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GIOVANA SANTA MARIA 1 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA OBS: para todos os tipos, deve-se: lavar o local com água e sabão; manter o paciente em decúbito, ter uma hidratação adequada, levar o animal se possível, debridar a ferida, profilaxia antitetânica se indicado de acordo com histórico vacinal. NÃO FAZER: torniquete ou garrote, cortar o local da picada, perfurar ao redor da picada, colocar folha, pó, café, substancias contaminantes, não colocar outros tóxicos. ➔ BOTHROPS: o Veneno tem ação proteolítica, coagulante, hemorrágica → destruição do local da lesão. o SINAIS: edema, bolhas, necrose (ação de proteases, hialuronidases e fosfolipases, com liberação de mediadores inflamatórios), hemorragia (lesão na membrana basal de capilares), equimoses, distúrbios de coagulação. o MANIFESTAÇÕES SITÊMICAS: ▪ Leve: dor e edema local, manifestações hemorrágicas discretas ou ausentes, com ou sem alteração no tempo de coagulação. ▪ Moderado: dor e edema evidente, ultrapassando o segmento anatômico picado, acompanhado ou não de alterações hemorrágicas locais ou sistêmicas, como gengivorragia, epistaxe e hematúria. ▪ Grave: edema local endurado intenso e extenso, podendo afetar todo o membro. Pode ocorrer isquemia devido ao edema. Manifestações como hipotensão arterial, choque, oligoanúria ou hemorragias intensas. o COMPLICAÇÕES: ▪ Síndrome compartimental: em casos graves; compressão do feixe vásculo-nervoso, consequente ao edema, produzindo isquemia de extremidades. ▪ Abcesso: ação proteolítica do veneno favorece infecções locais, com germes patogênicos podendo vir da boca do animal, da pele do acidentado ou do uso de contaminantes dobre o ferimento GIOVANA SANTA MARIA 2 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ▪ Necrose: devido a ação proteolítica do veneno, associada à isquemia local decorrente de lesão vascular e de outros fatores, como infecção, trombose arterial, síndrome de compartimento ou uso indevido de torniquetes. o COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS: ▪ Choque ▪ Insuficiência renal aguda o EXAMES COMPLEMENTARES: ▪ Tempo de coagulação ▪ Hemograma ▪ Exame de urina ▪ Função renal o TRATAMENTO: ▪ Específico: soro antibotrópico (SAB) IV e, na falta desse, associação de antibotrópico-crotálica (SABC) ou antibotrópicolaquética (SABL) ▪ Geral: manter elevado e estendido o segmento picado, analgésico para dor, hidratação, antibioticoterapia Atenção: urticária, náuseas, vômitos, rouquidão, estridor, broncoespasmo, hipotensão → sinais de anafilaxia ➔ CROTALUS o O veneno tem ação neurotóxica (inibindo liberação de acetilcolina; bloqueio de receptores de sinapse), miotóxica (lesão de fibras musculares esqueléticas – rabdomiólise) e coagulante GIOVANA SANTA MARIA 3 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA o MANIFESTAÇÕES: ▪ Locais: pouco importantes. Não há dor, ou é de pequena intensidade. Parestesia local ou regional, que persiste por tempo variável. Edema discreto ou eritema no ponto de picada. ▪ Sistêmicas: • Gerais: mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência ou inquietação e secura da boca • Neurológicas: fácie miastênica (de Rosenfeld), caracterizada por ptose palpebral uni ou bilateral, flacidez da musculatura, alteração do diâmetro pupilar, incapacidade de movimentação do globo ocular (oftalmoplegia), podendo ter visão turva ou dupla (diplopia). Pode ocorrer dificuldade de deglutição, diminuição do reflexo do vômito, alterações do paladar e olfato, disfagia. • Musculares: ação miotóxica, com mialgias. Fibra lesada libera mioglobina, que é encontrada na urina. Rabdomiólise • Distúrbios de coagulação o CLASSIFICAÇÃO: ▪ Leve: sinais e sintomas discretos, com aparecimento tardio, sem mialgia ou alteração da cor da urina ▪ Moderado: sinais neurotóxicos discretos, de instalação precoce, mialgia discreta e urina pouco alterada ▪ Grave: sinais e sintomas neurotóxicos evidentes e intensos. Mialgia intensa e generalizada. Urina escura o COMPLICAÇÕES ▪ Sistêmicas: Insuficiência renal aguda o EXAMES COMPLEMENTARES: ▪ Urina ▪ Sangue: alterações em CK, aldolase, LDH, leucocitose com desvio a esquerda o TRATAMENTO: ▪ Específico: soro anticrotálico (SAC). Pode-se utilizar soro antibotrópico-crotálico (SABC) ▪ Geral: hidratação, indução de diurese osmótica, manutenção do pH urinário acima de 6,5. Manitol, bicarbonato GIOVANA SANTA MARIA 4 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ➔ LACHESIS – acidente laquético o Veneno tem ação proteolítica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica (fosfolipase A2 gera bloqueio neuromuscular irreversível) o MANIFESTAÇÕES: ▪ Locais: semelhantes ao do acidente botrópico, predominado por dor e edema, que podem progredir para todo o membro. Podem surgir vesículas e bolhas de conteúdo seroso ou sero- hemorrágico nas primeiras horas após o acidente. ▪ Síndrome vagal: hipotensão arterial escurecimento da visão, bradicardia, cólicas abdominais e diarreia. o CLASSIFICAÇÃO: ▪ Moderado e grave o COMPLICAÇÕES: iguais ao botrópico (síndrome compartimental, necrose, infecção secundária, abcesso, déficit funcional. o EXAMES COMPLEMENTARES: tempo de coagulação, hemograma, dosagem de ureia, creatinina, eletrólitos. o DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: manifestações da “síndrome vagal” o TRATAMENTO: ▪ Especifico: soro antilaquético (SAL) ou antibotrópico-laquético (SABL) – IV. No caso de falta de soro específico, tratamento feito com soro antibotrópico. ▪ Geral: estabilização hemodinâmica, volume, atropina, inotrópico → evitar instalação de choque ▪ OBS: monitoração por 72h, para avaliar hipotensão tardia, HDA, trombose mesentérica, AVC ➔ ACIDENTE ELAPÍDICO - coral o Veneno com ação: pós e pré sináptica (atuação pos= em receptores colinérgicos; pré= bloqueiam a liberação de neurotransmissor) o Quadro clínico: sintomas surgem precocemente. o MANIFESTAÇÕES: GIOVANA SANTA MARIA 5 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ▪ Locais: discreta dor, acompanhada por parestesia com tendência a progressão proximal. ▪ Sistêmicas: vômito, fraqueza muscular progressiva, com ptose palpebral, oftalmoplegia e presença de fácies miastênica ou neurotóxica. Dificuldade de manter a postura ereta, mialgia localizada ou generalizada. Dificuldade para deglutir por paralisia do véu palatino. Pode gerar insuficiência respiratória aguda e apnéia. o TRATAMENTO: ▪ Específico: soro antielapílico (SAE) ▪ Geral: ventilação (pra insuficiencia respiratória); uso de neostigmina (anticolinesterásicos); atropina (antagonista muscarínicos) ➔ ACIDENTES POR COLUBRÍDEOS: o Ações do veneno: hemorrágica, proteolítica, fibrinogenolítica e fibrinolítica o MANIFESTAÇÕES: edema local, equimose, dor. Diferente do botrópico, sem alteração na coagulação o TRATAMENTO: sintomático. Ações do veneno de escorpião: dor local e efeitos complexos nos canais de sódio, produzindo despolarizações das terminações nervosas pós-ganglionares, com liberação de catecolaminas e acetilcolina (sintomas de descompasso entre os dois sistemas, pode estar com midríase ou miose, frequência cardíaca alta ou baixa) → disfunção no SNA QUADRO CLÍNICO: Tityus serrulatus (escorpião amarelo) = + grave, sendo que a dor local pode ser acompanhada por parestesias, podendo gerar manifestações sistêmicas, principalmente em crianças e idosos: • Gerais: hipo ou hipertermia e sudorese profusa • Digestivas: náuseas, vômitos, sialorreia e, mais raramente, dor abdominal e diarreia • Cardiovasculares: arritmias cardíacas, hipo ou hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva e choque • Respiratórias: taquipneia, dispneia e edema pulmonar agudo • Neurológicas: agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES: ➔ Leves: apenas dor local na picada e as vezes parestesia ➔ Moderados: dor intensa no local da picada e manifestações sistêmicas do tipo sudoresediscreta, náusea, vômitos, taquicardia, taquipneia e hipertensão leve GIOVANA SANTA MARIA 6 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ➔ Graves: manifestações mais severas dos quadros moderados, com choque, convulsão e coma. Pode apresentar vômitos incoercíveis, bradicardia, insuficiência,.... Obs: os óbitos estão relacionados a complicações do edema pulmonar agudo e choque EXAMES COMPLEMENTARES: 1. Eletrocardiograma: demonstra taquicardia ou bradicardia sinusal, extra-sístoles ventriculares, distúrbios da repolarização ventricular com inversão da onda T, supra de ST com presença de onda Q de necrose. 2. Radiografia de tórax: pode evidenciar aumento da área cardíaca e sinais de edema pulmonar agudo 3. Glicemia: pode estar elevada nas primeiras horas após a picada. 