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Plantas Toxicas

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Plantas Tóxicas
conceito:
Fibrose Hepática
Todo vegetal que, introduzido no organismo do
homem ou de animais, seja capaz de ocasionar
danos que se refletem na saúde e vitalidade
destes seres
intoxicação:
Agúda: ingestão acidentel; sinais clínicos
em tempo curto - NECROSE HEPÁTICA
Crônica: ingestão contínua; acidental ou
proposital; demora + a se manifestar -
FIBROSE HEPÁTICA
fatores que
influenciam:
Disponibilidade
Palatabilidade
Fome/Alimenta
ção inadequada
Superlotação
Senecio spp:
2ª Principal causa de morte de Bovinos no RS
Pouco palatável
Fase de brotação > Mais tóxica
Início da primavera > maior frequência de intoxicação
Ovinos > Mais resistentes
Patogenia: 
Compostos presentes nas plantas produzem lesão crônica
irreversível que causa inibição da mitose > Hepatócitos não se
dividem > Células morrem e ocorre fibroplasia e hiperplasia, e
perda do parênquima > Falha na sintetização da ureia e a amônia
livre causa Encefalopatia hepática (Sinais neurológicos)
Sinais clínicos:
Apatia ou
hiperexcitabilidade
Incoordenação
Agressividade
Tenesmo 
Diarréia
Prolapso retal
Ascite
Edemas de
membros e barbela
Emagrecimento
progressivo
Anorexia
Icterícia
Dismetria
Tremores
Andar em
círculos
Pressão
cabeça na
parede
Necrose Hepática
Macro:
Fibrose: esbranquiçado/acinzentado
Muito firme: dificuldade para cortar
Tamanho reduzido (cicatriz)
Histologia:
Sem cordões dos hepatócitos - Fibrose
Hepatócitos restantes com megalocitose
Echium plantagineum: Crotalaria spp:
Cestrum parqui:
Intoxicação que acomete
bovinos na primavera
Não tem seu princípio
ativo e patogenia
esclarecidos ainda
Invasora de
pastagens
de inverno
Mais
paltável na
brotação 
Mais palatável
e tóxica para
equinos
Contaminação
pelas sementes
Morbidade 1-
30%
Letalidade:
100%
Dodonea viscosa:
Espécie nativa no litoral
da região sul
Povoa áreas desmatadas
(acostamento e beiras de
cerca)
Não tem seu princípio
ativo e patogenia bem
esclarecidos
Sinais clínicos:
Evolução agúda (12-72h) > Morte agúda
Agressividade
Anorexia
Paresia do trem posterior
Incoordenação
Tremores musculares
Fezes ressequidas > Dificuldade para defecar
Podem pressionar a cabeça contra objetos
Macro:
Fígado aumentado, congesto e acentuação do padrão lobular
Aspecto de noz moscada (áreas pálidas + áreas avermelhadas
Histologia:
Fígado com acentuada necrose
coagulativa centro-lobular
associada à congestão e
hemorragia, circundada por
uma estreita faixa de
hepatócitos marcadamente
tumefeitos e vesiculares
Xanthium spp:
Carrapicho
Acomete bovinos e suínos, mas já foi
relatado em ovinos, equinos e aves
Palatáveis
Fase de brotação é mais tóxica
Patogenia: atua inibindo o transporte de
ADP e ATP através da membrana
mitocondrial - célula hepática fica sem
energia e morre
Fotossensibilização Hepatógena
Perreyia flavipes:
"Bicho-da-chuva"
Morte super rápida
Patogenia: heptapeptídeo
contendo um resíduo fosfoseril
e lofirotomina
Bovinos, ovinos e suínos
(grande suspeita em cães
também)
Fígado noz-moscada 
Aparecem no início e no final do dia (temperatura baixa e umidade
alta
Lantana spp:
Bovinos e Ovinos
Animais de qualquer idade
Animais transportados para áreas invadidas
pelas plantas ou animais introduzidos pela
primeira vez à pastagem
Triterpenos > Lantadene A e Lantadene B >
Hepatócitos, área periportal e os canalículos
biliares
Enterolobium:
Bovinos
Ingestão dos frutos
Sinais digestivos, aborto e
fotossensibilização
Caprinos sem fotossensibilização
Morbidade variável e mortalidade baixa
Sinais clínicos: variável (5-7 dias até 60 dias)
Anorexia
Depressão
Estase ruminal
Vocalizações
Sinais de dor
Animais deitados
Macro:
Icterícia generalizada, edema subcutâneo principalmente nos
membros. 
