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Porfolio Nutrição em Saúde Pública

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Estágio Supervisionado em 
Saúde Pública l 
PORTIFÓLIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANNA LAURA LUCHESI RAMSDORF 
 
 
 
 
Presidente Prudente – SP 
2021 
 
 
 
Introdução 
 
No Brasil, a saúde e a alimentação, é um direto previsto na lei nº8.080 de 
setembro de 1990, que cria o Sistema Único de Saúde (SUS). Essa lei 
estabelece o caráter determinante da alimentação e atribui ao Ministério da 
Saúde o papel de formular políticas de alimentação e nutrição. 
 
 
A PNAN (Política Nacional de Alimentação e Nutrição), aprovada em 1999, 
tem como objetivo melhorar as condições de alimentação, nutrição e saúde 
de toda a população brasileira, através da promoção de práticas alimentares 
adequadas e saudáveis, da vigilância alimentar e nutricional, além da 
prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e 
nutrição. Tais atividades são integradas nas ações de saúde nas redes de 
Atenção Básica. 
 
Essa política, apontou que a atuação do setor saúde no contexto da SAN 
(Segurança Alimentar Nutricional) é marcada por dois momentos 
denominados positivo e crítico. 
O primeiro momento ocorre quando há garantia da SAN em todas as suas 
dimensões. Nesse caso, as ações predominantes do setor saúde são a 
vigilância alimentar e nutricional, a vigilância sanitária de alimentos e as 
medidas de caráter educativo. Já o momento crítico ocorre quando há falhas 
na garantia da SAN, seja na sua dimensão alimentar, prejudicando o acesso 
a alimentos em quantidade e qualidade adequadas, ou na sua dimensão 
nutricional, com agravos à saúde que prejudicam a utilização biológica dos 
 
 
alimentos e de práticas alimentares não saudáveis que podem desencadear 
carências específicas, obesidade e várias outras doenças. 
Entre as ações a serem desenvolvidas pelo setor saúde no momento 
positivo são ofertados serviços de atenção básica à saúde, como: a 
vacinação, exames preventivos, pré-natal, promoção do aleitamento materno 
exclusivo, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, o 
tratamento de doenças mais comuns, entre outros. Por outro lado, apontam 
como obstáculos setoriais que contribuem para o momento crítico a baixa 
cobertura ou má qualidade dos serviços prestados à população. 
Em 2011, foi aprovada uma nova versão da PNAN, onde apresenta como 
propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da 
população através da promoção de práticas alimentares adequadas e 
saudáveis, vigilância alimentar e nutricional, prevenção e o cuidado integral 
dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. 
Tem como propósito o direito à saúde e à alimentação e é orientada pelos 
princípios doutrinários e organizativos do SUS: alimentação como elemento 
de humanização das práticas de saúde; respeito à diversidade e à cultura 
alimentar; fortalecimento da autonomia dos indivíduos; determinação social e 
a natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição; e 
Segurança Alimentar e Nutricional com soberania. 
Para alcance de seu propósito, a PNAN traz um conjunto de diretrizes que 
norteiam a organização e oferta dos cuidados relativos à alimentação e 
nutrição no SUS, que devem contribuir para a conformação de uma rede 
integrada, resolutiva e humanizada de cuidados, sendo elas: Organização da 
Atenção Nutricional; Promoção da Alimentação Adequada e Saudável; 
Vigilância Alimentar e Nutricional; Gestão das Ações de Alimentação e 
Nutrição; Participação e Controle Social; Qualificação da Força de Trabalho; 
Controle e Regulação dos Alimentos; Pesquisa, Inovação e Conhecimento 
em Alimentação e Nutrição; Cooperação e articulação para a SAN. 
Nos campos de estágio, fora observado determinadas falhas na execução 
dos programas e políticas que compõem o PNAN, como por exemplo falta 
de Assistentes Sociais e grande sobrecarga aos profissionais da saúde 
devido a falta de organização e gestão da ESF, sucedendo assim, 
momentos críticos. 
A atual situação alimentar e nutricional do País torna evidente a necessidade 
de uma melhor organização dos serviços de saúde para atender às 
demandas geradas pelos agravos relacionados à má alimentação, tanto em 
relação ao seu diagnóstico e tratamento quanto à sua prevenção e à 
promoção da saúde. Incluem-se, ainda, as ações de vigilância para 
proporcionar a identificação de seus determinantes e condicionantes, assim 
como das regiões e populações mais vulneráveis. 
 
Referências 
 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_alimentacao_n
utricao.pdf 
 https://aps.saude.gov.br/politicas/pnan 
 
 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_alimentacao_nutricao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_alimentacao_nutricao.pdf
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
Dia 18/10/21 
Local: Unoeste – Campus l 
Supervisor(as): Marcela Fagiani e Grace Facholi 
 
Neste dia foi apresentado o plano de ensino do estágio de Nutrição e Saúde 
Pública. 
As professoras Marcela e Grace, orientaram sobre os campos de estágio e a 
competência que deve-se ter em relação a eles, além de darem dicas para 
um bom atendimento aos pacientes, frisaram sobre certas regras que 
deverão ser seguidas dentro dos campos, em relação a pontualidade, 
adequação do uniforme, cordialidade e postura profissional, uso do celular, 
pró atividade, conduta nos atendimentos e grupos, participação nas 
discussões e atividades em campo, mobilização dos conhecimentos teóricos 
e práticos... 
E foi também passado orientações sobre as atividades e o portfólio. 
Confesso que estou um pouco apreensiva em relação ao estágio pois 
possuo um pouco de dificuldade de me comunicar por timidez e 
insegurança, porém estou trabalhando isso em mim para poder superar e 
tentando pensar positivamente, pois como diz uma frase que gosto bastante 
de Winston Churchill, “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o 
entusiasmo”. 
 
 
Dia 19/10/21 
Local: SESI – Presidente Prudente 
Supervisora: Sabrina Lenquiste 
 
 
No dia de hoje, foi feita uma visita até a escola SESI de Presidente 
Prudente, afim de apresentar o curso de Nutrição para os estudantes, 
através da Feira de Profissões em que a faculdade fez em parceria com a 
escola. 
Na sala 14 do 2º andar, foi mostrado aos alunos de todos os anos, mais 
preferencialmente os de ensino médio, diversas áreas do curso de nutrição, 
sendo distribuído folders e também demonstrado através de um experimento 
feito pela professora Sabrina, especificamente da área de tecnologia de 
alimentos, mostrando como são produzidos os aromas dos alimentos na 
indústria alimentícia, mediante a reação de Maillard, que visa ser uma 
reação química que ocorre em alimentos que tenham carboidratos e 
proteínas, e que é responsável por dar o aroma, o sabor e a cor dos 
alimentos. Destacando que em excesso, pode ser prejudicial ao organismo. 
Os aromas escolhidos eram de batata frita e de baunilha, os estudantes ao 
 
 
cheirarem já identificaram e gostaram muito, particularmente também foi a 
apresentação que mais gostei. 
Fora apresentado também aos alunos, através de um microscópio, uma 
lamina de parte do intestino grosso de um rato de laboratório que possuía 
Colite Ulcerativa, e a relação da doença com a farinha de Pitaya, que ajudou 
o rato a curar-se. Tal apresentação se deu para mostrar sobre Alimentos 
Funcionais e a Nutrição Funcional, onde alimentos podem auxiliar na 
prevenção e tratamento de certas doenças. 
 
Além disso, os alunos tiveram a oportunidade de serem avaliados 
fisicamente, onde foram pesados, medidos, feito a pega de dobras e os 
cálculos dando sua classificação. Eles tiveram não só a opção tradicional, 
feito com balança, estadiômetro e adipometro, como também a opção de 
serem avaliados através da bioimpedância,onde foram colocados eletrodos 
nas mãos e pés dos alunos. Os eletrodos emitem uma corrente elétrica 
suave que passa entre os tecidos corporais do organismo, gerando 
automaticamente a estimação da massa magra, gordura corporal, água 
corporal total, entre outros dados que proporcionam informações mais 
precisas sobre o estado nutricional. 
Além disso, foi explicado aos alunos tais técnicas de avaliação e para que 
finalidade o nutricionista as aplica. 
Junto a tudo isso, os estudantes puderam jogar o Jogo da Memória 
Nutricional, elaborado pela Unoeste, em que o jogador precisa associar os 
alimentos e seus nutrientes. 
Gostei muito do dia de hoje e de apresentar um pouco do meu conhecimento 
aos futuros universitários, espero que eles se apaixonem pela Nutrição, 
assim como eu me apaixonei na Feira de Profissões da UNOESTE em 2017 
que me fez chegar até aqui. 
 
Referência 
 Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 41, nº 2, e20180271 (2019) 
www.scielo.br/rbef DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2018-
0271 
 
http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2018-0271
http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2018-0271
 
 
 
 
 
Dia 20/10/21 
Local: ESF Jd Leonor 
Supervisora: Sabrina Lenquiste 
 
 
Hoje na ESF Jd Leonor, foi feito a Puericultura em crianças de 4 - 6 meses 
de idade. 
A Puericultura visa ser um método avaliativo para o acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento da criança, onde é avaliado seu peso, altura, 
desenvolvimento neuropsicomotor, vacinação e intercorrências, o estado 
nutricional e também é dado orientações a mãe ou cuidador sobre os 
cuidados com a criança (envolvendo alimentação, vacinação, higiene e 
estimulação) durante o atendimento, e registrando tais procedimentos no 
cartão da criança. 
Com o auxílio da supervisora Sabrina, foram avaliadas quatro crianças na 
ESF. 
Primeiramente foi medido o comprimento através de um estadiometro, feito 
as medidas da circunferência cefálica e torácica para obter-se a razão 
PT/PC, que é um indicativo de desnutrição ou problemas neurológicos, além 
disso, foram pesadas as crianças e com isso e feito os cálculos (pelo 
computador da enfermeira da ESF) dos índices antropométricos: IMC, Peso 
por Estatura, Peso por Idade e Estatura por Idade. 
 
 
O índice antropométrico é o resultado da razão entre duas ou mais medidas, 
que sozinhas não forneceriam um diagnóstico. Tais dados quando 
combinados formam um índice. O Peso por Idade expressa a massa 
corporal para a idade cronológica da criança e é usado para o 
acompanhamento do crescimento da mesma. O Peso por Estatura diz a 
respeito da harmonia entre as dimensões de massa corporal e altura, é 
usado para o diagnóstico de excesso de peso. Já a Estatura por Idade é 
usada para analisar o crescimento linear da criança e aferir a qualidade de 
vida de uma população. 
 
