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ASPECTOS-PSICOLÓGICOS-DA-PESSOA-COM-DEFICIÊNCIA

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 
2 CONCEITUAÇÃO DA DEFICIÊNCIA............................................................... 4 
2.1 Abordagens atuais sobre deficiência ......................................................... 7 
2.2 Deficiência não é sinônimo de incapacidade ............................................. 9 
3 POLÍTICAS PÚBLICAS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ........................... 11 
3.1 Os direitos da pessoa com deficiência .................................................... 13 
4 COMPREENDENDO AS EMOÇÕES ............... Erro! Indicador não definido. 
4.1 Principais teorias sobre emoções ............... Erro! Indicador não definido. 
4.2 A expressão emocional .............................. Erro! Indicador não definido. 
5 MANIFESTAÇÕES PSÍQUICAS E COMPORTAMENTAIS ........................... 15 
5.1 Imagem corporal e autoconceito ............................................................. 17 
6 A CONTRIBUIÇÃO DO PSICÓLOGO NA INCLUSÃO .................................. 26 
7 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS ...... Erro! 
Indicador não definido. 
7.1 A relação da psicologia com a deficiência: das velhas práticas para novas 
alternativas ......................................................... Erro! Indicador não definido. 
8 INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO JUNTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA, 
SUA FAMÍLIA E COMUNIDADE .......................................................................... 31 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao 
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno 
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, 
para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno 
faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço 
virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser 
direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe 
convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida 
e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
4 
 
2 CONCEITUAÇÃO DA DEFICIÊNCIA 
 
Fonte: cgn.inf.br 
As diferenças nos modos de ser e existir são consideradas, analisadas e 
ponderadas desde os tempos mais longínquos. Na Grécia Antiga, a deficiência — 
principalmente a referida na ordem intelectual — chegou a ocupar o status de privilégio, 
por se caracterizar como certa liberdade presente nos indivíduos que a manifestavam, 
sob a forma de delírios (PELBART, 1989 apud DUARTE, 2018). 
Sócrates e Platão ressaltaram aspectos da deficiência em seus discursos. Platão 
deixou registrada, em seus escritos como Banquete e Fedro, a deficiência manifesta 
como Manikê, referindo-se ao delirante, para em seguida relacioná-la à arte divinatória 
Mantikê. Assim, as deficiências e os modos de estar no mundo se manifestavam por meio 
das diferenças — algo ao mesmo tempo especial e limitador (PELBART, 1989 apud 
DUARTE, 2018). 
O filósofo Hipócrates, considerado o “pai da medicina” (460–377 a.C.), conectou 
o que denominou “loucura” a implicações orgânicas. Nesse sentido, foi pioneiro 
ao propor uma interpretação conectada a doenças ou deficiências baseadas em 
origens e manifestações biológicas (PESSOTI, 1997 apud DUARTE, 2018). 
 
 
 
