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Ana Isabel Freitas Módulo 1 Problema 4: Chega de dor! - Objetivos: 1. Definir osteoartrite. 2. Elucidar epidemiologia, etiologia, fisiopatologia (remodelagem cartilagínea) e quadro clínico da osteoartrite. 3. Discorrer sobre o diagnóstico, diagnóstico diferencial, tratamento e prognóstico da osteoartrite. 4. Discorrer sobre articulação sinovial. - Conclusões: 1. Definir osteoartrite. · OA pode ser entendida como uma insuficiência cartilaginosa decorrente de fatores mecânicos, genéticos, hormonais, ósseos, metabólicos, que acarretam uma degradação do tecido cartilaginoso com a consequente remodelação óssea e algum grau de inflamação sinovial. · Esse processo cursa muitas vezes silencioso do ponto de vista clínico. E bastante frequente a identificação de sinais radiográficos de OA em indivíduos assintomáticos. Nessa situação, por definição, não se caracteriza o diagnóstico de OA. · A osteoartrite (OA) é a condição clínica mais prevalente do sistema articular, e sua prevalência é crescente em virtude do aumento da expectativa de vida da população. · Uma das causas mais comuns de absenteísmo ao trabalho, constituindo-se num problema de saúde pública. · Embora a OA esteja ligada ao envelhecimento, ela não é considerada uma doença degenerativa, uma vez que existe um aumento considerável do metabolismo celular articular em resposta a uma agressão à cartilagem. · Sem intervenção efetiva -> exceção artroplastia · Individualizar o tratamento do paciente · Efeito placebo efetivo!! · Dissociação clínico radiológica: paciente as vezes nem é tão sintomático quão sério apresenta os exames 2. Elucidar epidemiologia, etiologia, fisiopatologia (remodelagem cartilagínea) e quadro clínico da osteoartrite. Epidemiologia · Mais comum em mulheres > 60 anos · Os parentes de 1 ° grau têm um aumento de risco de desenvolver a doença 2 a 3 vezes maior · Afeta principalmente quadril, joelhos, mãos e pés · Tabagismo e osteoporose parecem estar associados a proteção da doença Fatores de risco · Não se sabe o efeito do estrógeno · Obesidade é estado inflamatório · Predisposição genética é mais relevante em OA de mão · Hipermobilidade Etiologia · Não resultam de causa única, mas de um conjunto de causas, configurando verdadeira constelação etiológica · OA primária: idiopática ou o indivíduo possui alguma alteração genética como o gen Col-2 A1 · AO secundária: desorganização da estrutura cartilaginosa ou da estrutura óssea ou desalinhamento articular Fisiopatologia · Cartilagem articular normal · Matriz extracelular – propriedades mecânicas · Faz parte da ME: · Colágeno tipo II · Proteaoglicanos · Outros colágenos V, VII, IX, X, XI, XII, XIV · Condrócito: regeneração e atividade metabólica baixa. Responsável pela homeostase da cartilagem · Processo inflamatório significativo · Doença que não se restringe a cartilagem, envolve sinóvia e osso subcondral. · Ativação do Oc e do Ob · Osteófito se forma na linha do osso no sentido de espalhar a carga que esta sendo recebida · Macrófago se ativa (por isso sinovite crônica) – espessamento da sinóvia · Citocinas (TNF e IL-1) + degradação da cartilagem que ocorrem por causa das metaloproteases · Cartilagem passa a ficar insuficiente e não consegue dissipar a carga · Formação de esclerose · O desarranjo da rede colágena repercute nos proteoglicanos e vice-versa em virtude da íntima correlação funcional entre esses componentes da matriz extracelular. · Os condrócitos são a maior fonte de enzimas degradadoras na OA, liberando metaloproteinases (colagenase, estromelisina, gelatinase), serinoproteases e tiolproteases, substâncias muito atuantes no catabolismo da cartilagem. · A apoptose (morte celular programada) também tem sido implicada na OA, pois, como na cartilagem não há fagócitos mononucleares para remover os remanescentes das células mortas, isto pode afetar a estrutura da matriz e a função dos condrócitos viáveis. A apoptose correlaciona-se, positivamente, com a gravidade da destruição cartilaginosa Classificação · Primária · Poliarticular · Sítios clássicos: · Nodal de mãos (nódulos de Heberden e Bouchard) · Joelhos · Coluna cervical/lombar · Rizartrose (1º carpometacarpiana) · Hálux Valgo · Secundária – alguma doença subjacente causou, ex: lesão prévia · Mono ou oligoarticular · Jovem · Sítio atípico: punho, metacarpofalangiana Quadro clínico · Artralgia mecânica (dor melhora com repouso e dói ao realizar esforço) · Rigidez matinal fugaz (minutos) · Crepitação no exame · Limitação ADM (amplitude de movimento) · Mãos · Sexo feminino · Nódulos de Herberden – IFD - e Bouchard – IFP- (tradução clínica do Osteófito) · Rizartrose (associado a trabalhos repetitivos) · Hálux valgo (joanete) · Coxofemorais ou coxartrose · Até os 50 anos mais comum em homens · O Came advém de uma retificação no contorno da transição cabeça-colo, tornando a cabeça menos esférica e mais elíptica nessa região · Dificuldade na marcha (marcha em Trendenlemburg) · Dor irradia posterior ou anterior · Joelho (gonartrose) · Periférica mais comum · Mais mulher · 50-60 anos · Varo/Valgo · Ombros · Menos frequência · Acromioclavicular a mais acometida · Diagnóstico por meio de radiografias · ATM · Dor a palpação + crepitações · Má oclusão dentária · RM melhor para investigar · Cotovelo · Mais OA de causa secundária · Pés · Radiografia > clínica · Tornozelos · Certas localizações são preferencialmente femininas (mãos e joelhos); outras, preferencialmente masculinas (coxofemorais). · Coluna cervical e lombar, joelhos, mãos, articulações coxofemorais e pés são frequentemente comprometidos; · Mais raramente e, em geral, de forma secundária a trauma e outras causas, os punhos, cotovelos, ombros e tornozelos. · As OA secundárias são geralmente mono ou oligoarticulares, sendo menos comuns os quadros poliarticulares · As formas idiopáticas são habitualmente poliarticulares e comportam alguns subgrupos: OA generalizada, OA nodal, OA nodal erosiva, condromalacia de patela. · Sua incidência é baixa antes dos 40 anos, aumentando progressivamente à medida que a idade avança. · As OA, como regra, não apresentam manifestações sistêmicas, nem mesmo quando os quadros são poliarticulares. · Sua sintomatologia se instala habitualmente de maneira insidiosa e progride, irregularmente, para mínima ou grave incapacidade, com variações próprias para cada articulação, havendo certa tendência para a bilateralidade no acometimento articular. · Idiopática generalizada · São encontrados nódulos de Heberden e Bouchard em 85% dos casos, rizartrose, OA vertebral, de joelhos, metatarsofalangianas do 1° dedo e, menos frequentemente, coxofemorais. · A hemossedimentação está discretamente elevada e o fator reumatoide não está presente. · Em alguns casos, ocorre confusão diagnóstica com artrite reumatoide de início tardio e curso benigno, pois a biópsia sinovial pode sugerir as fases iniciais dessa doença e as radiografias das mãos, mostrar erosões. · Um subgrupo de OA generalizada idiopática não nodal é mais comum nos homens, com maior comprometimento de coxofemorais do que nas formas nodais 3. Discorrer sobre o diagnóstico, diagnóstico diferencial, tratamento e prognóstico da osteoartrite. Diagnóstico · Clínico · Radiografia -> reforçar o diagnóstico · Contribuição do laboratório para o diagnóstico da OA é praticamente nula, podendo ser útil somente para o diagnóstico diferencial. Não há exames específicos. · O líquido sinovial é normalmente classificado como não inflamatório, mas contém frequentemente componentes da matriz cartilaginosa e cristais, podendo mostrar algumas evidências de líquido inflamatório · Radiografia de joelhos: AP, perfil, axial com carga · Radiografia de mão: AP e oblíqua · Achados radiográficos · Osteófitos · Esclerose subcondral · Diminuição do espaço assimétrico · Sinal da gaivota: OA erosiva · Rizartrose · Classificação de Kellgren-Lawrence: baseada na radiografia · Grau 0: normal · Grau 1: dúvida · Grau 2: Osteófito · Grau 3: Diminuição de espaço articular · Grau 4: Diminuição acentuada + deformidade· RM revela achados caracterísiticos de osteoartrite, esses achados são universais em pessoas idosas. Assim, a RM tem fraco poder discriminativo para o diagnóstico, porém é importante para descartar outras doenças ou buscar alterações precoces da doença. · Conduta com derrame articular: artrocentese · Líquido de OA: amarelo citrino, com viscosidade normal, até 25% PMN, 200 – 2000 células · Retira o líquido para aliviar