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Prévia do material em texto

CAPÍTULO 01 
CARACTERÍSTICAS 
GERAIS DO TERRITÓRIO 
FLUMINENSE 
 
O tema “Geografia do Rio de Janeiro e Conhecimentos 
Gerais” tem feito parte da grade de editais de diversos 
concursos do estado do Rio de Janeiro, inclusive do 
Concurso para Polícia Militar do referido estado. Esse 
enfoque retrata o caráter inovador da disciplina a partir 
de sua abordagem crítica. 
 
Este material traz uma visão múltipla sobre a Geografia, 
abordando especificidades físicas e humanas. Natureza e 
sociedade se embaralham e moldam o planeta em seus 
vários recantos. Os temas abordados adentram na 
explicação da natureza e do dia a dia dos habitantes dos 
continentes, de modo a fazer menção aos mais variados 
temas. Várias temáticas vêm acompanhadas de textos 
complementares para que um maior arcabouço teórico 
possa ser oferecido ao leitor. Acreditamos que, a partir 
dessa leitura, possamos ampliar o conhecimento de nossa 
realidade. 
-------------------------------------------------------------------- 
GEOGRAFIA FLUMINENSE - 
LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO E 
LIMITES TERRITORIAIS / 
CONSTRUÇÃO DO TERRITÓRIO 
O Sudeste é uma das cinco macrorregiões 
geográficas do IBGE, ao lado de Centro-Oeste, Sul, 
Nordeste e Norte. Nela, o estado do Rio de Janeiro 
situa-se na parte leste da região, fazendo divisa com 
o Oceano Atlântico e com os outros três estados 
(Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais). 
REGIÃO SUDESTE 
 
Fonte: IBGE 
O Sudeste está situado na parte mais elevada do 
Planalto Atlântico, onde estão localizadas as 
serras do Espinhaço, da Mantiqueira e do Mar. 
Corresponde à porção mais dinâmica e 
desenvolvida do país, composta pelos estados 
de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e 
Espírito Santo. 
 
A paisagem característica é constituída por 
formações de relevo arredondadas, conhecidas 
como “mares de morros”, e por “pães de 
açúcar”. 
 
 
 
Essa posição geográfica insere todo o seu 
território na Zona Intertropical, com forte 
influência do litoral. 
 
O estado limita-se a norte e noroeste com Minas 
Gerais, nordeste com o Espírito Santo e 
sudoeste com São Paulo. Ocupa uma área de 
43.696,054km². Essa área representa cerca de 
5% da área total da região Sudeste e menos de 
2% do território nacional. Sua capital é a cidade 
homônima. O estado do Rio de Janeiro conta 
com 92 municípios. 
 
Há 8 Regiões de Governo definidas pelo CIDE 
(Centro de Informações e Dados Estatísticos). O 
CIDE é o órgão vinculado ao Governo do 
Estado do Rio de Janeiro que possui, entre suas 
principais atividades, o levantamento de 
informações e a tabulação de dados estatísticos. 
Produz um Anuário Estatístico, com dados do 
IBGE e de diversas outras instituições, além de 
diversos mapas sobre temas variados. 
 
 
 
REGIÃO METROPOLITANA 
 
Como em todas as metrópoles do Brasil (e do 
mundo), a concentração urbana, econômica e 
populacional é acompanhada de inúmeros 
desafios no âmbito da pobreza, da desigualdade 
de renda, do acesso ao trabalho e ao transporte 
público de qualidade. Essas pressões tornam as 
metrópoles mais complexas, assim como a 
busca de soluções para seus problemas. 
 
O estado do Rio de Janeiro se destaca neste 
cenário por apresentar a maior proporção de 
pessoas vivendo em sua metrópole, 
caracterizando-se como o estado mais 
metropolitano do Brasil. 
 
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
(RMRJ) concentra 74% da população, responde 
por aproximadamente ¾ da economia, reúne 
68% das empresas e 75% do emprego de todo o 
estado. Porém, a concentração não é apenas 
econômica. A RMRJ abriga, sozinha, 74% da 
pobreza do ERJ, sendo que 44% dos pobres 
estão em suas áreas periféricas (exceto a 
capital), segundo os dados da Pesquisa Nacional 
por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 
2017. 
 
A RMRJ tem o segundo maior PIB entre as 
metrópoles brasileiras, ficando atrás somente de 
São Paulo. A evolução da economia entre 2002 
e 2010 revela um desempenho inferior da 
RMRJ em relação à média brasileira e da 
RMSP. A taxa média de crescimento anual na 
RMRJ foi de 2,0%, inferior à da RMSP (4,1%), 
da média brasileira (4,6%) e também do estado 
(3,5%), fato que não ocorreu em São Paulo. 
 
EVOLUÇÃO DO PIB 
 
 
 
O Rio de Janeiro é o quarto estado mais rico do 
Brasil, medido pela sua renda per capita, 
ficando atrás do Distrito Federal, de São Paulo e 
Santa Catarina em 2017, segundo a 
PNAD/IBGE. 
 