5 
 
Nesse sentido, surgiram no século XVI maneiras de tratar os diferentes, os que 
não se encaixavam no cumprimento das regras, ao mesmo tempo em que eles foram 
removidos do convívio social. Além de pensões e hospedarias específicas para esse 
público, cujo intuito era retirá-los da circulação das ruas e ainda usá-los como objetos de 
estudo, havia a chamada Nau dos Loucos. Tratava-se de uma embarcação que se 
propunha a navegar pelas águas calmas de rios e canais da Europa como um depósito 
para “loucos” e “leprosos” (FOUCAULT, 1978, p. 12 apud DUARTE, 2018). 
Entretanto, foi somente no início do século XIX, depois de muita barbárie no 
tratamento de pessoas com algum tipo de deficiência, que Philippe Pinel conseguiu 
inserir uma evolução do conceito de loucura, ao caracterizá-la como doença mental e, 
em seguida, como deficiência mental. Considerado o fundador da psiquiatria, Pinel 
estabeleceu a necessidade de permitir que o modo de ser dos sujeitos pudesse se 
expressar, determinando o desencarceramento dessas pessoas com deficiências 
intelectuais e indicando a criação de lugares específicos para tratamento com estímulos 
adequados. Foi assim que Pinel se tornou também um dos fundadores da clínica médica 
(FRAYZE-PEREIRA, 1993 apud DUARTE, 2018). 
Apesar de todo o esforço para a condução de um tratamento moral das pessoas 
com deficiência intelectual, houve, ao longo de todo o século XIX, um alastramento da 
criação de asilos, os quais acabaram sendo concebidos como manicômios. Nesses 
locais, os tratamentos visavam à cura e, para isso, não mediam esforços para aplicar 
métodos que moldassem os comportamentos dos deficientes. Por meio de técnicas, 
aparelhos e medicações, buscavam a contenção dos sintomas, sem considerar as 
singularidades e peculiaridades de cada sujeito (DUARTE, 2018). 
 Foi durante a transição do século XIX para o século XX que surgiu uma 
preocupação com a linearidade das manifestações das deficiências. A partir disso, os 
fisiatras e estudiosos da época se preocuparam em contabilizar e categorizar as 
deficiências intelectuais sob o ângulo de suas funcionalidades. Então, estabeleceu-se na 
América do Norte, em 1880, uma espécie de censo com o primeiro esboço de um manual 
diagnóstico, no qual as deficiências intelectuais foram organizadas em sete categorias: 
mania, melancolia, monomania, paresia, demência, dipsomania e epilepsia (BLACK; 
GRANT, 2015 apud DUARTE, 2018). O primeiro esboço da formulação da declaração 
 
 
 
6 
 
dos direitos humanos também ocorreu nos Estados Unidos. O documento alertava para 
a necessidade de fiscalizar e orientar as instituições que ofereciam tratamento às 
pessoas com deficiências intelectuais, buscando inibir internações arbitrárias e maus 
tratos que poderiam estar disfarçados sob a forma de tratamento. Esses movimentos em 
direção à garantia de direitos e tratamento digno promoveram avanços na psiquiatria 
enquanto ciência e conduziram inspirações para as ciências naturais. Além disso, 
auxiliaram no despertar de descobertas médicas e bacteriológicas, da anatomia 
patológica e da então recente neurologia, que se propunha a conectar os aspectos 
ligados à organicidade e à funcionalidade da estrutura cerebral aos comportamentos 
humanos (LAPLANTINE, 2010 apud DUARTE, 2018). 
Com a demanda por compreensão dos sujeitos com deficiências e das suas 
especificidades, tornou-se mais viável buscar tratamentos que se ancorassem no 
desenvolvimento das necessidades específicas de cada um. Despertou-se para a 
importância de conduzir tratamentos que escapassem de uma lógica que rotula e acaba 
por aniquilar o princípio individual, enxergando apenas as limitações e os sintomas, e 
seguindo as suas intervenções somente na direção de uma normatização e um 
silenciamento das diferenças (FERREIRA, 2000 apud DUARTE, 2018). No Brasil, até a 
construção da Constituição Federal de 1988, os termos “excepcional” e “deficiente” eram 
utilizados para definir as pessoas com deficiência. 
Entretanto, por se tratar de uma definiçãolimitada e por vezes pejorativa, implicava 
necessidade de mudanças. Assim, a atenção às pessoas com deficiências aparece em 
momentos bem pontuais da Constituição, como consta nos seguintes artigos (BRASIL, 
1988, documento on-line apud DUARTE, 2018): 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: [...] 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia 
de: […] 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; […] 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um. 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao 
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
 
 
 
