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PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 1 PODER CONSTITUINTE O poder constituinte se revela como um poder político que está em condições de, numa determinada situação concreta, criar, garantir ou eliminar uma Constituição entendida como lei fundamental de determinado Estado. A titularidade desse poder pertence ao povo. Nesse sentido, em nosso ordenamento jurídico, na Constituição Federal de 1988, temos que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos da Constituição (art. 1°). Há duas espécies de poder constituinte, sendo o Poder Constituinte Originário e o Poder Constituinte Derivado, que se divide em Reformador, Decorrente e Revisor, conforme segue: PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO É também chamado de inicial, inaugural, genuíno ou de 1° grau, sendo aquele que instaura, inaugura uma nova ordem jurídica, rompendo com a ordem jurídica precedente. Em outras palavras, tem-se um novo Estado. Parte da doutrina o subdivide em poder constituinte originário histórico (ou fundacional) e revolucionário. Histórico seria o poder constituinte originário estruturando pela primeira vez um Estado. Revolucionário, por sua vez, seriam todos os posteriores ao histórico, aqueles que rompem por completo com a antiga ordem jurídica, instaurando uma nova e consequentemente um novo Estado. CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO a) inicial, pois instaura uma nova ordem jurídica; Originário Derivado Reformador Decorrente Revisor PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 2 b) autônomo, uma vez que a estruturação da nova constituição será determinada autonomamente por quem exerce o próprio poder constituinte originário; c) ilimitado juridicamente, visto que não tem de respeitar os limites que são impostos pelo ordenamento jurídico anterior; d) incondicionado, já que não tem de submeter-se a qualquer forma prefixada; e) poder de fato e poder político, caracterizado como uma energia ou força social, tendo natureza pré-jurídica, sendo que, por essas características, a nova ordem jurídica começa com a sua manifestação, e não antes dela; f) permanente, tendo em vista que o poder constituinte originário não se esgota com a edição da nova Constituição. PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO FORMAL E MATERIAL Formal: é o ato de criação propriamente dito. Material: é o lado substancial do poder constituinte originário, qualificando o direito constitucional formal com o status de norma constitucional. FORMAS DE EXPRESSÃO a) outorga: trata-se de declaração unilateral do agente revolucionário. No Brasil, temos as Constituições de 1824, 1937, 1967 e EC 1969. b) assembleia nacional constituinte: nasce da deliberação da representação popular, destacando-se os seguintes exemplos no Brasil: Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988. PODER CONSTITUINTE DERIVADO Também denominado de instituído, constituído, secundário, de 2° grau ou remanescente. Ele é criado e instituído pelo poder originário, devendo, portanto, obedecer às regras por ele impostos. PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR A corrente jusnaturalista defende que o poder constituinte originário não seria totalmente autônomo ou ilimitado, já que, ainda que originário, esse poder encontra limitação nas normas de direito natural. PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 3 Deriva do próprio Poder Constituinte Originário e representa a regra da mutabilidade de uma Constituição. Ainda assim o seu titular segue sendo o povo e embora não inaugure uma nova Constituição, acaba por alterá-la, sem que haja uma verdadeira revolução. Trata-se de um poder com natureza jurídica, ao contrário do originário, que é um poder político e de fato. Ele é também condicionado, já que deve respeitar as formalidades trazidas na Constituição. Em nosso ordenamento jurídico o poder constituinte reformador se manifesta mediante as emendas constitucionais (art. 59, I e 60 da CF/88). A esse poder ficam impostas limitações temporais, circunstanciais, formais e materiais. As limitações temporais obstam alterações em uma Constituição durante determinado período de tempo. As limitações circunstanciais visam impedir a alteração de uma Constituição durante determinadas situações excepcionais. Na Constituição Federal de 1988 isso vem expresso no artigo 60, §1°, prevendo que a Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Quanto às limitações formais, subdivide-se em subjetivas e objetivas. LIMITAÇÕES FORMAIS SUBJETIVAS LIMITAÇÕES FORMAIS OBJETIVAS Dizem respeito ao sujeito que iniciará a proposta de mudança em uma Constituição. Dizem respeito as regras de procedimento para alteração de uma Constituição. No artigo 60 de nossa Constituição Federal, há previsão de que poderá haver emenda mediante proposta: • de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; • do Presidente da República; • de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. O §2° do artigo 60 da CF/88 assevera que a proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros”. Em continuidade, o §3° diz que a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 4 Saliente-se que em nossa Constituição não há previsão expressa de proposta de emenda por iniciativa popular, diferente do que ocorre com a legislação ordinária e complementar (art. 61, §2° da C. F.). Por fim, temos as limitações materiais, que impedem a alteração de determinados conteúdos, determinadas matérias, previstas em uma Constituição. Na Constituição Federal de 1988 a limitação é prevista no artigo 60, §4°, trazendo as chamadas cláusulas pétreas. PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE O Poder Constituinte Derivado Decorrente, também derivado do originário e por ele criado, é também um poder jurídico que encontra suas limitações e parâmetros de manifestações estabelecidas pelo poder originário. Trata-se da manifestação do poder-dever dos Estados-membros elaborarem suas Constituições. Isso decorre da capacidade de auto- organização estabelecida pelo poder constituinte originário. Em nossa Constituição Federal, essa previsão consta do artigo 25, onde seu caput prevê a capacidade dos Estados organizarem-se e regerem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição. A última parte do texto ressalta o caráter de derivação e vinculação às regras que foram estabelecidas pelo poder constituinte originário. O titular do Poder Constituinte Derivado Decorrente segue sendo o povo, o qual é representado por parlamentares eleitos em âmbito estadual. O exercício desse poder foi concedido às Assembleias Legislativas. Assim como o Poder Derivado Reformador, o Poder Derivado Decorrente é limitado e condicionado. Tais limites fixados ao Poder Decorrente representa uma forma de padronizar os vários ordenamentos constitucionais e sintonizá-los com o ordenamento constitucional federal. Por limites ao Poder Constituinte Derivado Decorrente temos o que a doutrina chama de princípios constitucionais sensíveis, princípios constitucionais estabelecidos e princípios constitucionais extensíveis. NÃO será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: a forma federativa do Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; os direitos e garantias individuais PODER CONSTITUINTE– Por: Viviane Constante 5 Observaremos cada um, conforme segue: SENSÍVEIS ESTABELECIDOS EXTENSÍVEIS Previstos no artigo 34, inciso VII, da Constituição Federal, sendo: a forma republicana, sistema representativo e regime democrático de direito; direitos da pessoa humana; autonomia municipal; prestação de contas da administração pública direta e indireta; aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Seu descumprimento poderá ensejar intervenção federal. São aqueles que trazem regras vedatórias e mandatórias. Em nossa Constituição, como exemplo de regras vedatórias, temos o artigo 19 que veda à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar- lhes o funcionamento, ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, recusar fé aos documentos públicos, bem como criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Por sua vez, as regras mandatórias podem ser vistas no artigo 37 da Constituição Federal, que preceitua acerca da aplicação do sistema constitucional administrativo, trazendo os princípios que lhe são inerentes, aplicável à Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Municípios e do Distrito Federal. São aqueles previstos para a União (normas de observância obrigatória), e que se estendem aos Estados, podendo estar expressos ou implícitos. Como exemplo em nossa Constituição Federal temos o artigo 28, caput, que prevê que a eleição de governador e do vice- governador de Estado para mandato de quatro anos se realizará no primeiro domingo de outubro (em primeiro turno) e no último domingo de outubro (em segundo turno, se houver), do ano anterior ao término do mandato do mandato de seus antecessores. O dispositivo em tela se adapta e reproduz aquilo que prevê o artigo 77, que dispõe a procedência para a eleição da Presidência da República. PODER CONSTITUINTE DERIVADO REVISOR Assim como o reformador e o decorrente, o poder constituinte derivado revisor é criação do poder constituinte originário, estando a ele vinculado, estando condicionado e limitado às regras por ele constituídas. Ademais, trata-se de um poder jurídico. Em nosso ordenamento jurídico temos o artigo 3° da ADCT que determinou que a revisão constitucional seria realizada após 5 anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. PODER CONSTITUINTE DIFUSO Parte da doutrina traz uma nova classificação de poder constituinte, sendo o difuso, o qual pode ser caracterizado como um poder de fato e que serve de fundamento para os mecanismos de atuação da mutação constitucional. PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 6 Essa modificação introduzida pelo poder difuso se dá de modo informal e espontâneo, decorrente