 
Após a avaliação, foi anotado no cartão da criança o dia da mesma e as 
novas medidas atualizadas, bem como conferido antes se a vacina estava 
em dia ou não. 
Com exceção de 1 criança, 3 delas já tinham iniciado a Introdução Alimentar. 
A paciente que mais me chamou atenção, foi a criança X, de 7 meses, 
7,626kg, 67,0cm, que está em aleitamento materno e com formula láctea 
Nestogen, começou a introdução alimentar aos 4 meses de idade e sua mãe 
se queixou de que a filha não estivesse mais aceitando a papa ofertada, e 
sim, querendo comer a comida do prato da família (uma comida que foi 
relatada ser preparada com temperos prontos artificiais). 
Foi orientado a mãe da paciente, que ela poderia começar introduzir 
alimentos sólidos como arroz, feijão, e demais sem amassar e fazer papa, 
pois a criança apesar dos poucos meses, já estava apta para isso. Junto a 
isto, foi frisado que o preparo de tais alimentos deveriam ser isentos de 
temperos artificiais prontos, e que no lugar destes, ela poderia usar 
temperos naturais. 
Já foi demonstrado que o consumo de alimentos com temperos e corantes 
artificiais, ocasionam condições que podem perdurar até a idade adulta, 
provocando alteração da pressão arterial e também ocasionando alergias no 
bebê. 
A experiência de hoje foi única e com toda certeza absorvi muitas 
informações em relação a avaliação física de crianças. Confesso que, no 
começo estava um pouco nervosa por não estar tão dominante no conteúdo 
pois ainda falta muito estudo da minha parte, porém com o passar das horas 
fui “pegando o jeitinho” e lidando. Agradeço a minha supervisora Sabrina 
pela paciência e pelas explicações. No final, deu tudo certo (risos). 
 
Referências 
 Rev. Bras. Enferm. 64 (1) - Fev 2011 (https://doi.org/10.1590/S0034-
71672011000100006) 
 Manual de Avaliação Nutricional do Estudante (Unoeste) 
 SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil Aleitamento Materno e Alimentação 
Complementar - Caderno de Atenção Básica, nº 23 
(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleita
mento_alimentacao.pdf) 
 
Dia 21/10/21 
Local: ESF João Domingos 
Supervisora: Sabrina Lenquiste 
 
 
No dia de hoje, fomos prestar atendimento na ESF João Domingos, onde 
aplicamos novamente a Puericultura em três crianças, porém desta vez da 
faixa etária de 5 meses até 1 ano de idade. O que me intrigou logo no 
começo, foi a desorganização em relação aos atendimentos destes 
pequenos pacientes, pois foi confundido várias vezes os prontuários e uma 
https://doi.org/10.1590/S0034-71672011000100006
https://doi.org/10.1590/S0034-71672011000100006
 
 
das crianças (de 1 ano de idade) estava sendo avaliada pela primeira vez 
em 6 meses. 
Logo após os atendimentos com os lactentes e crianças, fora explicado pela 
supervisora sobre as ESF’s, que são de caráter longitudinal e o lugar onde é 
feito cuidado da saúde (prevenção e promoção) da família, e são localizadas 
em áreas de alta vulnerabilidade. Nela há uma equipe multiprofissional 
composta por no mínimo: médico generalista, ou especialista em Saúde da 
Família, ou médico de Família e Comunidade; enfermeiro generalista ou 
especialista em Saúde da Família; auxiliar ou técnico de enfermagem; e 
agentes comunitários de saúde, e além destes, podem ser acrescentados os 
profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista 
em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 
 
A atenção primária é muito mais eficaz quando se concentra na pessoa (e 
não em uma doença ou órgão, como é o caso das especialidades médicas) 
e cria um vínculo entre o paciente e os profissionais de saúde, e através de 
tal relacionamento, e do desenvolvimento dos registros e demais 
informações qualitativas, os profissionais de APS ganham conhecimento 
profundo sobre o paciente, sua família e a comunidade local em que vivem. 
Os benefícios da longitudinalidade são de melhor reconhecimento de 
problemas e das necessidades, dar um diagnóstico mais preciso com os 
conselhos de tratamento, menos hospitalizações, custos gerais mais baixos, 
melhor prevenção de alguns tipos de doenças e aumento da satisfação do 
usuário. 
A qualidade do serviço possui variações que resultam nas diferenças na 
disponibilidade de equipamentos básicos, padrões de pessoal e 
disponibilidade de diferentes profissionais de saúde, má coordenação e 
disponibilidade de atenção secundária e especializada, variações no 
gerenciamento e outros apoios institucionais disponíveis para equipes. 
Nota-se que na ESF João Domingos não há qualidade no serviço, sendo 
totalmente desorganizada e levando a saturação dos profissionais em 
relação ao número de pessoas a serem atendidas, pois são muitas para 
poucos profissionais. Além disso, a estrutura não é boa, sendo 2 polos em 1 
prédio pequeno e afastado dentro da territorialidade. Falta-se áreas na ESF 
e consequentemente, há falta dos equipamentos básicos para atender de 
forma adequada os pacientes. 
 
 
Cada equipe de Saúde da Família (ESF) deve ser responsável por,no 
máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, 
respeitando critérios de equidade para essa definição. Recomenda-se que o 
número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das 
famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de 
vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe, 
porém, na ESF visitada, esse número encontra-se superior a 12 mil, o que é 
mais que o dobro de pessoas. 
Posteriormente a conversa com a supervisora, foi feito o atendimento de 
uma gestante de 17 semanas, onde a mesma estava com a glicemia um 
pouco alterada por conta da gravidez (pré-diabética). Foi feita a anamnese 
da paciente e também a avaliação física, medindo a circunferência do braço 
direito, peso e altura. 
Em sua anamnese, a paciente relatou ter melhorado a qualidade da sua 
alimentação pois mostrou-se preocupada com sua glicemia e seu peso, 
relatou muita fome e que come tudo o que possui vontade aos finais de 
semana como uma ‘gratificação’ por ‘não comer nos dias de semana’, notou-
se que a mesma fica longos períodos sem se alimentar e também gosta de 
comer embutidos e alimentos gordurosos aos finais de semana. 
Como não tivemos tempo pois já estava próximo do horário do ônibus, 
demos algumas orientações nutricionais diretas da carteirinha dela, da qual 
a paciente nunca havia notado, e conforme o que nos foi passado, levamos 
para a casa os dados para fazer os cálculos. 
 
 
Caderno também usado para as orientações nutricionais. 
 
Chegando em minha casa, foi calculado o IMC por peso pré gestacional, o 
IMC por peso atual, o ganho de peso semanal médio no 2º trimestre da 
gestação da paciente, sua TMB, VET e Peso Teórico (ou Ideal). 
 
 
Amanhã na Clínica de Nutrição, a supervisora Sabrina irá debater sobre a 
paciente, os cálculos e a elaboração da dieta da mesma para que possamos 
montar um plano alimentar para entregar a ela. 
 
 
Referências 
 Ministério da Saúde (https://aps.saude.gov.br/ape/esf/) 
 Estratégia Saúde da Família, um forte modelo de Atenção Primária à Saúde que 
traz resultados (https://scielosp.org/article/sdeb/2018.v42nspe1/18-37/) 
 
Dia 22/10/21 
Local: Clínica de Nutrição 
Supervisora: Marcela Fagiani 
 
 
Neste dia, foi mostrado novamente o equipamento de Bioimpedancia, onde a 
professora e supervisora Marcela, nos explicou sobre o equipamento e como 
manuseá-lo de forma adequada. 
Logo após, foi apresentado pela mesma um formulário para avaliação de 
solicitação de nutrição enteral por paciente de instituições públicas e 
privadas, onde foi explicado como preenche-lo. 
 
 
https://aps.saude.gov.br/ape/esf/
https://scielosp.org/article/sdeb/2018.v42nspe1/18-37/
 
 
 
 
 
Fotos do Laudo 
 
 
 
Posteriormente a explicação, eu, Vitória e Bruna, calculamos o IMC, %CB, 
%DCT, %CMB e Estatura para Idade, de um menino de 16 anos que possui 
Paralisia Cerebral, Hipilepsia e COVID-19, onde o mesmo encontra-se 
internado e necessita de uma fórmula enteral para quando receber alta 
continuar o tratamento em sua casa. 
O paciente encontra-se com Magreza, Baixa Estatura para Idade e 
Desnutrição Severa. Foi então feito o cálculo de quanto necessita do 
suplemento Isosura por dia e quanto necessita por mês, chegando à 
conclusão que por dia ele necessitará de 1200ml e por mês 37,2L (38 
frascos de 1 litro), sua formula é hipercalórica, não possui sacarose e 
também é isento de lactose, sendo sua densidade é de 1,5 por grama. 
Neste mesmo dia, foi atendido dois retornos. A primeira paciente atendida 
possui Doença do Neurônio Motor Inferior e Atrofia Muscular, é cadeirante, 
obstipada e sobrepeso por conta do seu diagnóstico. 
A Esclerose Lateral Amiotrófica foi descrita por Charcot e Joffroy em 1874, 
ocorrendo na forma típica o comprometimento do Neurônio Motor Superior e 
Neurônio Motor Inferior. Embora existam várias hipóteses etiológicas, até o 
momento se sabe a sua provável causa. 
Trata-se de uma doença exclusiva do sistema muscular. A atrofia muscular 
progressiva se caracteriza por acometer indivíduos de idade adulta, com 
atrofia muscular de início nas eminências tenares, eminências hipotenares e 
músculos interósseos, acometendo todos os membros superiores, 
musculatura do tronco e eventualmente os membros inferiores, havendo 
fasciculações. A sobrevida variava de cinco a quinze anos, com 
envolvimento dos músculos respiratórios na fase final da doença. 
Desde a última consulta, a paciente relatou notar ter emagrecido pois suas 
calças estavam servindo novamente, foi avaliada, e de fato, a mesma 
emagreceu 8,55Kg e perdeu 3 cm de circunferência do braço. Como a 
paciente é cadeirante, foi feito o cálculo de peso estimado através da altura 
estimada e CB. 
Foi mantida a dieta, pois teve bastante êxito, inclusive também em relação 
ao intestino da paciente, que relatou estar conseguindo ir ao banheiro 3 x na 
semana (a mesma antes não costumava ir nenhum dia), e ao final da 
consulta foi explicada sua evolução e orientado sobre a necessidade de 
água, estimulando também o consumo de frutas e vegetais. 
A segunda paciente foi uma menina de 15 anos, com Doença de Crohn, que 
visa ser uma doença inflamatória intestinal crônica que acomete qualquer 
parte do sistema gastrointestinal, sendo mais comum entre os 15 e 40 anos 
de idade. Os sintomas mais comuns são diarreia, vomito, perda de peso, 
dores abdominais, febre e desnutrição. 
A paciente em questão encontrou-se eutrófica e em fase de remissão da 
doença. Não foi mudada a dieta pois a menina, acompanhada do pai, 
disseram não estar seguindo, relatando comer bastante alimentos 
industrializados, doces, suco de pozinho, embutidos, e não consumindo 
nada de frutas por preguiça. 
 
