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Ildemar Gois Lopes e Raphael Ferreira Oliveira ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE CÃES FILHOTES Universidade Estadual do Ceará – UECE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE NÃO RUMINANTES INTRODUÇÃO ● Diferentes requerimentos nutricionais dos filhotes de cães para as distintas fases transição; 2 ]] ● Período neonatal: Fase crítica e dependência exclusiva da mãe para o desenvolvimento; ● Velocidade de crescimento elevada e variável e condições de estresse durante o desenvolvimento; ● Dieta: Nutrientes balanceados, quantidade suficiente de proteínas, vitaminas. COLOSTRO ● Primeira secreção láctea da fêmea após o parto ● Composição: açúcar; ● Propriedades diferentes: Imunoglobulinas, água e nutrientes essenciais; ● Criam proteção passiva aos filhotes por meio da transferência dos anticorpos maternos. 3 4 MUDANÇAS DO COLOSTRO Durante a lactação a composição do leite produzido pelas cadelas sofre diversas modificações; PRIMEIRAS 24 HORAS: Permeabilidade da mucosa intestinal dos filhotes às imunoglobulinas do colostro; ENTRE 24-72 HORAS Colostro → leite maduro. MUDANÇAS NA COMPOSIÇÃO CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS NEONATOS 4-6 vezes/dia 10% Necessidades calóricas aproximadas dos filhotes em crescimento (Morris, 1974). Capacidade gástrica Amamentações Peso do adulto 5 50 mL/kg 01 Desidratação; 02 Fraqueza muscular; 03 Vocalização constante e inquietação; Má alimentação neonatal 6 04 Aumento de volume abdominal. CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS NEONATOS ● 4 primeiras semanas: leite materno é suficiente; ● Após esse período, recomenda-se a suplementação nutricional. 7 CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS NEONATOS Período coincide com o surgimento da dentição decídua. 8 CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS NEONATOS ● Método indireto de pesagem: avalia o desenvolvimento do filhote pesando-os diariamente na duas primeiras semanas; ● Na terceira semana, pesar a cada 3 ou 4 dias. Qualquer animal que não tenha acesso ao leite materno. ● Morte da mãe ● Não produz (agalactia) ● Produz pouco leite (hipogalactia) ● Ninhada numerosa 9 CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS ÓRFÃOS 02 01 Leite de mãe adotiva; Sucedâneo; 10 CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS ÓRFÃOS Órfão ATENÇÃO!! Substituto caseiro 11 CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS ÓRFÃOS SUCEDÂNEO ● Base: leite de vaca modificado; ● Acrescidos nutrientes; ● Visa minimizar reações; ● Concentrações parecidas; 10 a 20 ml 4 a 5 vezes/dia Atraso no desenvolvimento 10%CAPACIDADE 12 CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS ÓRFÃOS SUCEDÂNEO ● Fórmula de substituto comercial deve ser próxima a composição do leite natural da cadela. ● Caso não seja 2 1 Diarréia; Transtornos digestivos; Desequilíbrio hídrico3 13 CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS ÓRFÃOS COMPARATIVO Gorduras Proteínas Lactose Composição nutricional de leite em várias espécies (% da matéria natural) 14 CUIDADOS NUTRICIONAIS COM OS ÓRFÃOS COMO ALIMENTAR ● Introdução direta do alimento no estômago; ● Mamadeira pequena própria para animais. Posição adequada! 15 DESMAME ● Inicia na 4ª semana de idade; ● Termina na 6-8ª semana de vida ● Leite materno deixa de suprir as necessidades; ● Transição progressiva; 16 ALIMENTOS DO DESMAME ● Alimentos macios e úmidos, fáceis de ingerir; ○ Papa com alimento da mãe; ● Reduzir gradativamente a água na ração; ● Final da oitava semana: alimento seco. DESMAME 17 ● Crescimento rápido; ● Necessidade de mais energia e nutrientes na dieta, relativa ao tamanho do animal; ● Ração de filhotes (mais concentrada); APÓS O DESMAME COMPLETO MANEJO ALIMENTAR DE FILHOTES EM CRESCIMENTO Crescimento adequado depende da alimentação; Dieta mais rica em nutrientes; Neonatos consomem menos alimento por refeição; 18 MANEJO ALIMENTAR DE FILHOTES EM CRESCIMENTO ● Crescimento acelerado: período entre a desmama até o filhote atingir 50% da estimativa do peso adulto; ● Até os 3 meses de idade dobram de peso rapidamente; ● Necessidade calórica: 2x necessidade de manutenção; 19 MANEJO ALIMENTAR DE FILHOTES EM CRESCIMENTO Curva de crescimento de algumas raças de cães 20 Ganho médio diário (g) de algumas raças de cães Fonte: adaptada de Saad e Nunes, 1998. MANEJO ALIMENTAR DE FILHOTES EM CRESCIMENTO 21 Aumento médio mensal (%) Se dá em função do tamanho e da precocidade da raça Se assemelha em quase todas as raças Aumento de peso diário MANEJO ALIMENTAR DE FILHOTES EM CRESCIMENTO 22 Raças de grande porteRaças de pequeno porte ● Crescem rapidamente; ● ↑ quantidade de alimento para manifestar sua capacidade de crescimento; ● Apenas um produto do desmame até a fase adulta. ● Crescem lentamente; ● ↓ quantidade de alimento para manifestar sua capacidade de crescimento; ● Dois tipos de produtos: crescimento acelerado e desenvolvimento muscular. MANEJO ALIMENTAR DE FILHOTES EM CRESCIMENTO 23 Nos estágios finais de crescimento, a necessidade energética reduz até atingir os níveis necessários para o adulto se manter, variando de acordo com as diferentes raças. Após os 6 meses de idade, o número de alimentações poderá ser de 2 a 3 e, aos 12 meses, uma ou duas vezes ao dia. MANEJO ALIMENTAR DE FILHOTES EM CRESCIMENTO 24 Grande disponibilidade de produtos de alta qualidade, desenvolvidas adequadamente e recomendadas por órgãos de referência para animais de estimação. 