e faz infiltração · Classificação do líquido não inflamatório · Clássico: amarelo citrino, com viscosidade normal, até 25% PMN, 200 – 2000 células Tratamento · O passo inicial para o tratamento da OA é o reconhecimento dos fatores desencadeantes e agravantes presentes, além da identificação adequada das estruturas articulares e periarticulares envolvidas e que efetivamente tenham participação nos sintomas · Os objetivos básicos do tratamento da osteoartrose são alívio dos sintomas, recuperação funcional e retardo ou bloqueio da evolução da doença e regeneração dos tecidos lesados · Alto efeito placebo · Estudos com resultados conflitantes · Diferentes fenótipos -> terapêuticas distintas Não medicamentoso · Educação e apoio psicológico · Exercício e repouso · Prevenção e manutenção da integridade articular · Repouso raramente tem de ser absoluto: intercalado com as atividades habituais do paciente e dosado em função da gravidade do acometimento e da articulação comprometida · Programa de atividades deve ser individualizado e progressivo · Evitar atividades de muita carga ou de impacto · Atividade aeróbica + exercício de resistência + educação do paciente · Atividades da vida diária e ocupacionais · Aconselhamentos e instruções quanto à maneira de sentar, caminhar, carregar objetos · Proteção articular · Visam a transferência da carga para articulações maiores · Evitar o uso das articulações afetadas · Distribuir os esforços bilateralmente · Obesidade e dieta · Redução da carga atenua a instabilidade articular e diminui a dor · Órteses · Calçados com solado anti-impacto, bengalas e palmilhas ajudam na redução dos sintomas · Os sapatos devem ser flexíveis, estáveis e possuir um salto elásticos de 2-3 cm · Palmilhas anti-impacto de sorboplana ou silicone · Orientar a forma de utilizar bengala · Cuidado: Não utilizar órtese por muito tempo devido a possível atrofia · Medicina física · Boa alternativa para paciente com intolerância ou contraindicações formais ao uso de medicamentos · Cinesioterapia · Sabe-se hoje que a atividade enzimática responsável pela degradação cartilaginosa aumenta à medida que a temperatura se eleva. Por isso tratamentos que fazem subir a temperatura intra-articular - como diatermia de micro-ondas e ondas curtas, calor superficial, ultrassom etc. - são inadequados e até prejudiciais ao tratamento de artrite ativa, contraindicando-se a prescrição indiscriminada de calor, por qualquer de suas fontes, quando houver componente inflamatório evidente. · Acupuntura Medicamentoso · Fármacos sintomáticos de curta duração: analgésicos, antiinflamatórios não hormonais [AINHs] e opioides. · Primeira opção: paracetamol ou dipirona (mais eficaz que o paracetamol) · Recomenda-se o uso do acetaminofeno como o fármaco inicial na terapia de pacientes com dor média a moderada na dose de 1,5 até 3 g/ dia. Como opção podem-se utilizar a codeína e o tramadol, que já tiveram sua eficácia comprovada na OA. Menor dose e tempo possível. · AINHS: presença de algum grau de inflamação · AINHS > analgésicos · Inibidores de COX-2 é melhor devido aos menos efeitos grastrointestinais · Sua indicação seria prioritária, portanto, nos casos com maior risco de eventos adversos no trato gastrointestinal alto (idade> 65, presença de comorbidades, uso de corticoide oral, história de úlcera péptica e/ou sangramento alto e uso de anticoagulantes). · Uma alternativa ao uso de inibidores específicos COX-2 seria a prescrição de um AINH não seletivo com gastroprotetores, como os inibidores da bomba de prótons · Colchicina (benefício para doença por deposição do pirofosfato de cálcio) pode ser utilizada como tratamento coadjuvante, principalmente nos casos que apresentam crises de piora · Uso tópico de anti-inflamatórios e analgésicos pode aliviar eficazmente a dor, principalmente de mãos e joelhos. · Capsaicina atua sobre a substância P, neuropeptídeo liberado por terminais de nervos sensoriais centrais e periféricos e que participa do processo inflamatório. Resultados surgem após 2-4 semanas. Sensação de queimor. · Fármacos de ação lenta na AO: nesse grupo incluem-se os fármacos sintomáticos de ação lenta e aqueles com potencial modificador do curso de doença. Algumas substâncias podem cumprir