 
Já a RMRJ possui uma renda per capita inferior 
às regiões metropolitanas do Sul e Sudeste, 
embora acima da média brasileira. Isso se deve 
ao fato de o crescimento da renda domiciliar per 
capita nas metrópoles do Rio de Janeiro e de 
São Paulo (18,5% e 16,2%, respectivamente) ter 
sido menor do que no Brasil (32,5%), entre 
2002 e 2011. Mais recentemente, entre 2008 e 
2011, a expansão da renda per capita vem 
desacelerando na RMRJ (2,6%), enquanto na 
RMSP houve alta de 10,8%. 
 
Municípios: Rio de Janeiro, Niterói, Belford 
Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, 
Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova 
Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, 
São João de Meriti, Seropédica, Tanguá, 
Petrópolis, Itaguaí, Cachoeiras de Macacu, Rio 
Bonito e Maricá. 
 
MAPA DA REGIÃO METROPOLITANA 
DO RIO DE JANEIRO 
 
 
Fonte: Estado do Rio de Janeiro, 2019. 
 
REGIÃO DO MÉDIO VALE DO PARAÍBA 
 
Municípios: Resende, Volta Redonda, Porto Real, 
Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Barra do 
Piraí, Rio Claro, Valença, Quatis e Rio das Flores. 
 
• Região localizada no vale do rio Paraíba do Sul; 
• Seu histórico de ocupação e degradação está 
associado à atividade cafeeira; 
• É a região que mais cresce no interior do estado, 
devido à posição logística no eixo RJ-SP-BH; 
• A atividade industrial é bastante intensa, com a 
presença de empresas como: CSN (Volta Redonda), 
Volkswagen (Resende), Michelin (Itatiaia), entre 
outras; 
• Poluição atmosférica muito intensa, pela presença 
de muitas indústrias; 
• A presença do Parque Nacional de Itatiaia alavanca 
o turismo na região e fortalece o setor de comércio e 
serviços em cidades como Resende e Itatiaia; 
• Pecuária leiteira e agricultura em Valença, Barra 
Mansa, Quatis e Resende. 
 
REGIÃO CENTRO-SUL FLUMINENSE 
 
Municípios: Três Rios, Areal Comendador Levy 
Gasparian, Paraíba do Sul, Sapucaia, Vassouras, 
Paty dos Alferes, Mendes, Miguel Pereira e 
Engenheiro Paulo de Frontin. 
 
• A produção cafeeira foi dinamizadora da região no 
passado; 
• Três Rios como principal centro da região. 
Privilegiado pelo entroncamento rodoferroviário e 
localização estratégica entre MG e RJ; 
• Principais atividades econômicas: Metalurgia (Três 
Rios), Alimentos, Mecânica, Cerâmica (Paraíba do 
Sul), Construção Civil (Miguel Pereira), entre 
outras. 
REGIÃO SERRANA 
 
Municípios: Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Bom 
Jardim, Duas Barras, Nova Friburgo, Sumidouro, 
Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, 
Trajano de Morais, Petrópolis, São José do Vale do 
Rio Preto, Teresópolis e Macuco. 
 
• Apresenta bons indicadores socioeconômicos, 
sendo bem dinamizada nos setores da indústria, do 
comércio e da prestação de serviços. Sofreu, nas 
últimas décadas, com o crescimento urbano 
desordenado; 
• A região sofre com os desastres naturais, devido 
aos intensos deslizamentos de terra, normalmente, 
promovidos pelas chuvas em abundância, 
principalmente no verão, gerando perda de vidas, 
bens materiais e abalo econômico na região e no 
estado; 
• As terras cultivadas na região abastecem os 
municípios da região metropolitana; 
• Contribuem para o desenvolvimento da 
agricultura: clima e a rede hidrográfica, relevo, o 
solo e o índice pluviométrico; 
• Atividade turística bastante desenvolvida, voltada 
para o turismo histórico (Petrópolis), turismo rural, 
ecoturismo, turismo cultural (culturas alemãs e 
suíças) e o turismo de comércio (polos têxteis e 
moda íntima);• A indústria têxtil tem um papel muito importante 
na região, chegando a exportar lingerie para diversos 
países. 
 
REGIÃO DAS BAIXADAS LITORÂNEAS 
 
Municípios: Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba 
Grande, São Pedro da aldeia, Cabo Frio, Arraial do 
Cabo, Armação de Búzios, Casimiro de Abreu, Rio 
das Ostras, Silva Jardim, Rio Bonito e Cachoeira de 
Macacu. 
 
• A importância do fator clima na região: o clima 
entre Arraial do Cabo e Cabo Frio é diferente do 
restante do estado, sendo um local que chove menos, 
venta mais e o número de dias ensolarados durante o 
ano é maior, o que estimula o turismo de veraneio na 
região; 
• Ressurgência - este fenômeno, característico da 
região, impulsiona a indústria pesqueira em Cabo 
Frio; 
• Turismo é a principal atividade, gerando diversas 
outras, como comércio e construção civil; 
• Os ecossistemas de restingas e lagunas sofrem com 
a pressão desordenada e a falta de políticas públicas 
para a conservação; 
• Outros dois setores da indústria muito importantes 
são: a pesca e a produção de sal, este último em 
decadência pela pressão dos empreendedores 
imobiliários e pela concorrência com a produção do 
Rio Grande do Norte; 
• Falta de infraestrutura e o crescimento 
desorganizado, impulsionado pela especulação 
imobiliária, são os principais causadores de 
problemas socioambientais na região; 
• Expansão das atividades não agrícolas. 
 
