triagem para 
aquelas animais que chegam apresentando aumento do tecido 
mamário, que não estejam relacionados com pseudociese, lactação 
ou mastite.
● Tumores benignos e malignos, além dos diferentes tipos específicos 
de tumores, possuem diferentes prognósticos e tratamentos.
● Procedimento rápido, barato e seguro. Induz injúria tecidual mínima, 
não havendo necessidade de se proceder à anestesia do animal, e 
permite a obtenção de resultados confiáveis na maioria dos casos.
Técnica:
1. Delimitar e fixar a área a ser 
puncionada manualmente e fazer 
antissepsia;
2. Puncionar a área delimitada, com 
uma agulha hipodérmica de 25x7 ou 
30x7, redirecionada dentro da massa 
em diversos ângulos;
3. Uma vez a agulha removida da 
lesão, ela é agora acoplada a uma 
seringa cheia de ar, e o material 
dentro da agulha é gentilmente 
expelido na lâmina de vidro;
4. Com uma segunda lâmina, 
realiza-se o squash e cora-se.
Referências
● BAPTAGLIN, M.; GOMES, P.; HERZOG, R. O.; REGHELIN, J. P.; ZIMPEL, A.V., BORGES, KRUEL, L. F. Determinação do 
ciclo estral por citologia vaginal – relato de caso, 2014. 
● HATAKA, A. Citologia aspirativa com agulha fina e histopatologia: valor e significado para o diagnóstico e 
prognóstico do câncer de mama em cadelas. 2004. 90 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual 
Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária de Botucatu, 2004. Disponível em: 
<http://hdl.handle.net/11449/101318>.
● OLIVEIRA , G. P. .; SOUZA , H. F. F. de; BATISTA, D. P. .; SILVA, A. .; SILVA, W. C. da .; SILVA, L. K. X. Use of vaginal 
cytology in the detection of the estral cycle phase of bitches and its relation with age and body condition 
score, Belém, Pará.
● SENGER, A. R. Ciclo estral canino - Revisão de Literatura. Universidade Federal Rural do Semi-Árido, 
Curtiba, 2012.
● SILVA, L. D. M.; LIMA, D. B. C. Aspectos da fisiologia reprodutiva da cadela. Anais do IX Congresso Norte e 
Nordeste de Reprodução Animal (CONERA 2018); Belém, PA, 10 a 12 de setembro de 2018. 
● Solano-Galego, L., Masserdotti, C. (2016). Reproductive System. Em R. E. Raskin, D. J. Meyer. Elsevier, 
Canine and Feline Cytology: A color atlas and interpretation guide (pp. 233- 263). Missouri, UEA.
● ZUCCARI, Debora Aparecida Pires de Campos; SANTANA, Aureo Evangelista; ROCHA, Noeme Souza (2001). 
Correlação entre a citologia aspirativa por agulha fina e a histologia no diagnóstico de tumores 
mamários de cadelas. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 38(1), 38–41.
https://www.google.com/url?q=http://hdl.handle.net/11449/101318&sa=D&source=editors&ust=1641344107036409&usg=AOvVaw0gUP2iLBWivcjL6Pu7MtYg
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