7 
 
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de 
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão. […] 
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os 
portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração 
social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o 
trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, 
com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos. 
Somente em 1990, com a assinatura na Declaração de Caracas, documento que 
buscou propor uma reestruturação da assistência psiquiátrica, os direitos das pessoas 
com deficiência começaram a ser constituídos enquanto política pública (OPAS/OMS, 
1990 apud DUARTE, 2018). Esse documento alertou para a necessidade de criação de 
políticas públicas no Brasil e levou à criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, que 
se estabeleceu a partir da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da 
ONU e o seu Protocolo Facultativo, ratificados na forma do Artigo 5º da Constituição 
Federal. O Estatuto da Pessoa com Deficiência é destinado a estabelecer as diretrizes e 
normas gerais, bem como os critérios básicos para assegurar, promover e proteger o 
exercício pleno e em condições de igualdade de todos os direitos humanos e liberdades 
fundamentais pelas pessoas com deficiência. Além disso, esse Estatuto visa à inclusão 
social e cidadania plena e efetiva da pessoa com deficiência, seja por ordem física, 
sensorial (auditiva e visual) ou intelectual (BRASIL, 2015 apud DUARTE, 2018). 
Nas discussões mais recentes sobre a caracterização do conceito de deficiência, 
é possível acompanhar uma transição para o reconhecimento e a expansão das 
possibilidades de existir de cada pessoa, para além de normas e padrões. Gaudenzi e 
Ortega (2016 apud DUARTE, 2018) propõem a visualização do conceito de deficiência 
em conformidade com a normatividade, escapando das lógicas enclausurantes da 
normalidade. Normatividade refere-se ao desenvolvimento de autonomia em 
conformidade com a subjetividade e as especificidades de cada sujeito. 
2.1 Abordagens sobre deficiência 
A partir dos anos 2000, o conceito de deficiência passou a ser percebido de 
maneira ampliada, buscando compreender o sujeito de maneira integrada ao seu 
 
 
 
8 
 
contexto. Dessa maneira, as políticas que promovem o apoio e o assistencialismo 
buscam se caracterizar como instrumentos de emancipação da pessoa com deficiência 
(FONSECA, 2008 apud DUARTE, 2018). Desse modo, faz-se prevalecer o equilíbrio para 
assegurar condições mínimas à efetiva inclusão social. 
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi realizada na sede 
das Nações Unidas, em Nova York, no ano de 2006. Nela, é a palavra respeito que 
conduz o reconhecimento pleno do direito das pessoas com deficiência de viver de forma 
autônoma e plena em sociedade — ou seja, nem desprezo, nem indiferença, nem 
simpatia, mas simplesmente respeito. Essa convenção da ONU não visava à criação de 
novos direitos, mas especificou os existentes, que preferencialmente deveriam se ater às 
condições individuais das pessoas com deficiência, para que elas pudessem ter as 
mesmas oportunidades que a maioria dos seres humanos (FERREIA; OLIVEIRA, 2007 
apud DUARTE, 2018). 
Assim, a Convenção Internacional Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, 
assinada em Nova York, em 30 de março de 2007, também refere um conceito 
de deficiência muito mais adequado à contemporaneidade. Em seu primeiro 
artigo, descreve que pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos 
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em 
interação com diversas barreiras, podem obstruir a sua participação plena e 
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas 
(ARAUJO, 2011 apud DUARTE, 2018). 
Nesse sentido, consta em documentos como o Estatuto da Pessoa com 
Deficiência, instituído a partir da Lei 13.146, de 6 de julho de 2015 (BRASIL, 2015 apud 
DUARTE, 2018), que os direitos das pessoas com deficiência devem ser assegurados 
em conformidade com as suas singularidades. Além disso, devem estar fundamentados 
nos princípios da universalidade e da solidariedade. Para isso, o Estado é responsável 
por propiciar condições mínimas para que as pessoas com deficiência possam de fato se 
inserir na sociedade, com participação plena e efetiva, em que seja possível viver com 
independência e dignidade (BRASIL, 2015 apud DUARTE, 2018). 
 As políticas públicas da atualidade utilizam um conceito de deficiência, de forma 
geral, no qual o sujeito possa conquistar espaço para existir, sem precisar se limitar por 
barreiras arquitetônicas, estruturais, sociais, culturais ou econômicas que o coloquem em 
desvantagem em relação a quem não possui deficiência. Conforme o relatório mundial 
 
 
 