de fatores sociais, políticos e econômicos. A mutação constitucional pode decorrer da alteração dos costumes, da interpretação doutrinária ou da interpretação jurisdicional. No Brasil, temos, especialmente, a mudança em razão de uma interpretação feita pelo Supremo Tribunal Federal. Nestes termos, o referido órgão de cúpula: A INTERPRETAÇÃO JUDICIAL COMO INSTRUMENTO DE MUTAÇÃO INFORMAL DA CONSTITUIÇÃO. – A questão dos processos informais de mutação constitucional e o papel do poder judiciário: a interpretação judicial como instrumento juridicamente idôneo de mudança informal da Constituição. (...) A interpretação judicial, se e quando necessário, possui legitimidade para atualizar a Constituição da República em relação a novas exigências, necessidades e transformações resultantes dos processos sociais, econômicos e políticos que caracterizam, em seus múltiplos e complexos aspectos a sociedade contemporânea. (Supremo Tribunal Federal. Habeas Corpus 91.391-SP. Relator: Celso de Mello. Diário de Justiça Eletrônico, Brasília, 23 set. 2008). O que acontece, na realidade, é uma alteração do sentido interpretativo da Constituição, e não o seu texto, o qual permanece intacto e com a mesma literalidade. NOVA CONSTITUIÇÃO E ORDEM JURÍDICA ANTERIOR O QUE ACONTECE COM AS NORMAS QUE FORAM PRODUZIDAS NA VIGÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO ANTERIOR COM O ADVENTO DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO? PASSAREMOS A ESTUDAR OS INSTITUTOS QUE TRATAM DO DIREITO CONSTITUCIONAL INTERTEMPORAL. RECEPÇÃO A norma infraconstitucional, anterior a nova Constituição, que não contrariá-la, será recepcionada. A contrário senso, aquelas que forem incompatíveis com a nova Constituição serão revogadas, por ausência de recepção. PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 7 Observa-se, portanto, que não há que se falar em inconstitucionalidade de lei infraconstitucional produzida antes da nova Constituição, mas sim revogação por falta de recepção. Dessa forma, inadmite-se a realização de controle de constitucionalidade por falta de previsão no art. 102, I, “a”, da CF/88. Além disso, o controle de constitucionalidade pressupõe a existência de relação de contemporaneidade entre o ato normativo editado e a Constituição tomada como parâmetro. Para a lei ser recepcionada no novo ordenamento jurídico deverá estar em vigor no momento do advento da nova Constituição, bem como não ter sido declarada inconstitucional durante a sua vigência no ordenamento jurídico anterior. Ademais, deverá ter compatibilidade formal e material com a Constituição que vigente quando ela foi editada, mas somente compatibilidade material perante a nova Constituição. E A COMPATIBILIDADE FORMAL COM A NOVA CONSTITUIÇÃO? Esse requisito não é exigido, de modo que uma norma recepcionada pode receber “nova roupagem”. É o que aconteceu com o Código Tributário Nacional – Lei n. 5.172/66, que tinha natureza jurídica de lei ordinária, mas foi recepcionado pelo novo ordenamento como lei complementar, sendo que as matérias previstas no art. 146, I, II e III, da CF só poderão ser alterados por lei complementar, aprovada com quórum da maioria absoluta (art. 69). E SE PARTE DA LEI ESTIVER EM COMPATIBILIDADE MATERIAL E PARTE DELA NÃO? Nesse caso, é admissível a recepção de somente parte de uma lei, como um artigo ou um parágrafo. Embora não cabível o controle de constitucionalidade concentrado pela via da ação direta de inconstitucionalidade genérica, é cabível a arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF (Lei n. 9.882/99). PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 8 REPRISTINAÇÃO Repristinação é o fenômeno ocorrido quando uma norma é revogada por outra e posteriormente a norma revogadora é revogada por uma terceira norma. Isso fará com que a primeira norma tenha sua eficácia reestabelecida. A eficácia reestabelecida da primeira norma deve vir expressa. Como regra geral, o Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da repristinação, SALVO se a nova ordem jurídica expressamente assim se pronunciar. DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO Aqui, as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com o status de lei infraconstitucional. Ou seja, a antiga Constituição é colocada em um patamar inferior – é recepcionada com novo status. Como regra geral, esse fenômeno não é verificado no Brasil. QUESTÕES QUESTÃO 1 – ANO 2016 – BANCA: CONCURSOS-MS Na ordem constitucional inaugurada pela Constituição Cidadã de 1988 foi estabelecido um núcleo intangível da Constituição com limitações à atuação do Poder Constituinte Reformador. Quanto a esse tema, analise as alternativas e assinale a incorreta: Alternativas(A) É admissível a deliberação sobre PEC tendente a abolir a República. (B) O STF já firmou precedentes no sentido de que não só as normas constantes do catálogo de direitos fundamentais do art. 5º da CF, mas também outras normas consagradoras de direitos fundamentais esparsas no