Fígado de tamanho aumentado, coloração alaranjada, podendo ter
áreas hemorrágicas puntiformes ou acentuação do padrão lobular
Vesícula biliar distendida e edemaciada
Brachiaria spp:
Bovinos, ovinos, caprinos, bubalinos e
equinos
Animais jovens são mais suscetíveis
Introduzidos em pastagens
Brotação após queimada ou seca > mais
tóxica
Saponinas
Icterícia
Edemas localizados
Sialorreia
Urina escura
Fotossensibilização
Histologia:
Lesão nos hepatócitos da região periportal (necrose; degeneração)
ou no sistema biliar (proliferação de ductos, estase biliar, cristais,
colangite e fibrose)
Hepatócitos aumentados de tamanho com citoplasma vacuolizado
Sistema Digestivo
Diagnóstico Diferencial - Ammi majus:
Final da primavera início do verão
Pastagens invadidas
Bovinos, ovinos e aves
Pelagem clara e áreas menos
pigmentadas
Morbidade alta
Furocumarínicos com atividade
fotossensibilizante
Sinais clínicos 7-10 dias
Dermatite, lacrimejamento > Conjuntivite, opacidade da córnea e
cegueira
Observação: Pode ocorrer lesão primária por contato direto da pele
com essa espécie
Baccharis coridifolia:
Bovinos, menos frequentemente ovinos, e raramente equinos
Lesões gastrintestinais
Mais tóxica na floração (0,25-0,50g/kg)
Tricotecenos macrocíclicos > Micotoxinas produzidas por fungos do
solo
Fatores influenciam a intoxicação:
Desconhecimento da planta pelos animais
Transferência para pastos infestados por mio-mio
Animais transportados, submetidos a estresse como fadiga,
fome ou sede
Sinais clínicos: 48-72h
Timpanismo
Tremores musculares
Sede
Ausência de movimentos ruminais
Fezes secas ou diarreia
Taquicardia
Gemido
Sialorreia
Armazenamento de lipídeos - Solanum fastigiatum:
Bovinos, maiores de 8 meses
Ocorre no sul do Brasil e Uruguai como
um arbusto que atinge até 1m de
altura, com folhas largas e flores
brancas
É invasora de pastagens ou de terrenos
abandonados e conhecida
popularmente como "joá-preto"ou
"jurubeba"
Grandes quantidades da planta
Sinais neurológicos causados por vacuolização dos neurônios de
Purkinje
Doenças de depósito lisossomal (DDL) caracterizam-se pelo
acúmulo de substratos não-metabolizados nos lisossomos,
resultante da atividade deficiente de hidrolases ácidas
Senna occidentalis:
Necrose segmentar muscular
Nome popular: "fedegoso"
Pastos baixos e férteis (currais)
Bovinos e Equinos
Miopatia e cardiomiopatia
degenerativas
Doença se inicia de 5-10 dias pós
ingestão
Ingestão de cereais (sorgo, milho ou
feno) contaminados com sementes ou
partes da planta
Nos meses de frio (maio a junho), também podem ser ingeridos
Bovinos com + de 1 ano de idade: surtos que afetam de 10 a 60% do
rebanho
Princípio tóxico: há evidências de que o sítio inicial seja a
mitocôndria da fibra muscular
Sinais Clínicos: 
Diarréia (2-4 dias) > ocasionalmente é acompanhada por cólica e
tenesmo
Escurecimento da urina (1-2 semanas)
Fraqueza muscular
Incoordenação dos membros posteriores
Tremores
Andar cambaleante
Decúbito
Morte
Macro:
Áreas pálidas, que podem afetar todo um grupo muscular ou
ocorrer na forma de listras pálidas intercaladas com áreas de
tecido muscular de coloração normal
Micro:
As lesões musculares consistem de degeneração e necrose
hialina e flocular (fragmentação do segmento necrosado da
fibra) de fibras musculares esqueléticas
Amaranthus spp:
Nefrotóxica
Outras...