4. Laboratorial: leucocitose com desvio à esquerda, elevação de amilase, CK, CKMB. TRATAMENTO: • Sintomático: alívio da dor por infiltração de lidocaína no local da picada ou dipirona a cada 6 horas (2% sem vaso – dose 5mg/Kg). Distúrbios hidroeletrolíticos devem ser tratados com medidas apropriadas a cada caso. • Específico: soro antiescorpiônico (SAEEs) ou antiaracnídico (SAAr). Obs: a sintomatologia cardiovascular não regride logo com a utilização do antiveneno, mas este impede o agravamento do caso. 3 gêneros de importância médica: phoneutria, loxosceles e latrodectus . obs: Lycosidae: aranhas de grama ou de jardim ➔ PHONEUTRIA: o Ações do veneno: ativação e retardo da inativação dos canais neurais de sódio, provocando despolarização das fibras musculares e terminações nervosas sensitivas, motoras e do sistema nervoso autônomo, favorecendo a liberação de neurotransmissores. o MANIFESTAÇÕES: dor de intensidade variável, podendo irradiar até a raiz do membro acometido. Edema, eritema, parestesia e sudorese no local da picada, podendo ser visualizado as marcas da picada. Priapismo (exagero de apetite, excitação sexual) o CLASSIFICAÇÃO: GIOVANA SANTA MARIA 7 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ▪ Leve: predominantemente sintomatologia local. Taquicardia e agitação ▪ Moderados: manifestações locais e sistêmicas, como taquicardia hipertensão arterial, sudorese discreta, agitação psicomotora, visão turva e vômitos ocasionais ▪ Graves: sudorese profusa, sialorreia, vômitos frequentes, diarreia, priapismo, hipertonia muscular, hipotensão arterial, choque e edema pulmonar agudo. o EXAMES: hemograma com leucocitose (neutrofilia), hiperglicemia, acidose metabólica e taquicardia sinusal. o TRATAMENTO: ▪ Sintomático: tratar dor local com infiltração anestésica, sem vasoconstritor. ▪ Específico: soroterapia indicada em casos de manifestações sistêmicas em crianças e acidentes graves. Obs: deve-se evitar drogas anti-histamínicas em crianças e idosos, por ter efeito tóxico de sonolência, agitação psicomotora, alterações pupilares e taquicardia. ➔ LOXOSCELES: o Aranhas-marrons o Ação do veneno: atua em membranas celulares do endotélio vascular e hemácias, causando ativação do sistema complemento, da coagulação e das plaquetas, ocasionando em uma reação inflamatória no local da picada. o MANIFESTAÇÕES: ▪ Cutânea: dor, edema endurado e eritema no local da picada • Lesão incaracterística: bolha de conteúdo seroso, edema, calor e rubor, com ou sem dor e queimação • Lesão sugestiva: enduração, bolha, equimoses e dor em queimação • Lesão característica: dor em queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas de isquemia (placa marmórea) e necrose ▪ Cutânea-visceral (hemolítica): anemia, icterícia e hemoglobinúria (hemólise intravascular). Casos graves podem evoluir para insuficiência renal aguda. o CLASSIFICAÇÃO: ▪ Leve: lesão incaracterística sem alterações clínicas ou laboratoriais e com identificação da aranha causadora do acidente ▪ Moderado: lesão sugestiva ou característica, podendo haver alterações sistêmicas como rash cutâneo, cefaléia e mal-estar. ▪ Grave: lesão característica e alterações clínico-laboratoriais de hemólise intravascular. o COMPLICAÇÕES: ▪ Locais: infecção secundária, perda tecidual, cicatrizes desconfigurantes ▪ Sistêmicas: a principal é insuficiência renal aguda o EXAMES: GIOVANA SANTA MARIA 8 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ▪ Na forma cutânea= hemograma com leucocitose e neutrofilia ▪ Cutânea-visceral= anemia aguda, plaquetopenia, reticulocitose, hiperbilirrubinemia, creatinina e ureia diminuída. o TRATAMENTO: eficácia da soroterapia (antiloxocélico ou antiaracnídico) reduzida após 36 horas da inoculação do veneno. Pode-se fazer o uso de corticóides e dapsona. Uso de antisséptico e analgésico no local, com antibiótico sistêmico, sendo feita transfusão de sangue em casos de anemia grave. ➔ LATRODECTUS: o Viúvas-negras o Veneno: atuação sobre terminações nervosas sensitivas, provocando quadro doloroso no local da picada. Ação no SNA, liberando neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos. o MANIFESTAÇÕES: dor local, evoluindo para sensação de queimadura. Pápula eritematosa e sudorese localizada. Podem ser observadas