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Nutrição - UFGD Fatores: genéticos, ambientais e psicológicos. GANHO PONDERAL A avaliação nutricional é um dado extremamente importante para orientar na condução do diagnóstico e na intervenção nutricional PROCEDIMENTOS PRÉVIOS Explicar o procedimento à criança e acompanhante; Promover privacidade, utilizando biombos se necessário; Lavar as mãos, calçar luvas de procedimento; Utilizar equipamentos de proteção individual (máscara cirúrgica, avental ou capote não estéril caso necessário. Medidas antropométricas: peso corporal, comprimento e perímetro cefálico. As crianças menores de 2 anos devem ser medidas deitadas (comprimento). RELAÇÃO PERÍMETRO CEFÁLICO (PC) E PERÍMETRO TORÁCICO (PT) PC: possui relação com o tamanho do encéfalo, utilizado como método para o diagnóstico de estados patológicos de microcefalia, macrocefalia e hidrocefalia. PT: possui relação com a massa muscular e adiposa. Deve ser medido na altura dos mamilos e, aletoriamente, ao momento respiratório (Dorneles et a., 2003). PC/PT: usado como indicador de desnutrição. PADRONIZAÇÃO PARA A IDADE Arredondamento da idade: • Fração da idade até 15 dias: aproxima-se a idade para baixo, isto é, o último mês completado. • Fração da idade ≥ 16 dias: aproxima-se a idade para cima, isto é, para o próximo mês a ser completado. Exemplo: • Menina, 4 anos, 7 meses e 12 dias = 4 anos e 7 meses. • Menino, 5 meses e 18 dias = 6 meses. Crianças com 2 anos ou mais devem ser medidas em pé (altura/estatura) Usar álcool 70% - equipamentos Realizar 3 medidas e fazer média. 0 a 6 meses – PT/PC = 1 6 m a 5 anos – PT/PC = > 1 normal; PT/PC < 1 indica desnutrição energético-proteica. Nutrição - UFGD ANTROPÔMETRO VERTICAL 1° Passo: verificar se o adipômetro está fixado numa parede lisa. Posicionar a criança, adolescente ou adulto descalço e com a cabeça livre de adereços, no centro do equipamento. Mantê-lo de pé, ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos.. 2° Passo: a cabeça do individuo deve ser posicionada no plano de Frankfurt (margem inferior da abertura do orbital e a margem superior do meatus auditivo externo deverão ficar em uma mesma linha horizontal). 3° Passo: as pernas devem estar paralelas, mas não é necessário que as partes internas das mesmas estejam encostadas. Os pés devem formar um ângulo reto com as pernas. 4° Passo: abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. Retirar o indivíduo, quando tiver certeza de que o mesmo não se moveu. 5° Passo: realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento. 6° Passo: anotar o resultado no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN e no prontuário. Para crianças, marcar a altura na Caderneta de Saúde da Criança. BALANÇA PLATAFORMA MECÂNICA 1° Passo: destravar a balança. 2° Passo: verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o calibrador. 3° Passo: esperar até que a agulha o braço e o fiel estejam nivelados. 4° Passo: após a calibração da balança, ela deve ser travada e só então a criança, adolescente e adulto deve subir na plataforma para ser pesado. 5° Passo: posicionar o indivíduo de costas para a balança, descalço, com o mínimo de roupa possível, no centro do equipamento, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição. 6° Passo: destravar a balança. 7° Passo: mover cursor maior sobre a escala numérica, para marcar os quilos. 8° Passo: depois mover o cursor menor para marcar os gramas. 9° Passo: esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. 10° Passo: travar a balança, evitando, assim que sua mola desgaste, assegurando o bom funcionamento do equipamento. Nutrição - UFGD 11° Passo: realizar a leitura de frente para o equipamento, para visualizar melhor os valores apontados pelos cursores. 12° Passo: anotar o peso no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN e no prontuário. 13° Passo: retirar a criança adolescente ou adulto. 14° Passo: retornar os cursores ao zero na escala numérica. 