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Baixa estatura

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S5-Ped Gabriela
BritoBaixa estaturaBaixa estatura
Introdução
É um fenômeno característico da
criança e do adolescente, onde cada
indivíduo vai ter seu crescimento
particular. Há vários fatores envolvidos
nesse crescimento:
 - Genéticos;
 - Neuroendócrinos;
 - Órgãos terminais (cartilagem de cre-
scimento);
 - Nutricionais;
 - Ambientais;
Crescimento normal
Intrauterino:
Lactente:
Escolar ou pré-puberal:
Adolescente ou puberal:
É um processo contínuo, mas não line-
ar, altos e baixos ao longo da vida.
Existem 4 fases de crescimento:
Relacionado a fatores placentários e
nutrição materna.
É um período de crescimento rápido,
porém desacelerado, independente
do Gh, principais fatores são nutricio-
nais e ambientais.
Crescimento linear, velocidade de
crescimento constante, desaceleração
bem lenta e sofre influência do Gh.
Influência dos hormônios sexuais, esti-
rão rápido, até que seja atingido o pico
de crescimento seguido por um perío-
do de desaceleração. Essa fase é
diferente nas meninas e nos meninos.
Fisiologia neuroendócrina
O hipotálamo libera o hormônio
estimulador do crescimento (GHRH)
que atua na hipófise, estimulando a
liberação de hormônio de crescimento
(GH), que vai atuar no fígado e outros
tecidos como células ósseas e
musculares, liberando fatores de
crescimento insulina-like (IGF1 e IGF2)
que estimulam a cartilagem de
crescimento e outros tecidos, levando
ao crescimento da criança.
S5-Ped Gabriela Brito 
Outros hormônios:
Hipotálamo--> GHRH--> Hipófise-->
GH--> Fígado, células ósseas e muscu-
lares--> IGF1 e IGF2--> Cartilagem de
crescimento e outros tecidos--> Cresci-
mento da criança
Hormônios tireoidianos- Favorece a
produção e a síntese do hormônio de
crescimento. Favorece cartilagem de
crescimento.
Glicocorticoides- Favorece o cresci-
mento em pouca quantidade. Quando
de uso crônico, faz feedback negativo
e há um déficit de crescimento.
Esteroides sexuais- Agem nas cartila-
gens de crescimento, favorecendo o
crescimento na puberdade.
Abordagem da criança
com baixa estatura
 - Anamnese e exame físico;
 - Definir se há baixa estatura;
 - Avaliar velocidade de crescimento;
 - Avaliar alvo genético;
 - Avaliar estágio puberal;
 - Avaliar idade óssea;
 - Avaliar proporções corporais;
História clínica
Avaliar condições gestacionais e do
parto, estado nutricional, sinais e
sintomas de doença sistêmica preexis-
tente, uso de medicações crônicas
(corticóide), desenvolvimento neuro-
psicomotor.
Exame físico
Avaliação do estado físico e nutricional
da criança, peso, estatura, proporcio-
nalidade SS/SI (segmento superior/
segmento inferior), medida de enver-
gadura, dismorfismos. Colocar os valo-
res nas curvas de crescimento, peso e
etc.
CURVAS CRESCIMENTO
S5-Ped Gabriela Brito 
Definir se há baixa estatura
Inferior a percentil 3 ou Z escore 2
para gráfico de estatura por idade;
< 1,5 desvio padrão no canal
familiar;
Velocidade de crescimento < p10;
Velocidade de crescimento
A velocidade de crescimento é medida
por cm/ano, define se é algo
patológico ou fisiológico, é recomen-
dado calcular por um período mínimo
de 4 meses. Foco em 6 anos até puber-
dade.
Alvo genético
Altura da criança tem relação com a
altura dos pais, mais ou menos a média
da altura de ambos.
Altura vai estar normal entre média +
8,5 ou média - 8,5.
Estágio puberal
A velocidade de crescimento muda
tanto na mulher como no homem ao
entrar na puberdade.
M2 (menina na puberdade);
G2 (menino na puberdade);
Avaliar idade óssea
A estatura final é obtida quando ocorre
a fusão completa entre epífise e
metáfise óssea. Radiografia de mão e
punho esquerdo.
Proporções corporais
Relação SS/SI normal:
Segmento superior (SS): Diferença
entre estatura e segmento inferior.
Segmento inferior (SI): Sínfise púbica
até o chão.
Patologia do esqueleto possivelmente
ausente.
S5-Ped Gabriela Brito 
Relação SS/SI diminuída:
Relação SS/SI aumentada:
Avaliar coluna.
Encurtamento dos membros.
Causas de baixa
estatura
É avaliado variantes de normalidade
para descartar uma baixa estatura idio-
pática, sem justificativa para essa baixa
estatura.