lesões puntiformes. Na região da picada, há hiperestesia, podendo ter placa urticariforme, acompanhada de enfartamento ganglionar regional ▪ Sistêmicas: tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, cefaléia, prurido, eritema de face e pescoço. MOTORA= dor irradiada para MMII, contraturas musculares periódicas, movimentação incessante, atitude de flexão no leito, hiporreflexia ósteo-músculo-tendinosa constante. Dor abdominal intensa, acompanhada de rigidez e desaparecimento do reflexo cutâneo-abdominal. FÁCIES LATRODECTÍSMICA. • Cardio: opressão precordial, com sensação de morte iminente, taquicardia inicial e hipertensão • Digestiva: náuseas e vômitos, sialorreia, anorexia • Geniturinárias: retenção urinaria, dor testicular.. • Oculares: ptose e edema bipalpebral, hiperemia conjuntival e midríase. o COMPLICAÇÕES: edema pulmonar agudo e choque o EXAMES: ▪ Hemograma com leucocitose, linfopenia, eosinopenia ▪ Alterações no ECG, com arritmias como fibrilação atrial e bloqueios, diminuição de amplitude do QRS e da onda T o TRATAMENTO: ▪ Específico: soro antilatrodectus indicado em casos graves ▪ Sintomático: analgésicos GIOVANA SANTA MARIA 9 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA QUADRO CLÍNICO: varia com o local da picada (boca e pescoço), número de picadas maior que 100 apresenta maior risco; Crianças, idosos e portadores de doenças cardiorrespiratórias, e história de atopia, tem maior risco de anafilaxia FISIOPATOLGIA: veneno da abelha tem diversas atividades farmacológicas e alergênicas; as enzimas degradativas contribuem para a penetração do veneno e seu acesso na corrente sanguínea, causando: • Lise de eritrócitos, leucócitos, plaquetas e células endoteliais, resultando na hemólise intravascular; • Aumento de bilirrubina e LDH; • Hemoglobiníria e trombocitopenia → CID (raro) O veneno também pode causar bloqueio neuromuscular e paralisia respiratória → hemólise e miotoxicidade → lesão cardíaca (múltiplas picadas) Veneno: substâncias químicas com atividades tóxicas. Como enzimas hialuronidases e fosfolipases, peptídeos ativos como melitina e apamina, aminas como histamina e serotonina, entre outras. Fosfolipase A2 é o principal alérgeno. Bloqueadores neuromusculares, podendo provocar paralisia respiratória. Ação destrutiva sob membranas biológicas, como em hemácias, produzindo hemólise. MANIFESTAÇÕES: podem ser alérgicas (mesmo com uma só picada) e tóxicas (múltiplas picadas) • Locais: dor aguda local que tende a desaparecer espontaneamente em poucos minutos, deixando vermelhidão, prurido e edema por varias horas e dias. A intensidade da reação deve alertar para um possível estado de sensibilidade e exacerbação de resposta às picadas subsequentes. • Regionais: edema flogístico evolui para enduração local que aumentade tamanho. Podem ser tao grandes que limitam a mobilidade do membro. • Sistêmica: manifestações clássicas de anafilaxia, com inicio rápido, gerando cefaléia, vertigens e calafrios, agitação psicomotora, sensação de opressão torácica o Tegumentar: prurido generalizado, eritema, urticaria e angioedema o Respiratória: rinite, edema de laringe e árvore respiratória, tendo como consequencia dispneia, rouquidão, estridor e respiração asmatiforme. o Digestiva: prurido no palato e na faringe, edema de lábios, língua, úvula e epiglote, disfagia, náuseas, cólicas abdominais ou pélvicas, vômitos e diarreia o Cardio: hipotensão – tontura ou insuficiência postural até colapso vascular total. • Reações alérgicas tardias: artralgias, febre e encefalite. GIOVANA SANTA MARIA 10 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA MANIFESTAÇÕES TÓXICAS: gerado por ataque múltiplo de abelhas → síndrome de envenenamento. Gera além de tudo já citado, hemólise intravascular e rabdomiólise, alterações neurológicas como torpor e coma, hipotensão arterial, insuficiência renal aguda... COMPLICAÇÕES: síndrome de envenenamento pode levar a alterações hidroeletrolíticas, do eq acido pavê, anemia aguda, depressão respiratória... TRATAMENTO: ▪ Remoção do ferrão (se enxame, fazer raspagem com lâmina) ▪ Analgésico para dor ▪ Tratamento para reações alérgicas, por administração de adrenalina (para anafilaxia), glicocorticóides e anti-histamínicos ▪ Medidas gerais de suporte – assistência respiratória, manutenção do eq acido básico... GIOVANA