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Anestesia

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Eunilde Andressa 
 
Saúde do Adulto l 
Anestesia 
➢ Definição: 
• Anestesia significa: sem sensibilidade, sem dor; 
• A anestesia é um estado de relaxamento, perda da sensibilidade e dos reflexos, de forma parcial ou 
total, provocada pela ação de drogas anestésicas; 
• Anestesia: estado de hipnose, analgesia, relaxamento e perda de reflexo. 
 
➢ Medicação pré-anestésica: 
• Os principais objetivos da medicação pré-anestésica são: produzir amnésia e sedação, diminuir ou 
abolir dor eventualmente existente, potencializar os agentes anestésicos, bloquear o nervo vago, 
diminuir as secreções das vias aéreas e o metabolismo, reduzir volume do conteúdo gástrico e 
aumentar o seu pH, reduzindo as necessidades de anestésicos; 
• O nervo vago, também conhecido por nervo pneumogástrico, é um nervo que percorre do cérebro até 
o abdômen, e ao longo do seu trajeto, dá origem a vários ramos que inervam diversos órgãos cervicais, 
torácicos e abdominais, com funções sensitivas e motoras, sendo importante para a manutenção de 
funções vitais como regulação da frequência cardíaca e arterial. 
 
➢ Quando administrar? 
• Cerca de 45 a 60 minutos antes do início da anestesia; 
• Todos os cuidados pré-operatórios devem ser realizados antes de sua aplicação, porque após sua 
administração o cliente permanecerá na maca de transporte, devido ao estado de sonolência; 
• Entre os fármacos comumente utilizados, encontram-se os benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, 
midazolam e barbitúricos). 
 
➢ Anestesia geral: 
• Um estado de inconsciência reversível, caracterizado por amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, 
relaxamento muscular e depressão neurovegetativa, resultante da ação de uma ou mais drogas no 
sistema nervoso; 
• Tem como objetivo a depressão irregular e reversível do sistema nervoso central (SNC), produzida por 
fármacos, que determinarão graus variados de bloqueio sensorial, motor, de reflexos e cognição. 
• Pode ser: 
 INALATÓRIA: anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos através das vias aéreas. 
Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sanguínea e daí atinge o cérebro; 
 ENDOVENOSA: anestesia obtida pela injeção de anestésicos numa veia do paciente. Atinge 
diretamente a corrente sanguínea e em seguida alcança o cérebro, onde o anestésico realiza sua ação 
principal; 
 BALANCEADA (INALATÓRIA E ENDOVENOSA): anestesia que combina o uso de medicamentos 
pelas vias inalatória e venosa. A associação permite reduzir as doses e obter melhores resultados com 
menos efeitos colaterais. 
• É dividida em três fases: 
 Fase da indução: corresponde ao período compreendido entre a administração de agentes 
anestésicos até o início do procedimento cirúrgico (início da incisão cirúrgica); 
Eunilde Andressa 
 
 Fase da manutenção: corresponde ao período compreendido entre o início do procedimento cirúrgico 
até o seu término; 
 Fase da emergência ou do despertar: corresponde à reversão da anestesia ou ao período em que o 
paciente começa a “acordar” da anestesia e, em geral, termina quando ele se encontra pronto para 
deixar a SO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Profundidade da anestesia: 
• Estágio I (início da anestesia): representa o estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. O 
pulso e a respiração são irregulares; 
• Estágio II: começa com a perda da consciência e termina com o início de um padrão regular de 
respiração e o desaparecimento do reflexo palpebral. Este também é denominado de estágio de delírio; 
• Estágio III: é também chamado de anestesia cirúrgica. Nesse estágio a respiração é irregular, a 
pulsação tem ritmo quase normal e bom volume, a pele está rosada ou levemente enrubescida. Com 
a administração adequada do anestésico, esse estágio pode ser mantido por várias horas. A maior 
parte das cirurgias é executada nesse estágio de anestesia; 
• Estágio IV (perigo ou superdosagem): 
• Quando for administrada quantidade excessiva de anestésico; 
 A respiração torna-se superficial, pulso fraco e filiforme; 
 As pupilas tornam-se dilatadas e não reagente a luz; 
 A cianose se desenvolve e a morte pode acontecer rapidamente; 
 Observação: estágio I e II corresponde à indução o estágio III a manutenção. 
 