 
Foi então orientado a paciente a retomar o plano alimentar passado 
anteriormente na última consulta, seguido de mais orientações nutricionais, 
explicando a importância de se alimentar bem para que não entre na fase 
ativa da doença. 
Finalizando esse dia de estágio, a professora e supervisória Sabrina, passou 
na clínica de nutrição para debater sobre a paciente gestante que não 
tivemos tempo de conversar sobre na ESF, corrigiu os cálculos e disse estar 
tudo certo, pedindo então para montarmos a dieta da mesma e orientações 
nutricionais sobre alimentação saudável e gestação. 
 
Referências 
 https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/31973/D%20-
%20OCTAVIO%20DA%20SILVEIRA%20NETO.pdf?sequence=1 
 https://www.scielo.br/j/ramb/a/DymjtkjZBfBrKxnSHJwyT6v/?format=pdf&lang
=pt 
 
Dia 25/10/21 
Local: ESF João Domingos 
Supervisora: Sabrina Lenquiste 
 
No dia de hoje, realizamos a entrega da dieta da gestante que atendemos na 
semana passada, além da dieta, foi entregue um panfleto com algumas 
orientações nutricionais e várias opções de receitas saudáveis para ela 
poder fazer em casa. 
A dieta foi elaborada para que a paciente não ganhe peso a mais que o 
recomendado durante a sua gestação, pois a mesma de sobrepeso, foi 
classificada para obesidade leve. 
Ela mostrou-se muito preocupada quanto as calorias da dieta, porém foi 
explicado que esse periodo não é adequado para restringir nenhum 
alimento, pois pode atrapalhar no desenvolvimento da criança, e que é 
natural oganho de peso nesta fase. 
 
Folder 
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/31973/D%20-%20OCTAVIO%20DA%20SILVEIRA%20NETO.pdf?sequence=1
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/31973/D%20-%20OCTAVIO%20DA%20SILVEIRA%20NETO.pdf?sequence=1
https://www.scielo.br/j/ramb/a/DymjtkjZBfBrKxnSHJwyT6v/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/ramb/a/DymjtkjZBfBrKxnSHJwyT6v/?format=pdf&lang=pt
 
 
 
 
 
 
Receitas 
 
Ao final do atendimento, a supervisora Sabrina nos reuniu e contou sobre 
um caso que me chocou muito, confesso que fiquei muito triste ao saber. O 
caso era sobre um recém-nascido, da qual a mãe é usuária de drogas.O 
lactente nasceu prematuro grave, ficou na UTI por insuficiência respiratória, 
voltou para o quarto para estimular o aleitamento materno, mas por conta de 
uma depleção do SNC, teve problemas na deglutição, não conseguindo 
mamar e sendo necessário então, ser passado uma sonda e dieta enteral, 
também porque a mãe tem dificuldade em seguir as condutas. Infelizmente, 
a mãe do recém-nascido não compareceu na consulta, gerando grande 
preocupação em todas nós em relação a ele. 
 
 
Hoje também, foi entregue e explicado a duas gestantes, orientações 
nutricionais sobre a importância da boa alimentação na gestação (folheto no 
qual coloquei a cima). 
Posteriormente, foi atendido dois retornos de duas funcionárias da ESF. 
A primeira paciente é hipertensa e foi elaborada a ela uma dieta Dash. A 
dieta DASH é um plano de alimentação que tem como objetivo principal 
ajudar a diminuir a pressão arterial. No entanto, também tem sido utilizada 
para baixar o peso e ajudar a controlar a diabetes. A sigla DASH vem do 
inglês Dietary Approaches to Stop Hypertension, que significa Métodos para 
Combater a Hipertensão. 
Nessa dieta é estimulada o consumo de vegetais, frutas e grãos integrais. 
Para que seja também utilizada para perder peso, a rotina alimentar pode 
manter-se, no entanto pode ser recomendado um consumo menor do que o 
habitual para reduzir as calorias da dieta. 
A paciente relatou no retorno que não estava conseguindo seguir toda a 
dieta porque a mesma não está de acordo com a sua realidade, não tendo 
fome durante o dia e dizendo comer menos do que foi passado. Relatou 
também não gostar de comer no Arroz e Feijão no jantar. Contudo, a 
paciente se alimenta bem, faz boas escolhas, entretanto não consegue 
adequar seus horários e suas refeições. 
Através de sua avaliação física, foi visto que a paciente emagreceu, pois na 
consulta anterior estava com 95 kg e no retorno passou para 88,2 kg. Foi 
então elaborado um novo plano alimentar, porém desta vez com um VET 
menor e adequando seus horários e suas refeições, com alimentos fáceis de 
preparo e de acordo com seu cotidiano. Além disso, foi orientado a ela sobre 
o quanto é prejudicial o excesso de consumo de sódio e de temperos 
prontos, e que o peso de balança é apenas uma consequência de seus bons 
hábitos, e que não deve ser este o foco, e sim ter uma alimentação 
equilibrada e saudável. 
 
 
Já a segunda paciente atendida, possui gordura no fígado, é pré-diabética, 
hipertensa, sendo diagnosticada com síndrome metabólica grave. A 
síndrome metabólica é entendida como um conjunto complexo de fatores de 
risco cardiovascular, relacionados à deposição central de gordura e à 
resistência à insulina, está por sua vez, fortemente associada a uma elevada 
morbimortalidade cardiovascular, mesmo na ausência de diabetes. O 
aumento de risco de morte cardiovascular está direta e progressivamente 
associado ao aumento da medida de circunferência abdominal. 
 
 
A paciente relatou no retorno que não estava conseguindo seguir a dieta 
corretamente, principalmente os lanches da tarde por conta dos horários, 
visto que a mesma trabalha e não sobra a ela muito tempo para se alimentar 
adequadamente. Relatou também que não sente fome devido aos remédios 
que está tomando sendo a Neofaxina, Desvenlafaxina e Metformina. Durante 
a semana procura fazer boas escolhas alimentares, porém pula as refeições 
ficando muito tempo sem se alimentar e saí totalmente da dieta nos finais de 
semana, passando quase o dia todo sem se alimentar. Foi orientado para 
que a paciente fracione mais suas refeições, tentando realizar os lanches 
intermediários para melhor controle de sua glicemia principalmente. Além 
disso, orientamos que ela faça alguma atividade física ao menos 3 vezes na 
semana, já que os remédios dificultam a perda de peso. 
 
 
 Referências 
 Abordagem dietética para controle da hipertensão: reflexões sobre adesão e 
possíveis impactos para a saúde coletiva 
(https://www.scielosp.org/article/csc/2020.v25n4/1421-1432/) 
 Síndrome metabólica e qualidade de vida: uma revisão sistemática 
(https://www.scielo.br/j/rlae/a/5V6yFK6MCNcmtxwH8DYYGRP/?lang=pt&for
mat=pdf#:~:text=A%20s%C3%ADndrome%20metab%C3%B3lica%20(SM)%
2C,diabetes%20tipo%202(4).) 
 
Dia 26/10/21 
Local: Clínica de Nutrição 
Supervisor(as): Grace Facholi e Marcela Fagiani 
 
No dia de hoje foram atendidos dois pacientes, o primeiro foi o retorno de um 
menino de 12 anos e 11 meses, em fase de crescimento e em busca de 
reeducação alimentar para perda de peso. 
Desde a última consulta, o paciente conseguiu diminuir 550g do seu peso e 
cresceu 3cm. O mesmo relatou junto a mãe que o acompanhava, que estava 
seguindo a dieta, porém comendo a mais do que o passado, e aos finais de 
semana, a mãe assumiu que saem para comer lanches, pizzas, bebe 
refrigerante e consomem alimentos mais calóricos. Frente a isso, foi 
https://www.scielosp.org/article/csc/2020.v25n4/1421-1432/
https://www.scielo.br/j/rlae/a/5V6yFK6MCNcmtxwH8DYYGRP/?lang=pt&format=pdf#:~:text=A%20s%C3%ADndrome%20metab%C3%B3lica%20(SM)%2C,diabetes%20tipo%202(4)
https://www.scielo.br/j/rlae/a/5V6yFK6MCNcmtxwH8DYYGRP/?lang=pt&format=pdf#:~:text=A%20s%C3%ADndrome%20metab%C3%B3lica%20(SM)%2C,diabetes%20tipo%202(4)
https://www.scielo.br/j/rlae/a/5V6yFK6MCNcmtxwH8DYYGRP/?lang=pt&format=pdf#:~:text=A%20s%C3%ADndrome%20metab%C3%B3lica%20(SM)%2C,diabetes%20tipo%202(4)
 
 
passado orientações para o paciente seguir corretamente os horários e as 
quantidades das refeições, praticar atividades físicas (pois relatou não ser 
ativo), diminuir o consumo de doces, lanches, pizzas e refrigerante, fazendo 
trocas saudáveis, com isso, foi passado receitas saudáveis para que sua 
mãe possa preparar em sua casa. 
Já o segundo atendimento, foi uma primeira consulta de uma mulher de 18 
anos, Diabética tipo 1, insulinodependente. 
O DM1 pode ocorrer em qualquer faixa etária. Predomina na infância e 
adolescência, com pico ao redor da puberdade. A doença incide igualmente 
em ambos os sexos. 
 
