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EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA A U L A 3 - 0 6 / 1 2 EDUARDA CAROLINE GOSTINSKI a existência de recursos humanos e financeiros; a disponibilidade de recursos diagnósticos confiáveis; as características do agente etiológico e de sua cadeia epidemiológica; a prevalência e dispersão da doença na população; o perfil do ecossistema; a relação custo-benefício; o risco que a doença representa para a saúde pública. AÇÕES PREVENTIVAS Definidas de acordo com o grau de intensidade: → Profilaxia ou Prevenção: Medidas ou ações que visam interromper a cadeia de transmissão das doenças. Consiste em se evitar o aparecimento de uma doença em uma população. → Controle: Medidas utilizadas para reduzir a frequência de ocorrência de uma enfermidade presente em uma população. → Erradicação: Medidas que visam eliminar a doença em uma população, região, estado ou país. Envolve medidas drásticas e intensivas. O processo de decisão para a escolha da medida preventiva leva em consideração: NÍVEIS DE PREVENÇÃO → Primário: Medidas ou ações aplicadas no período pré-patogênico. Tem o objetivo de impedir a introdução da doença no ecossistema. Abrange ações para promoção da saúde coletiva, com instalações adequadas, educação da comunidade, saneamento ambiental. Proteção específica - imunização, terapêutica. → Secundário: são ações aplicadas no período patogênico, no nível primário isso não é alcançado. Tem como objetivo reduzir prejuízos pela disseminação da enfermidade, a partir da identificação das fontes de infecção (diagnóstico precoce) e intervenção imediata para reduzir o potencial de infecção (isolamento, tratamento ou sacrifício). → Terciário: são ações aplicadas na fase tardia do período patogênico - defeitos estruturais e funcionais. O objetivo é limitar a incapacitação e promover a reabilitação e a reintegração. MEDIDAS APLICADAS À FONTE DE INFECÇÃO Tem como objetivo limitar a disseminação do agente etiológico pela mobilidade da fonte de infecção. → Identificação da fonte de infecção: apartir de diagnóstico precoce ou pelo portador ou doente atípico (mais difícil). → Notificação: quando se tratar de Eduarda Caroline Gostinski Tratamento curativo: bloqueio da evolução clínica da doença e recuperação do animal. Tratamento preventivo: reduzir o período de transmissibilidade da fonte de infecção. doenças de notificação compulsória, deve- se comunicar às autoridades sanitárias. → Isolamento: segregação do(s) indivíduo(s) durante período de transmissibilidade da doença. Restringe a área do pontencil de infecção. Facilita a adoção de medidas de tratamento. Facilita a desinfecção no local. Reduz a disseminação do agente etiológico para os hospedeiros. → Isolamento inidividual ou Sequestro: o animal doente fica em local construído para tal finalidade. → Isolamento em grupo ou Acantonamento: os animais doentes são mantidos em separado dentro da propriedade e os sadios são retirados para outro local da propriedade. → Emigração: retira-se os animais sadios para outra propriedade, deixando os animais doentes na propriedade onde ocorreu a doença. → Isolamento de área ou Cordão Sanitário: interdição de uma propriedade e estabelecimento de linhas demarcatórias onde não podem circular animais nem subprodutos desses animais. O trânsito é controlado pelas autoridades sanitárias. → Tratamento: → Sacrifício: consiste no abate da fonte de infecção. É justificável economicamente. Necessita de respaldo legal (autorização do proprietário). Destruição adequada do cadáver. Quando há desenvolvimento de infecção permanente; Quando há falta de um tratamento efetivo, ou quando o tratamento é longo, de alto custo e de eficácia duvidosa; Quando há alto risco de transmissibilidade do agente; Quando há risco para saúde pública, como zoonose importante; Quando há ocorrência de enfermidade rara ou exótica. Diagnóstico confiável; Espécie hospedeira envolvida: Humana - inviável; Animais de produção - relação custo-benefício; Animais de estimação - ex: cães vs leishmaniose, equinos vs AIE; Animais silvestres - existe uma legislação que protege; Animais sinantrópicos - roedores. Características do agente etiológico: elevada