➢ Estágios clínicos da regressão da anestesia: 
• 1o Estágio: o paciente responde a estímulo doloroso; 
• 2o Estágio: ocorre abertura dos olhos ao comando verbal; 
• 3o Estágio: o paciente responde a perguntas simples; 
• 4o Estágio: o paciente apresenta boa orientação no tempo e no espaço. 
 
➢ Anestesia geral inalatória: 
• Os anestésicos líquidos voláteis produzem anestesia quando os vapores são inalados e quando 
administrados em doses elevadas são capazes de promover analgesia, hipnose e relaxamento 
muscular. 
• Anestésicos mais utilizados: 
Eunilde Andressa 
 
 ÓXIDO NITROSO E HALOGENADOS (Halotano, Enflurano, Isoflurano, Sevoflurano, Desflurano e 
Metoxiflurano); 
 O óxido nitroso (N2 O) com relação aos efeitos no SNC, ele produz inconsciência, porém é um 
analgésico fraco e potencializa o efeito de hipnoanalgésicos e dos barbitúricos; 
 No sistema cardiovascular, o N2 O produz vasodilatação periférica; 
 No sistema respiratório, produz hipóxia por difusão e, por isso, deve sempre ser administrado em 
conjunto com o oxigênio; 
 Todos os anestésicos inalatórios halogenados apresentam efeitos dose-dependentes; 
 No sistema respiratório, diminuem o volume-minuto, deprimem os reflexos laríngeos e faríngeos, 
diminuem as secreções e relaxam a musculatura brônquica; 
 São depressores do sistema cardiovascular, com exceção do Enflurano e do Isoflurano, e 
potencializam a ação dos bloqueadores neuromusculares; 
 Outro efeito comum desencadeado pelos halogenados é o relaxamento da musculatura uterina, com 
risco de hemorragias graves, não só em pacientes, mas também em profissionais que atuam em SO 
onde se utilizam esses gases; 
 Merece destaque a relação do Halotano com a Hipertermia Maligna (HM), cujo tratamento específico 
é realizado com Dantrolene; 
 Alguns gases desse grupo, como o Enflurano e o Halotano associados ao N2 O, podem desencadear 
convulsões e reduzir o consumo de oxigênio pelo cérebro. 
 
➢ Anestesia geral intravenosa: 
• São empregados: 
 Anestésicos Venosos não Opioides (barbitúricos, cetamina, droperidol, etomidato, propofol e 
benzodiazepínicos); 
 Opioides (fentanil, alfentanil, sufentanil e remifentanil); 
 Bloqueadores neuromusculares; 
 Entre os barbitúricos, o tiopental é o mais utilizado para induzir ou manter a anestesia, principalmente 
a de curta duração, em que se associa ao N2 O, resultando em analgesia mínima, produz também um 
sono superficial e controla convulsões. Sua atuação no SNC é diretamente proporcional à dose, 
variando de sedação leve a inconsciência e apneia; 
 A cetamina, outro fármaco utilizado na anestesia geral, age rapidamente no SNC, provocando 
inconsciência e um estado descrito como anestesia dissociativa, com intensa analgesia e amnésia, 
além da sedação superficial; 
 O droperidol é classificado como neuroléptico maior e provoca um estado de indiferença e imobilidade, 
com profunda analgesia e supressão dos reflexos autonômicos, com manutenção da estabilidade 
cardiovascular; 
 O etamidato possui efeito semelhante aos barbitúricos, sendo sua principal característica a 
estabilidade cardiovascular, além de interferir pouco na frequência respiratória (FR). Porém, essa 
substância produz alta incidência de náuseas e vômitos, além de provocar um despertar agitado; 
 O propofol possui aspecto leitoso e deve ser armazenado em temperaturas inferiores a 24 °C. Como 
uma de suas características positivas, destaca-se a baixa incidência de náuseas e vômitos, sendo útil 
em anestesias ambulatoriais e em procedimentos endoscópicos; 
 Os benzodiazepínicos pertencem a uma variedade de substâncias que têm a capacidade de deprimir 
o Sistema Nervoso Central (SNC),provocando calma ou sedação (sonolência). São classificados 
como sedativo-hipnóticos; 
 Antagonista dos benzodiazepínicos; 
 Flumazenil - reverte o efeito sedativo; 
 Os opioides, grupo no qual se agregam a morfina e seus derivados (fentanil, alfentanil, sufentanil e 
ultiva), de modo geral, produzem analgesia, sonolência, hipotermia, queda de débito urinário, 
Eunilde Andressa 
 
diminuição da resposta afetiva aos estímulos nociceptivos, miose, depressão dos centros respiratórios, 
náuseas e vômitos. Esses efeitos podem ser revertidos com a administração da naloxona. 
 
