Buscar

Aula 01 - Pessoa Natural

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXAME DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
DIREITO CIVIL - PESSOA NATURAL (ART.1º AO 39 DO CC/02)
AULA 01
1 - PESSOA NATURAL
Pessoa natural: refere-se ao ser humano.
Observação: Muitos chamam a pessoa natural de “pessoa física”, mas essa expressão é do Direito Tributário.
2 - SUJEITO DE DIREITO
Sujeito de direito: engloba não apenas a pessoa natural, mas entidades coletivas, empresas, associações civis
e organizações não-governamentais.
Observação: “pessoa natural” não é sinônimo de “sujeito de direito”, pois esta tem o conceito mais amplo.
O sujeito de direito pode ou não ter personalidade jurídica (civil).
Personalidade jurídica: é uma aptidão genérica para titularizar direitos e deveres.
a. Sujeitos de direito com personalidade jurídica/civil:
→ Pessoa natural
→ Pessoa jurídica
b. Sujeitos de direito sem personalidade jurídica/civil (entes despersonalizados):
→ Nascituro
→ Condomínio
→ Massa falida
→ Espólio (herança quando se torna autora ou ré de ação)
→ Sociedade irregular/fato
→ Outros (Ex. órgãos públicos)
2.1 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
A diferença entre os sujeitos de direito com e sem personalidade jurídica pode ser encontrada no
princípio da legalidade.
a. Sujeitos com personalidade jurídica/civil: podem tudo que a lei não proibir.
Exemplo: O casamento é celebrado quando homem e mulher manifestam perante a autoridade competente a
sua vontade em casar. Contudo, é preciso salientar que o ordenamento jurídico reconhece também o
casamento entre pessoas do mesmo sexo. E essa permissão se dá através de decisões das Cortes supremas
(STF e STJ).
Exemplo 2: O art.426 do CC/02 dispõe que: “Não pode ser objeto de contato a herança de pessoa viva;”
Veja que no segundo exemplo a lei proíbe que a herança de pessoa viva seja objeto de contrato. Mas, se
a lei nada dissesse a respeito disso, a herança de pessoa viva poderia ser objeto de contrato.
Ao praticar um ato que a lei proíbe, mas nada fala em relação à penalidade, esse ato será nulo. Isto é,
toda vez que a lei proibir, mas não mencionar a punição, o ato será nulo. Note o que dispõe o art. 166 do Código
Civil:
Art.166 do Código Civil
- É nulo o negócio jurídico quando:
VII. a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
b. Sujeitos sem personalidade jurídica/civil: somente poderão atuar quando a lei permitir.
Observação: O CPC permite que o condomínio, o espólio e a sociedade irregular, sejam partes (autores ou
réus) em processo (ação judicial). Ou seja, para o CPC, esses sujeitos possuem personalidade judiciária.
3 - NASCITURO
Pessoa natural: é o ser humano e possui personalidade jurídica/civil.
→ O art.2º do CC/02 dispõe que a personalidade jurídica/civil da pessoa natural começa do nascimento com
vida (funcionamento do aparelho cardiorrespiratório/entrada de ar nos pulmões).
Art.2º do Código Civil
- A personalidade jurídica/civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.
→ Logo, percebe-se que o Código Civil, na letra fria da lei, adota a Teoria Natalista (nascimento com vida).
Atenção: Muitas decisões judiciais, principalmente do STJ, vêm reconhecendo como pessoa o nascituro
desde a concepção (Teoria Concepcionista). Na prova da OAB o aluno não deve entrar na discussão.
Nascituro: é aquele que tem vida intrauterina.
→ O fato é que o nascituro possui direitos.
Exemplos: Direito à personalidade (ex.: vida), que não se confunde com a personalidade jurídica, direito a
alimentos (Lei n. 11.804/2008), doação, direito à herança, direito a dano moral (Ex.: REsp 1.487.089) etc.
→ Quando o nascituro sai do ventre materno, ocorre um fenômeno chamado nascimento.
