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HERPES CONGÊNITA

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HERPES CONGÊNITA
INTRODUÇÃO
Agente: O HSV é vírus DNA membro da família Herpesviridae.
Patogenia: A gestante pode adquirir herpes por meio de contato íntimo com indivíduo transmissor do vírus, a partir de superfície mucosa ou lesão infectante. 
Classicamente a infecção pelo HSV 2 é representada por lesões genitais e a infecção pelo HSV 1 por lesões labiais.
 
Transmissibilidade: São descritos 3 modos de transmissão da infecção:
• intrauterina (transplacentária): muito rara. Ocorre por meio de viremia materna ou infecção ascendente do trato genital, mesmo com membranas íntegras. A infecção do concepto intra-útero, nos primeiros meses da gestação, culmina, frequentemente, em aborto;
• perinatal: responde por 85% do total. Ocorre por meio do contato do recém-nascido com o trato genital materno infectado, com lesões ou não;
• pós-natal: cerca de 10% das infecções; ocorre quando um cuidador com infecção ativa (p.ex., herpes labial) tem contato próximo com um recém-nascido.
QUADRO CLÍNICO
↪ Infecção CONGÊNITA: É rara, com consequente fetopatia, extremamente grave. A doença fetal é transmitida por viremia materna e predominam sinais de infecção placentária, como infarto, necrose, calcificações e sinais de envolvimento fetal grave como hidropsia. A morte do concepto geralmente ocorre. Já os RNs, podem apresentar alterações como vesículas cutâneas ou escaras de cicatrização, com alterações oculares e micro/hidrocefalia.
↪ Infecção PERINATAL: Em geral o RN só se torna sintomático no final da primeira semana de vida ou início da segunda, pois o vírus necessita replicar-se no organismo recém-infectado. As manifestações podem ser mucocutâneas, neurológicas ou disseminadas.
	Doença localizada em pele, olhos e boca (40%) – 2ª sem
	Doença do SNC (35%) – 2ª ou 3ª semana
	Doença disseminada (25%) – 1ª semana
	Pele: vesículas agrupadas sob uma base eritematosa
	Convulsões, letargia, irritabilidade, tremores, recusa alimentar, instabilidade térmica e fontanela anterior tensa
	Envolve múltiplos órgãos, como fígado, pulmões, adrenais, SNC, pele, olhos e boca.
	Olhos: hiperemia conjuntival, associada a lacrimejamento intenso
	Líquor: apresenta pleiocitose à custa de células mononucleares, glicose relativamente ⇩ e proteína moderadamente ⇧
	Manifestações clínicas semelhantes à sepse causada por outros microrganismos e incluem febre/hipotermia, apneia, letargia/ irritabilidade, desconforto respiratório e distensão abdominal
	Boca: úlceras na boca, palato e língua
	EEG: descargas epileptiformes focais ou multifocais
	
DIAGNÓSTICO E INVESTIGAÇÃO
↪ O isolamento do vírus em cultura de tecidos e sangue é a técnica mais específica para o diagnóstico da infecção pelo HSV, mas não é um método disponível na prática diária. Assim, a detecção do HSV DNA pela PCR tem sido o método de escolha para o diagnóstico de infecção pelo vírus HSV por causa de sua alta sensibilidade. 
↪ Os testes sorológicos não ajudam no diagnóstico da infecção neonatal – Método LIMITADO.
O isolamento do vírus em um RN nos primeiros dias de vida é um critério diagnóstico importante da infecção intrauterina.
TRATAMENTO
Aciclovir 20 mg/kg/dose 8/8h por 14 a 21 dias para tratamento da infecção perinatal.
PREVENÇÃO
↪ Cesárea, na presença de lesões ativas no canal de parto (entretanto, esta medida diminui sua eficácia caso a bolsa esteja rota há mais de quatro horas).
↪ RNs cujas genitoras apresentem lesões herpéticas na mama não devem ser amamentados na mama afetada.
↪ Os RN com infecção pelo VHS devem ser isolados pelo risco de transmissão nosocomial do vírus.
↪ Ainda não existem vacinas licenciadas e efetivas contra os vírus HSV1 e HSV2.
↪ O tratamento das lesões herpéticas no decorrer da gestação, com o Aciclovir, poderá ser feito nos casos de primo-infecção: 400mg, VO, 3 vezes ao dia, durante 10 dias.

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