Nome popular: "Carurú
Bovinos colocados em áreas invadidas
pela planta
Morbidade: 5 a 30%
Letalidade: 100%
Nefrose tubular tóxica com edemas,
sobretudo perirrenal
Evolução: de 7-14 dias
Princípio ativo não conhecido
Vicia villosa:
Bovinos - Holandês ou Aberdeen Angus
3 Anos de idade ou mais (raro em jovens)
Evolução clínica: 10-20 dias
Sinais clínicos:
Febre
Queda brusca na lactação
Lesões cutâneas (cabeça, pescoço,
tronco, períneo e mama)
Prurido
Secreção ocular
Secreção nasal
Diarréia
Emagrecimento 
Tosse
Sinais Clínicos: 1-24 horas após ingestão
Vômito
Diarréia
Ataxia
Extremidades frias
Dispnéia
Paralisia
Arritmias
Coma
Morte
Macro: 
No coração: petéquias e esquimoses no átrio esquerdo, coágulos
e hemorragias no endocárdio do ventrículo esquerdo e áreas
levemente pálidas no septo interventricular e em porções do
miocárdio dos ventrículos
Micro: 
Necrose de coagulação de fibras cardíacas individuais e de
pequenos agrupamentos, caracterizada por aumento de
eosinofilia citoplasmática enúcleos picnóticos
Nerium Oleander:
Bovinos, equinos, ovinos e
caprinos
Ação de glicosídeos cardíacos que
atuam sobre a bomba de sódio e
potássio, diminuição da
condutividade elétrica no
coração, arritmias e eventual
parada cardíaca
Rhododendron spp - Azaléia
Bovinos, ovinos, caprinos,
ocasionalmente equinos e
raramente outros
Ingestão de apenas 0,2% do PV do
animal de folhas verdes podem
causa intoxicação
Pequenos animais
Andromedotoxinas > Afeta os canais de sódio, levando a
despolarização prolongada das células
Sinais Clínicos:
Distúrbios digestivos (anorexia, sialorréia, regurgitação, cólica e
defecação frequente)
Neurológicos (inquietação progressiva, ataxia, quedas, estado
mental deprimido, tremores musculares generalizados,
dilatação das pupilas)
Cardiorrespiratórios (dispnéia, episódios de apnéia e
bradicardia com arritmia cardíaca)
Ramaria flavo-brunnencens
Bovinos, bubalinos, ovinos,
equinos e suínos
Cannabis sativa - Maconha
Mistura feita a partir de folhas e
flores secas da planta
Delta-9-tetrahidrocannabinol >
receptores no SNC > ações em
vários neurotransmissores
Sinais neurológicos,
cardiovasculares e
gastrointestinais - 3h após a
ingestão
Spathiphyllum wallisii - Lírio
Todas as partes da planta são
tóxicas
+ Frequente em gatos
Grande quantidade de cristais
oxalato de cálcio insolúveis >
nefrotóxica
Sinais Clínicos:
Digestivos: náusea, vômito,
diarréia, estomatite e
gastroenterite
Nefrotóxicos: anúria, uremia, distúrbios hidroeletrolíticos
Locais: irritação da mucosa oral e glossite
Ricinus communis - Mamona
Arbusto de 2 metros de altura,
caule nodoso, de cor verde-
avermelhada, folhas em forma de
palma e fruto arredondado com
espinhos
Cães, galinhas, suínos, cavalos,
aves silvestres, cabras e bovinos
Folhas > sinais neurológicos
Sementes > sinais
gastrointestinais (irritam a
mucosa gástrica
Sinais clínicos: 2-3h até 2-3 dias / gastrointestinais 18-24h
Princípio tóxico: toxoalbumina

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