➢ Anestesia geral balanceada: 
• A anestesia geral balanceada é aquela realizada pela combinação de agentes anestésicos inalatórios 
e intravenosos. Esse tipo de anestesia tem sido amplamente empregado nos mais diversos 
procedimentos cirúrgicos, para a realização de operações de inúmeras especialidades. 
 
➢ Formas de avaliação ASA: 
• É a classificação quanto as condições físicas, desenvolvida pela ASA – American Society of 
Anesthesiologists para avaliação da gravidade das disfunções fisiológicas e anormalidades 
anatômicas, é dada por: 
 ASA 1 – paciente sadio; 
 ASA 2 – paciente com doença sistêmica leve; 
 ASA 3 – paciente com doença sistêmica severa; 
 ASA 4 – paciente com doença sistêmica severa que é um constante risco para a vida; 
 ASA 5 – moribundo que não se espera sobreviver sem a cirurgia; 
 ASA 6 – paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo removidos para doação. 
 
➢ Anestesia regional 
• Anestesia regional é definida como a perda reversível da sensibilidade, em decorrência da 
administração de um agente anestésico para bloquear ou anestesiar a condução nervosa a uma 
extremidade ou região do corpo. 
• Pode ser: 
 Raquidiana (espinhal ou raquianestesia): 
 É realizada mediante a aplicação de anestésico local no espaço subaracnóideo, espaço que contém 
o líquido cefalorraquidiano (LCR), localizado entre as membranas dura-máter e subaracnóidea, 
resultando em bloqueio simpático, bloqueio motor, analgesia e insensibilidade aos estímulos; 
 É realizada em procedimentos cirúrgicos realizados abaixo da cicatriz umbilical, isto é, correções de 
hérnias umbilical e inguinal, cirurgias urológicas, ginecológicas, vasculares e ortopédicas; 
 O posicionamento adequado para a realização da raquianestesia é o decúbito lateral na posição fetal 
(pernas fletidas com os joelhos próximos do abdome e o mento do tórax), ou sentado sobre a mesa 
cirúrgica, aproximando o mento do tórax. O objetivo do posicionamento é garantir a flexão máxima das 
vértebras lombares; 
 
 
 
 
 
 
 
 Entre os agentes anestésicos utilizados na raquianestesia, encontram-se as seguintes substâncias: 
bupivacaína, lidocaína, procaína, mepivacaína e prilocaína; 
Eunilde Andressa 
 
 Associadas aos agentes anestésicos podem ser administradas, de forma intratecal, a epinefrina e a 
fenilefrina, aumentando a duração do bloqueio, além de opioides, como o fentanil, aumentando a 
duração da analgesia espinhal. 
• Existem três tipos de raquianestesia: 
 A raquianestesia simples, na qual o anestesiologista, após a punção, faz uma única dose de anestésico 
local; 
 O bloqueio combinado raquiperidural, no qual é realizada, com um sistema próprio de punção única, 
a introdução da agulha de raqui e, em seguida, o cateter de peridural para manutenção da analgesia; 
 Raquianestesia contínua, na qual é inserido um cateter subaracnóideo. 
 Epidural: 
 Obtém-se a anestesia peridural injetando uma solução de anestésico local no espaço epidural; 
 O anestésico se difunde nesse espaço, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia as raízes nervosas; 
 O posicionamento e o local de punção para a anestesia peridural são os mesmos da raquianestesia; 
 Os seguintes agentes anestésicos são utilizados na anestesia peridural: bupivacaína, lidocaína e 
cloroprocaína. 
 
➢ Anestesia local: 
 Anestesia local é a infiltração de um anestésico local; 
 A maioria dos anestésicos locais utilizados possui efeito vasodilatador e as drogas mais comumente 
utilizadas são lidocaína, bupivacaína e ropivacaína; 
 A anestesia local pode ser tópica ou infiltrativa; 
 A anestesia local tópica consiste na aplicação de anestésicos locais em mucosas, como oral, nasal, 
esôfago e no trato geniturinário; 
 Na anestesia infiltrativa, os anestésicos locais são administrados no meio intra e/ou extravascular e 
atingem seu objetivo quando chegam às terminações nervosas específicas.

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