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RUBÉOLA CONGÊNITA

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RUBÉOLA CONGÊNITA
INTRODUÇÃO
A síndrome da rubéola congênita (SRC) é RARA em países desenvolvidos. Último caso de rubéola no Brasil foi em 2009.
Agente: RNA vírus da família Togaviridae, gênero Rubivirus.
Patogenia: A gestante pode adquirir rubéola através de gotículas das secreções respiratórias dos doentes (ou seja, transmissão por via respiratória).
Transmissibilidade: Risco de transmissão fetal do vírus da rubéola é maior no 1º trimestre (80%) e no 3º trimestre (quase 100%). Porém o risco de anomalias fetais graves é maior quando a mãe adquire a infecção nas primeiras oito semanas de gravidez. 
Infecção após 4 meses de gestação geralmente não acompanha malformações.
QUADRO CLÍNICO
Mais de 50% dos RN: assintomáticos
↪ Catarata ⇨ pesquisa do reflexo vermelho (alteração: reflexo assimétrico/ reflexo branco/ leucocoria)
OBS: A anormalidade ocular mais comum é a retinopatia com aspecto de “sal e pimenta”, que em geral tem pouco efeito na visão inicial, a catarata é a alteração mais grave.
↪ Surdez neurossensorial (é uma das manifestações mais frequentes – 80% - nas crianças sintomáticas)
↪ Cardiopatia congênita (só estará presente quando a infecção tiver ocorrido nas primeiras semanas de gestação ⇨ principais: PCA = sopro sistólico infraclavicular ou sopro contínuo em maquinaria e estenose de artéria pulmonar)
↪ Manifestações neurológicas: microcefalia, meningoencefalite, tetraplegia espástica, retardo do desenvolvimento psicomotor. Associação com autismo infantil. 
↪ Manifestações transitórias no RN: Hepatomegalia e icterícia; esplenomegalia; pneumonite; púrpura trombocitopênica; eritropoiese dérmica: lesões em “muffin de blueberry”.
A TRÍADE CLÁSSICA consiste em catarata, alterações cardíacas e surdez neurossensorial.
OBS: é a infecção congênita + associada a CIUR (60%).
↪ A principal característica da rubéola congênita é a sua cronicidade, e as manifestações existentes podem progredir ou novas alterações aparecer ao longo da vida. 
Sequelas: Perda auditiva (mais comum); maior risco de endocrinopatias (associação com desenvolvimento de diabetes tipo 1).
DIAGNÓSTICO E INVESTIGAÇÃO
AVALIAÇÃO GERAL: Hemograma completo, testes de função hepática, radiografia de ossos longos, fundoscopia, audiometria, neuroimagem (ultrassonografia de crânio, TC de crânio), estudo do líquor, ecocardiograma.
TRATAMENTO
↪ NÃO há tratamento específico → suporte clínico;
↪ Essas crianças precisam de acompanhamento multidisciplinar e com vários especialistas para o manejo das sequelas.
PREVENÇÃO
↪ Profilaxia pré-exposição: a vacinação (vacina tríplice viral) é a única forma de prevenir a rubéola. Não pode ser aplicada em mulheres grávidas (aplicar em até 30 dias antes do início da gestação).
Atenção: RN/ lactente com síndrome da rubéola congênita ⇨ excreção prolongada do vírus (meses). Essa criança não pode ter contato com uma gestante suscetível.
ISOLAMENTO VIRAL
DETECÇÃO DE DNA VIRAL 
O vírus da rubéola pode ser isolado a partir de secreções da orofaringe (material mais usado, coleta por meio de swab) ou ser cultivado em amostras de sangue periférico, placenta, urina e líquor.
O vírus da rubéola pode ser detectado por meio da PCR, pela identificação do RNA viral. Pode ser pesquisado em vários líquidos orgânicos, como secreções da orofaringe, respiratórias, líquido amniótico, urina e líquor.
TESTES SOROLÓGICOS
Detecção de anticorpos IgM é evidência de infecção congênita (presentes em 100% das crianças até o 5º mês). 
Níveis de IgG mais elevados que o materno ou persistentemente altos também confirmam a infecção.
MÉTODO MAIS USADO!!

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