Observe que, no dia do parto, três situações são possíveis:
I. Respira: Nascimento com vida.
II. Respirar e, logo após, morte.
III. Nascimento sem respiração: natimorto.
Observação: caso haja o nascimento com a respiração, adquire-se a personalidade civil ou jurídica.
4 - CAPACIDADE DE DIREITO
No mesmo momento em que se adquire personalidade civil, também se adquire a capacidade de direito.
Atenção: A doutrina menciona que a capacidade de direito possui o mesmo conceito da personalidade civil;
não é possível dissociá-las.
A capacidade de direito encontra-se no art. 1º do CC/02:
Art.1º do Código Civil
- Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
→ Isso significa que toda pessoa tem aptidão genérica para titularizar direitos e deveres e tem capacidade de
direito na ordem civil.
Exemplo: Um menino de 2 anos pode ter conta no Banco do Brasil, pois ele tem personalidade civil e
capacidade de direito.
A capacidade de direito se desdobra em duas modalidades:
a. Capacidade de direito: possibilidade de gozar dos direitos e efetivar os deveres.
Exemplo: embora um menino de 2 anos possa ter conta no Banco do Brasil, ele não pode abri-la sozinho
→ Ao nascer, respirar, ganhar personalidade jurídica ou civil, e adquirir a capacidade de direito, mas não
apresentar a capacidade de fato, a pessoa é denominada incapaz.
Destacam-se os seguintes apontamentos importantes:
→ Não existe incapaz de direito, pois toda pessoa tem capacidade de direito; e
→ Todo incapaz é incapaz de fato.
b. Capacidade de fato/exercício: é uma capacidade específica que lhe permite exercer os seus direitos e
deveres sozinho. Essa capacidade é adquirida efetivamente aos 18 anos.
→ Ao nascer, respirar, ganhar personalidade jurídica ou civil, adquirir a capacidade de direito e a capacidade de
fato, o sujeito é plenamente capaz.
5 - INCAPAZ
a. Incapaz: é a pessoa natural desde o nascimento com vida até os 18 anos.
b. Relativamente incapaz: é a pessoa natural entre os 16 anos e os 18 anos.
c. Capaz: é a pessoa natural dos 18 anos em diante.
O art. 3º define quem é o absolutamente incapaz (incapacidade grave).
Art.3º do Código Civil
- São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis)
anos (menor impúbere).
O art. 4º define quem é o relativamente incapaz (incapacidade leve).
Art.4º do Código Civil
- São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I. os maiores de dezesseis e menores de dezoitos anos (menor púbere);
II. os ébrios habituais (alcoólatras) e os viciados em tóxico (drogados);
III. aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade
IV. os pródigos (gastadores compulsivos).
Parágrafo único: A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
Observação: Aqueles que são maiores de 18 anos e são ébrios habituais, toxicômanos, não manifestam
vontade ou são pródigos podem ser considerados incapazes.
Observação 2: O incapaz, absoluto ou relativo, pode praticar atos da vida civil, desde que seja representado.
Atenção: Para o ECA, considera-se criança aquele que tem até 12 anos incompletos e adolescente aquele
que tem de 12 a 18 anos incompletos. Não confundir as idades do ECA com as do CC/02.
6 - REPRESENTAÇÃO
a. Os absolutamente incapazes: são representados em sentido estrito pelos representantes.
b. Os relativamente incapazes: são apenas assistidos pelos representantes.
6.1 - REPRESENTANTES
a. Genitores: possuem o cuidado com os filhos, desde que menores. Isso acontece por causa do poder
familiar que os pais possuem sobre o filho menor (arts. 1.630 a 1.638).
Atenção: O poder familiar pode ser perdido. Isso ocorre por meio da destituição do poder familiar. As causas
de destituição estão elencadas no art. 1.638 (ex.: castigos imoderados, punições sem razoabilidade,
abandono, prática de violência doméstica em face da mãe etc.).
→ Evidentemente, a perda familiar acontece por meio de decisão judicial.