REGIÃO NORTE FLUMINENSE 
 
Municípios: Campos dos Goytacazes, Carapebus, 
Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, 
Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana 
e São João da Barra. 
 
• Produção de etanol de cana-de-açúcar; 
• Solos férteis, relevo de planície, disponibilidade 
hídrica, tradição em agricultura, força de trabalho 
numerosa e baixo custo, proximidade dos grandes 
centros consumidores; 
• Bacia de Campos: exploração do petróleo off 
shore; 
• Indústrias ligadas ao setor petrolífero presentes 
cada vez em maior número na região; 
• Falta de infraestrutura básica em cidades como 
Macaé e Campos; 
• Royalties do petróleo aumentando receitas dos 
municípios, sem outrora, melhorar as condições de 
vida da população; 
• Estrutura fundiária marcada pela forte 
concentração de terras. 
 
REGIÃO NOROESTE FLUMINENSE 
 
Municípios: Itaperuna, Aperibé, Bom Jesus do 
Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Lajes do 
Muriaé, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de 
Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai. 
 
• É a região mais pobre do estado, participa apenas 
com 1% do PIB do estado; 
• Itaperuna é o maior centro da região; 
• O meio físico da região é composto por muitas 
serras, rios, morros e cachoeiras; 
• A região está localizada na porção leste da Serra da 
Mantiqueira; 
• A agropecuária é a principal atividade econômica 
(pecuária leiteira). A estrutura fundiária é 
concentrada, os solos não são utilizados 
adequadamente e a pecuária é extensiva. 
 
 
 
REGIÃO DA COSTA VERDE 
 
Municípios: Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis e 
Paraty. 
 
• É a região de menor extensão territorial; 
• Possui ainda uma grande unidade de Mata 
Atlântica do estado, além de diversos ecossistemas 
associados. Entretanto, esse ecossistema vem 
sofrendo com a expansão de atividades urbanas; 
• Na região existem diversas reservas ambientais; 
• Estão localizadas as Usinas Nucleares de Angra; 
• Turismo forte em Angra dos Reis e Paraty. 
 
MESORREGIÕES 
FLUMINENSES (IBGE) 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) dividiu o estado do Rio de Janeiro e demais 
estados em mesorregiões e microrregiões 
geográficas, sobretudo para fins estatísticos, tendo 
em vista a gestão do território. As mesorregiões 
foram identificadas segundo os seguintes critérios: 
organização produtiva, relações existentes entre as 
cidades e condicionamentos naturais ligados ao 
relevo, clima, vegetação e hidrografia. De acordo 
com esses critérios, no Rio de Janeiro foram 
delimitadas 6 mesorregiões e 18 microrregiões. 
 
Os 92 municípios fluminenses estão distribuídos em 
seis mesorregiões geográficas – Norte Fluminense, 
Noroeste Fluminense, Centro Fluminense, Sul 
Fluminense, Metropolitana do Rio de Janeiro e 
Baixadas. 
 
Fonte: http://www.baixarmapas.com.br/wp-content/uploads/mapa-estado-rio-
de-janeiro-mesorregioes.png 
 
MESORREGIÃO 
GEOGRÁFICA 
MICRORREGIÃO 
GEOGRÁFICA 
MUNICÍPIOS 
Sul Fluminense 
Vale do Paraíba Fluminense 
Barra Mansa, Itatiaia, 
Pinheiral, Piraí, Porto 
Real, Quatis, Resende, 
Rio Claro e Volta 
Redonda 
Baía da Ilha Grande 
Angra dos Reis e 
Paraty 
Barra do Piraí 
Barra do Piraí, Rio das 
Flores e Valença 
Metropolitana do 
Rio de Janeiro 
Vassouras 
Engenheiro Paulo de 
Frontin, Mendes, 
Miguel Pereira, 
Paracambi, Paty dos 
Alferes e Vassouras. 
Itaguaí 
Itaguaí, Mangaratiba e 
Seropédica 
Rio de Janeiro 
Belford Roxo, Duque 
de Caxias, 
Guapimirim, Itaboraí, 
Japeri, Magé, Maricá, 
Mesquita, Nilópolis, 
Niterói, Nova Iguaçu, 
Queimados, Rio de 
Janeiro, São Gonçalo, 
São João de Meriti e 
Tanguá 
Serrana 
Petrópolis, Teresópolis 
e São José do Vale do 
Rio Preto 
Macacu-Caceribu 
Cachoeira do Macacu e 
Rio Bonito 
Baixadas 
Litorâneas 
Bacia de São João 
Casimiro de Abreu, 
Rio das Ostras e Silva 
Jardim 
Lagos 
Araruama, Armação de 
Búzios, Arraial do 
Cabo, Cabo Frio, 
Iguaba Grande, São 
Pedro da Aldeia e 
Saquarema 
Centro Fluminense 
Três Rios 
Areal, Comendador 
Levy Gasparian, 
Paraíba do Sul, 
Sapucaia e Três Rios 
Cantagalo-Cordeiro 
Cantagalo, Carmo, 
Cordeiro e Macuco 
Nova Friburgo 
Bom Jardim, Duas 
Barras, Nova Friburgo 
e Sumidouro 
Santa Maria Madalena 
Santa Maria Madalena, 
São Sebastião do Alto 
e Trajano de Moraes 
Noroeste 
Fluminense 
Itaperuna 
Bom Jesus de 
Itabapoana, 
Italva, 
Itaperuna, Laje 
de Muriaé, 
Natividade, 
Porciúncula e 
Varre-Sai 
Santo Antônio de Pádua 
Aperibé, 
Cambuci, 
Itaocara, 
Miracema, 
Santo Antônio 
de Pádua e São 
José de Ubá 
Norte Fluminense 
Campos de Goytacazes 
Campos de 
Goytacazes, Cardoso 
Moreira, São Fidélis, 
São Francisco de 
Itabapoana, São João 
da Barra. 
Macaé 
Carapebus, Conceição 
de Macabu, Macaé e 
Quissamã. 
 