 
A paciente fazia suas consultas no ambulatório do HR, porém foi transferida 
para Clínica de Nutrição ao atingir a maioridade. Descobriu que era diabética 
através de exames de rotina pois já era pré-diabética. 
Ela relatou aplicar insulina 2x ao dia (NPH), de manhã (9h30) 40 unidades, e 
a noite (21h30) 8 unidades, e em casos que sua glicemia encontrava-se 
muito alta, usa a Ultrarápida que possui rápido efeito para diminuição. 
Comentou que nos últimos meses achava ter perdido 3kg e também que é 
diabética há 1 ano e 1 mês. 
Além da insulina, faz o uso de anticoncepcional Diclean e suplementação de 
biotina para os cabelos e unhas. Seu habito intestinal é normal, com fezes 
de consistência normal, evacuando dia sim e dia não, 2x ao dia. 
É fisicamente ativa, fazendo caminhada de segunda à sexta-feira, não 
possui aversões e nem alergias alimentares, ingere 1,5 litros de agua ao dia 
e faz desjejum, almoço, LIT, jantar e ceia. 
Seu hábito alimentar é bem variado, consumindo bastante verduras e 
vegetais, não comendo frituras, ultra-processados e embutidos, fazendo as 
refeições em horários próximos, e diz gostar de tomar suco de laranja sem 
açúcar todos os dias e, 1x na semana toma um copo de 250ml de coca-cola 
zero açúcar ou come um doce, entretanto, relatou não ter habito de consumir 
feijão. 
Acorda por volta das 9h00 e vai dormir por volta das 23h00, a qualidade do 
seu sono é boa. Diz estudar das 19h10 às 21h45. 
A partir de sua avaliação física e o resultado dos cálculos, será usado um 
VET de 1900 kcal para a mesma, fracionando-se os carboidratos, e sua 
dieta será entregue na quinta-feira que vem (04/11). 
 
 
Avaliação: 
Peso= 60,75kgAltura= 1,68m 
PI= 59,2kg 
PI máximo= 70,5kg 
IMC= 21,54kg/m² - Eutrofia 
CC= 64cm 
CQ= 96cm 
CB= 26cm 
CC/CQ= 1,5cm 
Quero deixar registrado que essa foi a minha primeira paciente diabética e 
insulinodependente, no começo fiquei com medo, confesso, mas achei muito 
bacana atender este caso e poder aprender para assim, ter prática com 
futuros pacientes diabéticos que um dia eu possa cruzar. 
 
Referências 
 Diabetes tipo 1 | Artigo 
(https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/diabetes-tipo-1-artigo/) 
 Diabetes Melito tipo 1: pesquisa à clínica 
(https://www.scielo.br/j/abem/a/Zv38JDjCgKVDPRNSSvbrG9c/?lang=pt) 
 
Dia 27/10/21 
Local: UBS Brasil Novo 
Supervisora: Grace Facholi 
 
Hoje foi dia de atendimento na UBS Brasil Novo, onde nunca havia ido 
anteriormente. 
A professora Grace fez um tuor para mostrar a UBS e explicou para nós os 
diversos projetos que a mesma fazia em parceria a fisioterapeuta, educador 
físico, esteticista, etc, porém, que ainda não está tendo por conta da 
pandemia. 
Foi mostrado também, folders de orientações nutricionais para uma 
alimentação saudável e distribuído para os pacientes da sala de espera, 
seguido de uma breve explicação da importância de ter hábitos alimentares 
saudáveis. 
https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/diabetes-tipo-1-artigo/
https://www.scielo.br/j/abem/a/Zv38JDjCgKVDPRNSSvbrG9c/?lang=pt
 
 
 
Gostei muito do lugar e de sua organização, achei um fluxo tranquilo e 
agradável. 
Houve vários retornos, dentre eles, atendi um com a Sara, de uma mulher de 
59 anos, com peso de 60,9kg, CC: 87cm, CQ: 94cm, CB: 27cm, 1,60m, IMC 
de 23,78kg/m² e classificada como eutrofia. Essa paciente possui 
diverticulite, gastrite, dificuldade de deglutição e mastigação, refluxo, e se 
queixava de intensa dor abdominal, disse estar obstipada, tendo muita 
dificuldade em evacuar e com isso sentia-se inchada, seu abdômen estava 
distendido. A paciente relatou também tomar pantoprazol antes de comer 
para forrar o estomago e não doer. 
Desde a última consulta, a mesma emagreceu 2kgs, sua classificação 
anterior era de sobrepeso, e disse ter melhorado o quadro de refluxo. 
Foi orientado então, um suco laxativo de mamão, farelo de aveia e ameixa 
para paciente tomar, reforçando as orientações nutricionais para suas 
patologias e passado também um livrinho de receitas para o café da manhã, 
almoço e jantar, com alimentos de fácil acesso, pois a paciente disse estar 
com condições financeiras não muito boas. 
 
Referências 
 Folheto de Orientação Nutricional e Alimentação Saudável | Secretária 
Municipal de Saúde de Presidente Prudente – SP 
 
Dia 28/10/21 
Local: Unoeste – Campus l 
Supervisor(as): Grace Facholi e Sabrina Lenquiste 
 
Hoje a manhã foi totalmente distinta que o habitual, pois fizemos uma 
metodologia de ensino diferente do que nos é passado. 
 
 
Foi aplicado o Ensino Baseado em Problemas, ou Problem-based Learning 
(PBL), que visa ser a construção de conhecimento através da resolução de 
problemas em grupo. 
Nesse método, ao invés de receber conhecimento de forma passiva em 
aulas expositivas, é apresentado problemas para resolver. Junto aos meus 
colegas, foi feita uma roda com as carteiras para reunirmos e trabalharmos 
de maneira conjunta sobre o caso. 
No PBL, cada um de nós recebeu uma folha com um caso de uma paciente 
fictícia de 67 anos, branca, viúva, do lar, que atualmente mora com sua filha 
e netos, tem uma renda baixa, participa de programas como o Bolsa Família 
e Viva Leite, é hipertensa, diabética, dislipdemica, da qual toma muitos 
medicamentos e alguns de forma errada, possui crenças populares falsas 
sobre a doença e se recusa a tomar insulina por medo, leiga, já passou por 
um endocrinologista que a prescreveu uma dieta de gaveta e restritiva, seus 
exames estavam alterados e foi encaminhada por um nutricionista de uma 
ESF para controle da HAS e DM... 
Estudamos previamente o caso, anotando nossas dúvidas e dificuldades em 
relação a ele e discutimos sobre o tema por meio de uma apresentação de 
problemas. Ao final, foi passado para cada um de nós, individualmente, para 
que em casa nos aprofundássemos em pesquisas sobre questões que 
elaboramos com nossas duvidas, para que na próxima aula, cada um 
contribua em uma nova discussão, mobilizando os conhecimentos em sala 
de aula. 
Confesso que, não gostei muito da metodologia pois estranhei no começo, 
mas entendo ser boa e funcionar com muitas pessoas, e até as vezes 
fundamental para que os alunos e professores saiam um pouco da “rotina”. 
 
 
 
Referência 
 Aprendizagem baseada em problemas: uma experiência no ensino de 
química toxicológica 
(https://www.scielo.br/j/qn/a/34bCNqzCmYmJ89w9kkdvNZr/?lang=pt) 
 
 
 
 
 
 
 
Dia 29/10/21 
Local: Clínica de Nutrição 
Supervisora: Marcela Fagiani 
 
Hoje, na Clínica de Nutrição, foi conduzido por mim uma primeira consulta e 
um retorno. 
A primeira consulta fora de um senhor de 53 anos, pré-diabético e pós 
COVID-19, do qual se queixou de flatulência e azia. Relatou que ficou 1 mês 
internado no Hospital Regional e entubado por 20 dias na UTI por conta do 
vírus, com isso, o mesmo emagreceu 22kgs neste período. 
O paciente após voltar para sua casa, não tolerava líquidos e possuiu 
problemas de deglutição, por um tempo ficou com sonda nasoenteral porém 
tirou recentemente por conta própria, alegando não precisar mais da mesma 
pois já estava tolerando os alimentos, entretanto, não estava conseguindo 
tomar leite por conta da lactose que gerava desconforto abdominal no 
mesmo. 
Mostrou-se preocupado com sua qualidade alimentar e disse ter mudado 
muitos hábitos ruins que tinha antes, por perceber que havia perdido massa 
muscular, estar com pré-diabetes e com muitos gases. Com isso, relatou 
também estar atento aos alimentos flatulentos e deixando o feijão de molho 
por mais de 8 horas, ingerindo apenas o caldo. 
Sua alimentação é adequada, comendo bastante verduras, legumes e 
vegetais, proteína, frutas com bagaço e não consumindo embutidos, frituras, 
refrigerante ou industrializados, contudo, não faz LIM, LIT e ceia, tendo seus 
horários de refeição bem espaçados, ficando um longo período sem se 
alimentar. 
Perante a anamnese e ao VET do paciente (2100Kcal), foi elaborado um 
plano alimentar bastante variado, considerando os costumes já do paciente, 
porém adicionando mais refeições durante o dia para que o mesmo não 
tenha picos de glicemia. 
Além disso, foi orientado para ele quais eram os alimentos flatulentos da lista 
de substituição para que ele esteja atento, além de aconselha-lo para 
consumir o feijão com o grão, mas caso não o tolerasse, para continuar 
apenas o caldo. 
Já a segunda consulta foi um retorno de uma paciente de 71 anos, que 
possuía em seus exames bioquímicos a ferritina elevada. 
Os sintomas de ferritina alta podem indicar o acúmulo excessivo de ferro, 
porém, em alguns casos, também pode ser sintoma de inflamações ou 
infecções, já que se trata de uma proteína de fase aguda. 
A paciente relatou não estar conseguindo seguir a dieta pois não sente fome 
e possui medo de consumir carne por conta de sua condição, porém 1 vez 
na semana (aos domingos) come churrasco com a família. Seu habito 
intestinal melhorou muito, alegando estar comendo bastante fibras em 
saladas e frutas, diz estar bebendo 2 litros de agua por dia e se sentir bem. 
 
 
Foi mantida sua dieta, portanto foi orientado a ela a importância do consumo 
de proteína em relação a fase da vida que se encontra (por ser idosa), e 
como a proteína pode influenciar na imunidade da mesma, que até então, 
estava tendo infecções urinarias recorrentes. 
Já que a mesma não estava confortável em consumir carne, fora orientado 
para que ela consuma ovos cozidos ou mexidos nas refeições principais, 
para que assim ela tenha um aporte maior de proteínas. 
Gostei bastante doscasos atendidos, pois nunca havia tido o contato com 
um paciente pós COVID-19 e também uma paciente com ferritina alta, e hoje 
pude ver na prática como conduzir tais pacientes. 
 