→ Quando os pais perdem o poder familiar, o menor continua sendo considerado incapaz.
→ Quando um dos pais falece, o outro fica com o poder familiar.
b. Tutores: é um instituto ligado aos menores que não possuem poder familiar sobre eles por destituição ou
falecimento dos pais.
→ O direito de nomear o tutor é dos genitores mediante testamentoou outro documento autêntico.
Exemplo: O pai de determinado menino morreu quando este tinha 10 anos. Aos 12 anos, a mãe descobre que
tem um câncer terminal e morrerá em breve. Neste caso, o direito de nomear o tutor é dos genitores mediante
testamento ou outro documento autêntico.
Art.1729 do Código Civil
- O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.
Parágrafo único: A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico.
→ Em caso de destituição do poder familiar ou falecimento dos genitores, o menor será colocado sob tutela.
c. Curadores: são pessoas designadas para tomar conta de indivíduos maiores.
→ A curatela é uma medida excepcional, utilizada apenas quando a pessoa não consegue ter controle da sua
própria vida (arts. 1.767 a 1.783 - A do CC/02).
Atenção: A curatela do pródigo limita-se apenas a questões patrimoniais.
6.2 - ATOS PRATICADOS SEM OS REPRESENTANTES
a. Absolutamente incapaz: o ato praticado sem o seu representante será considerado nulo.
Art.166 do Código Civil
- É nulo o negócio jurídico quando:
I. celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
b. Relativamente incapaz: o ato praticado sem o seu representante será considerado anulável.
Art.171 do Código Civil
- Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I. por incapacidade relativa do agente;
Existem alguns atos que permanecem válidos, mesmo quando os maiores de 16 e menores de 18 anos
(menores púberes) praticam sem a representação dos seus assistentes:
Exemplos: Ser testemunha; fazer testamento; e aceitar mandato
7 - EMANCIPAÇÃO
Emancipação: é o fenômeno jurídico em que é possível antecipar o momento aquisitivo da capacidade de fato,
ou seja, antes dos 18 anos, ser possível praticar por conta própria os atos da vida civil.
Espécies e emancipação:
a. Emancipação voluntária: somente os pais podem deliberar por emancipar voluntariamente seus filhos.
A emancipação poderá ser concedida quando: o menor tiver 16 anos, sendo formalizada direto no cartório
por meio de escritura pública, em caráter irrevogável e independentemente de homologação judicial.
Observação: Os filhos não podem exigir que seus responsáveis o emancipem, uma vez que o poder familiar
pertence exclusivamente aos pais.
Atenção: Se o menor não tiver sobre ele o poder familiar dos pais (caso falecidos ou que estejam destituídos
do poder familiar), o tutor não poderá emancipá-lo voluntariamente.
b. Emancipação judicial: espécie de emancipação dada pelo juiz por meio de uma sentença, ouvido o
tutor e o Ministério Público (uma vez que o processo envolve o interesse de incapaz) quando o menor
tem 16 anos.
c. Emancipação legal:
→ Casamento (não se aplica à união estável!)
→ Emprego público efetivo
→ Colação de grau em curso superior
→ Pelo estabelecimento civil ou comercial
→ Pela existência de relação de emprego, em que o menor com 16 anos completos tenha economia própria
Observação: O menor de idade pode casar-se a partir dos 16 anos (idade núbil) desde que haja o
consentimento de seus pais (Art.1520 do CC/02).
Atenção: Caso ocorra o divórcio do casamento antes dos 18 anos, o menor não voltará à incapacidade.
Art.5º do Código Civil
- A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos
da vida civil.
Parágrafo único: Cessará, para os menores, a incapacidade:
I. pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;
II. pelo casamento;
III. pelo exercício de emprego público efetivo;
IV. pela colação de grau em curso de ensino superior;
V. pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
7.1 - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
I. Emancipação e o pagamento de alimentos: a emancipação voluntária (com a deliberação dos pais)
não os exime do pagamento de alimentos, entendimento reforçado pela (Súmula nº 358, do STJ).