essas duas ações · Diacereína, sulfato de glicosamina, sulfato de condroitina, cloroquina, hialuronato, extrato de soja e abacate · Extrato de soja e abacate · Medicação nova com bons resultados · Inibem a IL-1 e estimulam a síntese de colágeno · Menor progressão radiográfica · Sulfato de glicosamina · Aminomonossacáride, que faz parte do glicosaminoglicanos da matriz da cartilagem · Reduz a degradação e aumenta a síntese de proteoglicanos · Sulfato de condroitina · Inibição da síntese de IL-1 e efeitos anabólicos sobre a matriz cartilaginosa · Diacereína · Inibem e a IL-1 mediante a redução da quantidade de receptores dessa interleucina (IL-1R) nos condrócitos, reduzindo a síntese de metaloproteases e elevando a produção de colágeno e proteoglicanos · Efeitos digestivos · Cloroquina · Papel positivo na cicatrização da cartilagem e na proteção do tecido · Medicação intra-articular · Viscossuplementação com ácido hialurônico: efeito estimulador na produção de ácido hialurônico pela própria articulação · Benefício na OA grau 2 ou 3 · 3 – 5 aplicações semanais, geralmente nos joelhos, quadris e ombros · As infiltrações com corticoide: grande valia em caso de persistência de sintomas (principalmente se com exuberância de fenômenos inflamatórios) · Hexacetonido de triancinola: efeito de 1 a 3 meses; corticoide mais indicado devido ao maior tempo de permanência na articulação · Não faz mais de 3 infiltrações por ano · Esquema terapêutico · Glicosamina e diacereína em patamar similar de eficácia · Cloroquina disponível em setor público · Boa alternativa: · Cloroquina + 1 ou 2 fármacos de ação lenta Cirúrgico · Cogitada quando o tratamento conservador se mostra ineficaz · Tem a sua hora em pacientes com dor prolongada ou permanente ou naqueles que começam a desenvolver deformidades fixar ou perda da função articular · Osteotomias visam corrigir o desalinhamento articular e evitar concentração de carga · < 60 anos · Unicompartimental · As artroplastias totais devem ser reservadas para estágios mais avançados da doença e pacientes mais idosos, tendo em vista a durabilidade das próteses · Mais de um compartimento · Refratário ao tratamento clínico · Comprometimento severo na imagem · Irrigação salina – removendo restos cartilaginosos e outros materiais da articulação – tem se mostrado eficaz no tratamento da OA de joelho · Debridamento artroscópico, com remoção de corpos soltos e fragmentos de articulação também tem sido utilizado 4. Discorrer sobre articulação sinovial. · São articulações nas quais os ossos envolvidos estão ligados por uma cápsula fibrosa e muitas vezes por ligamentos acessórios internos ou externos e as superfícies ósseas geralmente não estão em continuidade direta. · Elas estão cobertas por cartilagem articular hialina de espessura variável, sendo que o contato entre essas superfícies cartilaginosas é estritamente limitado, as quais têm um coeficiente de atrito muito baixo, facilitando o livre movimento, que é facilitado pelo líquido sinovial viscoso, o qual atua como lubrificante, mas também tem como função a manutenção celular nas cartilagens articulares. · A cartilagem articular possui algumas características importantes, tais como: superfície lubrificada, de baixo atrito, resistência a desgaste, compressível e elástica, capaz de resistir e distribuir grandes forças de compressão e tangenciasgeradas pelo movimento. · A cartilagem articular não tem nervos ou vasos sanguíneos penetrando (exceto ocasionais alças vasculares). · Dessa forma, percebe-se que sua nutrição e manutenção dependem da difusão a partir de um plexo vascular periférico na membrana sinovial, vasos sanguíneos nos espaço medulares adjacentes e líquido sinovial. · Cápsula fibrosa: · Composta por feixes entrelaçados de fibras paralelas de colágeno branco e é inserida continuamente em torno das extremidades dos ossos que se articulam. · É uma estrutura perfurada por vasos e nervos, podendo conter aberturas através das quais a membrana sinovial faz protusão sob a forma de bolsas, sendo revestida por uma membrana sinovial que também cobre todas as superfícies não articulares que residem parcial ou inteiramente dentro da cápsula fibrosa. · Geralmente uma cápsula fibrosa exibe espessamentos locais de