 
Dia 03/11/21 
Local: UBS Brasil Novo 
Supervisora: Grace Facholi 
 
Hoje a manhã foi bastante agradável na UBS, gostei bastante de atender 
duas pacientes, sinto que consegui desenvolver melhor a anamnese e a 
avaliação física das mesmas e estou mais confiante com isso. 
A primeira paciente possuía hipertensão arterial e é pré-diabética, procurou 
atendimento para diminuir gordura corporal pois está classificada como 
Obesidade Grau 3. A mesma relatou ter compulsão alimentar durante o dia e 
que costuma beliscar pão, doces, bolos que faz em sua casa, e disse estar 
cortando o arroz e feijão das refeições pois uma médica indicou para o 
tratamento da sua pré-diabetes. 
Por passar longos períodos sem comer e também por restringir a 
alimentação, seus quadros de compulsão se agravaram e ela não sabia 
como controlar a alimentação para perda de peso e tratamento de suas 
patologias. 
Como conduta, foi explicado a ela a importância de uma alimentação 
saudável e completa, sendo parte carboidratos, proteína animal, proteína 
vegetal, verduras e vegetais; e o quão pode afetar o metabolismo caso se 
prive de alimentos essenciais. 
A paciente diz já ter melhorado um pouco a qualidade de sua alimentação, 
consumindo mais verduras, legumes e vegetais, assim como frutas ao longo 
do dia, o que é excelente! 
 
 
 
Foi dado as orientações nutricionais e será elaborada a dieta da mesma ir 
buscar na próxima semana. 
Já a segunda paciente atendida, foi apenas orientada sobre como ter uma 
alimentação saudável e a importância do consumo de agua e fibras, pois 
relatou não ter costume de comer salada e nem frutas, além de beber agua 
em pouca quantidade. 
Relatou também possuir depressão e não conseguir ter hábitos saudáveis, e 
por tal motivo buscou atendimento, além de também ter episódios de 
compulsão alimentar por doces. 
Disse não conseguir emagrecer e se poderia iniciar jejum intermitente pois 
não possuía fome, o que não foi recomendado, porém foi dado a ela o 
número de telefone da clínica de nutrição caso a mesma quisesse um 
atendimento mais afundo. 
Fora explicado a ela que primeiramente ela deveria estabelecer uma rotina 
alimentar adequada, fazendo no mínimo 4 refeições ao dia, destacando a 
importância de comer para poder emagrecer e que toda restrição gera uma 
compulsão. 
Para ajudar nisso, foi entregue a ela também várias receitas saudáveis para 
serem feitas em sua casa, incluindo a banana no micro-ondas com canela, 
que por possuir Triptofano, que é precursor da serotonina (hormônio da 
felicidade) e ajudará em sua ansiedade, garantindo um sono melhor para 
paciente, além da banana ser doce e poder saciar o seu desejo por doces. 
 
Junto com as receitas, demos a ela um imã de geladeira onde possuía todos 
os alimentos de acordo com a safra de cada mês, para que pudesse facilitar 
a escolha dela na hora de comprar frutas, verduras, legumes e vegetais, 
além de sair mais em conta para seu bolso. 
 
Referência 
 https://www.redalyc.org/pdf/2432/243227944008.pdf 
 
Dia 04/11/21 
Local: Clínica de Nutrição 
Supervisora: Grace Facholi 
 
Hoje atendemos um caso muito inusitado, de uma paciente da qual já havia 
uma vez passado no endocrinologista e ter recebido uma dieta de gaveta em 
 
 
que a mesma estava seguindo já há um bom tempo, porém não tendo o 
efeito que almejava. 
Essa paciente Y, é pensionista, tem 56 anos, é diabética tipo 2 (não 
insulinodependente) e hipertensa. Relatou possuir diabetes e hipertensão há 
6 anos e tomar os medicamentos Glifage, Glicazida, Atenolol, Losartana, e 
além disso Puran T4 pois tem hipotireoidismo. 
Já chegou tomar remédio para emagrecer (em 2015) por indicação de seu 
endocrinologista e chegou a perder 12kgs, entretanto, hoje engordou o 
dobro e possui dificuldades para emagrecer. 
Como seus hábitos já são saudáveis, fora apenas ajustada a dieta (desta 
vez calculada, não de gaveta), adicionando alimentos que a paciente gosta e 
consome diariamente como abacate, grão de bico, ervilha... 
Além disso, foi explicado a ela a Lista de Substituições e também entregue 
receitas saudáveis para ela poder variar sua alimentação. 
Foi muito gratificante ver a paciente feliz por ter mais opções alimentares e 
que ela poderia estar comendo o que gosta, coisa que até então, não estava 
na dieta que o médico havia passado. 
Após esse atendimento, houve um retorno muito promissor, de uma paciente 
de 28 anos que havia buscado atendimento nutricional para perca de peso e 
gordura corporal. Desde a última consulta, essa paciente reduziu 1,2kg de 
peso, 5cm de CB e 2cm de CQ, além de ser classificada como Sobrepeso 
(antes encontrava-se em Obesidade Leve). 
Com estes resultados, foi mantida a dieta e apenas orientado a ela para 
beber mais agua, pois a mesma relatou não estar conseguindo ingerir muito 
bem (por preguiça). 
 
Conclusão 
Iniciei esse estágio da mesma maneira como uma criança aprende a andar de 
bicicleta: com muita vontade de saber porém com medo de “se ralar”. E assim 
como aprender a pedalar sem rodinhas, houve tombos e momentos que pensei 
que eu não conseguiria, mas ao final, com a ajuda de minhas supervisoras me 
guiando e muita persistência da minha parte, eu sinto que consegui finalmente 
pedalar sozinha. 
É claro que ainda há muito o que se aprender e muito a se desenvolver, mas 
eu como uma pessoa introvertida e consideravelmente insegura em certos 
pontos, percebi certa evolução, consegui me soltar mais e ter confiança em 
minha voz durante os atendimentos e também ao realizar as atividades em 
grupo com os meu colegas. 
Sinto que essa experiência foi muito boa e totalmente necessária para a minha 
evolução como futura nutricionista e espero conseguir cada vez mais desaflorar 
nos próximos estágios que virão. 
 
 
 
Dia 05/11/21 
Local: Unoeste – Campus l 
Supervisora(s): Grace Facholi e Marcels Fagiani 
 
 
PBL 
 
1) Diferencie as formas de trabalho de UBS(modelo convencional) e ESF na 
Rede de atenção à saúde. 
 
Conforme a SMS, a orientação começa pela Atenção Básica, a porta de 
entrada preferencial do SUS. As Unidades Básicas de Saúde (UBS), são 
locais onde o paciente pode receber os atendimentos gratuitos essenciais 
em saúde da criança, da mulher, do adulto e do idoso, além de odontologia, 
requisições de exames por equipes multiprofissionais e acesso a 
medicamentos. 
A ESF têm perfil semelhante, também voltada a atendimentos primários e o 
mesmo acompanhamento de pessoas com doenças crônicas, como diabetes 
e hipertensão. Entretanto há diferença entre elas, no caso da ESF, essa 
diferença está na promoção da prevenção de doenças com grupos de 
moradores de cada território, por meio de agentes comunitários e 
assistentes sociais. Juntas, ambas as unidades resolvem grande parte dos 
problemas de saúde da população do zoneamento que está sob sua 
responsabilidade. A UBS e USF atuam diretamente nos bairros onde as 
pessoas vivem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Explique os programas sociais e benefícios sociais aplicados ao caso. 
 
O Bolsa Família é um programa da Secretaria Nacional de Renda de 
Cidadania (Senarc), que contribui para o combate à pobreza e à 
desigualdade no Brasil. Ele foi criado em outubro de 2003 e possui três eixos 
principais: complemento da renda; acesso a direitos; e articulação com 
outras ações a fim de estimular o desenvolvimento das famílias. A gestão do 
Bolsa Família é descentralizada, o que quer dizer, tanto a União, quanto os 
estados, o Distrito Federal e os municípios possuem atribuições em sua 
execução. Em nível federal, o Ministério da Cidadania é o responsável pelo 
 
 
Programa, e o banco da Caixa Econômica Federal é o agente que executa 
os pagamentos. 
Tal programa atendeas famílias que vivem em uma situação de pobreza e 
extrema pobreza. 
Existem vários tipos de benefícios em quais se adequam a cada caso, são 
eles: 
Benefício Básico 
Concedido às famílias em situação de extrema pobreza (com renda mensal 
de até R$ 89,00 por pessoa). O auxílio é de R$ 89,00 mensais. 
 
Benefício Variável 
Destinado às famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que 
tenham em sua composição gestantes, nutrizes (mães que amamentam), 
crianças e adolescentes de 0 a 15 anos. O valor de cada benefício é de R$ 
41,00 e cada família pode acumular até 5 benefícios por mês, chegando a 
R$ 205,00. 
➥ Benefício Variável de 0 a 15 anos: 
Destinado às famílias que tenham em sua composição, crianças e 
adolescentes de 0 a 15 anos de idade. O valor do benefício é de R$ 41,00. 
➥ Benefício Variável à Gestante: 
Destinado às famílias que tenham em sua composição gestante. Podem ser 
pagas até nove parcelas consecutivas a contar da data do início do 
pagamento do benefício, desde que a gestação tenha sido identificada até o 
nono mês. O valor do benefício é de R$ 41,00. 
➥ Benefício Variável Nutriz: 
Destinado às famílias que tenham em sua composição crianças com idade 
entre 0 e 6 meses. Podem ser pagas até seis parcelas mensais consecutivas 
a contar da data do início do pagamento do benefício, desde que a criança 
tenha sido identificada no Cadastro Único até o sexto mês de vida. O valor do 
benefício é de R$ 41,00 
Benefício Variável Jovem 
Destinado às famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza e que 
tenham em sua composição adolescentes entre 16 e 17 anos. O valor do 
benefício é de R$ 48,00 por mês e cada família pode acumular até dois 
benefícios, ou seja, R$ 96,00. 
Benefício para Superação da Extrema Pobreza 
Destinado às famílias em situação de extrema pobreza. Cada família pode 
receber um benefício por mês. O valor do benefício varia em razão do cálculo 
realizado a partir da renda por pessoa da família e do benefício já recebido no 
Programa Bolsa Família. 
 