Súmula nº 358 do STJ: o cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à
decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.
Em suma, os alimentos continuam devidos tendo enquanto fundamento, além da súmula, o princípio da
solidariedade. A exoneração dos alimentos deve garantir o contraditório, e o não pagamento somente pode ser
considerado após decisão judicial.
II. Emancipação e a responsabilidade dos pais: por sua vez, a responsabilidade dos pais, em um caso
de emancipação voluntária, passa a ser solidária (somente até os 18 anos).
8 - MORTE
Morte: põe fim à pessoa natural.
Art. 3º da Lei n. 9.434/1997
- A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou
tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos
não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e
tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
Segundo o art. 3º da Lei n. 9.434/1997 que dispõe sobre o transplante de órgãos, o falecimento de uma
pessoa atestado por um médico ocorre quando há morte encefálica. Isso porque há situações em que o coração
de uma pessoa continua batendo, mas o cérebro já não possui mais vida, tornando impossível fazer com que
essa pessoa volte a viver, interagir e praticar atos comuns do dia a dia.
São consequências jurídicas da morte:
→ Herança
→ Fim do casamento ou união estável
→ Fim do poder familiar sobre os filhos
→ Extinção de contratos que sejam personalíssimos (que trazem uma obrigação infungível)
No direito civil existem algumas modalidades de morte:
a. Morte real (Art.6º do CC/02): há efetivamente um corpo morto.
→ É atestada por um médico que emite o atestado de óbito, documento que deve ser levado ao cartório para
que a certidão de óbito possa ser emitida.
Art.6º do Código Civil
- A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em
que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Atenção:
I. Nenhum sepultamento será feito no Brasil sem que haja a certidão de óbito;
II. Em localidades em que não haja efetivamente um médico, o atestado de óbito pode ser substituído por
uma declaração de duas testemunhas que tenham verificado ou presenciado o evento morte (conforme
lei de registros públicos);
III. Para fins de transplante (lei 9434/97) a morte é caracterizada pela chamada morte encefálica.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11454323/artigo-3-da-lei-n-9434-de-04-de-fevereiro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/105509/lei-dos-transplantes-de-%C3%B3rg%C3%A3os-lei-9434-97
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11454323/artigo-3-da-lei-n-9434-de-04-de-fevereiro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/105509/lei-dos-transplantes-de-%C3%B3rg%C3%A3os-lei-9434-97
b. Morte presumida (Art.7º e 22 a 39 do CC/02): não há o corpo morto.
→ Existe, na verdade, uma presunção de morte (sem a efetiva certeza).
→ Para que se tenha a determinação de morte presumida, se faz necessária decisão judicial que a declare.
Observação: Sem corpo não existe qualquer possibilidade de emissão da certidão de óbito.
c. Morte por comoriência (Art.8º do CC/02): é a morte simultânea.
→ Ela ocorre no mesmo momento (condição de tempo), mas não necessariamente no mesmo local.
Em suma, a comoriência se faz relevante para fins de sucessão, uma vez que os comorientes não são
considerados herdeiros entre si, dessa forma, para que o indivíduo possa ser considerado um herdeiro, ele
precisa estar vivo na data da morte do autor da herança ou pelo menos concebido.
Art.8º do Código Civil
- Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.d. Morte civil: não se trata efetivamente de uma morte, mas sim de uma ficção em considerar alguém como
morto, ocorrência que se aplica somente em uma determinada situação específica, sendo fundamento
para a indignidade no direito sucessório (arts. 1.814 a 1.818, CC) e na deserdação (arts. 1.961 a 1.965).
→ Caso o herdeiro venha a ser declarado indigno, ele será considerado como morto para fins de herança,
aplicando-se o mesmo para um indivíduo deserdado (para fins de partilha).