Crescimento fetal pode estar compro-
metido por fatores maternos, fetais ou
placentários. A maioria dos PIG fazem
catch-up até 2 anos de idade e 10-20%
permanecem abaixo do esperado.
Apresentam padrão de liberação de
GH alterado, pulso menos frequentes e
com menor amplitude. A idade óssea é
atrasada (sem bom prognóstico na
estatura final).
Retardo do cresc. intrauterino
Criança vítima de abuso ou negli-
gência, desnutrição. Desenvolve uma
síndrome clínica semelhante com a
deficiência de GH. Cursam com trans-
tornos de comportamento. Quando re-
tirados do ambiente hostil, reassumem
um padrão normal de crescimento.
Fatores psicossociais
Doença renal crônica, acidose tubular
renal, infecção urinária de repetição,
disfunção hepática, anemia crônica,
doenças que cursam com má absor-
ção (doença inflamatória intestinal,
fibrose cística, doença celíaca, etc).
Condições crônicas associadas
DESNUTRIÇÃO
Déficit de ingesta proteico-calórica ou
de oligoelementos, há atraso na velo-
cidade de crescimento, idade óssea
atrasada, período de maior vulne-
rabilidade é do desmame até os 5
anos. Se crônica, há alteração da
estatura e do peso.
HIPOTIREOIDISMO
Pode ser congênita ou adquirida, há
velocidade de crescimento diminuída,
idade óssea atrasada em relação a ida-
Causas endocrinológicas
S5-Ped Gabriela Brito 
de cronológica, desproporção peso e
estatura, alteração cognitiva, atraso do
desenvolvimento neuropsicomotor e
hipotonia, macroglossia (fascies cretí-
nica), constipação intestinal, obesida-
de, pele pálida, seca, descamativa,
cabelos secos e quebradiços.
Potencial de reversibilidade quando
tratado adequadamente.
SÍNDROME DE CUSHING
Ocorre devido aumento do cortisol.
Tem como causas:
 - Administração exógena de corticói-
de;
 - Tumores produtores de ACTH e cor-
tisol;
A velocidade de crescimento está
reduzida, há ganho de peso (obesida-
de central) e aumento do apetite, HAS
e diminuição à tolerância à glicose,
estrias violáceas e gibosidade em regi-
ão cervical.
DEF. DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO
Congênita:
Pode ser congênita ou adquirida. 
Hipoglicemia, micro pênis/criptorqui-
dia, icterícia prolongada.
Adquirida:
Trauma, tumor do SNC, infecção,
irradiação.
Também pode ser idiopática, sem
causa aparente.
Peso e comprimento normais ao nasci-
mento, velocidade de crescimento
diminui a partir de 1-2 anos de vida,
baixa estatura proporcional, atraso na
idade óssea, fácies de boneca (fronte
olímpia, maxilares pequenos, base na-
sal achatada, voz aguda e cabelos
finos).
Doença autoimune devido intolerância
ao glúten, apresenta diarreia crônica,
baixo peso e distensão abdominal,
déficit de crescimento, anemia ferropri-
va refratária, hipotrofia muscular
especialmente de glúteos e MMII.
Doença celíaca
Condição de transmissão genética
caracterizadas por um defeito intrínse-
co na cartilagem ou nos ossos, baixa
estatura desproporcional, crescimento
Osteocondrodisplasias
Síndromes
S5-Ped Gabriela Brito 
dos ossos longos prejudicados, mas o
crescimento vertebral não está
afetado. Acondroplasia e hipocondro-
plasia são as formas mais comuns.
SÍNDROME DE TURNER
Cariótipo 45X 0. Ao nascimento apre-
senta linfedema em mãos e pés. Tem
baixa implantação capilar e pescoço
alado, pectus escavatum e cubitus
valgus, hipertelorismo mamário, válvu-
la aórtica bicúspide e coarctação da
aorta, rins em ferradura ou duplicação
do sistema pielocaliciano e atraso
puberal (hipogonadismo hipergona-
dotrófico).
DOWN, PRADER-WILLI E NOONAN
Cardiopatia congênita (estenose val-
var pulmonar), deficiência intelectual,
criptorquidia (em homens), anormali-
dades esqueléticas, dismorfismos faci-
ais como hipertelorismo, fendas palpe-
brais com inclinação para baixo, ore-
lhas baixo implantadas.
SÍNDROME SILVERRUSSEL
Atraso do fechamento da fontanela,
assimetria no comprimento dos mem-
bros, fácies triangular e pequena, fron-
te proeminente, micrognatia e clino-
dactilia do quinto dedo da mão
Abordagem da
baixa estatura
Avaliação complementar
S5-Ped Gabriela Brito 
Tratamento
É baseado na indicação de GH.
