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Descolamento de retina

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Descolamento de retina
→ Descolamento do vítreo posterior:
É a separação do córtex vítreo da membrana limitante interna da retina. Existem alguns sintomas que o paciente pode apresentar, os principais são: miiodopsia (percepção visual de moscas volantes), lembra de miiase que é a doença da mosca. Outro sintoma é a fotopsia, percepção visual de flashes. 8 a 22% dos pacientes com DVP e sintoma apresentam rotura retiniana ao exame inicial.
As principais adesões que o vítreo tem no segmento posterior do olho, adesões essas fisiológicas, o vítreo se adere a algumas estruturas, são em determinadas estruturas aqui demonstradas. Aonde há uma adesão mais firme é na base vítrea. Outro local de adesão fisiológica é a margem do disco optico. Ocorre também adesões patológicas. Quais estruturas que o vítreo se adere porem patológica? Degenerações do tipo lattice, tufos retinianos císticos e de pigmentos retinianos, base vítrea anômala, área de branco sem pressão e branco com pressão, trações vítreo maculares e neovasos retinianos, por exemplo na RD, e uma adesão firme do vítreo a esses neovasos podem causar uma hemorragia vítrea com complicações visuais.
O grande problema dessa adesão vítrea mais intensa é que no processo de DPV esse vítreo pode exercer alguma tração na retina, puxar ela e causar uma ruptura. A grande questão é quando acontecem rasgos na retina, o liquido que está dentro da cavidade vítrea, passar pela ruptura e se deslocar pelo espaço e causar descolamento de retina. Então ele vai ser causado pela passagem de liquido pela ruptura, e ir dissecando toda a retina, causando um descolamento extenso.
O descolamento regmatogênico houve um rasgo na retina que foi a origem do descolamento de retina. A partir dessa ruptura inicia-se a passagem de liquido e consequente o descolamento de retina. Será que nos temos apenas ele? Não. É importante sabermos que existem outros tipos de DR, como o descolamento seroso/exsudativo da retina. Nele não existe ruptura da retina, a fisiopatologia não envolve uma tração vítrea na retina. Aqui existe exsudação no espaço subretiniano, um tumor, um processo inflamatório, um processo vascular, que cause exsudação de liquido pelo espaço subrretiniano, ele vai acumular e causar um DR. 
Outro tipo de DR é o descolamento tracional da retina. Aqui a gênese não é uma ruptura, não é um rasgo e nem uma exsudação no espaço retiniano. São trações retinianas, alguns processos fibrovasculares, que vão puxar a retina e causar o DR. É o clássico que acontece na RD. 
Rotura retiniana em ferradura, ela tem o formato de ferradura. 90% dos casos quando sintomáticos evoluem para DR. Portanto o tratamento profilático deve ser realizado porque diminui o risco de DR para 5%. Essa rotura tem chance aumentada de evoluir pra DR. Você faz o tratamento preferencialmente com fotocoagulação a laser, pra bloquear essa área. 
Buraco retiniano: quando houve uma tração vítreo-retiniana e se formou um buraco, por rompimento de uma pequena área. Casos de buraco assintomático, sem tração e sem liquido subrretiniano eles podem ser acompanhados, considerado bloqueio com laser em casos selecionados. Pacientes assintomáticos você não o submete a uma cirurgia, se o olho contralateral não tiver problema, você acompanha. Se houver dúvida, trata de forma profilática.
Degeneração em pedra de calcamento (paving stone): são áreas focais de atrofia retiniana, podem estar presentes em 25% dos olhos normais, mais comum na periferia inferior, entre a ora serrata e o equador do olho. Não apresenta risco de DR! Não devemos tratar de forma profilática.
Degeneração periférica cistoide: são lesões puntiformes, amareladas, vesiculares, mais na periferia retiniana temporal. Alguns casos podem evoluir pra retinosquise. Também não estão relacionadas a risco aumentado de DR, portanto não se indica tratamento profilático.
Degeneração reticular (honeycomb): é uma degeneração relacionada a idade, existe a formação de uma malha de hiperpigmentação perivascular, as vezes se estendendo posterior ao equador, não apresenta risco aumentado de DR, portanto não vamos tratar de forma profilática.