feixes paralelos de fibras colágenas, chamados de ligamentos capsulares, os quais recebem nomes conforme suas fixações. · Membrana sinovial · É uma membrana que reveste as cápsulas fibrosas e cobre superfícies ósseas expostas, ligamentos intracapsulares, bolsas e bainhas tendíneas, não cobrindo os discos ou meniscos intra-articulares, e para nas margens das cartilagens articulares em uma zona transicional que ocupa os poucos milímetros periféricos da cartilagem. · Essa membrana tem como função secretar e absorver um líquido que lubrifica o movimento entre as superfícies articuladas. · A membrana é lisa, rósea e brilhante, contendo pequenos vilos sinoviais que aumentam em número e tamanho com o avançar da idade, além de possuir acumulações de tecido adiposo, algumas dobras e franjas. · Essas estruturas funcionam como amortecedores flexíveis, elásticos e deformáveis que ocupam os espaços e irregularidades potenciais em articulações que não são inteiramente preenchidas por líquido sinovial, se acomodando durante o movimento à forma e volume em mutação das irregularidades, além de aumentar a área sinovial e poder promover a distribuição de lubrificantes sobre as superfícies articulares. · A membrana sinovial é constituída de uma íntima camada celular repousando sobre uma camada subintimal fibrovascular. · Existem pelo menos duas populações morfologicamente distintas de células, as do tipo A e B, que são responsáveis por sintetizar alguns dos componentes do líquido sinovial. · As células do tipo A são parecidas com macrófagos (sintetizam e liberam enzimas líticas e fagocitam detritos articulares). · Já as do tipo B, que são as predominantes, assemelham-se a fibroblastos (produzem ácido hialurônico, glicoproteínas e proteínas inibidoras de enzimas). · Líquido sinovial · Nas articulações ele é transparente ou amarelo, viscoso, alcalino (quando em repouso) e contém uma pequena população mista de células e partículas amorfas metacromáticas (um dialisado do plasma sanguíneo). · Contém proteínas, ácido hialurônico, algumas células (monócitos, linfócitos, macrófagos, células intimais e leucócitos). · Volume geralmente é de 0,5ml · Meniscos e discos · Um disco ou menisco articular está presente entre superfícies articulares onde a congruência é baixa. · Consiste em – fibrocartilagem, na qual predomina o elemento fibroso, e não é coberto por membrana sinovial. · Vale ressaltar que o termo menisco deve ser reservado para discos incompletos, como os do joelho; já os discos completos como os das articulações esternoclaviculares, estendem-se através de uma articulação sinovial, dividindo-a em duas cavidades. · Suprimento neurovascular · As articulações são irrigadas por meio dos plexos artérias periarticulares cujos numerosas ramos perfuram as cápsulas fibrosas para formar plexos subsinoviais. · Alguns vasos terminam junto das margens articulares em uma franja anastomótica, que recebe o nome de circulus articularis vasculosus. · Já a inervação por ramos dos nervos que suprem os músculos que atuam sobre a articulação, no caso das articulações móveis. · Admite-se que as terminações nervosas na membrana sinovial supram apenas os vasos sanguíneos, tornando a membrana insensível à dor. · Classificação · Planas (aposições de superfícies quase chatas, como as articulações intermetatarsais), · De dobradiça (uniaxiais, exemplo as articulações interfalângicas); · De pivô (uniaxiais nas quais um pivô permite a rotação somente em torno do eixo do pivô, exemplo atlas no dente do áxis); · Bicondilares (uniaxiais, como o movimento principal em um plano, mas com rotação limitada em torno de um segundo eixo ortogonal ao primeiro, exemplo o joelho); · Elipsoides (biaxiais e consistem em uma superfície convexa oval aposta a uma concavidade elíptica, como nas articulações radiocarpais); · Em sela (biaxiais e possuem superfícies concavoconvexas, com movimentos primários ocorrendo em dois planos ortogonais, mas a forma articular causa rotação axial do osso que está se movendo, como a carpometacarpal do polegar); · De bola e soquete (multiaxiais e formadas pela recepção de uma “cabeça” globoide dentro de uma cavidade oposta, como na articulação do quadril).
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