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DEFORMIDADES CONGÊNITAS · São anomalias anatômicas ou estruturais presentes ao nascimento, podendo ser macro ou microscópicas, estando na superfície ou no interior do corpo · A mais comum é o “pé torto congênito” · Alterações do sistema genitourinário podem estar presentes em até 40% dos casos, de forma associada Incidência · 6% dos RN · 3 a 8 em cada 1.000 dos RN tem alguma deficiência dos membros · 3% dos RN tem anormalidades estruturais · 20% são natimortos/abortos, é tão grave a anormalidade que é incompatível · 50-60% tem causa desconhecida e geralmente multifatorial (ou seja, esporádica). Nasceu com pé torto congênito ou alguma malformação, faz teste genético e geralmente não se encontra alteração presente · Pé torto congênito tem componente genético (indivíduos que tiveram tem mais chance de ter filhos também acometidos; além de pais que tiveram filhos assim podem ter outros) · Anomalias associadas Etiologia · Principais · Genéticas · Anomalias cromossômicas (6-7%) · Mutações de genes específicos (7-8%) · Fatores ambientais, teratogênicos (7-10%) · No Brasil, é comum pelo uso de Cytotec. É um péssimo abortivo, mas é um “excelente teratógeno” · Síndrome de Moebius: pode estar também associada a fatores genéticos. Há paralisia dos 6º e 7º pares cranianos. E Pode estar associada há outras má formações, alterações cognitivas, pé torto. · Herança multifatorial (associação): 20-25% · Outras · Interrupção, parcial ou/ total, da irrigação sanguínea do segmento em desenvolvimento. · Constrição externa por bandas amnióticas Embriologia · Período crítico: 24º-42º dia após a fecundação · 33º: agenesia de todo segmento · 7ª semana · MMSS continua a crescer e roda 90º externamente. O MMII também rotaciona, uma das conseqüências da falha nessa etapa é o pé torto congênito. · Acinesia e hipocinesia intrauterina pode levar a atrogripose: contraturas ao nascimento de 2 ou + segmentos, bilateral. Não são progressivas, mas são incapacitantes. Geralmente intelecto preservado. · Cotovelo se projeta posteriormente · Mão se projeta para região anterior do corpo · MMSS continua a crescer e roda 90º internamente · Classificação · Alterações genético-moleculares · Associação direta de fenótipo clínico com os processos fundamentais da biologia do sistema musculoesquelético importante com o defeito genético-molecular · Osteocondrodisplasias · Disostoses: displasias ósseas mais localizadas · Osteólises idiopática · Síndromes genéticas · Síndromes metabólicas · Defeito de formação: defeito transverso, agenesia, amputação congênita. Síndrome MM coluna acro-oral: precisa ter alteração a nível da boca/face do paciente · Defeito longitudinal · Defeito hemimérico (esquerda). Gigantismo: dedo maior de modo desproporcional · Pé em lagosta ou ectrodactilia (direita). Defeito dos raios centrais. · Defeitos transversos · Deficiência femoral proximal focal · Síndrome de Cornelia de Lange · Sinostose do cotovelo com defeitos hemimélicos associados Critérios diagnósticos · Anamnese · Exame físico · Alterações musculoesqueléticas · Alterações associadas: oftalmo, SNC, cardio, renal, SGU... · Exames radiológicos (RX simples, TC e RNM) · Exames laboratoriais · Verificar alterações hematopoiéticas (ex: trombocitopenia ou outras linhagens). Dosagens séricas, urinárias... Critérios diagnósticos – clínico · Displasias letais · Nanismo tanatofórico (acondroplasia é a mais comum, ao nascimento já tem característica, hipocondroplasia: diagnóstico mais tardio.) · Acondrogênese · Osteogênese tipo II é o mais grave (geralmente natimorto p/ politraumatismo), tipo III segundo mais grave. Tipo I, mais leve. · Fibrocondrogêneses · Hipofosfatasias · Outras Tratamento · Prótese/órteses: início-imagem corporal/componentes · Prótese + amputação/rotacioplastia mais funcional se rotacionar o pé, fazendo com que o calcanhar funcione como articulação, ao invés de amputar. Tratamento cirúrgico · Hemimelias/DFFP · Hemimelia fibular tipo 3 · Método de Ilizarov: permite alongar o osso e corrigir as deformidades simultaneamente. Pseudartrose congênita · Causa desconhecida, multifatorial. A mais comum é a tíbia, muito relacionada (50%) a neurofibromatose tipo I. manchas café com leite na pele, estigma bem freqüente. Deformidades dos joelhos · Geno valgo pode estar associado à tíbia vara de Blount que não é congênita, é doença do desenvolvimento. Causa desconhecida. Outras malformações congênitas frequentes · Artrogripose · Contratura articular de 2 ou mais segmentos articulares ao nascimento · Relacionada a genética ou fatores desconhecidos · A clássica pode vir associada a alterações genéticas clássicas · Para que ocorra, precisa ter hipocinesia ou acinesia uterina, sobretudo no momento da gestação que a articulação não se formou completamente. · Gestações gemelares menor movimentação · Alterações neuropática, diminuição do corno anterior da medula (2 neuronio motor). Pode estar relacionada a miopatias ou distrofias. · Zika: 30% podem nascer com luxação teratológica do quadril. Luxação congênita teratológica e não teratológica · Não teratológica: criança nasce com predisposição para que o quadril luxe (displasia do desenvolvimento do quadril – quadril com características de instabilidade, pode luxar mas volta pro lugar na Ortolani e Barlow), não necessariamente já nasce luxado. Tratamento ideal é ao nascimento?????. Pé torto congênito – ele cobrou isso na prova · Má formação congênita mais frequente · Idiopático é o mais freqüente. Não está relacionado a síndromes congênitas. · Geralmente não está associado a outras anormalidades. · Região da perna com pé torto é desproporcional. · Mais freqüente em meninos · 50% dos casos é bilateral · Mais comum em negros e havaianos · Aspectos · Equino (retropé) · Retração do calcâneo · Varo, inversão (subtalar) · Pé embocado pra dentro · Cavo (antepé) · Mais acentuado · Adução (médio e antepé) · Tratamento clássico: método de Poncette (eficácia de 95%) · 1ª fase: gesso seriado (trocando toda semana), objetivo principal é levar o primeiro raio da criança, e depois vai fazendo abdução consecutiva. São em torno de 5 a 12 gessos que se faz nessa 1ª série, onde vai corrigir a alteração do cavo, do varo. · 70-95% das crianças necessitam realizar tenotomia do Aquiles. Se coloca gesso após tenotomia, ~3 semanas após tenotomia. · Depois, vem a fase da órtese de Denis-Brown: duas botinhas de um lado e do outro. Precisa ficar com rotação externa em torno de 70º (ao pé da letra, seria abdução de 60º) e dorsiflexão 15-20º. · Normalmente usada de 3-6 meses de forma integral, e vai desmamando até a criança completar 4 anos. · Eficácia de 95% Retro: osso do calcâneo e do talo. Médio: navicular, cubóide e 3 cunhas: medial, intermédia e lateral. Pé plano idiopático · Não possui arco · Rígido: pé plano congênito, que existe uma alteração chamada de barra óssea, fibrocartilagem que conecta um osso ao outro (calcâneo-navicular ou calcâneo-tálus). Pode ser leve inicialmente, mas após 6-10 anos pode estar associado a dor indica tratamento cirúrgico. · Flexível: teste da ponta do pé. Há formação da cava e a parte de trás do pé, do calcâneo, ele variza. Também pode pedir para que o paciente faça hiperextensão do halux. A utilização de palmilha, próteses ortopédicas, andar em areia de praia, fisioterapia, etc, não modifica o curso do pé plano (como se acreditava antigamente). · Além do exame clínico: RX simples, que passa desapercebido naqueles pacientes c/ <6-8 anos de idade. TC e RNM pode dar o diagnóstico mais precoce de barra óssea. · Nos casos mais graves, em que ocorre piora com o crescimento, há indicação cirúrgica. Raramente é necessário intervenção cirúrgica em crianças. Displasia Evolutiva do Quadril (não teratológica) · A teratológica é rígida e não reduz com as manobras convencionais; além disso, normalmente está relacionada com outras síndromes. · Barlow: redutiva. Ortolani: luxativa. · Barlow, na verdade, é o 2º tempo da manobra de Ortolani. · É chamada de displasia evolutiva pois criança podenascer c/ quadril instável e não luxado e ocorrer luxação com a evolução. · Em 85% dos casos de quadril instável pode haver melhora espontânea do quadril instável (e não luxado) entre 6 a 12 semanas após o nascimento. · Nessa idade, o exame mais sensível e específico é a USG dos quadris pelo método de Graaf ao nascimento. · A radiografia só será importante quando houver ossificação do núcleo da cabeça femoral (ossificação secundária da epífise femoral proximal) (que só acontece com 4-9meses/4-6 anos(?) de vida) · Sinal de Hart: assimetria da abertura do quadril · Sinal de Peter-Bade: assimetria de pregas glúteas · Sinal de Galeazzi: um joelho se posiciona mais alto que o outro que está luxado · O sinal mais fidefigno é a limitação da abdução do quadril: O método mais sensível/específico é tentar fazer abdução bilateralmente. Os de Peter e Galeazzi podem ser falso negativo · Após criança começar a andar, é o sinal de Trendenlenburg. A bacia cai para o lado e o tronco vai para o outro lado. · Tratamento clássico ao nascimento: suspensório de Pavlik · Após 6 meses: redução fechada com gesso, tenotomia de adutor, osteotomias pélvicas ou femorais (indicadas a partir de 1ano ou 8 meses de idade em casos que não foram tratados)
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