Financiamento do SUS

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O financiamento da Atenção Primária à Saúde
Material: CONASS, ATENÇÃO PRIMÁRIA E PROMOÇÃO DA SAÚDE, coleção Para Entender a Gestão do SUS, vol 3, cap 6 - O financiamento da Atenção Primária à Saúde , 2011 > disponível em:
http://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/colecao2011/livro_3.pdf
Bases legais para o financiamento
 no SUS
HISTÓRICO: ANTECEDENTE CENTRADO NA UNIÃO EM RELAÇÃO AO INVESTIMENTO EM SAÚDE
A nova Constituição brasileira reverteu o centralismo imposto pela reforma de 1976, ao instituir uma nova partilha tributária que favoreceu os entes subnacionais, principalmente os municípios, em detrimento da União
LEIS ORGÂNICAS 
DE SAÚDE
LEI 8080
LEI 8142
DISTRIBUIÇÃO E REPASSES DE RECURSOS
REGULAMENTAÇÃO E 
PARTICIPAÇÃO 
DA 
COMUNIDADE
Bases legais para o financiamento
 no SUS
*ANOS 2000
Emenda constitucional número 29
*ANO 2012 
Lei complementar 141
+
ESTABELECE PERCENTUAIS DE CONTRIBUIÇÃO POR ESFERA COM LIMITES MÍNIMOS
Bases legais para o financiamento
 no SUS
15%
12%
investimento no ano anterior 
+ 
variação do PIB
MUNICÍPIO
ESTADO
UNIÃO
FMS FES FNS
ORGANIZAÇÃO DE RECURSOS A SEREM DISTRIBUÍDOS, REGIDO POR LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS E AÇÕES EM SAÚDE 
 O financiamento na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 
REGIDA PELA PNAB: Política Nacional de Atenção Básica 
Tem composição tripartite, com PISO definido no componente federal
PISO DA ATENÇÃO BÁSICA
BLOCO ATENÇÃO BÁSICA
FIXA + VARIÁVEL
APLICAÇÃO EM MUNICÍPIOS E DF
transferência mensal de fundos 
O Piso da Atenção Básica (PAB)
É o montante de recursos financeiros federais destinados à viabilização de ações de APS
 composição
FIXA: custeia ações básicas em geral e é calculada com um valor mínimo per capita por ano
VARIÁVEL: incentivo ao desenvolvimento de ações específicas 
O valor mínimo é calculado a partir do levantamento do IBGE, censo de projeção do ano da população dos municípios ou do DF , determinando a base populacional publicada em portaria específica do Ministério da Saúde
O Piso Fixo da Atenção Básica:
LISTA AÇÕES MÍNIMAS DA ATENÇÃO BÁSICA PARA CUSTEIO:
O Piso da Atenção Básica Variável:
Fração de recursos federais para o financiamento de estratégias nacionais de organização da Atenção Primária à Saúde. Custeia formas de organização ou práticas de adesão da atenção básica. 
O Piso da Atenção Básica Variável:
Saúde da Família
Recurso para estruturação
Infraestrutura, equipamentos e realização do Curso Introdutório Saúde da Família 
MODALIDADES DE CUSTEIO DA EQUIPE SF:
-modalidade 1: R$ 9.600,00 a cada mês
municípios com IDH superior a 0,7 e com pop. com limite de 50 mil hab (área de Amazônia Legal) ou 30 mil (demais estados
 
OU
exclusos da descrição anterior que remanescente de quilombos ou residente em assentamentos de, no mínimo, 70 pessoas, respeitado o número máximo de equipes por município.
-modalidade 2: R$ 6.400 a cada mês
equipes que não se encaixam na modalidade 1.
O Piso da Atenção Básica Variável:
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) 
parcela de transferência dependente da quantidade de agentes na equipe cadastrados + profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica (Siab) na respectiva competência financeira.
valor de incentivo ao ACS calculado da mesma forma per capita do cálculo da fração fixa do piso, sendo modificado no último trimestre de cada ano, quando se soma uma parcela extra a partir da multiplicação do valor do incentivo pelo número de profissionais envolvidos cadastrados no mês de Agosto. 
O Piso da Atenção Básica Variável:
Equipes de Saúde Bucal (SB)
Parcela fixa vigente no mês seguinte À implantação destinada a infraestrutura e curso introdutório, calculado de acordo com o número de equipes de SB cadastradas + profissionais Siab da respectiva competência financeira. 
-DIVISÃO EM MODALIDADES:
1: 2000
composta por no mínimo um cirurgião-dentista e um auxiliar de consultório dentário.
2*: 2600
composta por no mínimo um cirurgião-dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico de higiene dental. 
*terão 50% a mais sobre os valores transferidos para as ESB implantadas. 
O Piso da Atenção Básica Variável:
CREDENCIAMENTO: PROCESSO DE CADASTRO P/ RECEBER INCENTIVO
O Piso da Atenção Básica Variável:
CREDENCIAMENTO: PROCESSO DE CADASTRO P/ RECEBER INCENTIVO
O Piso da Atenção Básica Variável:
EFETIVAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS:
A base dos incentivos é a alimentação de dados do Siab Nacional
MANUTENÇÃO E ATUALIZAÇÃO
SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO
gestores(município e DF)
coord. estaduais
transferência para Datasus até dia 15 de cada mês
info do mês anterior
(1 a 30) 
emissão de recibo da 
 entrega
Até dia 19 de cada mês 
*progressão não se aplica ao SI(saúde indígena), que tem transferência específica.