QUESTÕES CORRELATAS 
01. “O município de Resende pertence à 
mesorregião ______________ fluminense.” 
Assinale a alternativa que completa corretamente 
a afirmativa anterior: 
 
A) leste 
B) oeste 
C) centro-oeste 
D) norte 
E) sul 
 
02. São mesorregiões do estado do Rio de 
Janeiro, exceto: 
A) Baixadas Litorâneas. 
B) Centro Fluminense. 
C) Metropolitana do Rio de Janeiro. 
D) Nordeste Fluminense. 
E) Norte Fluminense. 
 
03. Niterói pertence à Região Metropolitana do 
estado do Rio de Janeiro, composta por vários 
outros municípios. 
 
Das opções abaixo, aquela que contém município 
que NÃO pertence à Região Metropolitana é: 
 
A) Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, 
Guapimirim e Itaboraí. 
B) Tanguá, Seropédica, Rio de Janeiro, Belford 
Roxo e Itaboraí. 
C) Barra Mansa, Duque de Caxias, Guapimirim, 
Itaboraí e Itaguaí. 
D) Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá e Mesquita. 
E) Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João 
de Meriti e Seropédica. 
 
04. Não é um município que integre a Região das 
Baixadas Litorâneas: 
 
http://www.baixarmapas.com.br/wp-content/uploads/mapa-estado-rio-de-janeiro-mesorregioes.png
http://www.baixarmapas.com.br/wp-content/uploads/mapa-estado-rio-de-janeiro-mesorregioes.png
A) Araruama. 
B) Casimiro de Abreu. 
C) Saquarema. 
D) Armação de Búzios. 
E) Macaé. 
 
05. São municípios que, no estado do Rio de 
Janeiro, integram a mesma região de governo do 
município de Saquarema: 
 
A) Cabo Frio e Nova Friburgo. 
B) Maricá e Silva Jardim. 
C) Araruama e Arraial do Cabo. 
D) Itaboraí e Rio Bonito. 
E) São Pedro da Aldeia e Tanguá. 
CAPÍTULO 02 
RELAÇÕES SOCIEDADE E 
NATUREZA NO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO 
 
O tema “Geografia doRio de Janeiro e Conhecimentos 
Gerais” tem feito parte da grade de edital de diversos 
concursos do estado do Rio de Janeiro, inclusive do 
Concurso para Polícia Militar do referido estado. Esse 
enfoque retrata o caráter inovador da disciplina a partir 
da sua abordagem crítica. 
 
Este material traz uma visão múltipla sobre a Geografia, 
abordando especificidades físicas e humanas. Natureza e 
sociedade se embaralham e moldam o planeta em seus 
vários recantos. Os temas abordados adentram na 
explicação da natureza e do dia a dia dos habitantes dos 
continentes, de modo a fazer menção aos mais variados 
temas. Várias temáticas vêm acompanhadas de textos 
complementares para que um maior arcabouço teórico 
possa ser oferecido ao leitor. Acreditamos que, a partir 
dessa leitura, possamos ampliar o conhecimento de nossa 
realidade. 
--------------------------------------------------------------------- 
IMPACTOS AMBIENTAIS NO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
O estado do Rio de Janeiro apresenta uma grande 
variedade de ecossistemas e de paisagens. No 
entanto, em virtude do processo de ocupação em seu 
território, iniciado no século XVI, vem sofrendo 
perdas significativas em seu ambiente natural, além 
do risco de degradação ambiental. 
 
Observa-se que, ao longo de sua formação 
socioespacial, as atividades ligadas à agricultura, à 
pecuária, ao extrativismo, ao turismo e à indústria, 
além da urbanização, expandiram-se pelo território 
fluminense sem levar em conta a preservação de 
seus recursos naturais. 
 
Houve também uma grande concentração 
econômica, populacional, espacial e decisória na 
região metropolitana, especialmente em seu núcleo, 
a cidade do Rio de Janeiro, o que resultou na fraca 
articulação entre as diversas regiões fluminenses. 
Recentemente, o estado vem passando por inúmeras 
transformações em sua estrutura produtiva, em 
função da maior inserção na economia global. As 
atividades implantadas são conduzidas por empresas 
e/ou interesses multinacionais, trazendo mudanças 
significativas ao espaço fluminense. 
 
Essas ações têm provocado intensa mobilidade 
espacial da população, modificações na paisagem, 
em seu uso e suas funções, além de gerar problemas 
ambientais com impacto em diversos recursos 
naturais, bem como no patrimônio natural e cultural. 
Também geram conflito ambiental nas diversas 
regiões em que se localizam. 
 