Atenção: A morte civil existe em alguns ordenamentos jurídicos e corresponde a uma pena de banimento em
que a pessoa é tratada como morta para todos os fins de relação civil. No Brasil, não se aplica enquanto uma
punição efetiva a morte civil, sendo possível afirmar apenas que a indignidade e a deserdação no direito
sucessório acabam correspondendo a um resquício (lembrança) dessa modalidade.
8.1 - MORTE PRESUMIDA
Ausente: é a pessoa que sumiu de seu domicílio sem deixar notícias.
Atenção: Para caracterizar um ausente é necessário a demonstração de não presença e não notícia da
pesso, devendo a pessoa estar efetivamente desaparecida e sem que se saiba a razão ou os motivos de seu
desaparecimento
a. Morte presumida sem declaração de ausência: não há presença da pessoa, mas tem notícia de uma
alta possibilidade de morte.
→ Não se pode considerar desde o começo que a pessoa está morta, uma vez que não se sabe se ela, se
cansou da vida que levava e resolveu se mudar sem deixar vínculos onde residia (ausência de notícias).
Perigo de vida (Art.7º, I, do CC/02): pode ser aplicado a hipóteses como um sequestro em que a vítima não
retorna, queda de aeronave em alto-mar em que não é possível localizar os corpos das vítimas e outras
situações que configuram uma altíssima probabilidade de que a pessoa esteja morta.
Art.7º do Código Civil
- Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I. se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
Desaparecimento em guerra (Art.7º, II, do CC/02: após 2 anos, muito provavelmente possa ter sido morto em
combate.
Art.7º do Código Civil
II. se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra
Ambas as hipóteses previstas no art.7º do CC/02 estão atribuídas a um processo judicial em que o juiz é
quem promove a declaração da morte por sentença, tratando-se evidentemente de uma sentença declaratória.
Ainda, quanto à transferência de eventuais bens do falecido declarado aos herdeiros, estes serão transferidos
imediatamente aos sucessores.
→ Caberá em uma sentença declaratória de morte presumida a fixação obrigatória (pelo juiz) da data e o horário
provável da morte.
→ É possível dar entrada nesse tipo de ação somente após o encerramento das buscas pelas autoridades
competentes
Art.7º do Código Civil
Parágrafo único: A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de
esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
b. Morte presumida com declaração de ausência: não há notícia e não há presença da pessoa.
Observação: Aonde quer que o ausente esteja vivendo, ele é plenamente capaz.
8.1.1 - MORTE PRESUMIDA COM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA
A ausência corresponde a um fenômeno em que não se tem notícias da pessoa e não há também
a sua presença. Diante dessa situação, deve haver um procedimento judicial trifásico, de jurisdição
voluntária e que segue a regragem do art. 744 e 745, do CPC, além do 22 ao 39, do CC, dividindo-se em
três momentos:
I. Desaparecimento da pessoa de seu domicílio (Art.22 a 25 do CC/02): O desaparecimento da pessoa de
seu domicílio promove a iniciação do procedimento.
a. Sem representante:
→ Será feita uma petição inicial requerendo a declaração da ausência e a designação de um curador.
→ Se ao desaparecer, não deixar representante ou procurador, o juiz, a requerimento de qualquer interessado
ou do Ministério Público, declarará ausência, e nomear-lhe-á curador.
Podem ser curadores do ausente:
→ Cônjuge do ausente que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da
declaração da ausência.
→ Na falta de cônjuge a curadoria do bens do ausente passa para os pais ou descendentes.
→ Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
Observação: Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
Art.22 do Código Civil
- Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante
ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do
Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Art.25 do Código Civil
- O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois
anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§1º. Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta
ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§2º. Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§3º. Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
b. Com representante:
→ Caso o ausente deixe o mandatário de seus bens, mas o mesmo não queira, não possa exercer o mandato,
não possa continuar o mandato ou os seus poderes forem insuficientes, será declarado a ausência e nomeado
um curador.
Art.23 do Código Civil
- Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não
queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.
Art.24 do Código Civil
- O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando,
no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
II. Sucessão provisória (Art.26 a 36 do CC/02): A partir do momento em que o juiz designar um curador, caso
haja representante, o prazo para a declaração de ausência será de três anos.