resistência ambiental e persistência em vetores ou reservatórios silvestres. Febre Aftosa; Estomatite vesicular; Enfermidade vesicular do suíno; Peste bovina; Peste dos pequenos ruminantes; Pleuropneumonia contagiosa bovina; Dermatose nodular contagiosa; Febre do Valle do Rift; Língua azul; Varíola ovina e varíola caprina; Peste equina; INDICAÇÕES PARA O USO DO SACRIFÍCIO FATORES LIMITANTES AO SACRIFÍCIO DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA Eduarda Caroline Gostinski Medidas saneadoras para Água: Sedimentação e filtração; Desinfecção - cloração. Alimentos: Armazenamento adequado para impedir acesso de insetos e roedores. Controle de resíduos em portos, aeroportos e estações ferroviárias Os restos devem ser incinerados. Beneficiamento: Tratamento térmico (calor ou frio), dessecação, salga, etc. Manipulação: higiene dos manipuladores, equipamentos e instalações. Medidas protetoras: Habitação e instalações zootécnicas protegidas. Destino correto dos excrementos, lixos e resíduos orgânicos. Proteção dos alimentos. Uso de iscas, armadilhas e repelentes de insetos. Proteção individual (humanos): roupas apropriadas, calçados, etc. Vigilância epidemiológica: impedir a entrada no rebanho ou na região. Medidas ofensivas: Procedimentos de natureza biológica: entomopatógenos, inimigos naturais. Procedimentos de natureza química: inseticidas, larvicidas. Desinfecção e limpeza de instrumentais veterinários; Desinfecção e limpeza de utensílios e equipamentos utilizados na de águas superficiais e reduz os contaminantes e poluentes. → Transmissão por vetores: → Transmissão por fômites: Peste suína africana; Peste suína clássica; Influenza aviária altamente patógena; Doença de Newcastle. Medidas protetoras: Tratamento e destino de excrementos - esgoto sanitário, esterqueiras, etc. Controle de adubos orgânicos. Medidas saneadoras: Drenagem de áreas pantanosas, aterro de depressões e correções de cursos d’água. Limpeza da vegetação arbustiva marginal de mananciais de água. Adoção de práticas agrícolas, aração e gradagem do solo. Correção do pH do solo. Limpeza e manutenção das pastagens. Rotação de pastagens. Medidas protetoras para Água: Impedir o afluxo de esgotos e efluentes industriais Restringir o acesso de pessoas e animais Mata ciliar, que evita o escoamento MEDIDAS APLICADAS AOS MEIOS DE TRANSMISSÃO Tem como obejtivo destruir ou inibir o agente antes dele alcançar o animal suscetível. Por contato direto - não há possibilidade de se atuar no meio de transmissão. Por contato indireto - ar, solo, água, alimentos, vetores, fômites. → Transmissão Aerógena: desinfecção do ar, fumigação, arejamento, evitar a formação de poeiras. → Transmissão pelo solo: → Transmissão pela água e alimentos: Eduarda Caroline Gostinski Controle de Trânsito; Vigilância Sanitária: animais sentinelas para Febre Aftosa, Febre Amarela. Educação em saúde; Orientação do Médico Veterinário; Envolvimento dos vários segmentos da sociedade. incubação da doença (Raiva); MEDIDAS APLICADAS À COMUNIDADE Desinfecção e limpeza de veículos destinados ao transporte de animais e seus subprodutos; Resistência inespecífica; Hábitos de higiene; Medidas de proteção do indivíduo (construções, paramentas, etc.); Instalações zootécnicas arejadas e protegidas de roedores e vetores; Higiene individual (banhos, escovações); Segregação dos animais por categorias (idade, produção, reprodução). Imunoprofilaxia Natural: passiva e/ou ativa; Imunoprofilaxia Artificial: passiva e/ou ativa. Sacrifício: doenças de rápida disseminação ou exóticas. Populações inacessíveis a outras medidas sanitárias; Quarentena: isolamento para verificar o desenvolvimento ou não da doença; Quimioprofilaxia: vermifugação, antibioticoterapia; Imunoprofilaxia: depende do período de alimentação e manejo dos animais; MEDIDAS APLICADAS AOS SUSCEPTÍVEIS São medidascom objetivo de reduzir o tempo de contato do agente com o animal suscetível ou melhorar os seus mecanismos de defesa. → Medidas inespecíficas: → Medidas específicas: MEDIDAS APLICADAS AOS COMUNICANTES Comunicante ou contato: hospedeiro vertebrado que esteve exxposto ao risco de infecção. Eduarda Caroline Gostinski
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