 - Deficiência de Gh;
 - Insuficiência renal crônica;
 - Síndrome de Turner, Prader Ville,
Nooman;
 - Baixa estatura idiopática (questio-
nável);
 - Retardo do crescimento intrauterino
(questionável);
S5-Ped Gabriela Brito 
1- Escolar de 7 anos é referido ao
ambulatório de endocrinologia pedi-
átrica por ser o menor aluno de sua
turma na escola. Tem boa saúde, é
ativo e apresenta bom rendimento
escolar. Seu pai mede 1,60 m e sua
mãe 1,50 m. O médico mede a criança
e constata 112 cm, calcula o alvo
genético do paciente, solicita
radiografia para determinação da
idade óssea, que resulta compatível
com a idade cronológica de 6 anos e 6
meses. Os exames laboratoriais
solicitados vêm normais.
Qual o diagnóstico mais provável
desse paciente?
A. Hipotireoidismo.
B. Baixa estatura familiar.
C. Deficiência do hormônio do cresci-
mento.
D. Retardo constitucional do cresci-
mento e puberdade.
Alvo genético: 161,5 ( 153 – 170).
2- Menor de 12 anos refere ser mais
baixo que seus colegas. Nasceu com
3.000g, 50cm, seu crescimento foi
normal, apresenta bom desempenho
escolar e nega doenças crônicas. Seu
pai tem 176 cm e sua mãe tem 160 cm.
Exame físico: Tanner G1P1. Sua altura
e peso estão nos percentis 3 das cur-
vas de idade versus estatura e idade
versus peso da OMS. Sua velocidade
de crescimento é de 5 cm ao ano e sua
idade óssea é de 10 anos. O
diagnóstico mais provável é:
A. Hipertireoidismo adquirido.
B. Desnutrição energético protéica.
C. Baixa estatura genética ou familiar.
D. Retardo constitucional de cres-
cimento.
E. Deficiência de hormônio de cres-
cimento.
3- A mãe de um menino de 9 anos
procura o Pediatra queixando-se de
baixa estatura. Relata que vem
percebendo nos últimos 18 a 24
meses que o menino não está mais
crescendo. Neste período começou a
ganhar peso e ficar desatento na
escola. Sem quaisquer outras queixas.
A velocidade de crescimento nos
últimos 12 meses foi de 2 cm/ano. Ao
exame físico: Estatura entre os
percentis 3 e 10; peso entre os
percentis 50 e 75; sem sinais de
puberdade. Demais dados do exame
físico normais. Assinale a alternativa
correta em relação ao crescimento:
A. Crescimento anormal por prová-
vel hipotireoidismo adquirido.
S5-Ped Gabriela Brito 
B. Crescimento normal com obesidade
exógena.
C. Crescimento e peso normais.
D. Crescimento anormal por
deficiência de hormônio de
crescimento.
4- Criança de 18 meses com história
de ser deixado em casa sob os
cuidados da irmã de 6 anos, com
desnutrição energético protéica do
Grau II, com comprometimento da
estatura, foi transferida para o
tratamento hospitalar de condição
pelo Conselho Tutelar do Menor. 
Após mês de internação o ritmo de
crescimento apresentou acelerada
velocidade de recuperação,
caracterizando um ‘cres-cimento
rápido’. A situação inicial pode ser
devida a:
A. Deficiência do hormônio do
crescimento.
B. Síndrome da privação psicos-
social.
C. Hipotireoidismo.
D. Síndrome disabsortiva intestinal.
CASO CLÍNICO
Escolar G.M.A, masculino, 11 anos é levado à consulta pois os pais estão
preocupados com a sua altura. É o menor aluno de sua sala de aula.
Hist. Fisiológica: Nasceu de parto cesáreo, a termo, peso ao nascer de 2900kg e
comprimento ao nascer de 49cm. 
Teste do pezinho normal;
Medidas atuais: Peso 30kg, estatura 129cm, estatura do pai: 173cm e estatura
mãe:152cm, G1P1 Tanner.
Qual o diagnóstico e como conduzir esse paciente ?
1- Há baixa estatura?
 Sim, Z escore < -2.
2- Velocidade de crescimento está normal?
 5 cm/ano, normal.
3- Alvo genético?
(152+13) + (173)/2 +/- 8,5 =169 (160,5–177,5 cm). Dentro do canal familiar.
4- Tanner G1P1? Raio x idade óssea: 10 anos 5 meses?
Ainda não está na puberdade. Idade óssea = idade cronológica, baixa
estatura.
5- Conclusão?
Baixa estatura familiar.

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