Atenção: Caso não exista a figura de um representante, o prazo será de apenas um ano.
Neste momento, ainda não há a plena certeza de que houve a morte de fato, trata-se de um conceito que
ainda se encontra em seus estágios iniciais. Dessa forma, caberá aos interessados (cônjuge, companheiro,
herdeiros e credores) a abertura da sucessão provisória.
→ A partilha será promovida e os bens serão entregues aos herdeiros, que terão a posse provisória dos bens.
Observação:
Propriedade: O bem é de fato do indivíduo (foi adquirido).
Posse: Há o contato com a coisa embora o indivíduo não seja o proprietário.
Atenção: Não é possível realizar eventuais liquidações e garantir a conservação das posses.
→ Os herdeiros necessários (ascendentes, descendentes, cônjuge ou companheiros) entrarão na posse dos
bens independentemente de promoverem garantias.
→ Os chamados herdeiros legítimos devem emitir caução ou garantia de restituição dos bens para que possam
receber a posse provisória.
Ao transmitir a posse provisória, o juiz está promovendo uma sentença a qual transitará em julgado no
prazo de 15 dias, será possível posteriormente a abertura dos testamentos (caso existam). A sentença somente
produzirá efeitos em 180 dias corridos (similar a um trânsito em julgado diferido).
Art.26 do Código Civil
- Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em
se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra
provisoriamente a sucessão.
III. Sucessão definitiva (Art.37 a 39 do CC/02): Atrelado a um aumento na chance de morte, haverá uma
declaração de morte.
→ Será contado a partir dos 180 dias corridos (prazo da sentença) o prazo de 10 anos da sucessão definitiva,
que estará atribuída a declaração de morte (com o surgimento do estado de viuvez).
→ A posse, antes provisória, torna-se a propriedade resolúvel, que pode desfazer-seou resolver-se caso o
indivíduo reapareça.
→ Finalmente, a propriedade somente se torna definitiva após 10 anos da propriedade resolúvel.
→ Se os bens se deteriorarem ou se a pessoa que estiver em posse dos bens morrer, as garantias serão
mantidas.
→ Caso mediante fiscalização do Judiciário fique comprovado que a deterioração dos bens foi promovida pelo
responsável, ele deverá responder pelo valor respectivo.
Atenção: Se a pessoa que desapareceu tinha 80 anos de idade ou mais e caso não haja notícias em um
período de 5 anos de seu desaparecimento, a lei permite que os bens sejam alocados diretamente sob
sucessão definitiva.
Súmula nº. 331 (STF): É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no inventário por
morte presumida.
Atenção:
a. Suscetível a registro (Art.9º do CC): tem a função de dar publicidade aos atos que modificam ou
constituem.
→ Registram-se os nascimentos, casamentos, óbitos, emancipações (dada pelos pais ou juiz), interdição, a
sentença declaratória de ausência e a por morte presumida.
b. Suscetível a averbação (Art.10 do CC): a publicidade de alterações de atos já existentes.
→ Casamento nulo ou anulável, divórcio, eventuais separações judiciais, estabelecimento a sociedade
conjugal, atos de reconhecimento de filhos.
9 - DIREITO DA PERSONALIDADE (ART.11 A 21 DO CC/02)
Direito da personalidade: são os direitos atribuídos à dignidade da pessoa humana.
→ Os direitos da personalidade dispõem de um rol exemplificativo e não taxativo, uma vez que o legislador
infraconstitucional não poderia (ou teria) condições de pensar e imaginar todas as situações possíveis relativas
aos direitos da personalidade.
Na verdade, os direitos da personalidade estão inseridos em categorias relacionadas à proteção
das referidas integridades do sujeito (pessoa humana). Configuram integridades a serem protegidas:
a. Integridade física: Direito ao corpo (vivo ou morto), partes do corpo etc.
b. Integridade moral: Honra, intimidade, nome, imagem etc.
c. Integridade intelectual: Liberdade de pensamento, autorias científicas e artísticas etc.