 
Abono Natalino 
O Abono Natalino é um benefício vinculado ao Programa Bolsa Família, que 
tem por objetivo realizar pagamento adicional, em dezembro de 2019, a todos 
os beneficiários do Programa Bolsa Família que possuem benefício disponível 
para recebimento nesse mês. O valor do benefício é o mesmo da parcela do 
Programa Bolsa Família de dezembro de 2019 que a família tem direito. 
A paciente do caso, além de participar do benefício Bolsa Família, também 
participa por intermédio do CRAS, que é o Centro de Referência de 
Assistência Social, para garantir acesso aos direitos sociais das famílias e 
indivíduos que estão em situação de vulnerabilidade e risco social 
O CRAS é composto por 2 técnicos de nível médio, 1 técnico de nível 
fundamental, 1 assistente social, 1 psicólogo, 1 coordenação e estagiários. 
Essa equipe técnica tem como função de acolher, escutar, orientar, 
acompanhar e encaminhar as famílias para serviços, programas e projetos 
ofertados pelo governo federal, estadual e municipal. 
Dona Josefa, foi encaminhada para o programa Viva Leite, que visa ser o 
maior programa de distribuição gratuita de leite pasteurizado do Brasil. 
Presente em todo o Estado, o Projeto é responsável pela distribuição de 
mais de 70 milhões de litros de leite, enriquecidos com Ferro e Vitaminas A e 
D, o qual beneficia 303.538 pessoas em estado de vulnerabilidade, 
priorizando as famílias com renda mensal de até 1/4 do salário mínimo per 
capita. Seu público alvo são crianças, de 06 meses a 05 anos e 11 meses, e 
idosos acima de 60 anos. 
Além destes programas, ela tem o direito de receber uma Aposentadoria por 
idade, pois possui os critérios necessários que são ter mais de 62 anos de 
idade e 15 anos de contribuição. O direito de receber o Auxilio Emergencial 
que o governo disponibilizou para esse tempo de pandemia e Vale Gás. 
Sob a gestão da Secretaria de Desenvolvimento Social, o programa de 
proteção social promove a transferência de renda para compra de botijão de 
gás de cozinha (GLP 13kg) às famílias em situação de vulnerabilidade em 
comunidades e favelas. Com investimento total de R$ 128 milhões, o 
benefício do Vale Gás pagará 3 parcelas de R$ 100,00 bimestrais, 
totalizando R$ 300,00. 
As pessoas beneficiadas são aquelas que estão em condições de pobreza e 
extrema pobreza (renda mensal per capita de até R$ 178,00) inscritas no 
CadÚnico (sem Bolsa Família), residentes em comunidades e favelas de 
diversos municípios paulistas. 
 
3) Descreva as políticas e protocolos destacando os fatores de risco e 
estratificação para HAS e DM. 
 
A Unidade de Saúde da Família (USF) tem por objetivo facilitar o acesso da 
população a uma saúde de qualidade, promover educação em saúde e 
prevenir doenças crônicas. Para tal, a realização de grupos operativos é de 
suma importância, pois nesses grupos a ajuda recíproca entre os 
integrantes, que utilizam uma mesma linguagem e partilham as mesmas 
 
 
vivências, proporciona um melhor entendimento e aceitação sobre suas 
enfermidades, aumenta a adesão ao tratamento e estimula mudanças no 
estilo de vida. 
Por definição, no Sistema Único de Saúde (SUS), o HIPERDIA é um grupo 
operativo para hipertensos e diabéticos que deve ser articulado pela equipe 
de Saúde da Família (ESF). Na prática, contudo, a sobrecarga de funções 
sobre a ESF inviabiliza a execução desse grupo na maioria das USF’s. Por 
esse motivo, os discentes focam em disseminar informações confiáveis, 
acessíveis e objetivas acerca da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e 
Diabetes Mellitus (DM), doenças que, segundo as Diretrizes de Hipertensão 
Arterial de 2020 e a Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020, 
têm uma prevalência aproximada de 20-30% e 7-8%, respectivamente. 
Pacientes portadores de Hipertensão e Diabetes, são avaliados através de 
protocolos de atendimento aplicados por médicos, enfermeiros, nutricionistas 
e outros profissionais de saúde que atuam na área da atenção básica. Os 
protocolos são estabelecidos de acordo com a função de cada profissional 
da saúde para o rastreamento da doença. 
De acordo com o Caderno de Atenção Básica a Saúde para Hipertensão e 
Diabetes, a HAS e o DM são doenças que apresentam vários aspectos 
em comum, são elas: 
➥ Etiopatogenia: identifica-se a presença, em ambas, de resistência 
insulínica, resistência vascular periférica aumentada e disfunção endotelial 
➥ Fatores de risco, tais como obesidade, dislipidemia e sedentarismo; 
➥ Tratamento não-medicamentoso: as mudanças propostas nos hábitos de 
vida são semelhantes para ambas as situações; 
➥ Cronicidade: doenças incuráveis, requerendo acompanhamento eficaz e 
permanente; 
➥ Complicações crônicas que podem ser evitadas quando precocemente 
identificadas e adequadamente tratadas; 
➥ Geralmente assintomática na maioria dos casos; 
➥ De difícil adesão ao tratamento pela necessidade de mudança nos 
hábitos de vida e participação ativa do indivíduo; 
➥ Necessidade de controle rigoroso para evitar complicações; 
➥ Alguns medicamentos são comuns; 
➥ Necessidade de acompanhamento por equipe multidisciplinar; 
➥ Facilmente diagnosticadas na população. 
 
Considerando-se todos esses fatores, propõe-se o seguimento associado 
dessas doenças na rede de atenção básica e justifica-se a realização de 
uma abordagem conjunta com o objetivo de instrumentalizar e estimular os 
profissionais envolvidos na atenção básica para que promovam medidas 
coletivas de prevenção primária, enfocando os fatores de risco 
cardiovascular e DM. 
Orientar e sistematizar medidas de prevenção, detecção, controle e 
vinculação dos hipertensos e diabéticos inseridos na atenção básica. 
Reconhecer as situações que requerem atendimento nas redes secundária 
e/ou terciária.Reconhecer as complicações da HAS e do DM, possibilitando a reabilitação 
psicológica, física e social dos portadores dessas enfermidades. 
 
◉ Estratificação dos portadores: 
A decisão relativa à abordagem de portadores de HAS não deve ser 
baseada apenas nos níveis de pressão arterial, mas também na presença de 
outros fatores de risco e doenças concomitantes, tais como diabetes, lesão 
em órgãos-alvo, doença renal e cardiovascular. 
Devendo também considerar os aspectos familiares e socioeconômicos. São 
definidas quatro categorias de risco cardiovascular absoluto, mostrando que 
mesmo os pacientes classificados nos estágios 1, 2 ou 3 podem pertencer a 
categorias de maior ou menor risco na dependência de co-morbidades ou 
fatores de risco associados, conforme citados a seguir: 
 
Grupo de risco baixo 
 Incluem homens com idade menor de 55 anos e mulheres com idade abaixo 
de 65 anos, com hipertensão de grau I e sem fatores de risco. Entre 
indivíduos dessa categoria a probabilidade de um evento cardiovascular 
grave, nos próximos 10 anos, é menor que 15%. 
_____________________________________________________________ 
Grupo de risco médio 
Incluem portadores de HAS grau I ou II, com um ou dois fatores de risco 
cardiovascular. Alguns possuem baixos níveis de pressão arterial e múltiplos 
fatores de risco, enquanto outros possuem altos níveis de pressão arterial e 
nenhum ou poucos fatores de risco. Entre os indivíduos desse grupo a 
probabilidade de um evento cardiovascular grave, nos próximos 10 anos, 
situa-se entre 15 e 20%. 
_____________________________________________________________ 
Grupo de risco alto 
Incluem portadores de HAS grau I ou II que possuem três ou mais fatores de 
risco e são também portadores de hipertensão grau III, sem fatores de risco. 
Nesses, a probabilidade de um evento cardiovascular, em 10 anos, situa-se 
entre 20 e 30%. Grupo de risco muito alto. Incluem portadores de HAS grau 
III, que possuem um ou mais fatores de risco, com doença cardiovascular ou 
renal manifesta. A probabilidade de um evento cardiovascular, em 10 anos, 
é estimada em mais de 30%. Para esse grupo, está indicada a instituição de 
imediata e efetiva conduta terapêutica. 
 
 
 
 
 
Em relação a Diabetes Melittus tipo 1, a patologia possui maior incidência 
em crianças, adolescentes e adultos jovens, tem um início abrupto dos 
sintomas, pacientes magros, tendo facilidade para cetose e grandes 
flutuações da glicemia, é de pouca influência hereditária e tem riscos 
deterioração clínica, se não tratado imediatamente com insulina. 
Já a Diabetes Mellitus tipo 2 está ligada a Obesidade, especialmente de 
distribuição abdominal (obesidade "andróide ou tipo maçã") diagnosticada 
quando a razão entre a circunfêrencia da cintura e do quadril (RCQ) é maior 
que 1 m, para os homens, e maior que 0,80 m, para as mulheres. Esta 
condição está presente em 80% dos pacientes no momento do diagnóstico, 
ao contrário da tipo 1, esta possui forte componente hereditário e é comum 
em indivíduos com Idade maior que 30 anos, embora possa ocorrer em 
qualquer época. 
 
 
A prevalência aumenta com a idade, podendo chegar a 20% na população 
com 65 anos ou mais. Pode não apresentar os sintomas clássicos de 
hiperglicemia (poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento). Evidências de 
complicações crônicas micro e macrovasculares, ao diagnóstico, pelo fato 
desses pacientes evoluírem 4 a 7 anos antes, com hiperglicemia não-
detectada. Não propensão à cetoacidose diabética, exceto em situações 
especiais de estresse agudo (sepsis, infarto agudo do miocárdio, etc.). 
 
4) Avalie a história clínica (sinas, sintomas, avaliação antropométrica, dietética 
e bioquímica). 
 
Os sinais e sintomas de Dona Josefa (dispneia, sudorese, tontura, cefaleia, 
dores na panturrilha, sede e intensa diurese a noite) são reflexo da 
hipertensão arterial e diabetes tipo 2 alterados por não seguir o tratamento 
de forma adequada e nunca ter feito o uso continuo da medicação. Já as 
câimbras frequentes e sensação de formigamento, juntamente com dispneia 
e cefaleia podem ser reação adversa ao medicamento Enalapril e também 
pela restrição de carboidratos, levando a ela um quadro de cetose que 
ocasiona dispneia. 
 
 
Sua avaliação antropométrica demonstra que a paciente encontra-se com 
uma Excesso de Peso (IMC= 31,64kg/m²), estando acima do peso e com 
circunferência abdominal que está classificada em risco de doenças 
cardiovasculares. 
De acordo com seus exames bioquímicos, sua TFG, Albumina/Creatinina, 
Clearence de Creatinina, Potássio indicam que seus rins tiveram uma leve 
diminuição no seu funcionamento, indicando certa insuficiência (Fase 2) e 
lesão renal, além de problemas cardíacos. 
Em relação aos outros exames, demonstram que a paciente está com 
dislipidemia, em que há bastante risco de aterosclerose, ataques cardíacos, 
AVC e outros problemas circulatórios, e sua Glicemia em Jejum está 
anormal, passando do valor de referência (70-99mg/dl), assim como sua 
HbA1c que confirma que a paciente encontra-se Diabética. 
 