Retinosquise senil: é a separação das camadas da retina. Geralmente pacientes acima de 40 anos, 70% são hipermetropes, geralmente são bilaterais, presentes no quadrante ínfero temporal ou supero temporal. Não há consenso com o tratamento, alguns autores indicam tratamento em casos sintomáticos e progressivos, aquelas lesões que vem aumentando e com potencial dano a macula.
Branco sem pressão: são lesões que geram um aspecto branco na retina, ora serrata e base vítrea. Estão presentes em ate 30% da população, normalmente bilaterais e existe uma área de forte adesão do vítreo condensado nessa área de branco sem pressão. Geralmente em pacientes jovens. Branco sem pressão presente em paciente com o olho contralateral de uma rotura gigante, o laser profilático deve ser considerado. Se ele não tem nada no olho contralateral, somente acompanhar. Rotura gigante seriam roturas que envolvam mais e 90 graus. 
Degenerações em floco de neve: pequenas lesões puntiformes ou ovais, branco amareladas na periferia retiniana, 95% no quadrante supero-temporal. É raro, autossômico dominante, e o tratamento profilático deve ser feito caso haja rotura associada. 
Tufo retiniano cístico: pequena lesão brancacenta, elevada, redonda ou oval, pode haver hiperpigmentação na base, ocorre na periferia ou equador e mais comumente temporal. É formada por tecido glial e uma adesão vítreo-retiniana forte é comum. Esta presente em 5% da população e 20% são bilaterais. Considerar tratamento profilático com laser em casos selecionados: se ele tem DR no olho contralateral, casos sintomáticos (fotopsias frequentes), rotura retiniana associada, história familiar de DR, pré operatório de cirurgia intraocular. A cirurgia intraocular é fator de risco pra DPV e ele pode tracionar o tufo causando uma rotura retiniana.
Degeneração em rastro de caracol: lesões brancacentas, puntiformes, ovais ou alongadas, geralmente na região do equador, paralela a ora serrata, mais comum em indivíduos míopes, ocorre um afinamento retiniano, tração nas bordas da lesão, semelhante a degeneração do tipo lattice, existe tração vítrea nas bordas. Alguns autores consideram ser uma lesão precursora da degeneração do tipo lattice. O tratamento profilático com laser deve ser considerado em casos selecionados devido ao risco de DR em decorrência dessa tração. 
Degeneração em treliça (lattice): ocorre afinamento retiniano, com perda da retina neurossensorial e tração vítrea nas margens da lesão. Ela esta presente em 6 a 8% da população, normalmente são lesões ovais ou lineares, mais comum temporal e superior, apresentam risco aumentado de roturas e DR. Existe uma tração vítrea aumentada, patológica, nessas áreas de degeneração em treliça. A retina nessas áreas é mais fina, é uma área vulnerável. A gente considera o bloqueio com laser em casos selecionados: quando existe DR no olho contralateral, casos sintomáticos em que o paciente está percebendo fotopsia, incomodando, história familiar de DR, rotura retiniana associada, pré operatório de cirurgia intraocular, que é um fator de risco pra DR. O mais importante é o diagnostico dessas lesões e orientação do paciente, assim como controle fundoscópico. Se você não tratar, pelo menos oriente esse paciente que ele tem uma lesão predisponente a DR e que ele precisa ser acompanhado, e os principais sintomas que são miiodopsia (moscas volantes) e fotopsias (flashes visuais). 
→ Principais fatores de risco para descolamento regmatogênico da retina:
Trauma ocular, pode ser um fator desencadeante do DPV, cirurgia de catarata ou qualquer cirurgia intraocular, que ele pode evoluir pra um DPV. Roturas retinianas, degeneração do tipo lattice, miopias (evoluem com DPV de forma mais precoce, e estão associados a tração, tem uma prevalência maior de lattice), capsulotomia posterior com yag laser, história familiar de DR, doenças sistêmicas (paciente com retinopatia da prematuridade), DRno olho contralateral, degenerações coriorretinianas periféricas (rastro de caracol, lattice).

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