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➢ É uma sinapse entre um neurônio motor e um músculo esquelético. ➢ É uma sinapse química ➢ A junção neuromuscular está na periferia do corpo, portanto o acesso a elas é mais fácil, para estudar transmissão sináptica ➢ É um tipo de transmissão sináptica meio diferente, onde um neurônio motor específico controla a contração muscular esquelética. ○ A principal “função” do músculo esquelético é a contração muscular para gerar movimento. ○ Quando é perdido o contato funcional entre um neurônio motor e a musculatura esquelética, nós temos uma paralisia. ○ Não tem nenhuma outra coisa que consiga induzir a contração muscular esquelética, a não ser o neurônio motor, diferente dos outros músculos que podem ser estimulados a se contrair ou relaxar (a musculatura esquelética não tem nenhum mecanismo que inibe a contração muscular), não só por meio de neurônios do sistema nervoso autônomo , mas por hormônios e substâncias parácrinas. ○ No músculo esquelético é diferente, se a gente tem um neurônio motor funcional e a preservação da junção neuromuscular, teremos controle voluntário da musculatura e dos movimentos corporais. ➢ Os neurônios motores são chamados de neurônios motores alfa, ou motoneurônio alfa. ○ São neurônios de diâmetro muito grande, o que aumenta a velocidade do potencial de ação e além disso eles são altamente mielinizados, o que contribui com o aumento de velocidade porque realiza a condução saltatória. ➢ A função do neurotransmissor após todo o processo de despolarização é encontrar na membrana pós-sináptica o seu receptor específico, se ligando a canais regulados por ligantes. ○ No caso, o ligante desses canais são os próprios neurotransmissores. ○ Quando ele se liga a esses canais, os canais se abrem normalmente para o íon sódio, que terá duas forças atuando sobre ele para que entre na célula. ➢ Após a degradação do neurotransmissor na fenda sináptica, parte do seu precursor pode ser reutilizado para ser novamente sintetizado novos neurotransmissores. Como exemplo a gente tem a acetilcolina, noradrenalina, serotonina e etc. ➢ Todos os neurônios motores vão sair do corno ventral da medula espinhal. ○ É uma região cinzenta, anterior à medula espinhal. ➢ Toda parte sensorial somática do corpo vai entrar pelas raízes dorsais da medula espinhal fazendo sinapses no corno dorsal também. ○ Entra pela parte posterior da medula, na substância cinzenta ➢ O neurônio motor pode ser um neurônio com um axônio muito grande, como o neurônio que faz a movimentação do pé. ➢ Para que esse neurônio motor gere potencial de ação, ele recebe muitos contatos sinápticos de vários neurônios superiores, interneurônios medulares, inclusive neurônios sensitivos. ○ Podemos ter tanto neurônios excitatórios e inibitórios fazendo sinapse com um neurônio motor alfa ○ O que determina se ele gera um potencial de ação são os PEPS e PIPS. Se eu tiver mais PEPS agindo nesse neurônio motor, maior a probabilidade dele gerar um potencial de ação no cone de implantação. Assim como, quanto mais PIPS, dificulta a geração de potencial de ação. ➢ Cada fibra muscular do músculo, ou célula, recebe inervação de um axônio do neurônio motor. O mesmo neurônio motor tem ramificações axônicas que podem fazer contato com mais de uma fibra muscular esquelética. ○ Exemplo da aula: se gerarmos um potencial de ação no motoneurônio alfa 1, as duas fibras que ele está se ligando vão se contrair ao mesmo tempo. ➢ O único motoneurônio e as fibras inervadas formam a unidade motora. ➢ Na região que ocorre o contato entre o neurônio motor e a fibra muscular esquelética temos uma especialização na fibra, ou seja, o axônio se ramifica e faz um contato muito específico, funcional no sarcolema da fibra muscular esquelética ➢ As pregas juncionais, são umas invaginações da membrana plasmática, que vão ter proteínas importantes para fazer com que a funcionalidade seja eficiente na transmissão. Para essa região especializada, o nome é placa motora (o que é a placa motora afinal?) ➢ A sinapse entre um motoneurônio e a fibra é a junção neuromuscular ➢ As vesículas sinápticas vão ter acetilcolina(Ach) próximas a zona ativa, ou seja, quando chegar um potencial de ação as vesículas por exocitose liberam acetilcolina na fenda sináptica. ○ Ainda tem a presença de muitas mitocôndrias que fornecem energia não só para sintetizar o neurotransmissor, mas também para empacotar ou preencher as vesículas. ○ No