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Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II CONCEITOS • A administração de medicamentos é um cuidado da equipe de Enfermagem, cabendo a enfermeiros a assistência ao cliente no que diz respeito a terapêutica medicamentosa. • É um cuidado que em geral depende da prescrição médica, mas nem por isso isenta a responsabilidade de quem prepara e administra os remédios. • A administração de medicamentos é uma das vias mais corriqueiras desenvolvidas pela equipe de enfermagem e, ao mesmo tempo, traduz a eficiência, a responsabilidade, a técnica e a destreza do profissional nessa atividade. • Para que o profissional possa preparar e administrar um medicamento com segurança e qualidade, é necessário que conheça os princípios científicos farmacológicos de cada droga manipulada. • Esses princípios envolvem basicamente: ação, dose, efeitos adversos, interação medicamentosa, métodos e precauções na administração. • Cai na prova: as vezes cai pegadinha de prescrição de medicamentos de dose, com relação a dose máxima e dose mínima. Isso o profissional deve se atentar. CÓDIGO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM EFEITOS ADVERSOS X EFEITOS COLATERAIS EFEITO ADVERSO • Efeito adverso ou reação adversa ao medicamento (RAM). • É um efeito diferente e indesejado daquele considerado como principal por um fármaco. • É qualquer resposta que seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a modificação de uma função fisiológica. • De forma previsível, as drogas poderão causar efeitos secundários, os quais podem ser inofensivos ou prejudiciais. REAÇÕES ADVERSAS MAIS COMUNS • Efeitos tóxicos: desenvolvem-se após a ingestão prolongada de doses altas de determinados fármacos ou quando ocorre seu acúmulo na corrente sanguínea, decorrente da deficiência do organismo em metaboliza-los. • Reações idiossincráticas: desenvolvem efeitos imprevisíveis, como reação excessiva ou deficiente ao medicamento, ou ainda uma reação diferente do esperado. Um bom exemplo é a administração de determinados opioides, que acabam causando excitabilidade ao invés de sedação e analgesia. • Reações alérgicas: são imprevisíveis e representam de 5 a 10% de todas as reações adversas às drogas. Uma reação alérgica pode ser leve ou grave. Os sintomas alérgicos variam, dependendo do indivíduo ou da concentração da droga. As reações graves ou anafiláticas são caracterizadas pela constrição súbita dos músculos bronquiolares (pulmões), edema de faringe, laringe, sibilos intensos e falta de ar. Também pode haver a presença de instabilidade hemodinâmica e a necessidade de atendimento emergencial. EFEITO COLATERAL • É um efeito diferente daquele considerado como principal por um fármaco. • Como por exemplo a sonolência em anti-histamínicos. • Não será prejudicial ao paciente. Exemplos: - A fluoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina, usado para depressão. Ele tem como efeito Administração de medicamentos Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II colateral a inibição da fome, então em alguns processos de emagrecimento o médico prescreve a fluoxetina para o paciente, pois ele está usando o efeito colateral como efeito principal. - O AAS é analgésico e antitérmico, mas ele possui um efeito colateral de hemodiluição, com isso, acaba sendo prescrito para algumas pessoas a fim de fluidificar o sangue e prevenir trombos. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA • A interação medicamentosa ocorre quando uma droga altera o efeito de outras. • Uma droga pode aumentar ou diminuir o efeito de outras drogas, ou alterar a maneira pela qual uma substância é absorvida, metabolizada ou eliminada do organismo. • Uma interação entre drogas nem sempre é indesejável. Em determinadas situações, o médico poderá prescrever uma combinação de fármacos para criar uma interação que traga benefícios terapêuticos. • Algumas interações ocorrem por disputa por sítio de distribuição de medicamento. • É importante conhecer essas interações para o momento da administração e prescrição das drogas, importante saber o tempo de meia vida do medicamento. • Alguns medicamentos bastam trocar os horários pois eles competem por sítio de ação ou transporte. • Dependo do medicamento, se ele ficar muito tempo biodisponível no sangue, não dá para apenas trocar o horário. Exemplo: VIA DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS • Os medicamentos podem ser administrados de várias formas, dependendo da indicação e do tempo de ação pretendido. • Cada via tem sua importância e particularidade, exigindo do profissional treinamento e técnica específicos para cada uma. • Algumas podem ser realizadas em casa, pelo cuidador ou pelo próprio cliente, ao passo que outras só podem ser realizadas por um profissional capacitado e treinado. VIAS UTILIZADAS PARA A ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: • Enteral: oral, SNG, SNE, (gastrostomia) GTT; • Parenteral: - Tópica: nasal, oftálmica, retal, vaginal etc. - Injetável: SC, ID, IV (EV), peridural. • Enteral: sofre efeito de primeira passagem, geralmente o prescritor leva em consideração esse efeito. • Parenteral: tudo o que não é enteral, não tem efeito de primeira passagem ADMINISTRAÇÃO VIA ENTERAL • Administrada via gastrintestinal. • Sofre efeito de primeira passagem. • Os fármacos administrados por essa via utilizam o trato gastrintestinal, em particular as primeiras porções do intestino delgado, como áreas de absorção. • Tais fármacos devem resistir à acidez do estomago e serão metabolizados pelo fígado. Esse processo faz com que a ação do fármaco demore a ocorrer. • Importante conhecer a interação de alguns medicamentos com determinados alimentos. • A maioria dos medicamentos tem sua absorção reduzida na presença de alimentos. • As interações drogas-nutrientes acontecem por meio de mecanismos muito semelhantes e competitivos, e podem ocorrer em vários níveis: na ingestão do alimento, na absorção da droga ou do nutriente e no transporte por proteínas plasmáticas, durante os processos de metabolização e secreção. Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II • Um grande volume de alimentos no estomago pode atuar como uma barreira mecânica para o acesso do medicamento à superfície da mucosa do trato gastrintestinal. • Geralmente as proteínas formam complexos com alguns medicamentos, produzindo moléculas muito grandes para atravessarem as membranas e alcançarem a corrente sanguínea. • Os medicamentos administrados via oral podem apresentar-se em forma de drágeas, comprimidos, cápsulas, xarope ou emulsão. • Para crianças, as drágeas e os comprimidos podem ser macerados, diluídos em água e administrados com o auxílio de uma seringa. • Para crianças maiores, podem-se administrar os medicamentos líquidos com o auxílio de copos dosadores, que controlam e auxiliam na prescrição da quantidade de medicamento. • Se a dose prescrita é metade da dose de um comprimido, pode partir o comprimido no meio e tomar meio comprimido? Não, não há como garantir que haja metade da substância de cada lado. • Se a sonda estiver sendo utilizada para drenagem, ou seja, aberta, após a administração é necessário mantê- la fechada por cerca de trinta minutos, para garantir a absorção. • Para medicamentos administrados por via oral, a água é o veículo mais adequado para sua ingestão. • Suco, leite ou chás só devem ser utilizados quando não houver contraindicação, pois podem conter substâncias que reagem com determinadas composições medicamentosas e, dessa forma, interferem em sua absorção e em sua ação. • Em um medicamento de 50mg em que é prescrito 25mg, não faz tanta diferença se a pessoa tomar 26mg ou 24mg, pois quando é prescrito25mg já tem uma margem de perda de medicamento pelo efeito de primeira passagem, então acaba-se macerando e diluindo para administrar via sonda. • Nos comprimidos revestidos, drágeas ou cápsulas não se pode macerar ou dividi-los, eles são revestidos para que não sejam