25 O tamanho final do animal pouco é afetado pela taxa de crescimento, mas seu crescimento pode estacionar permanentemente por uma redução na ingestão de energia de forma severa. NECESSIDADES ENERGÉTICAS PARA O CRESCIMENTO 26 NECESSIDADES ENERGÉTICAS PARA O CRESCIMENTO ● Os níveis de cálcio devem ser sempr e monitorados; ● Cães filhotes necessitam de quantid ades de cálcio muito maiores do que um cão adulto; ● Filhotes não conseguem eliminar o c álcio desnecessário ao metabolismo. IMPORTANTE! Outros produtos aa dispensáveis aa indispensáveis 27 Ex.: Purinas e pirimidinas NECESSIDADES DE PROTEÍNA PARA O CRESCIMENTO ● Qualidade ● Quantidade 28 NECESSIDADES DE PROTEÍNA PARA O CRESCIMENTO Perfil de aminoácidos do alimento Equilíbrio em aminoácidos (em % de proteínas) para cães em crescimento As exigências metabólicas do animal para proteínas é determinada pelo o quanto cada proteína é capaz de satisfazer as exigências metabólicas em aminoácidos e nitrogênio. 29 NECESSIDADES DE PROTEÍNA PARA O CRESCIMENTO ↓ aa Indispensáveis 2 1 Diminuição do crescimento; Falta de apetite; Diarréia persistente;3 4 Edema; Mudanças no metabolismo protéico5 O oferecimento de alimentos quecontenham proteínas para a formaçãode aa essenciais e não essenciais é crucial IMPORTANTE! 30 NECESSIDADES DE PROTEÍNA PARA O CRESCIMENTO Não é aconselhável que as necessidades proteicas sejam limitadas aos níveis Mínimos. Crescimento adequado Saúde perfeita Disposição para exercício e trabalho Qualidade de pelagem 31 NECESSIDADES DE PROTEÍNA PARA O CRESCIMENTO 32 CONCLUSÃO Os cães em crescimento possuem exigências nutricionais específicas e divergentes em comparação aos adultos, por isso é de suma importância o conhecimento sobre os nutrientes essenciais e suas quantidades adequadas, a fim de fornecer dietas equilibradas e satisfatórias para o desenvolvimento correto desses animais, sem causar desequilíbrios no organismo animal e consequentemente prejudicar o crescimento saudável dos filhotes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOOTHE, D. M.; HOSKINS, J. D. Terapia com drogas e com componentes sanguíneos. Pediatria veterinária: cães e gatos do nascimento aos seis meses. 2. ed., p. 33-48. Rio de Janeiro: Interlivros, 1997. EDNEY, A. T. B. Nutrição do cão e do gato. Um manual para estudantes, veterinários, criadores e proprietários. São Paulo: Manole, 1987. GENARO, R. T. A nutrição dos Cães nas diversas fases da vida. Disponível em: www.petbr.com.br/A_nutricao_dos_Caes_nas_diversas_fases_da_vida.doc. Acessado em: janeiro de 2021. GIACOBINI, P.. O Cão:Manual do Proprietário. Editora Roca, São Paulo – SP, 2003. HOSKINS, J. D. Emergency in neonatology. In: INTERNATIONAL CONGRESS OF THE ITALIAN ASSOCIATION OF COMPANION ANIMAL VETERINARIANS. 59, 2008, Rimini, Italy. Proceedings… SCIVAC, [s.d], p.255-266. JERICÓ, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. 2 v. 1ed. São Paulo: Roca, 2015, 2464 p. 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LUZ, Marcelo Rezende; SILVA, Alexandre Rodrigues. Reprodução de Cães. São Paulo: Manole, 2019. 432 p. Morris, L. S. (1974) Cited by Mapletoft et ai. (1974), op. Cito. Munnich A, Kuchenmeister U. Causes, diagnosis and therapy of common diseases in puppies in the first days of life: cornerstones of practical approach. Reprod Dom Anim, v.49, p.64-74, 2014. Munnich A. The pathological newborn in small animals: the neonate is not a small adult. Vet Res Commun, v.32, p.S81-S85, 2008. PRATS, A.; PRATS, A. O Exame clínico do paciente pediátrico. In: PRATS, A. Neonatologia e pediatria: canina e felina. Interbook: São Caetano do Sul – SP, 2005, p. 96-113. PRESTES, N.C., LANDIM-ALVARENGA, F.C. Obstetrícia veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Rickard V. Birth and the first 24 hours. In: Peterson ME, Kutzler MA (Eds.) Small Animal Pediatrics: the first 12 months of life. Elsevier-Saunders, St Louis (MO) 2011, p.11-19. VANNUCCHI, Camila Infantosi; ABREU, Renata Azevedo. Cuidados básicos e intensivos com o neonato canino. Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte, v. 41, n. 1, p. 151-156, jan. 2017. 34 3535 OBRIGADO!
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