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Administração de medicamentos

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Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
CONCEITOS 
• A administração de medicamentos é um cuidado da 
equipe de Enfermagem, cabendo a enfermeiros a 
assistência ao cliente no que diz respeito a terapêutica 
medicamentosa. 
• É um cuidado que em geral depende da prescrição 
médica, mas nem por isso isenta a responsabilidade de 
quem prepara e administra os remédios. 
• A administração de medicamentos é uma das vias mais 
corriqueiras desenvolvidas pela equipe de enfermagem 
e, ao mesmo tempo, traduz a eficiência, a 
responsabilidade, a técnica e a destreza do profissional 
nessa atividade. 
• Para que o profissional possa preparar e administrar 
um medicamento com segurança e qualidade, é 
necessário que conheça os princípios científicos 
farmacológicos de cada droga manipulada. 
• Esses princípios envolvem basicamente: ação, dose, 
efeitos adversos, interação medicamentosa, métodos e 
precauções na administração. 
• Cai na prova: as vezes cai pegadinha de prescrição de 
medicamentos de dose, com relação a dose máxima e 
dose mínima. Isso o profissional deve se atentar. 
CÓDIGO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM 
 
EFEITOS ADVERSOS X EFEITOS COLATERAIS 
EFEITO ADVERSO 
• Efeito adverso ou reação adversa ao medicamento 
(RAM). 
• É um efeito diferente e indesejado daquele 
considerado como principal por um fármaco. 
• É qualquer resposta que seja prejudicial, não 
intencional, e que ocorra nas doses normalmente 
utilizadas em seres humanos para profilaxia, 
diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a 
modificação de uma função fisiológica. 
• De forma previsível, as drogas poderão causar efeitos 
secundários, os quais podem ser inofensivos ou 
prejudiciais. 
REAÇÕES ADVERSAS MAIS COMUNS 
• Efeitos tóxicos: desenvolvem-se após a ingestão 
prolongada de doses altas de determinados fármacos 
ou quando ocorre seu acúmulo na corrente sanguínea, 
decorrente da deficiência do organismo em 
metaboliza-los. 
• Reações idiossincráticas: desenvolvem efeitos 
imprevisíveis, como reação excessiva ou deficiente ao 
medicamento, ou ainda uma reação diferente do 
esperado. Um bom exemplo é a administração de 
determinados opioides, que acabam causando 
excitabilidade ao invés de sedação e analgesia. 
• Reações alérgicas: são imprevisíveis e representam de 
5 a 10% de todas as reações adversas às drogas. Uma 
reação alérgica pode ser leve ou grave. Os sintomas 
alérgicos variam, dependendo do indivíduo ou da 
concentração da droga. As reações graves ou 
anafiláticas são caracterizadas pela constrição súbita 
dos músculos bronquiolares (pulmões), edema de 
faringe, laringe, sibilos intensos e falta de ar. Também 
pode haver a presença de instabilidade hemodinâmica 
e a necessidade de atendimento emergencial. 
EFEITO COLATERAL 
• É um efeito diferente daquele considerado como 
principal por um fármaco. 
• Como por exemplo a sonolência em anti-histamínicos. 
• Não será prejudicial ao paciente. 
Exemplos: 
- A fluoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de 
serotonina, usado para depressão. Ele tem como efeito 
Administração de medicamentos 
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
colateral a inibição da fome, então em alguns processos de 
emagrecimento o médico prescreve a fluoxetina para o 
paciente, pois ele está usando o efeito colateral como 
efeito principal. 
- O AAS é analgésico e antitérmico, mas ele possui um 
efeito colateral de hemodiluição, com isso, acaba sendo 
prescrito para algumas pessoas a fim de fluidificar o sangue 
e prevenir trombos. 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA 
• A interação medicamentosa ocorre quando uma droga 
altera o efeito de outras. 
• Uma droga pode aumentar ou diminuir o efeito de 
outras drogas, ou alterar a maneira pela qual uma 
substância é absorvida, metabolizada ou eliminada do 
organismo. 