 
Deslizamento de terra na Avenida Oscar Niemeyer 
 
 
Ciclovia Tim Maia, na avenida Oscar Niemeyer, que desabou em forte 
ressaca do mar, no ano de 2016 
 
Vamos avaliar os impactos ambientais de acordo 
com a divisão regional do território fluminense, 
proposta pela CEPERJ, com base na Lei Estadual nº 
1227/87. São elas: Metropolitana, Noroeste 
Fluminense, Norte fluminense, Baixadas Litorâneas, 
Serrana, Centro-Sul Fluminense, Médio Paraíba e 
Costa Verde, englobando 92 municípios. 
 
 
REGIÃO 
GEOGRÁFICA 
/POPULAÇÃO * 2010 
MUNICÍPIOS 
Região Metropolitana do 
Rio de Janeiro 
(11.945.532 hab.) 
Cachoeiras de Macacu, Rio 
Bonito, Itaguaí, Seropédica, 
Rio de Janeiro, Nilópolis, 
Queimados, Japeri, 
Paracambi, Nova Iguaçu, 
Belford Roxo, São João de 
Meriti, Duque de Caxias, 
Magé, Guapimirim, Itaboraí, 
Tanguá, Maricá, Mesquita, 
Niterói e São Gonçalo 
Noroeste Fluminense 
(317.493 hab.) 
Varre-Sai, Porciúncula, 
Natividade, Laje do Muriaé, 
Itaperuna, Bom Jesus de 
Itabapoana, São José de Ubá, 
Miracema, Santo Antônio de 
Pádua, Aperibé, Itaocara, 
Cambuci e Italva 
Norte Fluminense 
(849.515 hab.) 
São Francisco de Itabapoana, 
Cardoso Moreira, São 
Fidélis, Campos dos 
Goytacazes, São João da 
Barra, Quissamã, Conceição 
de Macabu, Carapebus e 
Macaé 
Baixadas Litorâneas 
(700.841 hab.) 
Rio das Ostras, Casimiro de 
Abreu, Silva Jardim, Cabo 
Frio, Araruama, Saquarema, 
São Pedro da Aldeia, Iguaba 
Grande, Arraial do Cabo e 
Armação de Búzios 
Serrana 
(805.627 hab.) 
Carmo, Cantagalo, São 
Sebastião do Alto, Santa 
Maria de Madalena, 
Duas Barras, Cordeiro, 
Macuco, Sumidouro, 
Bom Jardim, Trajano de 
Morais, Nova Friburgo, 
Teresópolis, Petrópolis e 
São José do Vale do Rio 
Preto 
Centro-Sul Fluminense 
(272.227 hab.) 
Comendador Levy 
Gasparian, Paraíba do Sul, 
Vassouras, Engenheiro Paulo 
de Frontin, Miguel Pereira, 
Paty de Alferes, Três Rios, 
Areal, Sapucaia e Mendes 
Costa Verde 
(243.500 hab.) 
Paraty, Angra dos Reis e 
Mangaratiba 
Médio Paraíba 
(855.193 hab.) 
Barra do Piraí, Barra Mansa, 
Itatiaia, Pinheiral, Piraí, 
Porto Real, Quatis, Resende, 
Rio Claro, Rio das Flores, 
Valença e Volta Redonda 
Fonte: Ceperj, 2014; IBGE, Cidades, 2010. 
 
REGIÃO METROPOLITANA 
FLUMINENSE 
O perfil metropolitano de concentração populacional 
afirmou-se no passado remoto e eclodiu dos anos 
1940 em diante, atraindo um grande fluxo de 
migrantes, predominantemente nordestinos. Essa 
concentração metropolitana culminou nos anos 
1960, consolidando-se nas décadas seguintes. Em 
2010, a Região Metropolitana fluminense contava 
com um contingente populacional de 11.945.532 
habitantes (IBGE, 2010). 
 
Seus principais problemas ambientais, relacionados 
ao intenso processo de metropolização, estão 
associados à proliferação de loteamentos sem 
infraestrutura, falta de saneamento e de destinação 
adequada do lixo, precariedade dos transportes 
públicos, baixo nível de renda e de escolaridade da 
população. Nas áreas de baixadas, verificam-se, com 
frequência, enchentes e inundações nos períodos 
chuvosos. 
 
Enchente em 1966, no Rio de Janeiro. 
 
Deslizamento de terra em 1966. 
 
 
A enchente de 1966 é considerada um exemplo de 
resultado danoso de uma ocupação de áreas 
pantanosas e/ou mangues com a diminuição da 
capacidade de absorção do solo, em uma área onde a 
chuva é parte do ecossistema em um processo de 
urbanização desgovernado. 
 
Todas as funções citadas vêm contribuindo para a 
ocorrência de inúmeros impactos na Baía de 
Guanabara, tais como: lançamento de esgoto 
sanitário sem tratamento e de lixo de todo tipo, com 
origem nos afluentes da baía ou jogados diretamente 
no espelho d’água; óleo das embarcações; aterro em 
suas margens; e retirada de manguezais. As 
atividades existentes, somadas com aquelas que se 
estão instalando em suas bordas, em função da nova 
lógica econômica, vêm afetando, de forma drástica, 
as atividades de pesca artesanal. 
 
