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Medicina Veterinária Planos Anestésicos Ao colocar um animal em plano anestésico geral (inconsciência, amnésia, relaxamento muscular e ausência de reflexos protetores) você se certifica de que o animal não vai fugir ou atrapalhar o procedimento cirúrgico, de modo que é indispensável manter o foco nesse animal, para garantir que ele fique bem. Para isso devemos monitorar constantemente a profundidade anestésica, sendo que quanto mais profundo ele tiver mais difícil retornar, havendo mias risco de morte. Dessa forma evitamos danos mais severos como cardiovasculares e pulmonares, sendo essa uma das consequências mais comuns e serias. Monitorar a temperatura também é importante para garantir a saúde do animal. Entretanto, cada espécie tem seu próprio parâmetro, para isso é preciso saber reconhecer o que é normal para aquela espécie ou paciente especifico. Por exemplo: Felinos perdem o reflexo laringotraqueal tardiamente, quando já estão em plano mais profundo (dificulta a intubação endotraqueal). Desaparecimento do reflexo palpebral em cães acontece no 2° plano do estágio III, já o gato perde o reflexo do 3° para o 4° plano (indica inicio de choque bulbar). A conformação da pupila também é diferente entre as espécies. O emprego de fármacos irá influenciar no estado do animal, sendo que os fármacos voláteis são os mais apropriados por terem a vantagem de permitir o controle do aprofundamento ou superficialização do plano anestésico. Além de que cada medicamento pode causar um reflexo a parte. Haverá influencia também conforme a suscetibilidade do paciente a droga (como exemplo em suínos que vem apresentando sensibilidade ao halonato, podendo causar hipertermia maligna), e especialmente ao estado do paciente quanto a sua idade, saúde, peso, comodidades e outros. Animais debilitados e desnutridos entram facilmente me planos profundos com risco de intoxicação anestésica, tornando a anestesia geral mais perigosa, já animais obesos costumam se usar indução barbitúrica (pois são lipossolúveis) para garantir que o plano anestésico seja mantido, e em animais jovens e idosos possuem facilidade para entrar em profundidade mesmo com doses menores. Portanto, os reflexos a serem avaliados são: Reflexos oculopalpebrais Palpebral (tocar discretamente a comissura nasal da pálpebra causando seu fechamento), corneano (tocar levemente a córnea, cuidado para não lesiona-la) e pupilar (feito com um feixe de luz causando estimulo motor). Reflexo interdigital Indica inicio do plano cirúrgico, ele desaparece no 2° plano do estágio III. É feito pressionando a membrana interdigital com as unhas, esse Medicina Veterinária movimento causa dor, então se o animal não reagir é porque entrou no plano desejado. Usado para pequenos animais. Reflexos digitais Monitora-se afastando os cascos. Não serve para equinos, mas pode ser usado em bovinos e pequenos ruminantes. Reflexo laringotraqueal Sua ausência permite a introdução da sonda endotraqueal. Reflexos cardíacos Importante verificar como esta o funcionamento do coração. Reflexos respiratórios Possuem extrema ligação com a determinação do plano anestésico. Sendo que agitação com respiração arrítmica, dessincronizada e entrecortada indica começo de profundidade REFERÊNCIAS MASSONI, Flavio. Anestesiologia Veterinária - Farmacologia e Técnicas, 7ª edição. Rio de Janeiro/RJ: Grupo GEN, 2011.
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