• Uma interação entre drogas nem sempre é indesejável. 
Em determinadas situações, o médico poderá 
prescrever uma combinação de fármacos para criar 
uma interação que traga benefícios terapêuticos. 
• Algumas interações ocorrem por disputa por sítio de 
distribuição de medicamento. 
• É importante conhecer essas interações para o 
momento da administração e prescrição das drogas, 
importante saber o tempo de meia vida do 
medicamento. 
• Alguns medicamentos bastam trocar os horários pois 
eles competem por sítio de ação ou transporte. 
• Dependo do medicamento, se ele ficar muito tempo 
biodisponível no sangue, não dá para apenas trocar o 
horário. 
Exemplo: 
 
VIA DE 
ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
• Os medicamentos podem ser administrados de várias 
formas, dependendo da indicação e do tempo de ação 
pretendido. 
• Cada via tem sua importância e particularidade, 
exigindo do profissional treinamento e técnica 
específicos para cada uma. 
• Algumas podem ser realizadas em casa, pelo cuidador 
ou pelo próprio cliente, ao passo que outras só podem 
ser realizadas por um profissional capacitado e 
treinado. 
VIAS UTILIZADAS PARA A ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS: 
• Enteral: oral, SNG, SNE, (gastrostomia) GTT; 
• Parenteral: 
- Tópica: nasal, oftálmica, retal, vaginal etc. 
- Injetável: SC, ID, IV (EV), peridural. 
• Enteral: sofre efeito de primeira passagem, geralmente 
o prescritor leva em consideração esse efeito. 
• Parenteral: tudo o que não é enteral, não tem efeito de 
primeira passagem 
ADMINISTRAÇÃO VIA ENTERAL 
• Administrada via gastrintestinal. 
• Sofre efeito de primeira passagem. 
• Os fármacos administrados por essa via utilizam o trato 
gastrintestinal, em particular as primeiras porções do 
intestino delgado, como áreas de absorção. 
• Tais fármacos devem resistir à acidez do estomago e 
serão metabolizados pelo fígado. Esse processo faz 
com que a ação do fármaco demore a ocorrer. 
• Importante conhecer a interação de alguns 
medicamentos com determinados alimentos. 
• A maioria dos medicamentos tem sua absorção 
reduzida na presença de alimentos. 
• As interações drogas-nutrientes acontecem por meio 
de mecanismos muito semelhantes e competitivos, e 
podem ocorrer em vários níveis: na ingestão do 
alimento, na absorção da droga ou do nutriente e no 
transporte por proteínas plasmáticas, durante os 
processos de metabolização e secreção. 
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
• Um grande volume de alimentos no estomago pode 
atuar como uma barreira mecânica para o acesso do 
medicamento à superfície da mucosa do trato 
gastrintestinal. 
• Geralmente as proteínas formam complexos com 
alguns medicamentos, produzindo moléculas muito 
grandes para atravessarem as membranas e 
alcançarem a corrente sanguínea. 
 
• Os medicamentos administrados via oral podem 
apresentar-se em forma de drágeas, comprimidos, 
cápsulas, xarope ou emulsão. 
• Para crianças, as drágeas e os comprimidos podem ser 
macerados, diluídos em água e administrados com o 
auxílio de uma seringa. 
• Para crianças maiores, podem-se administrar os 
medicamentos líquidos com o auxílio de copos 
dosadores, que controlam e auxiliam na prescrição da 
quantidade de medicamento. 
• Se a dose prescrita é metade da dose de um 
comprimido, pode partir o comprimido no meio e 
tomar meio comprimido? Não, não há como garantir 
que haja metade da substância de cada lado. 
• Se a sonda estiver sendo utilizada para drenagem, ou 
seja, aberta, após a administração é necessário mantê-
la fechada por cerca de trinta minutos, para garantir a 
absorção. 
• Para medicamentos administrados por via oral, a água 
é o veículo mais adequado para sua ingestão. 