O exame de glicemia em jejum serve para avaliar os níveis glicêmicos na 
hora do teste, já o de Hemoglobina Glicada serve para avaliar os níveis 
glicêmicos dos últimos 3 meses e analisar o controle do diabetes e ambos os 
exames servem para diagnosticar o diabetes ou o pré-diabetes. 
 
Grande quantidade de gordura abdominal, baixo HDL, triglicerídeos 
elevados, pressão sanguínea alta e glicose elevada, somados estes diversos 
fatores de risco, comprovam que Dona Josefa possui Síndrome Metabólica. 
A Síndrome Metabólica tem como base a resistência à ação da insulina 
(hormônio responsável pelo metabolismo da glicose), daí também ser 
conhecida como síndrome de resistência à insulina. A insulina age menos 
nos tecidos, obrigando o pâncreas a produzir mais insulina e elevando o seu 
nível no sangue. Alguns fatores contribuem para o seu aparecimento: os 
genéticos, excesso de peso (principalmente na região abdominal) e a 
ausência de atividade física. 
Em relação a avaliação dietética, a paciente está seguindo uma dieta 
inadequada para o seu caso e passando longos períodos sem comer, o que 
faz com que haja picos de glicose e constante cansaço por cortar grande 
fonte de energia, além de gerar compulsão alimentar que a mesma já está 
apresentando. Além disso, foi aconselhada a não consumir frutas, sendo que 
as frutas são ricas em vitaminas e mineiras, sendo fonte de fibras e frutose 
(não sendo prejudicial para seu caso). 
 
5) Discuta o impacto de crenças e mitos sobre o tratamento de Dona Josefa. 
 
É muito comum pessoas de baixa escolaridade se basearem em fatos 
ocorridos com outras pessoas próximas, contudo, há muitas informações 
sendo repassadas de forma errada que passam como “verdade”, sendo que 
não são. 
Portando, é fundamental não se basear em experiências vividas por 
terceiros e buscar embasamento profissional. É importante frisar que cada 
 
 
diagnostico é diferente por diversos fatores e consequentemente possuirá 
resultados diferentes. 
 
6) Explique as medicações em uso (incluindo a insulina) indicados no caso, 
destacando sua posologia, efeitos e interpretações. 
 
✤ Metformina 
É um fármaco antidiabético da família das biguanidas com efeitos 
antihiperglicêmicos, reduzindo a glicose plasmática pós-prandial e basal. A 
metformina não estimula a secreção de insulina, não tendo, por isso, ação 
hipoglicemiante em pessoas não diabéticas. Em diabéticos, a metformina 
reduz a hiperglicemia, sem o risco de causar hipoglicemia, exceto em caso 
de jejum ou de associação com insulina ou sulfonilureias. A metformina pode 
agir através de três mecanismos: 1. na redução da produção da glicose 
hepática através da inibição da gliconeogênese e glicogenólise; 2. no 
músculo, através do aumento da sensibilidade à insulina, melhorando a 
captação e utilizaçãoda glicose periférica; 3. no retardo da absorção 
intestinal da glicose. A metformina estimula a síntese de glicogênio 
intracelular atuando na síntese de glicogênio e aumenta a capacidade de 
transporte de todos os tipos de transportadores de glicose de membrana 
(GLUTs) conhecidos até hoje. Em humanos, independentemente de sua 
ação na glicemia, a metformina exerce efeito favorável sobre o metabolismo 
lipídico. Tal efeito tem sido demonstrado com doses terapêuticas em estudos 
clínicos controlados de média a longa duração, com a metformina reduzindo 
os níveis de colesterol total, LDL e triglicerídeos. 
posologia da metformina deve ser individualizada, tomando como bases a 
eficácia e a tolerância ao produto. Não deve ser excedida a dose máxima 
recomendada que é de 2.550 mg. Em crianças acima de 10 anos a dose 
máxima diária de metformina não deve exceder 2.000 mg. O produto deve 
ser administrado de forma fracionada, junto com as refeições, iniciando-se o 
tratamento com doses pequenas, gradualmente aumentadas. Isto permite 
reduzir a ocorrência de efeitos colaterais gastrointestinais e identificar a dose 
mínima necessária ao controle adequado da glicemia do paciente. No início 
do tratamento devem-se medir os níveis plasmáticos de glicose, em jejum, 
para avaliar a resposta terapêutica à metformina e determinar a dose mínima 
eficaz para o paciente. Posteriormente, deve-se medir a hemoglobina 
glicosilada a cada três meses. 
 
✤ Maleato de enalapril é um medicamento que pertence ao grupo de 
fármacos denominado inibidores da enzima conversora de angiotensina 
(inibidores da ECA). Age dilatando os vasos sanguíneos para ajudar o 
coração a bombear sangue com mais facilidade para todas as partes do 
corpo. Essa ação ajuda a diminuir a pressão arterial. Em muitos pacientes 
com insuficiência cardíaca, maleato de enalapril auxilia o coração a 
funcionar melhor. 
Em geral, este medicamento começa a agir uma hora depois de tomado e 
seu efeito dura pelo menos 24 horas. Para algumas pessoas, várias 
semanas poderão ser necessárias até que se observe o melhor efeito do 
tratamento em sua pressão arterial. 
 
 
Este farmáco pode ser tomado durante ou entre as refeições. A maioria das 
pessoas toma maleato de enalapril com água. 
Deve ser tomado enalapril diariamente, exatamente conforme a orientação 
do médico e é fundamental que continue tomando maleato de enalapril pelo 
tempo que o médico determinar, não tomando mais comprimidos que a dose 
prescrita. 
Para o tratamento da Hipertensão, a dose inicial usual recomendada é de 10 
a 20 mg uma vez ao dia. Porém alguns pacientes podem necessitar de uma 
dose inicial mais baixa. A dose habitual para uso prolongado é de 20 mg 
uma vez por dia. A dose máxima para uso prolongado é de 40 mg uma vez 
por dia. 
Os efeitos adversos mais frequentes são tontura, dor de cabeça, cansaço e 
fraqueza. Outros efeitos adversos que poder ocorrer com menos frequência 
foram sensação de desmaio iminente pela queda brusca da pressão arterial, 
náuseas, diarreia, cãibras, erupções cutâneas e tosse. 
 
✤ A Hidroclorotiazida pertence à classe de substâncias tiazídas. Sua ação 
é diretamente sobre os rins, atuando sobre o mecanismo de reabsorção de 
eletrólitos, aumentando a excreção de sódio e cloreto e, consequentemente, 
de água através da urina. 
O início de ação do medicamento ocorre 2 horas após sua administração, 
sendo o efeito máximo é alcançado após cerca de 4 horas. 
Por sua ação diurética, a Hidroclorotiazida é utilizada no tratamento da 
hipertensão e distúrbios relacionados a inchaços e retenção de líquidos. A 
dose inicial para o tratamento é de 50 a 100 mg/dia, em uma só tomada pela 
manhã ou em doses fracionadas. Após 1 semana ajustando-se a posologia 
até se conseguir a resposta terapêutica desejada sobre a pressão 
sanguínea. 
Quando a Hidroclorotiazida é usada com outro agente anti-hipertensivo, a 
dose deste último deve ser reduzida para prevenir a queda excessiva da 
pressão arterial. 
Seu efeito adverso comum é dor abdominal superior, sensação de 
formigamento, cefaleia, cãibras. 
 
◉ Interações medicamentosas: 
Álcool, barbitúricos, narcóticos ou antidepressivos 
Pode ocorrer potenciação da hipotensão ortostática. 
Medicamentos antidiabéticas (agentes orais e insulina) 
O tratamento com tiazidas pode influenciar a tolerância à glicose. Pode ser 
necessário ajuste posológico do medicamento antidiabético.A metformina 
deve ser utilizada com precaução devido ao risco de acidose láctica induzida 
por uma possível insuficiência renal funcional associada à Hidroclorotiazida. 
Outros medicamentos anti-hipertensivos 
Efeito aditivo ou potencialização. 
Medicamentos afetados por distúrbios do potássio sérico 
Recomenda-se a monitorização periódica do potássio sérico e um ECG 
quando a Hidroclorotiazida é administrada concomitantemente com 
medicamentos afetados pelo nível sérico de potássio (por exemplo, 
https://consultaremedios.com.br/dor-febre-e-contusao/dor-de-cabeca-e-enxaqueca/c
https://minutosaudavel.com.br/desmaio/
https://consultaremedios.com.br/gripes-e-resfriados/tosse/c
https://consultaremedios.com.br/sistema-nervoso-central/antidepressivos/c
https://consultaremedios.com.br/glicose/bula
 
 
glicosídeos digitálicos e antiarrítmicos) e com os medicamentos indutores 
de torsades de pointes (incluindo alguns antiarrítmicos) abaixo: 
➥ Antiarrítmicos classe I (por exemplo, quinidina, hidroquinidina, 
disopiramida). 
➥ Antiarrítmicos classe III (por exemplo, amiodarona, sotalol, dofetilide, 
ibutilida). 
➥ Alguns antipsicóticos (por exemplo, tioridazina, clorpromazina, 
levomepromazina, trifluoperazina, cimiomazina, sulpirida, 
sultoprida, amissulprida, tiaprida, pimozida, haloperidol, droperidol). 
➥ Outros (por exemplo, bepridila, cisaprida, difemanil, eritromicina IV, 
halofantrina, mizolastina, pentamidina, terfenadina, vincamina IV). 
 
✤ O medicamento Sinvastatina é indicado para Reduzir o risco de 
mortalidade por doença coronariana, reduzir o risco dos eventos vasculares 
maiores (infarto do miocárdio não fatal, morte por doença coronariana, AVC 
ou procedimentos de revascularização), reduzir o risco de acidente vascular 
cerebral, reduzir a necessidade de procedimentos de revascularização do 
miocárdio (incluindo bypass ou angioplastia coronariana transluminal 
percutânea), reduzir a necessidade de procedimentos de revascularização 
periférica e outros, não coronarianos e reduzir o risco de hospitalização 
por angina. 
➥ Em pacientes com diabetes, Sinvastatina reduz o risco de 
desenvolvimento de complicações periféricas macrovasculares (um 
composto de procedimentos de revascularização periférica, de amputações 
dos membros inferiores ou de úlceras das pernas). 
➥ Em pacientes hipercolesterolêmicos com doença coronariana, 
Sinvastatina retarda a progressão da aterosclerose coronariana, reduzindo 
inclusive o desenvolvimento de novas lesões e novas oclusões totais. 
Os mais comuns efeitos adversos são distúrbios do sono, incluindo 
pesadelos e Disfunção sexual; 
 
A sinvastatina, por ser uma medicação que tem um efeito no organismo 
relativamente curto, deve ser tomada à noite para que seu pico de ação 
coincida com o momento em que a produção de colesterol no organismo é 
maior. 
 