Por se tratar de um rol exemplificativo, existem direitos da personalidade que são reconhecidos pela
doutrina e jurisprudência (mundo acadêmico), mas que não encontram previsão no Código Civil, o que não quer
dizer que tais direitos não sejam efetivos. A título de exemplo, é possível mencionar:
a. Direito ao esquecimento: Reconhecido em enunciado de jornada de direito civil. Trata-se do direito de
não ter que conviver com fatos passados e que digam respeito exclusivamente ao indivíduo.
b. Direito de não saber: Direito que o indivíduo tem de não saber de situações relacionadas a sua vida
desde que sejam tópicos que digam respeito especificamente ao próprio.
c. Direito de não nascer: Atribuído ao caso do francês Nicolas Perruche.
9.1 - CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DA PERSONALIDADE
É fato que os direitos da personalidade têm características em comum, dentre as quais:
a. Absolutos: Trata-se de direitos erga omnes.
b. Inatos: Inerentes à própria condição humana.
É importante se atentar ao art. 52 do Código Civil, que estabelece que os direitos da personalidade
também se aplicam à pessoa jurídica no que for cabível, ao dispor acerca da proteção concedida a PJ. Esse
entendimento é reforçado pela Súmula n. 227 do STJ:
Súmula n. 227: É possível que a pessoa jurídica (de direito privado) possa sofrer dano moral.
c. Extrapatrimoniais: Os direitos da personalidade não tem valoração econômica, não estão sujeitos a
qualquer modalidade de precificação.
d. Imprescritíveis: Não há prazo extintivo para o exercício de um direito de personalidade.
Quando ocorre a violação de um direito de personalidade em relação ao titular, ainda que não seja
possível atribuir uma valoração econômica a ele, efetivamente será possível promover a busca pelo dano por
meio de reparação ou indenização monetária. Destacam-se, entre os danos cabíveis:
→ Dano moral;
→ Dano material; e
→ Dano estético.
Observação: É possível, em virtude de uma única situação, a cumulação de danos por meio de uma tutela
indenizatória.
Em suma, apesar de a honra não poder ser atrelada a um valor econômico, a sua violação gera um
aspecto econômico por meio do dano moral, que, para ser fixado, a figura jurídica responsável deve elaborar
uma ponderação entre o ato praticado, a violação tida, as condições econômicas de quem o praticou e de quem
teve a violação de seu direito, características que concebem uma análise que permitem a verificação da
proporcionalidade que irá configurar uma indenização cabível. Ainda assim, tais ocorrências não configuram a
precificação de um direito de personalidade.
Muito embora os direitos da personalidade sejam imprescritíveis, quando ocorrer a violação de um direito
de personalidade, o ofendido deverá buscar a reparação dos danos sofridos por meio de uma ação judicial (de
reparação, indenização, etc.) e que se encontra sujeita a prazo prescricional de três anos (art. 205, §3º),
conforme art. 189 do Código Civil:
Art. 189 do Código Civil
- Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que
aludem os arts. 205 e 206.
Atenção: Ainda quanto ao prazo prescricional de 3 anos, o Resp 816209 do STJ (considerado um leading
case) que trata de crimes de tortura ocorridos na ditadura militar, determina que tais ocorrências configurariam
uma hipótese em que a prescrição da demanda não se aplicaria.
Para os casos em que a violação do direito não é conhecida de imediato: Ao titular do direito violado, o STJ
considera a aplicabilidade da teoria da Actio Nata, em que o prazo prescricional será contado efetivamente da
data da violação do direito material desde que considerada a ciência do sujeito, determinação estampada na
Súmula 278 do STJ:
Súmula nº 278 do STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o
segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral.