• Suco, leite ou chás só devem ser utilizados quando não 
houver contraindicação, pois podem conter 
substâncias que reagem com determinadas 
composições medicamentosas e, dessa forma, 
interferem em sua absorção e em sua ação. 
• Em um medicamento de 50mg em que é prescrito 
25mg, não faz tanta diferença se a pessoa tomar 26mg 
ou 24mg, pois quando é prescrito25mg já tem uma 
margem de perda de medicamento pelo efeito de 
primeira passagem, então acaba-se macerando e 
diluindo para administrar via sonda. 
• Nos comprimidos revestidos, drágeas ou cápsulas não 
se pode macerar ou dividi-los, eles são revestidos para 
que não sejam absorvidos no estômago, mas sim 
entérica. Isso somente pode-se fazer no paciente com 
sonda nasoentérica, pois o final dessa sonda já é no 
intestino. 
ADMINISTRAÇÃO VIA TÓPICA 
• Consiste na administração de medicamentos em pele 
e/ou mucosas. 
• É importante sempre: 
- Verificar a prescrição; 
- Observar a coloração, turvação e precipitação no frasco; 
- Verificar a data de validade; 
- Conferir a medicação ao retirá-la do armário, antes de 
preparar e ao guardá-la; 
- Confirmar a identidade do cliente, seja pelo bracelete, 
número do quarto ou do leito; 
- Explicar o procedimento ao paciente; 
- Manter a privacidade do cliente. 
VIA CUTÂNEA 
• Remover a aplicação anterior com uso de solventes, 
água ou soro fisiológico; 
• Aplicar o medicamento com auxílio de uma abaixador 
de língua; 
• Ao aplicar sprays, segurar o frasco 15 a 30cm de 
distância da pele; 
• Ao aplicar pós, secar a pele e afastar as pregas 
cutâneas; 
• Realizar o curativo com gaze ou curativo transparente 
semipermeável; 
• Se o paciente apresentar infecção, utilizar luvas 
estéreis; 
• Em mucosas, não devemos exagerar na quantidade, 
pois esta tem absorção maior que a pele; 
• Se aplicar medicamentos em mãos, cobrir. 
• Se aplicar medicamentos nos pés, cobrir. 
VIA TRANSDÉRMICA 
• A liberação do medicamento ocorre na corrente 
sanguínea de forma constante e controlada; 
• Na maior parte das vezes são adesivos; 
• Não tem ação local como a cutânea, tem ação 
sistêmica; 
• Não aplicar em áreas de lesões cutâneas, pele 
cicatrizada ou calosidades; 
• Colocar a quantidade prescrita de pomada na faixa de 
aplicação ou fita medidora; 
• Aplicar em pele desprovida de pelos; 
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
• Manter a área ao redor seca; 
• Para remover uma placa transdérmica, é preciso trocar 
o sítio de aplicação; 
• Manter a placa seca; 
• Aplicar nova placa 30 minutos antes de remover a 
antiga; 
• Medicamentos com nitroglicerina podem provocar 
cefaleia e hipotensão ortostática, principalmente em 
idosos. 
VIA OFTÁLMICA 
• Geralmente usada para anestesiar o olho, dilatar 
pupilas, corar a córnea ou medicamento; 
• O medicamento o paciente normalmente faz em casa; 
• Importante colocar a data no frasco no dia da primeira 
utilização e descarta-lo em duas semanas; 
• Remover possíveis crostas da ponta do tubo com 
auxílio de uma gaze; 
• Limpar o olho com gaze estéril e água morna ou soro 
fisiológico, do canto interno para o externo; 
• Solicitar que o cliente incline a cabeça para trás e no 
sentido do olho afetado; 
• Solicitar ao cliente para olhar para cima e para o lado; 
• Puxar a pálpebra inferior para baixo e instilar a 
medicação no saco conjuntival; 
• Instrua o cliente a piscar; 
• Para aplicar pomadas, aplique uma fina camada ao 
longo do saco conjuntival, sempre do canto interno 
para o externo; 
• Peça ao cliente para fechar os olhos e movimentá-los 
por trás das pálpebras; 
• Ao administrar medicamentos que possam ser 
absorvidos de modo sistêmico, como a atropina, 
pressione o canto interno durante 1 a 2 minutos, para 
impedir que a medicação flua pelo canal lacrimal. 