sarcolema estão os receptores nicotínicos de acetilcolina ○ Depois da despolarização e da exocitose da acetilcolina, ela vai se ligar aos seus receptores nicotínicos no sarcolema e como eles são controlados por ligantes, o mesmo canal vai ter uma região receptora de acetilcolina e quando ligadas duas moléculas, esses canais são abertos para cátions, permitindo principalmente a passagem de sódio(entrando) e potássio(saindo). ➢ Todo potencial de ação gerado num neurônio motor gera uma despolarização suficiente para gerar um potencial de ação no músculo esquelético ○ Os responsáveis pelo potencial de ação no músculo esquelético são os canais de sódio dependentes de voltagem. Ou seja, quando tiver uma despolarização suficiente para abrir os canais de sódio dependentes de voltagem, aí temos um influxo muito grande de sódio para dentro da fibra muscular e o potencial de ação é gerado na fibra muscular que se propaga por toda a sua membrana. ○ Quando despolarizamos suficientemente por meio dos canais dependentes de ligante, conseguimos abrir os canais de sódio dependentes de voltagem, entrando grandes quantidades de sódio. ➢ A acetilcolina vai se ligar aos seus receptores, mas também será degradada por uma enzima presente na fenda sináptica, que é a acetilcolinesterase, que metaboliza a acetilcolina em duas moléculas: um acetato e uma colina, perdendo a ação de neurotransmissor ○ O acetato pode ser captado pelas células da glia podendo ser reutilizado e a colina pode ser reutilizada através de um transportador que está no terminal nervoso pré-sináptico, aproveitando a entrada do sódio através do co-transporte/simporte onde o sódio vai levar consigo a colina e ela pode ser reutilizada pra formar acetilcolina. ○ A acetilcolina é formada pela “junção” do acetil-CoA e pela colina. Quem faz isso é a enzima colina-acetiltransferase ○ Quem leva a acetilcolina para as vesículas sinápticas é um transportador presente na vesícula sináptica. ○ Existem fármacos que inibem a acetilcolinesterase para aumentar a concentração da acetilcolina na fenda sináptica, não só no músculo esquelético, mas também em sinapses do sistema nervoso central, no encéfalo. ■ Isso “ajuda” a melhorar e abrir mais canais para acetilcolina e favorecer a transmissão sináptica (O excesso de acetilcolina e consequentemente de canais de acetilcolina tem algum prejuízo?) ➢ O receptor nicotínico de acetilcolina é um canal iônico ativado por ligante, que precisa de duas moléculas de acetilcolina ligadas a subunidades alfas para se abrir ○ Na estrutura proteica é possível ver que esses canais tem uma parte extracelular, intracelular e outra transmembrana. ○ Ele é formado por 5 subunidades proteicas. ➢ O potencial de membrana de repouso é mais negativo que um neurônio, próximo de -90 mV. Quando a gente faz um estímulo do axônio motor que tem um potencial de ação, geramos uma despolarização suficiente para o atingir o limiar de geração de potencial de ação da fibra. É nesse limiar que os canais de sódio dependentes de voltagem, tendo um potencial de ação com as fases despolarização e repolarização da fibra. ➢ A parte de despolarização inicial que temos na fibra muscular, chamamos de potencial de placa terminal (PPT). É mais ou menos parecido com o potencial excitatório pós-sináptico ○ Basicamente, é uma despolarização inicial que pode ou não gerar potencial de ação, só que no caso do músculo a não ser em momentos de doença sempre uma despolarização iniciada no neurônio motor vai gerar um potencial de ação e a contração dele ➢ Na ausência de estimulação do neurônio motor pré-sináptico,havia pequenos potenciais de placa terminal, no caso, despolarizações rápidas e pequenas, que acontece na fibra ao longo do tempo. Isso é chamado de PPTM, que é um potencial de placa terminal em miniatura. ○ São mudanças espontâneas no potencial de membrana do músculo na ausência de estimulação do neurônio motor. Foi descoberto que isso é que mesmo em repouso, algumas vesículas de acetilcolina são liberadas na fenda sináptica e essas pequenas quantidades tem a capacidade despolarizar um pouco a placa motora, não o suficiente para gerar potencial de ação. ➢ A substância curare ocupa os sítios de ligação pela acetilcolina e impede a ligação da acetilcolina. ○ Quando ela ocupa o lugar da acetilcolina no receptor nicotínico, ela bloqueia o canal, não gerando um potencial de ação na fibra, não tendo contração muscular.
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