A instalação do Complexo Petroquímico do Rio de 
Janeiro (Comperj) no município de Itaboraí teve 
início em 2008, sendo considerado o maior 
empreendimento da Petrobras e um dos maiores do 
mundo, envolvendo a instalação de várias indústrias. 
Com essa construção, novos problemas emergiram 
na porção leste do núcleo metropolitano, 
potencializando os problemas já existentes no 
entorno da baía. Nessa área, chama-se também a 
atenção para as alterações vindouras no município 
de Maricá, em função da especulação imobiliária e 
dos inúmeros empreendimentos previstos. 
 
O emissário submarino do Comperj, cujas obras 
estão em fase final, transportará os dejetos químicos 
provenientes do Complexo Petroquímico, em 
Itaboraí, lançando-os a dois quilômetros da praia de 
Itaipuaçu. Ainda haverá outro emissário para 
efluentes, de construção polêmica e cujo duto 
também passa por Maricá. 
 
O processo de licenciamento dos diferentes 
empreendimentos que integram o Comperj 
identificou um conjunto de impactos que atingem 
diversos elementos do ambiente físico e daquele 
relacionado à sociedade, provocando acentuada 
alteração na paisagem, intenso fluxo migratório para 
a área e expansão urbana. 
O Arco Metropolitano é outro grande projeto levado 
a efeito nessa porção do território fluminense, 
ligando o Comperj ao Porto de Itaguaí e passando 
pelos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, 
Japeri, Seropédica, Magé, Guapimirim e 
Queimados. Esse trajeto oferece avantagem de 
reduzir os custos de transporte ao encurtar 
distâncias, o que beneficia a cidade do Rio de 
Janeiro, por desviar os impactos do fluxo de 
transporte de cargas. Sua construção impactou 
quatro unidades de conservação de uso sustentável: 
a Flona Mário Xavier, a APA Rio d’Ouro, a APA 
Retiro e a APA do Guandu. Entretanto, alguns 
estudos apontam para seu potencial em termos de 
crescimento econômico, considerando esse o projeto 
viário mais importante para o estado do Rio de 
Janeiro. Sua implantação é avaliada como um fator 
favorável ao estabelecimento de indústrias, 
notadamente aquelas ligadas às atividades de 
petróleo e gás. Faz parte, portanto, das iniciativas de 
logística de inserção do Porto de Itaguaí e demais 
empreendimentos. 
 
 
 
Sua construção, contudo, gerou um número elevado 
de impactos à natureza e à sociedade. A referida 
rodovia também corta numerosas áreas de baixa 
ocupação e com vazios urbanos. Essas áreas 
merecem especial atenção, pois podem atrair intenso 
fluxo de população, tornando-se, assim, vulnerável a 
ocupações desordenadas. 
 
Na porção oeste da Região Metropolitana 
fluminense, outro grande empreendimento – o Porto 
de Itaguaí – vem atraindo um grande fluxo de 
população e novas atividades, provocando um novo 
surto de crescimento nesse município e nas 
adjacências. O Porto de Itaguaí vem-se destacando 
em importância, sendo considerado um dos mais 
modernos da América Latina e o primeiro 
concentrador de cargas do Atlântico Sul. No 
município de Itaguaí, também estão em 
desenvolvimento vários projetos, dentre os quais o 
que envolve a Petrobras, a Companhia Siderúrgica 
Nacional (CSN) e a Gerdau, prevendo a construção 
de um porto compartilhado, no qual se instalará o 
apoio à exploração do pré-sal. 
 
 
 
Seropédica é outro município que integra essa região 
de governo e que tem, na produção de areia para a 
construção civil, especialmente no rio Guandu, 
importante atividade. No entanto, nesse município, 
ocorrem inúmeros casos de extração ilegal. Embora 
seja uma atividade que assume grande relevância 
econômica, abastecendo 70% da construção civil da 
Região Metropolitana, nem sempre é realizada com 
respeito às leis de licenciamento ambiental, que 
incluem as condicionantes e um plano de 
recuperação. Entre os problemas ambientais 
causados por essa atividade, verificam-se impacto 
visual, assoreamento dos rios e abandono dos 
terrenos (crateras), deixando para trás um grande 
passivo ambiental. 
 
 
https://oglobo.globo.com/rio/policia-ambiental-prende-
sete-por-extracao-irregular-de-areia-em-seropedica-
22776292 
REGIÃO DO MÉDIO PARAÍBA 
A região do Médio Paraíba, área do eixo Rio–São 
Paulo, apresenta intenso fluxo de mercadorias e de 
pessoas, com a dinâmica econômica vinculada à 
expansão industrial, destacando-se as indústrias 
automobilística e siderúrgica. Inclui-se entre as áreas 
que receberam o maior número de empreendimentos 
no estado do Rio de Janeiro. Conta ainda com vários 
projetos de grande porte, em fase de implantação, 
ligados principalmente à indústria automobilística. 
 
Seus problemas ambientais estão relacionados ao 
desmatamento, à poluição dos rios e à expansão de 
periferias urbanas, além de pressão sobre o 
patrimônio natural: o Parque Nacional de Itatiaia. 
REGIÃO DAS BAIXADAS 
LITORÂNEAS 
A área do conjunto das Baixadas Litorâneas se 
destaca pela expansão do setor de turismo e lazer, 
assim como o de segunda residência, recebendo 
também os impactos provenientes das ações ligadas 
ao setor de petróleo. Nas últimas décadas, 
apresentou intenso crescimento populacional, 
observando-se um grande descompasso entre a 
demanda e a oferta de serviços públicos. Seus 
principais problemas ambientais dizem respeito à 
ocupação desordenada e ao uso inadequado em 
ambientes considerados frágeis, como manguezais, 
praias, costões e restingas. 
 