VIA OTOLÓGICA 
• No ouvido; 
• Tratar infecção, inflamação, remover cerume, produzir 
anestesia local ou retirar insetos; 
• Não administrar soluções com hidrocortisona em 
pacientes com infecções virais ou fúngicas. O corticoide 
reduz a resposta imunológica, não se entra com 
corticoide no início, somente depois do ciclo do vírus; 
• Deitar o paciente em decúbito lateral e retificar o canal 
auditivo, puxando a orelha para cima e para trás; 
• Em lactentes e crianças até 3 anos, puxar a orelha para 
trás e para baixo; 
• Aquecer o medicamento até a temperatura do corpo; 
• Com o auxílio de uma lanterna, inspecione o canal 
auditivo. Se houver sujidade, remova com o auxílio de 
um lenço de papel ou haste flexível; 
• O paciente deve permanecer em decúbito lateral por 5 
a 10 minutos; 
• Se necessário, colocar uma bola de algodão 
frouxamente para reter a medicação; 
• Se for o caso de remoção de cerume, irrigue o ouvido 
conforme prescrição. 
VIA NASAL 
• Peça-o que incline a cabeça para trás, coloque a ponta 
do inalador em uma de suas narinas e oclua a outra 
com seu dedo; 
• Solicite que o paciente inspire suavemente enquanto 
você pressiona o conjunto adaptador-cartucho; 
• Peça-o para expirar pela boca e repita o procedimento 
na outra narina; 
• Lave o adaptador nasal com água morna; 
• Se prescrito mais de uma inalação, instrua-o a aguardar 
2 minutos antes de repetir o procedimento; 
• Se o cliente usa esteróide e broncodilatador, instrua-o 
a usar o broncodilatador e aguardar 5 minutos antes de 
usar esteroide. 
VIA INALATÓRIA 
• Vai para dentro das vias aéreas; 
VIA VAGINAL 
• Usada para contracepção, inflamação e infecção; 
• O medicamento pode ser introduzido sob a forma de 
tampões, supositórios, comprimidos, óvulos, irrigação, 
cremes e gel; 
• Peça a cliente para urinar e coloque-a em posição de 
litotomia ou ginecológica, expondo apenas o períneo; 
• Evitar relação sexual durante o tratamento; 
• Lavar os aplicadores não descartáveis com água quente 
e sabão; 
• Fornecer um absorvente; 
• Permanecer no leito pelo máximo de tempo possível.] 
• Alguns medicamentos vaginais como o anel vaginal 
precisam ser refrigerados pois a substância só é 
liberada na temperatura corporal (36 a 37ºC) 
VIA RETAL 
• Usada na maior parte das vezes para estimular 
peristalse, facilitar evacuação, aliviar dor, vômito ou 
irritação local, reduzir febre e induzir relaxamento; 
• Mantenha os supositórios refrigerados ou coloque-os 
em água fria corrente; 
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
• Coloque-o em posição de sims, lubrifique o supositório 
e introduza por aproximadamente 7 a 8 cm; 
• Encoraje o paciente a reter o supositório; 
• Para aplicação de pomada, introduza o aplicador e 
aplique 2,5 cm de pomada; 
• Coloque uma gaze entre as nádegas do cliente para 
absorver o excesso de medicação; 
• Limpe o aplicador com água quente e sabão; 
• Procedimento contraindicado para pacientes com 
arritmia cardíaca, pós-operatório de cirurgia retal ou 
prostática. 
• Não tem efeito de primeira passagem, por isso é 
parenteral. 
ADMINISTRAÇÃO POR VIA INJETÁVEL 
 
SERINGA 
• Composta por êmbolo, corpo e bico; 
• A escolha da seringa vai levar em consideração o 
volume a ser administrado; 
• As seringas de menor volume têm maior pressão; 
• São graduadas e divididas em milímetro cúbico que é a 
mesma coisa que ml. 1 mm³= 1 ml. 