Texto Constitucional podem estar gravadas com a cláusula de vedação de abolição. (C) Há vedação implícita de alteração, pelo constituinte derivado, do procedimento formal constitucional das Propostas de Emenda à Constituição (PEC) na CF/1988. PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 9 (D) Por meio de PEC pode ser ampliado o catálogo de garantias individuais na Constituição de 1988. (E) O entendimento da doutrina constitucional pátria é de que qualquer alteração por meio de PEC que envolva o tema dos direitos fundamentais configura ofensa expressa à cláusula pétrea. QUESTÃO 2 – ANO 2017 – BANCA: CRESCER CONSULTORIAS Marque a resposta CORRETA: Fenômeno jurídico em que uma norma infraconstitucional anteriormente revogada, de maneira tácita, pela anterior ordem jurídica, é restaurada pela nova ordem constitucional é chamado de: Alternativas (A) Encampação (B) Recepção (C) Repristinação (D) Vacância QUESTÃO 3 – ANO 2019 – BANCA: CETAP Acerca do poder constituinte derivado, é correto afirmar que: Alternativas (A) É um poder ilimitado e incondicionado. (B) O poder constituinte derivado funda a ordem jurídica e institui o Estado, rompendo como regramento passado. (C) Os limites ao poder de reforma são juridicamente vinculantes, podendo ser objeto de proteção judicial por meio de controle abstrato ou concreto de constitucionalidade. (D) O poder constituinte decorrente, ao contrário do poder constituinte de reforma, é inicial, pois inaugura a ordem jurídica de Estado-membro. QUESTÃO 4 – ANO 2021 – BANCA: UNILAVRAS Quanto ao Poder Constituinte, assinale a alternativa correta. (A) De acordo com a doutrina majoritária, o poder constituinte originário é um poder juridicamente ilimitado, porquanto não sofre limitação imposta por outra ordem jurídica, ainda que lhe seja anterior. (B) O poder constituinte derivado derroga a ordem constitucional anterior pela nova ordem constitucional que institui. (C) A modificação do texto constitucional não está condicionada às regras procedimentais nele estabelecidas nem aos limites impostos pelo poder originário. PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 10 (D) O poder constituinte originário é um poder transitório, tendo em vista que, uma vez elaborada a Constituição, o poder originário desaparece, não sendo mais possível a sua manifestação, mesmo se houver uma demanda pela alteração nas normas estruturantes do Estado. QUESTÃO 5 – ANO 2021 – BANCA: FCC A modificação constitucional em que não há vontade de alterar o texto, mas é reflexo da sociedade sobre a qual este incide, é conhecida como: (A) reforma constitucional. (B) concordância prática constitucional. (C) revisão constitucional. (D) mutação constitucional. (E) interpretação constitucional. QUESTÃO 6 – ANO 2021 – BANCA: FCC São características do poder constituinte derivado reformador: (A) Encontrar previsão nos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias. (B) Acarretar reforma do texto constitucional apenas após cinco anos da promulgação. (C) Acarretar uma verificação do texto constitucional. (D) Criar, por parte dos entes federados, sua própria Constituição. (E) Ser o responsável pela ampliação ou modificação do texto constitucional. QUESTÃO 7 – ANO 2016 – BANCA: FCC No tocante às cláusulas pétreas, conforme disposição expressa da Constituição Federal de 1988, não será objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir (A) A Separação dos Poderes. (B) O Estado Democrático de Direito. (C) As Funções Essenciais à Justiça. (D) Os Direitos Sociais. (E) A Soberania Popular. PODER CONSTITUINTE – Por: Viviane Constante 11 QUESTÃO 8 – ANO 2016 – BANCA: FCC A respeito do poder constituinte, assinale a opção correta. (A) O caráter ilimitado do poder constituinte originário não impede o controle de constitucionalidade sobre norma constitucional originária, quando esta conflitar com outra norma constitucional igualmente originária. (B) Se não houver ressalva expressa no seu próprio texto, a Constituição nova atingirá os efeitos pendentes de situações jurídicas consolidadas sob a égide da Carta anterior. (C) O poder constituinte originário não desaparece com a promulgação da Constituição, permanecendo em convívio estreito com os poderes constituídos. (D) As assembleias nacionais constituintes são as entidades que titularizam o poder constituinte originário. (E) O poder constituinte originário é incondicionado, embora deva respeitar os direitos adquiridos sob a égide da Constituição anterior, ainda que esses direitos não sejam salvaguardados pela nova ordem jurídica instaurada. ALTERNATIVAS 1 E 2 C 3 C 4 A 5 D 6 E 7 A 8 B BIBLIOGRAFIA LENZA, Pedro Direito Constitucional esquematizado / Pedro Lenza. – Coleção esquematizado® / coordenador Pedro Lenza – 24. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020. MENDES, Gilmar; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2009. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2015.
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