absorvidos no estômago, mas sim entérica. Isso somente pode-se fazer no paciente com sonda nasoentérica, pois o final dessa sonda já é no intestino. ADMINISTRAÇÃO VIA TÓPICA • Consiste na administração de medicamentos em pele e/ou mucosas. • É importante sempre: - Verificar a prescrição; - Observar a coloração, turvação e precipitação no frasco; - Verificar a data de validade; - Conferir a medicação ao retirá-la do armário, antes de preparar e ao guardá-la; - Confirmar a identidade do cliente, seja pelo bracelete, número do quarto ou do leito; - Explicar o procedimento ao paciente; - Manter a privacidade do cliente. VIA CUTÂNEA • Remover a aplicação anterior com uso de solventes, água ou soro fisiológico; • Aplicar o medicamento com auxílio de uma abaixador de língua; • Ao aplicar sprays, segurar o frasco 15 a 30cm de distância da pele; • Ao aplicar pós, secar a pele e afastar as pregas cutâneas; • Realizar o curativo com gaze ou curativo transparente semipermeável; • Se o paciente apresentar infecção, utilizar luvas estéreis; • Em mucosas, não devemos exagerar na quantidade, pois esta tem absorção maior que a pele; • Se aplicar medicamentos em mãos, cobrir. • Se aplicar medicamentos nos pés, cobrir. VIA TRANSDÉRMICA • A liberação do medicamento ocorre na corrente sanguínea de forma constante e controlada; • Na maior parte das vezes são adesivos; • Não tem ação local como a cutânea, tem ação sistêmica; • Não aplicar em áreas de lesões cutâneas, pele cicatrizada ou calosidades; • Colocar a quantidade prescrita de pomada na faixa de aplicação ou fita medidora; • Aplicar em pele desprovida de pelos; Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II • Manter a área ao redor seca; • Para remover uma placa transdérmica, é preciso trocar o sítio de aplicação; • Manter a placa seca; • Aplicar nova placa 30 minutos antes de remover a antiga; • Medicamentos com nitroglicerina podem provocar cefaleia e hipotensão ortostática, principalmente em idosos. VIA OFTÁLMICA • Geralmente usada para anestesiar o olho, dilatar pupilas, corar a córnea ou medicamento; • O medicamento o paciente normalmente faz em casa; • Importante colocar a data no frasco no dia da primeira utilização e descarta-lo em duas semanas; • Remover possíveis crostas da ponta do tubo com auxílio de uma gaze; • Limpar o olho com gaze estéril e água morna ou soro fisiológico, do canto interno para o externo; • Solicitar que o cliente incline a cabeça para trás e no sentido do olho afetado; • Solicitar ao cliente para olhar para cima e para o lado; • Puxar a pálpebra inferior para baixo e instilar a medicação no saco conjuntival; • Instrua o cliente a piscar; • Para aplicar pomadas, aplique uma fina camada ao longo do saco conjuntival, sempre do canto interno para o externo; • Peça ao cliente para fechar os olhos e movimentá-los por trás das pálpebras; • Ao administrar medicamentos que possam ser absorvidos de modo sistêmico, como a atropina, pressione o canto interno durante 1 a 2 minutos, para impedir que a medicação flua pelo canal lacrimal. VIA OTOLÓGICA • No ouvido; • Tratar infecção, inflamação, remover cerume, produzir anestesia local ou retirar insetos; • Não administrar soluções com hidrocortisona em pacientes com infecções virais ou fúngicas. O corticoide reduz a resposta imunológica, não se entra com corticoide no início, somente depois do ciclo do vírus; • Deitar o paciente em decúbito lateral e retificar o canal auditivo, puxando a orelha para cima e para trás; • Em lactentes e crianças até 3 anos, puxar a orelha para trás e para baixo; • Aquecer o medicamento até a temperatura do corpo; • Com o auxílio de uma lanterna, inspecione o canal auditivo. Se houver sujidade, remova com o auxílio de um lenço de papel ou haste flexível; • O paciente deve permanecer em decúbito lateral por 5 a 10 minutos; • Se necessário, colocar uma bola de algodão frouxamente para reter a medicação; • Se for o caso de remoção de cerume, irrigue o ouvido conforme prescrição. VIA NASAL • Peça-o que incline a cabeça para trás, coloque a ponta do inalador em uma de suas narinas e oclua a outra com seu dedo; • Solicite que o paciente inspire suavemente enquanto você pressiona o conjunto adaptador-cartucho; • Peça-o para expirar pela boca e repita o procedimento na outra narina; • Lave o adaptador nasal com água morna; • Se prescrito mais de uma inalação, instrua-o a aguardar 2 minutos antes de repetir o procedimento; • Se o cliente usa esteróide e broncodilatador, instrua-o a usar o broncodilatador e aguardar 5 minutos antes de usar esteroide. VIA INALATÓRIA • Vai para dentro das vias aéreas; VIA VAGINAL • Usada para contracepção, inflamação e infecção; • O medicamento pode ser introduzido sob a forma de tampões, supositórios, comprimidos, óvulos, irrigação, cremes e gel; • Peça a cliente para urinar e coloque-a em posição de litotomia ou ginecológica, expondo apenas o períneo; • Evitar relação sexual durante o tratamento; • Lavar os aplicadores não descartáveis com água quente e sabão; • Fornecer um absorvente; • Permanecer no leito pelo máximo de tempo possível.] • Alguns medicamentos vaginais como o anel vaginal precisam ser refrigerados pois a substância só é liberada na temperatura corporal (36 a 37ºC) VIA RETAL • Usada na maior parte das vezes para estimular peristalse, facilitar evacuação, aliviar dor, vômito ou irritação local, reduzir febre e induzir relaxamento; • Mantenha os supositórios refrigerados ou coloque-os em água fria corrente; Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II • Coloque-o em posição de sims, lubrifique o supositório e introduza por aproximadamente 7 a 8 cm; • Encoraje o paciente a reter o supositório; • Para aplicação de pomada, introduza o aplicador e aplique 2,5 cm de pomada; • Coloque uma gaze entre as nádegas do cliente para absorver o excesso de medicação; • Limpe o aplicador com água quente e sabão; • Procedimento contraindicado para pacientes com arritmia cardíaca, pós-operatório de cirurgia retal ou prostática. • Não tem efeito de primeira passagem, por isso é parenteral. ADMINISTRAÇÃO POR VIA INJETÁVEL SERINGA • Composta por êmbolo, corpo e bico; • A escolha da seringa vai levar em consideração o volume a ser administrado; • As seringas de menor volume têm maior pressão; • São graduadas e divididas em milímetro cúbico que é a mesma coisa que ml. 1 mm³= 1 ml. • A seringa de 10 ml tem a graduação de 0,2 ml. • A seringa de 1 ml é divida em 100 partes iguais, então 1 ml é = a 100 UI. AGULHAS • Componentes: canhão, haste e bisel. • Levar em consideração: o local de aplicação, a via de administração, o volume e a viscosidade da medicação. AGULHA 40/12 E 40/10 • Utilizada para aspiração e preparo de medicações. AGULHA 30/7 E 25/7 • Utilizada para aplicação intravenosa no cliente adulto. • Na criança utilizamos agulhas de calibres menores, no geral para punções venosas é mais seguro o uso de cateteres. AGULHA 30/8 E 25/8 • Utilizadas para aplicação intramuscular e intravenosa no cliente adulto. • Em pacientes magros, idosos ou crianças, usa-se agulhas de calibres menores. AGULHA 13/4,5 OU 13/4 • Utilizadas para aplicação de vias intradérmicas e subcutâneas. • No jelco o valor é inversamente proporcional, o 30 é mais fino que o 20. • Se não for para administração rápida e o paciente precisar permanecer, não se utiliza a agulha, mas sim o jelco (maior permanência) ou scalp (menorpermanência). • A agulha é utilizada basicamente para administração de medicamentos em uma via única, em que não precisa de um acesso contínuo. TÉCNICA DE ASPIRAÇÃO DA MEDICAÇÃO INJETÁVEL • Lavar as mãos antes do procedimento; • Reunir o material necessário; • Abrir o invólucro da seringa na técnica. • Para qualquer técnica, tudo o que for feito, antes de qualquer coisa, devemos lavar as mãos e ir até o paciente e avaliar ele e o ambiente. • Para medicação intradérmica (ID): seringa de 1 ml ou 3 ml – usado principalmente em teste de alergia e BCG. Volume máximo de 1ml. • Para medicação subcutânea (SC): seringa de 1 ml a 3 ml, o normal é até 1 ml. • Para medicação intramuscular (IM): geralmente de 1 ml a 5 ml. • Medicação na seringa (EV): de 10 a 20 ml. ADMINISTRAÇÃO VIA INTRADÉRMICA (ID) • Geralmente usada em teste de alergia, teste de reação a tuberculose e BCG. • Volume máximo: 0,5 ml. • Seringa de 1 ml. • Agulha para aspiração da medicação: 25/6 ou 25/8. • Agulha para aplicação da medicação: 13/4,5 ou 13/4. • Ângulo de 10 a 15°, ele facilita a introduzir o bisel para cima, formando uma pápula. • Locais de aplicação: inserção do deltoide (BCG), face anterior do antebraço ou região escapular (teste alérgico). ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA (SC) • O volume geralmente varia de 0,5 até 2 ml. Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II • Feita no tecido subcutâneo, ou seja, tecido adiposo. • Regiões para administração da subcutânea: face posterior do braço, face posterior ou lateral escapular, face anterior da coxa, região abdominal. • Também pode ser feito na região supra glútea. • Agulha: 13/4,5 ou 13/4 – mesma agulha da ID. • Ângulo: 90° com prega. • Quando não tiver a agulha 13/4 ou 13/4,5 pode-se utilizar a agulha 25/7 ou 25/8 e fazer no ângulo de 45° com prega. • Se for heparina, coloca gelo depois para evitar sangramento local. • A aspiração para ver se vem sangue está em desuso. • Realizar rodízio dos locais de aplicação para evitar a lipodistrofia – pergunta de prova. • Lipodistrofia é ums lesão de tecido de gordura causada por sobrecarga da administração de medicação. Exemplo de cálculo de medicação: 1. PM (prescrição médica) de Heparina 2.500 UI SC de 12/12h. Disponível heparina 5.000 UI/ml, quanto administrar? Realizar o cálculo sempre utilizando esse modelo: Medicamento disp.------------- vol. p/ diluir PM ----------------------- X da questão .: 5000 --------- 1 ml 2500 -------- X 5000 . X = 2500. 1 X= 2500/5000 X= 0,5 ml Resposta: aspirar 0,5 ml que é = 2500UI de Heparina. 2. PM de Liquemine 500UI SC 12/12H Disponível Liquemine Ampola 5000UI/ml. Quanto aspirar? 5000 ------ 1ml 500 -------- X X= 500/5000 = 0,1 ml Resposta: aspirar e administrar 0,1 ml. INSULINAS • A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, responsável pela regulamentação metabólica de carboidratos. • A insulina pega a glicose que está circulando na corrente sanguínea e armazena nas células. • A falta da insulina provoca a hiperglicemia. • Existem hipoglicemiantes orais e injetáveis. • Os orais não são insulina, mas possuem a função próxima da insulina. • Os injetáveis são as insulinas propriamente ditas. • As insulinas são divididas por tempo de ação, a regular e a NPH são as duas mais comuns. Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II CÁLCULO DE INSULINA • Considerando que a seringa tem 100 UI, ou seja, 1 ml. Exemplo: 1. PM insulina simples 25 UI SC. Disponível frasco de insulina simples 100 UI e seringa de 3 ml, quanto aspirar para administrar 25 UI de insulina simples? Realizar a regra de três da seguinte forma: Frasco de insulina -------------- seringa disponível Prescrição médica -------------- X 100 UI -------- 1 ml 25 UI -------- X X= 0,25 ml ADMINISTRAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) • Permite injetar a medicação diretamente no músculo. • Agulha para aplicação: 30/7 ou 30/8, se a pessoa for mais magra 25/7 ou 25/8. • Agulha de aspiração: 40/12. • O volume máximo de administração depende do local. • Locais de aplicação: deltoide (vol. Máx. 2 ml), região glútea (vol. Máx. 5 ml), vasto lateral da coxa (vol. Máx. 5 ml), ventro glútea (vol. Máx. 5 ml). • Bisel lateralizado em relação a fibra muscular. • Aplicação ventro glútea: é feita nos músculos glúteo médio e mínimo, aplicação profunda, distante de vasos sanguíneos calibrosos e grandes nervos. Feita em pessoas mais magras. APLICAÇÃO MÉTODO TRAJETO Z • Técnica muito utilizada em drogas que provocam irritação e podem retornar. • Muito realizada na aplicação de sulfato ferroso. • Faz a prega e com o dedo indicador puxa a pele. RECONSTITUIÇÃO DE MEDICAMENTOS • Quando se tem um soluto e um solvente separados e é necessário uni-los para realizar a administração da medicação. • Compreende o processo de reconstituir o pó liofilizado do frasco-ampola em próprio diluente, para obter o medicamento em solução para administração injetável. DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS • Ocorre quando adicionamos à um medicamento líquido, outro líquido, com a finalidade de redução da concentração medicamentosa. Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II CÁLCULO DE CONCENTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS • 100 ml de cloreto de sódio a 19%: significa que tem 19 gramas de soluto no solvente. Exemplo: 1. Quantos gramas de cloreto de sódio tem em ampola de 10 ml a 20 %? 20% = 20 gr ------------ 100 ml X gr ----------------- 10 ml X = 200/100 = 2 gr de cloreto de sódio temos na ampola de 10 ml a 20%. 2. Temos uma solução fisiológica 0,9% 125 ml para diluirmos determinado antibiótico, qual a concentração de sódio dessa solução? 0,9% = 0,9 gr ----------- 100 ml X gr ---------- 125 ml X = 112,5/100 X = 1,125 gr de sódio temos no S.F 0,9% de 125 ml. TIPOS DE SOLUÇÕES E TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÃO • Solução isotônica: tem a mesma concentração que o plasma. • Solução hipotônica: tem a concentração inferior do que a do plasma. • Solução hipertônica: tem a concentração maior que a do plasma. • as soluções hipertônicas são completamente concentradas pois possuem pouco solvente e muito soluto. • É possível transformar uma solução isotônica em hipotônica adicionando água. GOTEJAMENTO DE SOLUÇÕES • O paciente pode necessitar da administração de soluções endovenosas. Essas soluções são Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II administradas por meio da infusão contínua de líquidos denominada venóclise, a qual pode ser realizada através de cateter venoso periférico e de cateter venoso central. • O cálculo de gotejamento deve ser realizado para o controle dessa infusão contínua, que no geral é prescrita em horários que determinarão seu tempo de infusão e quantas gotas serão infundidas por minuto. • Esse gotejamento pode ser em gotas ou microgotas. • Medidas e equivalências: - 1 gota = 3 microgotas - 1 ml = 20 gotas - 1 ml = 60 microgotas FÓRMULA DE GOTA E MICROGOTA PARA INFUSÃO EM HORAS Exemplo: 1. PM Soro Fisiológico (cloreto de sódio 9%) 1000 ml de 12 em 12 horas, quantas gotas irão infundir por minuto? V/tempox3 = 1000/12.3 = 1000/36 = 27,77 Resposta: 28 gotas por minuto. GOTEJAMENTO COM TEMPO INFERIOR A 1 HORA • Existem situações em que as soluções fisiológicas ou glicosadas podem ser usadas como diluente ou veículo de transporte para alguns medicamentos, os quais devem ser diluídos em um volume maior de diluente e infundidos gota a gota. • O tempo de infusão deve ser em minutos, sendo determinado pelo médico na prescriçãoda droga. Exemplo: 1. flagyl 500 mg EV em 100 ml para infundir em 50 minutos, quantas gotas e microgotas irão infundir por minuto? Para gotas = volume em ml . 20/ tempo em min = n° de gotas por min X = 100 . 20/50 = 2000/50 = 40 gotas por min Para microgotas: vol. Em ml . 60/ tempo em min = n° de microgotas por min X= 100 . 60/50 = 6000/50 = 120 microgotas por min REGRA DE TRÊS E DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS Exemplo de diluição: 1. PM dexametasona 2 mg EV. Disponível frasco ampola (FA) de 2,5 ml com 4 mg/ml. Como devemos proceder? 4 mg ------- 1 ml 2 mg -------- X X = 2/4 = 0,5 ml = 2 mg de decadron 2. PM ampicilina 125 mg EV. Disponível frasco ampola de 1 g. 1° passo: transformar g em mg. 1g = 1000 mg 2° passo: Diluir 1000 mg de ampicilina em 10 ml de água destilada 1000 mg ------ 10 ml 125 mg ------- X X = 1,25 ml • “dilui em 10”: 10 ml de soro + a medicação • “dilui para 10”: completa com soro + medicação até chegar em 10 ml. DILUIÇÃO DE ANTIBIÓTICO • Sempre usar luva e máscara.
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