• A seringa de 10 ml tem a graduação de 0,2 ml. 
• A seringa de 1 ml é divida em 100 partes iguais, então 1 
ml é = a 100 UI. 
AGULHAS 
• Componentes: canhão, haste e bisel. 
• Levar em consideração: o local de aplicação, a via de 
administração, o volume e a viscosidade da medicação. 
AGULHA 40/12 E 40/10 
• Utilizada para aspiração e preparo de medicações. 
AGULHA 30/7 E 25/7 
• Utilizada para aplicação intravenosa no cliente adulto. 
• Na criança utilizamos agulhas de calibres menores, no 
geral para punções venosas é mais seguro o uso de 
cateteres. 
AGULHA 30/8 E 25/8 
• Utilizadas para aplicação intramuscular e intravenosa 
no cliente adulto. 
• Em pacientes magros, idosos ou crianças, usa-se 
agulhas de calibres menores. 
AGULHA 13/4,5 OU 13/4 
• Utilizadas para aplicação de vias intradérmicas e 
subcutâneas. 
• No jelco o valor é inversamente proporcional, o 30 é 
mais fino que o 20. 
• Se não for para administração rápida e o paciente 
precisar permanecer, não se utiliza a agulha, mas sim o 
jelco (maior permanência) ou scalp (menorpermanência). 
• A agulha é utilizada basicamente para administração 
de medicamentos em uma via única, em que não 
precisa de um acesso contínuo. 
TÉCNICA DE ASPIRAÇÃO DA MEDICAÇÃO INJETÁVEL 
• Lavar as mãos antes do procedimento; 
• Reunir o material necessário; 
• Abrir o invólucro da seringa na técnica. 
• Para qualquer técnica, tudo o que for feito, antes de 
qualquer coisa, devemos lavar as mãos e ir até o 
paciente e avaliar ele e o ambiente. 
• Para medicação intradérmica (ID): seringa de 1 ml ou 3 
ml – usado principalmente em teste de alergia e BCG. 
Volume máximo de 1ml. 
• Para medicação subcutânea (SC): seringa de 1 ml a 3 
ml, o normal é até 1 ml. 
• Para medicação intramuscular (IM): geralmente de 1 
ml a 5 ml. 
• Medicação na seringa (EV): de 10 a 20 ml. 
ADMINISTRAÇÃO VIA INTRADÉRMICA (ID) 
• Geralmente usada em teste de alergia, teste de reação 
a tuberculose e BCG. 
• Volume máximo: 0,5 ml. 
• Seringa de 1 ml. 
• Agulha para aspiração da medicação: 25/6 ou 25/8. 
• Agulha para aplicação da medicação: 13/4,5 ou 13/4. 
• Ângulo de 10 a 15°, ele facilita a introduzir o bisel para 
cima, formando uma pápula. 
• Locais de aplicação: inserção do deltoide (BCG), face 
anterior do antebraço ou região escapular (teste 
alérgico). 
ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA (SC) 
• O volume geralmente varia de 0,5 até 2 ml. 
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
• Feita no tecido subcutâneo, ou seja, tecido adiposo. 
• Regiões para administração da subcutânea: face 
posterior do braço, face posterior ou lateral escapular, 
face anterior da coxa, região abdominal. 
• Também pode ser feito na região supra glútea. 
• Agulha: 13/4,5 ou 13/4 – mesma agulha da ID. 
• Ângulo: 90° com prega. 
• Quando não tiver a agulha 13/4 ou 13/4,5 pode-se 
utilizar a agulha 25/7 ou 25/8 e fazer no ângulo de 45° 
com prega. 
• Se for heparina, coloca gelo depois para evitar 
sangramento local. 
• A aspiração para ver se vem sangue está em desuso. 
• Realizar rodízio dos locais de aplicação para evitar a 
lipodistrofia – pergunta de prova. 