✤ A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, e tem como função 
metabolizar a glicose para produção de energia. Ela atua como uma "chave", 
https://consultaremedios.com.br/cloridrato-de-amiodarona/bula
https://consultaremedios.com.br/cloridrato-de-tioridazina/bula
https://consultaremedios.com.br/cloridrato-de-clorpromazina/bulahttps://consultaremedios.com.br/trifluoperazina/bula
https://consultaremedios.com.br/sulpirida/bula
https://consultaremedios.com.br/amissulprida/bula
https://consultaremedios.com.br/pimozida/bula
https://consultaremedios.com.br/haloperidol/bula
https://consultaremedios.com.br/droperidol/bula
https://consultaremedios.com.br/eritromicina/bula
https://minutosaudavel.com.br/infarto/
https://consultaremedios.com.br/sistema-cardiovascular-circulacao/angina/c
https://consultaremedios.com.br/sistema-cardiovascular-circulacao/aterosclerose/c
 
 
abrindo as "fechaduras" das células do corpo, para que a glicose entre e 
seja usada para gerar energia. Ou seja, o hormônio ajuda a glicose a entrar 
nas células do corpo. 
Quando há alguma disfunção na produção de insulina, pouca ou nenhuma 
produção de insulina, a pessoa é diagnosticada com Diabetes Mellitus. Para 
o controle da glicose na corrente sanguínea, muitas vezes é necessário 
realizar a reposição exógena da insulina com aplicações diárias do 
hormônio. 
As insulinas podem ser classificadas em humanas e análogos de insulina 
humana. A insulina de origem humana (NPH e Regular) é desenvolvida em 
laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante e os análogos são 
preparações de insulina que sofreram alteração na cadeia de aminoácidos 
para melhorias no tempo de ação. As insulinas podem vir em frascos e 
canetas. Os frascos são de 10 ml (para uso com seringas de insulina) e o 
refis, são de 3 ml (usados em canetas de aplicação de insulina), assim como 
podem vir em canetas de aplicação descartáveis. 
 
 - Volume: a capacidade da seringa é medida em centímetros cúbicos (cc), 
ou seja 1 cc é equivalente a 1 ml , que eqüivale a 1 00 U de insulina. 
Exemplificando: 0,5 cc = 0,5 ml = 50 U, e assim, 0,3 cc = 0,3 ml = 30 U. Esta 
escolha dependerá da dose de insulina que será administrada; 
- Espaço morto: corresponde ao espaço que existe entre o final do êmbolo 
e o bico da seringa, onde ocorre o encaixe da agulha. Neste espaço morto, 
pode ficar retido uma pequena quantidade de insulina, em torno de 5 U, que 
não é injetada durante a aplicação. Em algumas marcas de seringas este 
espaço é inexistente. Portanto, as seringas que contém espaço morto são 
contra-indicadas quando são prescritas misturas de insulina. 
- Escala da seringa: refere-se a legibilidade e clareza da escala quanto ao 
tamanho dos números na graduação. A graduação da seringa pode ser 
simples ou dupla. Na simples, cada traço da escala corresponde a uma 
unidade de insulina, e na dupla, cada traço corresponde a duas unidades de 
insulina; 
- Tipo de seringa: plástico 
- Comprimento e diâmetro da agulha: existem apresentações no mercado 
de 12,7mm x 0.33mm, 8 mmx0.30mm„ 13mm x 0.5mm e 13 mm x 0.30 mm. 
Quanto menor o comprimento e diâmetro da agulha, menor a dor durante a 
aplicação. No entanto as agulhas curtas não são indicadas para pe sso as o 
besas devi do a vari abi li dade da absorção da insulina (AMERICAN 
DIABETES ASSOCIATION, 1998). 
- Preço: no mercado nacional, a seringa descartável dependendo da marca, 
e local de venda, pode variar. 
 
A tabela abaixo descreve as características dos diferentes tipos de insulina 
existentes. Algumas definições rápidas para melhor compreensão são: 
Início da ação: velocidade com que a insulina começa a trabalhar após a 
injeção; 
Pico: é o período de atividade ótima da Insulina; 
Duração: o tempo em que a insulina age no organismo. 
 
 
IMPORTANTE NOME COMERCIAL APRESENTAÇÃO 
INICIO 
DE 
AÇÃO 
PICO DURAÇÃO 
Análogo de ação ultrarrápida (bolus) 
Lispro Humalog® Frasco – 10 ml Refil / 
Caneta 3 ml 
<15 
minutos 
30 
minutos 
a 2 
horas 
4 a 5 horas 
Asparte Novorapid® Frasco – 10 ml 
Refil/ Caneta – 3 ml 
<15 
minutos 
1 a 2 
horas 
4 a 6 horas 
Glulisina Apidra® Frasco – 10 ml 
Refil/ Caneta – 3 ml 
<15 
minutos 
30 
minutos 
a 2 
horas 
3 a 4 horas 
Insulina humana de ação rápida (bolus) 
Regular Novolin® Humulin® Insunorm® R Frasco – 10 ml 
Refil – 3 ml 
30 
minutos 
a 1 
hora 
2 a 3 
horas 
5 a 8 horas 
Análogo de ação prolongada (basal) 
Glargina Lantus® Frasco – 10 ml 
Refil/ Caneta – 3 ml 
2 a 4 
horas 
Não 
possui 
20 a 24 
horas 
Detemir Levemir® Frasco – 10 ml 
Refil/ Caneta – 3 ml 
1 a 3 
horas 
6 a 8 
horas 
18 a 22 
horas 
Degludeca Tresiba® Refil/Caneta – 3 ml 2 horas Não 
possui 
Superior a 
40h 
Insulina humana de ação intermediária (basal) 
NPH Novolin® N Humulin® N 
Insunorm® N 
Frasco – 10 ml 
Refil – 3 ml 
2 a 4 
horas 
4 a 10 
horas 
10 a 18 
horas 
Análogos bifásicos – ação intermediária + ultrarrápida 
Lispro 25% + 
NPL 75% 
Humalog® Mix 25 Refil/ Caneta – 3 ml <15 
minutos 
1 a 4 
horas 
(duplo) 
10 a 16 
horas 
Lispro 50% + 
NPL 50% 
Humalog® Mix 50 Refil/ Caneta – 3 ml <15 
minutos 
1 a 4 
horas 
(duplo) 
10 a 16 
horas 
 
 
 
 
7) Elabore uma conduta nutricional para Dona Josefa. 
 
Orientar a Dona Josefa a importância de fazer 5 a 6 refeições/dia em 
quantidades moderadas e sempre em horários regulados, não pulando as 
refeições ficando muito tempo sem se alimentar. 
Que deve-se consumir uma porção de fruta (1 unidade pequena ou 1 fatia 
fina) ou 1 suco de fruta sem adoçar (por refeição); 
Fazer atividade física frequentemente, mesmo que em intensidade leve; 
Beber no mínimo 2 litros de agua por dia; 
Evitando alimentos ricos em açúcar que não são permitidos, como por 
exemplo: mel, açúcar, confeitos, sorvetes, chocolates, biscoitos, sucos de 
pozinho... 
Substituindo o açúcar por adoçantes e preparações sem açúcar. 
Salientaria a importância de consumir alimentos ricos em fibras (frutas, 
legumes, verduras e vegetais). 
Que não se deve excluir os carboidratos pois os mesmos são importantes 
para o controle do índice glicêmico, porém ressaltaria que deve-se comer 
moderadamente e carboidratos complexos como por exemplo arroz, 
macarrão, milho, batata, mandioca, inhame... E que deve ser evitado 
consumir dois tipos destes na mesma refeição (como macarrão e batata com 
arroz). Além de optar por opções integrais como pães, arroz e macarrão 
integral, farinhas integrais, farelo de trigo, aveia e cevada, frutas com casca 
e bagaço... 
Deve-se ser evitados embutidos como mortadela, bacon, calabresa, linguiça 
por terem muito sódio e gordura; 
Asparte 30% + 
NPA 70% 
NovoMix® 30 Refil/ Caneta – 3 ml <15 
minutos 
1 a 4 
horas 
(duplo) 
Até 24 
horas 
Insulina Humana Bifásica – Ação Intermediária + Rápida 
NPH 70% + 
Regular 30% 
Novolin® 70/30 Frasco – 10 ml 
Refil – 3 ml 
<15 
minutos 
1 a 4 
horas 
(duplo) 
10 a 16 
horas 
 
 
Reduzir a quantidade de gordura na alimentação, principalmente de origem 
animal, evitando consumir carnes gordas e consumindo carnes magras 
retirando a pele e gordura delas; 
Preferir preparações grelhadas, cozidas e assadas ao invés de frituras; 
Aumentar o consumo de hortaliças, principalmente folhosas; 
Substituir a manteiga por margarina; 
Preferir leite desnatado, iogurte desnatado ou light, queijos feitos com leite. 
Explicaria a ela que adotando um estilo de vida saudável e consumindo os 
alimentos certos, em quantidade suficiente e adequada, regularia sua 
pressão arterial, seu colesterol, diabetes e também melhoraria dos quadros 
de compulsão alimentar, pois se sentiria saciada e não teria episódios de 
descontrole. 
 
Referências 
 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_06.pdf 
 https://ciencia.ufla.br/todas-opiniao/705-grupo-hiperdia-e-a-pandemia-da-
covid-19-importancia-da-continuidade-da-educacao-em-saude-e-o-uso-de-
smartphones-como-ferramenta 
 https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/14803/1/Artigo_Aldenora_ARE
S.pdf 
 https://bvsms.saude.gov.br/bvsCsaudelegis/gm/2002/prt0371_04_03_2002_r
ep.html 
 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0371_04_03_2002_re
p.html 
 https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/5037#:~:text=O%20program
a%20Hiperdia%20foi%20criado,a%20reorganiza%C3%A7%C3%A3o%20do

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