EXMO. SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA ... VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS/SP ÔMEGA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº ..., endereço completo, Campinas/SP, CEP, por seu advogado, procuração em anexo, e endereço profissional ..., cidade/UF, vem, perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 539 a 549, do CPC, aplicáveis supletiva e subsidiariamente por força dos arts. 769, da CLT, e 15, do CPC, ajuizar a presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Em face de JOÃO DA SILVA, nacionalidade, casado, pedreiro, nascido em ..., nome da mãe, com RG nº, inscrito no CPF/MF nº ..., PIS/NIT nº ..., residente e domiciliado ..., CEP ..., pelos fatos e fundamentos que passa a expor. I- DOS FATOS A Consignante, estabelecida na cidade de Campinas, dedica-se à construção civil. Em 15.01.2018, contratou o Consignatário para exercer a função de pedreiro. Contudo, diante da necessidade de redução do seu quadro de pessoal, concedeu ao Consignatário aviso prévio em 10.10.2018, na forma indenizada. Inconformado, o Consignatário tentou apelar junto à direção da Consignante para reverter sua dispensa. Porém, não só motivado pela crise, mas também pelo fato do trabalho do Consignatário não se mostrar de boa qualidade, a Consignante manteve a extinção do vínculo trabalhista. Sendo certo que, foi marcado para o dia 15.10.2018 a realização do pagamento das verbas rescisórias devidas e a entrega dos documentos hábeis para o requerimento de outros direitos, no próprio local de trabalho, oportunidade no qual o consignatário faria também a retirada de seus pertences pessoais. Todavia, na data marcada a Consignante não tinha em caixa dinheiro suficiente para realizar a quitação e por isso anotou a dispensa na CTPS e solicitou o retorno em 60 (sessenta) dias, para que fosse feito o pagamento do devido e a retira dos pertences. No dia marcado, o Consignatário não compareceu. A Consignatária tentou contato telefônico e foram enviados dois telegramas, tudo em vão. Até mesmo os ex-colegas de trabalho enviaram mensagens para o Facebook na tentativa de fazê-lo comparecer para o acerto de contas. Dessa forma, restaram-se infrutíferas todas as tentativas de contato com o Consignatário, razão pela qual a Consignante ingressa com a presente ação. II – DOS FUNDAMENTOS Ante a ausência do Consignatário, em atender ao chamados extrajudiciais, a Consignante recorre ao que lhe faculta o art. 539 e seguintes, do CPC, combinados com o art. 335, do CC, como podemos observar nos seguintes incisos: “Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; (...)” No caso concreto, a Consignante está em posse da camisa do clube de futebol e das fotografias do empregado, ora, consignatário. Cabendo a presente ação de consignação em pagamento para a devolução de tais bens. Ademais, como ocorreu a dispensa sem justa causa, é devida a consignação das verbas rescisórias relativas ao período trabalhado, que são: - Saldo dos salários; - 13º proporcional; - Aviso Prévio (foi indenizado); - Férias proporcionais acrescidas do 1/3 constitucional; - Indenização de 40% sobre o FGTS; - Formulários de seguro desemprego; - Multa pelo atraso na quitação da rescisão (art. 477, § 8º, da CLT); Consigna-se ainda a camisa de futebol e as fotografias, que foram deixados pelo Consignatário no vestiário. III – DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, requer-se: a) Que seja deferido o depósito das seguintes verbas e coisas: a.1 - Saldo dos salários, no valor de R$...; a.2 - 13º proporcional (10/12), no valor de R$...; a.3 – O pagamento do Aviso Prévio, no valor de R$...; a.4 – O pagamento de férias proporcionais acrescidas de 1/3 (10/12), no valor de R$...; a.5 – O pagamento da indenização de 40% sobre o FGTS, no valor de R$...; a.6 – A entrega das guias CD/SD e TRCT, formulários de seguro desemprego; a.7 - O pagamento da multa, prevista no art. 477, § 8º, da CLT, pelo atraso na quitação da rescisão, no valor de R$...; a.8 – Camisa de futebol e as fotografias, deixadas no vestiário; b) A citação do Consignatário para levantar o depósito ou contestar o feito, sendo que sua inércia importará em revelia e declaração da extinção da obrigação, nos termos dos arts. 542, II, do CPC; c) A procedência do pedido com a declaração de extinção das obrigações, na forma do art. 344, do CC, e do art. 546, do CPC; d) A condenação do Consignatário no pagamento de custas e honorários advocatícios, na importância de 15%, pelo que dispõe o art. 791-A, da CLT. IV – DAS PROVAS A Consignante requer a produção de todas as provas em Direito admitidas, em especial a prova documental, testemunhal e pericial, sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis. V – DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso). Termos em que, pede deferimento. Local ... e Data ... Advogado OAB