• Lipodistrofia é ums lesão de tecido de gordura causada 
por sobrecarga da administração de medicação. 
 
 
Exemplo de cálculo de medicação: 
1. PM (prescrição médica) de Heparina 2.500 UI SC de 
12/12h. 
Disponível heparina 5.000 UI/ml, quanto administrar? 
Realizar o cálculo sempre utilizando esse modelo: 
Medicamento disp.------------- vol. p/ diluir 
 PM ----------------------- X da questão 
 .: 5000 --------- 1 ml 
 2500 -------- X 
 5000 . X = 2500. 1 
 X= 2500/5000 
 X= 0,5 ml 
Resposta: aspirar 0,5 ml que é = 2500UI de Heparina. 
2. PM de Liquemine 500UI SC 12/12H 
Disponível Liquemine Ampola 5000UI/ml. Quanto aspirar? 
 5000 ------ 1ml 
 500 -------- X 
 X= 500/5000 = 0,1 ml 
Resposta: aspirar e administrar 0,1 ml. 
INSULINAS 
• A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, 
responsável pela regulamentação metabólica de 
carboidratos. 
• A insulina pega a glicose que está circulando na 
corrente sanguínea e armazena nas células. 
• A falta da insulina provoca a hiperglicemia. 
• Existem hipoglicemiantes orais e injetáveis. 
• Os orais não são insulina, mas possuem a função 
próxima da insulina. 
• Os injetáveis são as insulinas propriamente ditas. 
• As insulinas são divididas por tempo de ação, a regular 
e a NPH são as duas mais comuns. 
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
 
CÁLCULO DE INSULINA 
• Considerando que a seringa tem 100 UI, ou seja, 1 ml. 
Exemplo: 
1. PM insulina simples 25 UI SC. 
Disponível frasco de insulina simples 100 UI e seringa de 3 
ml, quanto aspirar para administrar 25 UI de insulina 
simples? 
Realizar a regra de três da seguinte forma: 
Frasco de insulina -------------- seringa disponível 
Prescrição médica -------------- X 
100 UI -------- 1 ml 
25 UI -------- X 
X= 0,25 ml 
ADMINISTRAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) 
• Permite injetar a medicação diretamente no músculo. 
• Agulha para aplicação: 30/7 ou 30/8, se a pessoa for 
mais magra 25/7 ou 25/8. 
• Agulha de aspiração: 40/12. 
• O volume máximo de administração depende do local. 
• Locais de aplicação: deltoide (vol. Máx. 2 ml), região 
glútea (vol. Máx. 5 ml), vasto lateral da coxa (vol. Máx. 
5 ml), ventro glútea (vol. Máx. 5 ml). 
• Bisel lateralizado em relação a fibra muscular. 
• Aplicação ventro glútea: é feita nos músculos glúteo 
médio e mínimo, aplicação profunda, distante de vasos 
sanguíneos calibrosos e grandes nervos. Feita em 
pessoas mais magras. 
 
 
APLICAÇÃO MÉTODO TRAJETO Z 
• Técnica muito utilizada em drogas que provocam 
irritação e podem retornar. 
• Muito realizada na aplicação de sulfato ferroso. 
• Faz a prega e com o dedo indicador puxa a pele. 
RECONSTITUIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
• Quando se tem um soluto e um solvente separados e é 
necessário uni-los para realizar a administração da 
medicação. 
• Compreende o processo de reconstituir o pó liofilizado 
do frasco-ampola em próprio diluente, para obter o 
medicamento em solução para administração injetável. 
DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
• Ocorre quando adicionamos à um medicamento 
líquido, outro líquido, com a finalidade de redução da 
concentração medicamentosa. 
 
 
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
CÁLCULO DE 
CONCENTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
• 100 ml de cloreto de sódio a 19%: significa que tem 19 
gramas de soluto no solvente. 
Exemplo: 
1. Quantos gramas de cloreto de sódio tem em ampola de 
10 ml a 20 %? 
20% = 20 gr ------------ 100 ml 
 X gr ----------------- 10 ml 
X = 200/100 = 2 gr de cloreto de sódio temos na ampola de 
10 ml a 20%. 