O Piso da Atenção Básica Variável:
CRITÉRIOS DE SUSPENSÃO DO REPASSE DE RECURSOS:
Se, por meio de monitoramento e/ou da supervisão direta do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde ou por auditoria do Denasus(Departamento Nacional de Auditoria no SUS): 
para SF e SB
para ACS
inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das equipes; 
ausência de qualquer um dos profissionais da equipe por período superior a 90 dias, com exceção dos períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida por legislação específica;
o descumprimento da carga horária para os profissionais das Equipes de Saúde da Família ou de Saúde Bucal estabelecida em política específica. 
inexistência de unidade de saúde cadastrada como referência para a população cadastrada pelos ACS; 
ausência de enfermeiro por período superior a 90 dias, com exceção dos períodos em que a legislação eleitoral impede a contratação de profissionais, nos quais será considerada irregular a ausência de profissional; 
ausência de ACS, por período superior a 90 dias consecutivos; 
descumprimento da carga horária estabelecida em política específica para os profissionais. 
O Piso da Atenção Básica Variável:
ADAPTAÇÕES PARA ESPECIFICIDADES REGIONAIS:
EXEMPLOS:
sazonalidade, migrações, dificuldade de fixação de profissionais, IDH, indicadores de resultados, educação permanente e formação de ACS. 
A compensação é definida em Portaria Ministerial específica para esse fim e sua utilização é definida periodicamente pelas CIBs(comissões intergestores bipartite), que devem selecionar os municípios a serem contemplados, a partir de critérios regionais
O Piso da Atenção Básica Variável:
Saúde Indígena:
GARANTIR ACESSO E ESTIMULAR A SAÚDE EM COMUNIDADES INDÍGENAS
O VALOR DESTINADO A ESSE FIM PODE:
ser acrescido ao teto municipal pela Secretaria de Atenção à Saúde(SAS), caso as atividades inclusas sejam diretamente realizadas pelo município
ser destinado à FUNASA, com autorização da SAS, caso seja essa a instituição responsável pelas ações diretas e indiretas à pop. indígena
Microscopista na atenção primária:
Recebe incentivo igual ao repassado mensalmente ao ACS
O Piso da Atenção Básica Variável:
Populações Ribeirinhas:
Programa de Saúde na Escola (PSE):
Núcleo de Apoio à Saúde da Família:
O valor dos recursos financeiros referentes à adesão ao PSE corresponde a uma parcela extra do incentivo mensal às Equipes de Saúde da Família que atuam nesse programa.
O valor do repasse mensal para o financiamento das Unidades de Saúde da Família Fluviais para população ribeirinha é de R$ 30.000 mensais, com adicional de R$ 10.000 mensais caso a Unidade conte com serviço de Saúde Bucal
Os valores do incentivo federal para o custeio de cada Nasf (1 e 2) ERAM, respectivamente, de R$20.000 e R$6.000. 
ATUALIZAÇÃO: NASF-AB foi extinto em Janeiro de 2020, no governo Bolsonaro 
O Piso da Atenção Básica Variável:
Cada equipe de saúde é responsável por até 500 presos.
acesso à saúde p/ população carcerária, implantação de unidades básicas prisionais e organizaçãoda referência para serviços ambulatoriais especializados.
prisões com até 100 detentos receberão serviços(planejamento das ações de saúde, promoção, vigilância e trabalho interdisciplinar) na localidade
ações de promoção da saúde e de atenção primária à saúde relativos à saúde bucal, saúde da mulher, doenças sexualmente transmissíveis e Aids, saúde mental, hepatite, tuberculose, hipertensão, diabetes, hanseníase, bem como a assistência farmacêutica básica, imunizações e coleta de exames laboratoriais
Saúde no sistema penitenciário
Saúde no sistema penitenciário
O Piso da Atenção Básica Variável:
RECURSOS DIVIDIDOS: 70% RESPONSABILIDADE DO MIN DA SAÚDE (FNS) E 30% DO MIN DA JUSTIÇA (Fundo Penitenciário Nacional (Funpen)).
VALORES ESTABELECIDOS DIFEREM EM TIPO 1 E TIPO 2:
Tipo 1 – nas unidades prisionais com o número acima de 100 pessoas presas serão implantadas equipes de saúde, considerando uma equipe para até 500 presos, com incentivo correspondente a R$ 64.800/ano por equipe de saúde implantada; 
Tipo 2 – nas unidades prisionais com o número de até 100 pessoas presas, as ações e serviços de saúde serão realizadas por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, à qual será repassado o Incentivo, no valor de R$ 32.400/ano por estabelecimento prisional.
O Piso da Atenção Básica Variável:
-Para efetivar o incentivo, é necessário que o estado seja qualificado no Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, que já inclui 18 unidades (2011)
-A não alimentação dos Sistemas de Informações, conforme orientações do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, por dois meses consecutivos ou três meses alternados durante o ano, acarretará a suspensão do repasse 
 OBRIGADA!