15° Passo: marcar o peso das crianças na Caderneta de Saúde da Criança. Os índices antropométricos mais amplamente usados, recomendados pela OMS e adotados pelo Ministério da Saúde para a avaliação do estado nutricional de criança, são: Até 5 anos: P/I, E/I, P/E, IMC/I 5 aos 10 anos: P/I, E/I, IMC/I Atenção idade corrigida para prematuros até os 2 anos (24 meses). Medidas podem ser feitas através de tabelas ou por calculadora digital específica (http://www.who.int/childgrowth/software/en/). PESO PARA IDADE (PI) Expressa a relação entre a massa corporal e a idade da criança. Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do ganho de peso e reflete a situação global da criança – o peso corporal oscila quase que imediatamente em resposta a qualquer deterioração ou melhoria do estado nutricional. Reflete comprometimentos agudos e crônicos, mas não permite os diferenciar. Não é indicado para avaliar o estado nutricional quando há a possibilidade de se me medir a estatura (P/E ou IMC/I). PONTOS DE CORTE – PESO PARA IDADE (PI) Este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do excesso de peso entre crianças. Esta situação deve ser avaliada pela interpretação dos índices de peso-para-estatura ou IMC-para-idade. ESTATURA PARA IDADE (EI) – PONTOS DE CORTE Expressa o crescimento linear da criança. O ganho de estatura é lento, demora a refletir processos de carência de saúde e nutrição. O índice que melhor indica o efeito cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança. É considerado o indicador mais sensível para aferir a qualidade de vida de uma população. PESO POR ESTATURA (P/E) – PONTOS DE CORTE http://www.who.int/childgrowth/software/en/ Nutrição - UFGD Expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e estatura. É utilizado tanto para identificar o emagrecimento da criança, como o excesso de peso. IMC – MENORES 5 ANOS – PONTOS DE CORTE Expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura. É utilizado para identificar o excesso de peso entre crianças. IMC –5 A 10 ANOS – PONTOS DE CORTE RESUMO – MENORES DE 5 ANOS CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO PARA IDADE Nutrição - UFGD Recomendada para avaliações rápidas do estado nutricional de crianças até 5 anos., quando não é possível a utilização das medidas de peso e altura. Útil como instrumento de triagem. A avaliação das medidas pode ser feita pela curva da OMS. Pontes de corte: • Percentis 3 e 97: adequado. • Escores–Z -2 e +2: adequado. • < P3 ou Escore-Z -2: déficit energético. • > P97 ou Escore-Z +2: excesso. DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL E SUBESCAPULAR Marcadores da quantidade de tecido adiposo corporal subcutâneo e estão associados ao risco cardiovascular em crianças. São medidas indicadas para avaliar a obesidade em menores de 5 anos. Devem ser utilizadas em conjunto com as demais medidas antropométricas. Pontos de corte: • Percentis 3 e 97: adequado. • Escores–Z -2 e +2: adequado. • < P3 ou Escore-Z -2: déficit energético. • > P97 ou Escore-Z +2: excesso. SOMATÓRIO DOBRAS CUTÂNEAS TRICIPITAL E SUBESCAPULAR Para crianças entre 5 e 10 anos, pode-se somar os valores das dobras cutâneas tricipital e subescapular e utilizar a referência de Frisancho (1993). CINRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL Reflete de maneira indireta a adiposidade central em crianças eadolescentes. A forma de aferição mais empregada é a que utiliza o ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca superior (cintura natural), aproximadamente dois dedos acima da cicatriz umbilical. A circunferência abdominal (quando acima do percentil 90) tem boa correlação com o desenvolvimento de dislipidemia, hipertensão arterial e resistência insulínica. O referencial sugerido para comparação é o proposto por Freedman (199). VITOLO, M. R. Nutrição – da Gestação à Velhice. 2ª ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde. Nutrição - UFGD Norma técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília: MS, 2011. FRISANCHO, A.R. Anthropometric standards for the assessment of growth and nutrition status. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1993. WHO. WHO child growth standards: length/height-for- age,weight-for-age, weight-forlength, weight-for-height and body mass index-for-age. Methods and development. WHO (nonserial publication). Geneva, Switzerland: WHO, 2006. Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. – São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2009.
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