SANTA MARIA 11 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Marimbondos ou cabas. Veneno é pouco conhecido Ao contrário de abelhas, não deixam o ferrão no local da picada Picada dolorosa, pode provocar complicações como anafilaxia, necrose e infecções secundárias. Veneno: formiga lava-pés, tem efeito citotóxico, sendo capaz de produzir reações alérgicas em determinados indivíduos. Morte celular provocada por veneno promover diapedese de neutrófilos no ponto da ferroada MANIFESTAÇÕES: papula urticariforme. Dor por certo tempo, seguida de prurido. Pápula da local a pústula estéril. Capacidade de infecções secundárias por conta do rompimento da pústula pelo ato de coçar. COMPLICAÇÕES: principalmente em alérgicos, podendo levar ao óbito. Infecção secundária comum podendo ter abcessos, celulites e erisipela. TRATAMENTO: compressas frias, locais, seguido de corticóides tópicos. Analgesia feita por paracetamol e anti-histamínicos. Reações de anafilaxia devem ser tratadas imediatamente. Dermatite urticante: causada por contato de lagartas (taturana), ou cerdas de mariposa (mariposas-da-coceira) Por lagartas: reação gerada pelos líquidos da hemolinfa e da secreção das espículas, tendo a histamina como principal. Caracterizada com dor local intensa, edema, eritema e prurido local. Pode ocorrer enfartamento ganglionar regional característico e doloroso. Pode evoluir para bolhas e necrose na área do contato. GIOVANA SANTA MARIA 12 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA • Tratamento: lavagem do local com água fria, infiltração local com anestésico, compressas frias, elevação do membro acometido, anti-histaminico. Por mariposas: trauma mecânico causado pela introdução de espículas, com fatores tóxicos. Gera lesões papulopruriginosas, acometendo regiões da pele após varias horas do contato com as cerdas. Intenso prurido • Tratamento: uso de anti-histamínicos, compressas frias, banhos de amido, uso de corticoesteróides. SINAIS E SINTOMAS: ➔ Periartrite falangeana: por contato com pararama, que causa uma reação granulomatosa e consequente fibrose do tecido cartilaginoso. Gera prurido, dor, sensação de queimadura, com rubor e tumefação (de articulações interfalangeanas) ➔ Síndrome hemorrágica: contato com lagartas lonomia. Tem, além do quadro de dermatite urticante, manifestações gerais e inespecíficas, como cefaléia, mal estar, náuseas, vômitos, ansiedade, mialgias, dor abdominal, hipotermia, hipotensão.. equimoses grandes e bem definidas, manifestações hemorrágicas em vísceras.. Besouros causando quadro dermatológico pela liberação de substâncias tóxicas de efeito cáustico e vesicante. MANIFESTAÇÕES: sensação de ardor contínuo no momento do contato, com quadro clínico variando de intensidade. Lesões alongadas, pela esfregada do inseto sobre a pele (dermatite linear). As vesículas podem ser claras ou pustolizadas por infecções secundárias. Peixes marinhos ou fluviais Acidentes acantotóxicos (arraias) são de caráter necrosante e a dor é o sintoma proeminente. → ferimento puntiforme ou lacerante acompanhado por dor imediata, com edema e eritema regionais, podendo ter necrose no local do ferimento. → tratamento alivio da dor e prevenção de infecção secundária Acidentes sarcotóxicos ocorrem por ingestão de peixes e frutos do mar → tratamento de suporte, como lavagem gástrica e laxante. Veneno com ações tóxicas e enzimáticas na pele humana, podendo provocar inflamação extensa e até necrose. Neurotoxicidade com efeitos sistêmicos, desorganizando a atividade condutora cardpiaca e levando a arritmias sérias, com alteração do tônus vascular, podendo gerar insuficiência respiratória. MANIFESTAÇÕES: GIOVANA SANTA MARIA 13 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA • LOCAIS: ardência e dor intensa no local. Placas e pápulas urticariformes lineares, podendo dar lugar a bolhas e necrose. Regridem e deixam lesões eritematosas lineares • SISTÊMICAS: cefaleia, mal estar, náusea, vomito, espasmos musculares, febre, arritmias cardíacas. TRATAMENTO: GIOVANA SANTA MARIA 14 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA GIOVANA SANTA MARIA 15 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA GIOVANA SANTA MARIA 16 UE 1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
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