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▪ O Mormo é uma enfermidade infecto contagiosa, aguda ou crônica de caráter zoonótico, causada pela bactéria Bukholderia Mallei, que acomete principalmente os equídeos, podendo também acometer os humanos, os carnívoros e eventualmente os pequenos ruminantes ▪ É considerada uma das mais antigas doenças de equídeos ▪ A bactéria Burkholderia Mallei é um bastonete, gram negativa. ▪ Patógeno intracelular obrigatório ▪ No meio ambiente essa bactéria não é tão resistente ▪ Consegue sobreviver em ambientes úmidos por até 1 mês ▪ Essa bactéria é responsável por alta taxa de mortalidade em equídeos ▪ Pode ser considerada uma doença reemergente, devido ao aumento do numero de surtos da doença nos últimos anos. ▪ Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção. ▪ A disseminação ocorre principalmente por meio da contaminação de ferragem, cochos e bebedouros por secreção oral e nasal. ▪ Esporadicamente, a forma cutânea da infecção decorre do contato direto com ferimentos ou por utensílios usados na monta desses animais ▪ Apresenta-se 3 formas importantes de infecção: ▪ Na respiratória pode acontecer lesões pulmonares crônicas, que se rompem nos brônquios e infectam as vias aéreas superiores e secreções orais e nasais representam a mais importante via de excreção da bactéria B. Mallei ▪ A principal via de infecção é a via digestiva, mas também pode ocorrer pelas vias respiratórias e cutâneas. ▪ A disseminação por inalação também pode ocorrer, mas essa forma de infecção é provavelmente rara sob condições ambientais. ▪ Todos os equídeos, de qualquer idade são susceptíveis, porem a doença acomete principalmente em animais idosos, debilitados ou submetidos a estresse, como: ▪ Homem é o hospedeiro acidental, sendo geralmente uma doença ocupacional ▪ Os equinos são os únicos reservatórios naturais e capazes de transmitir a doença. ❖ Respiratória ❖ Cutânea ❖ Digestória ❖ Trabalho excessivo ❖ Má alimentação ❖ Habitação em ambientes com condições sanitárias inadequadas ▪ Os sinais mais frequentes são, febre, tosse e corrimento nasal. ▪ O período de incubação pode demorar 3 dias á meses, podendo na fase aguda apresentar edema na região peitoral e ir a óbito em 48 horas. ▪ Na forma aguda da doença a morte por septicemia ocorre em poucos dias, ocorrendo principalmente em asinimos, que são mais susceptíveis á esta forma. ▪ A fase crônica da doença, que pode desenvolver-se após semanas e meses, é caracterizada por três tipos de manifestações clinicas: ▪ Porem essas não são distintas e o mesmo animal pode apresentar simultaneamente todas as formas, sendo a forma pulmo-cutanea a mais comum em surtos da doença ▪ Animais cronicamente infectados são importantes na disseminação da doença. ▪ Sinais clínicos nas manifestações clinicas: ❖ A forma nasal se caracteriza por descarga nasal serosa que pode ser unilateral tornando-se com a evolução do processo, em purulenta fluida de coloração amarelo escura. ❖ A forma pulmonar manifesta-se por pneumonia lobar com abscedação cavernosa e desenvolvimento de pleurite fibrinosa ❖ A forma cutânea apresenta-se com formação de abcessos subcutâneos que ulceram e drenam secreções purulenta e adenopatia, que na face do animal pode apresentar linfonodos e vasos linfáticos superficiais aumentados de volume OBS: em humanos a forma cutânea é a mais comum, onde ocorre a formação de bolhas na pele. ❖ Nasal ❖ Pulmonar ❖ Cutânea ▪ O agente penetra pela mucosa intestinal, atinge os linfonodos onde fazem a proliferação e se espalham para os órgãos de ebição via corrente sanguínea. ▪ O agente é encontrado nos pulmões, porem podem ser observados também na pele e mucosa nasal. ▪ Nos animais infectados, forma-se lesões primarias na faringe, estendendo-se para o sistema linfático onde causa lesões modulares. ▪ São encontradas nos pulmões, baço, fígado e pele ▪ No septo nasal podem ocorrer lesões primarias de origem hemopatógena ou secundaria a um foco pulmonar. ▪ Aspectos clínicos – epidemiológicos ▪ Aspectos anatômicos ▪ Isolamento bacteriano ▪ Inoculação em animais de laboratório ▪ Teste indireto do anticorpo ▪ Elisa ▪ PCR ▪ Teste de maleína ▪ O tratamento é proibido, devido a possibilidade de animais tratados se tornarem portadores crônicos do agente, tornando-se assim fonte de infecção para animais sadios ▪ O ministério da saúde recomenda a eutanásia dos animais positivos devido à falta de tratamento adequado e vacina para a prevenção do Mormo, sendo a eutanásia realizada por profissionais do serviço de defesa sanitária ▪ Não tem vacina para essa doença ▪ A melhor forma de ‘tratamento’ é a eutanásia ▪ Não existe nenhuma vacina animal ou humana eficiente contra a infecção da B. Mallei ▪ A prevenção da doença em seres humanos baseia-se no manejo do ambiente e controle animal envolve: ❖ A eliminação de animais com diagnósticos positivos ❖ Limpeza e desinfecção das áreas de foco ❖ Incineração e destino apropriado de carcaças de animais infectados ❖ Quarentena e interdição da fazenda ❖ Desinfecção de veículos e equipamentos ❖ Utilização de equipamentos de proteção individual, como luvas, máscara, óculos e aventais por parte de médicos veterinários
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