O município de Rio das Ostras vem sofrendo intenso 
processo de erosão em sua linha de costa, o que 
altera sobremaneira a praia, derruba árvores e destrói 
edificações. 
 
 
Processo erosivo na costa – Rio das Ostras. 
REGIÃO CENTRO-SUL 
FLUMINENSE 
A região que compreende o Centro-Sul Fluminense 
sofreu, durante anos, as consequências da 
decadência da produção de café. Atualmente, sua 
economia se baseia nas atividades agropastoris 
tradicionais, renovadas pelas atividades turísticas 
fundamentadas em seu patrimônio histórico e 
cultural, oriundas da cafeicultura. 
 
A construção da usina hidroelétrica de Simplício, no 
município de Três Rios, é responsável pelo maior 
impacto ambiental nessa região. 
 
 
 
Nessa área, verifica-se uma perda muito grande da 
vegetação natural, encontrando-se predomínio das 
pastagens ralas, muito sujeitas a queimadas nas 
épocas de seca, e ocorrendo diminuição dos corpos 
hídricos. Essa questão motivou a criação, no 
município de Vassouras, do projeto “Cadê a Água 
https://oglobo.globo.com/rio/policia-ambiental-prende-sete-por-extracao-irregular-de-areia-em-seropedica-22776292
https://oglobo.globo.com/rio/policia-ambiental-prende-sete-por-extracao-irregular-de-areia-em-seropedica-22776292
https://oglobo.globo.com/rio/policia-ambiental-prende-sete-por-extracao-irregular-de-areia-em-seropedica-22776292
de Andrade Costa?”, desenvolvido pela ONG Vale 
Verdejante, com o apoio da Assessoria e 
Planejamento para o Desenvolvimento (Asplande), 
em face do risco de se extinguirem algumas 
nascentes e de diminuírem as águas desses córregos. 
 
Outro elemento importante está relacionado ao 
impacto nos ambientes marinhos, com a ocorrência 
de desastres ambientais que têm origem nos 
vazamentos de óleo nas atividades de exploração de 
petróleo. Em novembro de 2011 e março de 2012, 
verificou-se um vazamento de óleo causado pela 
empresa Chevron, ocorrido em uma sonda de 
perfuração em Campo de Frade, na bacia de 
Campos. 
 
 
 
REGIÃO DA COSTA VERDE 
O litoral sul do estado, denominado Região da Costa 
Verde, é uma área que tem passado por 
transformações decorrentes da expansão dos setores 
turístico e imobiliário, da implantação de grandes 
indústrias e das atividades ligadas à logística de 
transporte global, com a expansão portuária e a 
construção da Usina Nuclear de Angra 3. 
 
Nessa região, há previsão de um grande aporte de 
recursos financeiros para atender à implantação de 
inúmeros projetos. Entretanto, tais empreendimentos 
envolvem muitos impactos ambientais e conflitos 
com as populações tradicionais e as atividades 
econômicas. 
 
Para se ter uma ideia da magnitude dos problemas 
ambientais que afetam essa área, pode-se citar a lista 
de impactos relacionados à “Fase de Implantação e 
Operação de Angra 3”, conforme apresentada pela 
Eletronuclear no processo de licenciamento. O 
referido estudo chama a atenção ainda para o raio de 
ação dos impactos de Angra 3 e para sua 
proximidade com o Núcleo Metropolitano, área mais 
densamente ocupada do estado do Rio de Janeiro. 
As instalações termonucleares são empreendimentos 
polêmicos que devem ser considerados com muito 
cuidado, por apresentarem impacto elevado e de alto 
risco. 
 
 
 
REGIÃO NOROESTE FLUMINENSE 
A antiga área de produção cafeeira, situada na 
Região Noroeste Fluminense, parece ainda ressentir-
se do processo de erradicação dos cafezais. Além da 
baixa renda de sua população, apresenta problemas 
de enchentes, inundações e degradação dos solos. 
 
Em 2003, verificou-se um desastre ambiental de 
grande proporção, proveniente do derramamento de 
mais de 1 bilhão de litros de resíduos tóxicos de uma 
indústria em Cataguases, no rio Pomba, afluente da 
margem esquerda do rio Paraíba do Sul, afetando-o 
da confluência à foz. 
 
 
 
 
REGIÃO NORTE FLUMINENSE 
A região Norte Fluminense, considerada uma das 
mais problemáticas do estado do Rio de Janeiro, 
apresenta inúmeras dificuldadesque advêm dos 
impactos provenientes das atividades relacionadas à 
exploração do petróleo, à implantação de grandes 
empreendimentos e à expansão desordenada de suas 
cidades. 
 
A área apresenta intenso fluxo de pessoas, bens e 
mercadorias, associado aos problemas de expansão 
urbana acelerada, como, por exemplo, a 
precariedade do saneamento básico e do transporte, 
e o uso inadequado do solo urbano. 
 