Atenção: Todos os prazos prescricionais encontram previsão em lei. Especificamente no direito civil, esses
prazos constam nos artigos 205 e 206 do Código Civil.
e. Impenhoráveis: Não existe a possibilidade de penhora.
f. Indisponíveis (relativamente) - (Art.11 do CC/02): Tais direitos são considerados intransmissíveis pois
não é possível transmitir um direito de personalidade a um terceiro, sendo também irrenunciáveis pelo
menos motivo (não sendo possível se dispor de tais direitos).
→ O conjunto de ambas essas características configuram tais direitos enquanto indisponíveis, atribuição
considerada de forma relativa.
Sendo possível transmitir um direito de personalidade quando: A lei autorizar (Lei n. 9.610/1998 de
direitos autorais e a Lei n. 9.434/1997 relacionada ao transplante de órgãos) ou quando as partes dispuserem
em um contrato (disposição voluntária En. 4º JDC).
Enunciado nº 4º do JDC: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde
que não seja permanente nem geral.
A limitação voluntária em questão deve seguir três regras:
→ A restrição não pode ser permanente (por período indeterminado);
→ A restrição não pode ser genérica; e
→ A restrição não pode violar a dignidade da pessoa humana, ainda que o titular concorde.
g. Vitalícios: Este grupo de direitos estará atribuído ao seu titular até a morte.
Atenção: Não se pode confundir os direitos da personalidade com a personalidade jurídica! Os direitos da
personalidade são atribuídos a partir da concepção do indivíduo.
9.2 - OUTRAS QUESTÕES
I. Morto pode sofrer dano moral?
Resposta: O morto não tem direito de personalidade e não sofre dano moral.
→ Por outro lado, sofre o dano moral em virtude de violação de um direito de personalidade do morto os
indivíduos vivos classificados como lesados indiretos.Assim, seria possível, por exemplo, que o filho de um
falecido ajuíze uma ação desse tipo alegando que sofreu dano moral indireto/reflexo/por ricochete.
No que concerne essa situação, existem dois artigos de relevância:Art. 12 do Código Civil
- Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem
prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único: Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau (irmãos, sobrinhos, tios
e primos).
Art. 20 do Código Civil
- Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a
divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de
uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe
atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
II. Hate speech: Termo atribuído às manifestações de ódio ou intolerância, situações não admitidas no
ordenamento jurídico.
Súmula nº221 do STJ: São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação
pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.
III. Biografias: As biografias foram objeto de julgamento no Supremo por meio da ADI 4815, que decidiu por ser
inexigível a autorização prévia para publicação de biografias.
IV. Direito ao esquecimento: Conforme enunciado 531 da JDC, o indivíduo possui o direito de não conviver
atualmente com ato passado, tema bastante debatido devido ao atual superinformacionismo midiático,
configurado pela exploração midiática de crimes e fatos pretéritos promovida desnecessariamente.
V. Art.13 a 15 do CC/02: Tratam da integridade física e a possibilidade de disposição do próprio corpo (somente
para objetivo científico ou altruístico), podendo ser revogado na hora que o indivíduo quiser.
VI. Resp 575/576/PR STJ + Súmula 387 STJ: Possibilidade de cumulação do dano moral com o dano estético.
VII. Resp 898.450: Não pode haver vedação em edital quanto a tatuagens em candidatos.
VIII. ADI 4275: O STJ reconhece a possibilidade de alteração de sexo e do prenome no registro civil de
nascimento da pessoa independentemente de autorização judicial ou procedimento cirúrgico, bastando apenas a
autodeclaração direta no cartório.
IX. En. 403 JDC: É possível que a pessoa opte por não receber transfusão sanguínea desde que seja capaz,
maior de idade e que possa manifestar livremente, conscientemente e de maneira informada a sua oposição,
dizendo respeito apenas a si mesma.
X. Súm. 403 STJ: Ao utilizar a imagem de uma pessoa para fins econômicos ou comerciais, o dano moral será
presumido (in re ipsa).
XI. Nome (arts. 16 a 19 do CC/02): O nome é de suma importância, sendo composto pelo prenome e o
sobrenome, podendo ser alterado somente em situações excepcionais.

Outros materiais