2. Temos uma solução fisiológica 0,9% 125 ml para 
diluirmos determinado antibiótico, qual a concentração de 
sódio dessa solução? 
0,9% = 0,9 gr ----------- 100 ml 
X gr ---------- 125 ml 
X = 112,5/100 
X = 1,125 gr de sódio temos no S.F 0,9% de 125 ml. 
TIPOS DE SOLUÇÕES E TRANSFORMAÇÃO DE 
SOLUÇÃO 
• Solução isotônica: tem a mesma concentração que o 
plasma. 
• Solução hipotônica: tem a concentração inferior do 
que a do plasma. 
• Solução hipertônica: tem a concentração maior que a 
do plasma. 
• as soluções hipertônicas são completamente 
concentradas pois possuem pouco solvente e muito 
soluto. 
• É possível transformar uma solução isotônica em 
hipotônica adicionando água. 
 
 
GOTEJAMENTO DE SOLUÇÕES 
• O paciente pode necessitar da administração de 
soluções endovenosas. Essas soluções são 
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II 
administradas por meio da infusão contínua de líquidos 
denominada venóclise, a qual pode ser realizada 
através de cateter venoso periférico e de cateter 
venoso central. 
• O cálculo de gotejamento deve ser realizado para o 
controle dessa infusão contínua, que no geral é 
prescrita em horários que determinarão seu tempo de 
infusão e quantas gotas serão infundidas por minuto. 
• Esse gotejamento pode ser em gotas ou microgotas. 
• Medidas e equivalências: 
- 1 gota = 3 microgotas 
- 1 ml = 20 gotas 
- 1 ml = 60 microgotas 
FÓRMULA DE GOTA E MICROGOTA PARA INFUSÃO 
EM HORAS 
 
Exemplo: 
1. PM Soro Fisiológico (cloreto de sódio 9%) 1000 ml de 12 
em 12 horas, quantas gotas irão infundir por minuto? 
V/tempox3 = 1000/12.3 = 1000/36 = 27,77 
Resposta: 28 gotas por minuto. 
GOTEJAMENTO COM TEMPO INFERIOR A 1 HORA 
• Existem situações em que as soluções fisiológicas ou 
glicosadas podem ser usadas como diluente ou veículo 
de transporte para alguns medicamentos, os quais 
devem ser diluídos em um volume maior de diluente e 
infundidos gota a gota. 
• O tempo de infusão deve ser em minutos, sendo 
determinado pelo médico na prescriçãoda droga. 
Exemplo: 
1. flagyl 500 mg EV em 100 ml para infundir em 50 minutos, 
quantas gotas e microgotas irão infundir por minuto? 
Para gotas = volume em ml . 20/ tempo em min = n° de 
gotas por min 
X = 100 . 20/50 = 2000/50 = 40 gotas por min 
Para microgotas: vol. Em ml . 60/ tempo em min = n° de 
microgotas por min 
X= 100 . 60/50 = 6000/50 = 120 microgotas por min 
REGRA DE TRÊS E DILUIÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
Exemplo de diluição: 
1. PM dexametasona 2 mg EV. Disponível frasco ampola 
(FA) de 2,5 ml com 4 mg/ml. Como devemos proceder? 
4 mg ------- 1 ml 
2 mg -------- X 
X = 2/4 = 0,5 ml = 2 mg de decadron 
2. PM ampicilina 125 mg EV. Disponível frasco ampola de 1 
g. 
1° passo: transformar g em mg. 
1g = 1000 mg 
2° passo: Diluir 1000 mg de ampicilina em 10 ml de água 
destilada 
1000 mg ------ 10 ml 
125 mg ------- X 
X = 1,25 ml 
• “dilui em 10”: 10 ml de soro + a medicação 
• “dilui para 10”: completa com soro + medicação até 
chegar em 10 ml. 
DILUIÇÃO DE ANTIBIÓTICO 
• Sempre usar luva e máscara.

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