O Complexo Logístico Industrial Farol Barra do 
Furado, na divisa de Quissamã e Campos dos 
Goytacazes, o Complexo do Superporto do Açu, em 
São João da Barra, e o Terminal Portuário Offshore 
Canaã, no município de São Francisco do 
Itabapoana, são exemplos de empreendimentos 
formados por vários projetos previstos para a área. 
 
Esses projetos foram os grandes responsáveis pelas 
rápidas transformações que se desencadearam no 
Norte Fluminense, além de terem causado um 
grande número de conflitos e impactos no ambiente 
natural e na sociedade. Como exemplo do impacto 
causado por essas transformações, observa-se que, 
com o Projeto do Porto do Açu, o município de São 
João da Barra passará a ter, como principais 
atividades, aquelas ligadas à função portuária, 
enquanto as atividades tradicionalmente tidas como 
mais importantes (agrícolas e pecuárias) não mais 
funcionarão como setor econômico básico. Esse 
projeto tem gerado muita polêmica, com o 
questionamento e a solicitação de revisão do 
licenciamento ambiental. 
REGIÃO SERRANA 
FLUMINENSE 
A chamada Região Serrana Fluminense é uma área 
que se reestrutura em torno de novas organizações 
industriais, aliando itens tradicionais e modernos, 
como a agricultura, o turismo, o centro de 
informática e a tendência às agroindústrias alimentar 
e têxtil, ambas apoiadas na presença de um grande 
mercado metropolitano próximo. 
As enchentes e os deslizamentos de terra ocorridos 
em 2011 e 2013, que configuraram um desastre 
ambiental de grandes proporções, foram traumáticos 
para a população. As atividades econômicas da 
região, especialmente nos municípios de Petrópolis, 
Teresópolis e Friburgo, ainda se ressentem dos 
impactos sofridos. 
 
 
 
Além disso, desmatamento, uso inadequado do solo 
urbano/rural, uso intensivo de agrotóxicos, ocupação 
desordenada das encostas, falta de fiscalização dos 
órgãos públicos e desvios de recursos públicos 
também estão no centro das catástrofes. 
QUESTÕES CORRELATAS 
01. 
 
 
Observando o mapa, é correto afirmar que o 
fenômeno apresentado pela foto corresponde 
 
A) ao processo de desmatamento para a expansão da 
agropecuária, sobretudo soja e criação de bovinos, 
que ocorre na Amazônia Legal, identificado no 
mapa pelo número 1. 
B) à uma das consequências que se pode notar com 
o desmatamento da Floresta de Araucárias para a 
produção de papel, identificado no mapa pelo 
número 5. 
C) aos deslizamentos ou escorregamentos de solos, 
decorrentes de formas inadequadas de ocupação, 
frequentemente observados na região identificada 
pelo número 4. 
D) ao processo de devastação dos Cerrados em 
função da expansão de cultivos mecanizados de 
grãos para exportação, verificados na região 
identificada pelo número 3. 
E) ao processo de “arenização”, decorrente do uso 
inadequado dos solos para pastagens, típicos das 
áreas identificadas pelos números 2 e 6. 
 
02. "Chuva faz dezenas de pessoas deixarem 
casas em Angra (RJ); 52 morreram. Com medo 
de novos deslizamentos de terra, dezenas de 
pessoas deixaram suas casas na manhã desta 
quarta-feira, a pedido da Defesa Civil Municipal 
de Angra dos Reis (RJ), após uma chuva fraca 
atingir a cidade." 
 
(Disponível em 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano. Acesso 
em: 06 jan. 2010.) 
 
A tragédia ocorrida em Angra dos Reis (RJ) põe 
mais uma vez em evidência um problema 
socioambiental bastante comum em cidades 
brasileiras, que são os deslizamentos de terra. A 
respeito dessa questão assinale a alternativa 
CORRETA: 
A) Tais deslizamentos são consequência, 
exclusivamente, dos níveis de pluviosidade muito 
acima da média histórica, o que desencadeou um 
escoamento de águas superficiais com grande 
intensidade. 
 
B) Os deslizamentos de terra em Angra dos Reis e 
em várias cidades brasileiras são decorrentes, 
principalmente, de um processo de ocupação 
desordenada de áreas de encosta, onde a retirada de 
cobertura vegetal, associada à declividade do relevo 
e as chuvas, potencializam o escoamento superficial, 
tendo por consequência o grande arraste de terra. 
C) Os deslizamentos de terra em Angra dos Reis são 
decorrentes de um processo de ocupação 
desordenada de diversas áreas, em que a retirada da 
cobertura vegetal provoca um grande aumento da 
infiltração de água no solo, culminando com os 
deslizamentos de massa. 
D) Os recentes deslizamentos de terra ocorridos em 
Angra dos Reis, diferentemente dos demais que 
ocorrem no Brasil, têm origem de natureza 
tectônica, tendo em vista que a área em que 
ocorreram os deslizamentos localiza-se em uma 
falha geológica. 
E) Apesar de haver uma ocupação urbana 
desordenada em Angra dos Reis, os recentes 
deslizamentos de terra não poderiam ter sido 
evitados, tendo em vista que em função do 
fenômeno El Niño, o volume de chuvas registrado 
foi o maior da história do Rio de Janeiro. 
 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano
	Geografia Rio de Janeiro Cap 1
	Geografia Rio de Janeiro Cap 2

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