9 
 
sobre a deficiência (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2012 apud DUARTE, 2018), 
as pessoas com deficiência representam 15% da população mundial, o que significa 
cerca de um bilhão de sujeitos. Dessa maneira, configura-se na minoria mais presente 
no planeta, sendo esse fato promovedor de urgências para a criação, priorização e 
seguridade dos direitos, além do estabelecimento de políticas públicas específicas. Outro 
ponto desse relatório pode ser relacionado às desigualdades encontradas pelas pessoas 
com deficiência, como carências no acesso à saúde e à educação, além das constantes 
exposições a violências e à vulnerabilidade social e econômica, impactando 
negativamente no desenvolvimento desses sujeitos. 
As deficiências circulam pelos mais variados aspectos dos sujeitos, no que se 
refere aos tipos e graus de deficiência. Em outras palavras, o sujeito pode apresentar 
desde alguma dificuldade ou uma grande dificuldade até incapacidade de locomoção, 
visual, auditiva ou deficiência intelectual. É possível ainda apresentar deficiências 
múltiplas, com duas ou mais deficiências associadas, como na paralisia cerebral, na qual 
é comum que a pessoa apresente deficiência intelectual, dificuldades para locomoção e 
audição e, em alguns casos, até mesmo na visão (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA 
SAÚDE, 2012 apud DUARTE, 2018). Tais aspectos tornam as pessoas com deficiências 
um grupo social extremamente heterogêneo e com uma imensa diversidade de 
manifestações. 
2.2 Deficiência não é sinônimo de incapacidade 
Ainda na primeira metade do século XX, surgiu o modelo biomédico sobre 
definição de deficiência, interpretando-a como mera barreira ou incapacidade a ser 
superada pelo individuo que a portava. Logo após, instalou-se a transiçãopara o modelo 
social do conceito de deficiência, relacionado à inclusão da pessoa com deficiência e à 
superação das barreiras estruturais. Agora, a referência dos direitos humanos está 
inserido para garantir a dignidade, autonomia e acesso a todos os direitos sociais das 
pessoas com deficiência, e para combater as violações de seus direitos. 
Atualmente, há uma preocupação para além das limitações impostas pela própria 
deficiência: construir constantemente espaço para a superação de barreiras ao pleno 
 
 
 
10 
 
desenvolvimento do sujeito com deficiência. As políticas públicas direcionadas às 
pessoas com deficiência, da mesma forma como as problematizações do contexto 
instigados pelas convenções sobre os seus direitos, buscam distanciar o conceito de 
deficiência do de incapacidade, a fim de não delimitar a definição de deficiência a 
aspectos médicos. Ao mesmo tempo, também estão incluídos os aspectos sociais, ou 
seja, as pessoas com deficiência devem ser compreendidas para além dos aspectos 
físicos, sensoriais, intelectuais e espirituais, destacando o background social e cultural 
do deficiente.. Portanto, sujeitos que transcendem a deficiência e suas barreiras físicas, 
mentais, intelectuais ou sensoriais podem pensar em outros cenários para desenvolver 
plenamente seu potencial. Assim, as políticas públicas garantem à pessoa com 
deficiência o recebimento de benefício assistencial (quando o indivíduo se encaixa em 
critérios socioeconômicos), tendo garantia de benefícios como isenção de impostos como 
o IPI; preenchimento do percentual de funcionários com deficiência em empresas com 
mais de cem empregados; vagas destinadas às pessoas com deficiência em concursos 
públicos; participação nas paraolimpíadas e atendimento prioritário. 
Além disso, as políticas públicas proporcionam a proteção de espaços para que 
as pessoas com deficiência realizem suas potencialidades e talentos, principalmente nas 
áreas onde elas têm maior desenvolvimento. Como resultado, as pessoas com 
deficiência serão capazes de encontrar uma maneira de tratá-las como um sujeito 
completo, além da deficiência. Ao longo da história, o conceito de deficiência e a visão 
do deficiente enfrentaram muitos obstáculos. No caso do respeito e da construção da 
autonomia, nem sempre é possível priorizar o desenvolvimento da pessoa em aspectos 
gerais. No entanto, todos esses fardos levaram à consideração de aspectos 
fundamentais e indispensáveis, como a compreensão da totalidade e singularidade do 
assunto. 
Nessa perspectiva, um novo conceito de deficiência foi produzido nesta geração, 
e revela que a cultura e a sociedade estão se desenvolvendo em uma direção que 
respeita a diferença e a diversidade da existência e do modo de existência. Isso 
proporciona às pessoas com deficiência a oportunidade de exercer seus direitos 
livremente e de participar da vida social de maneira igualitária e justa. O papel dessas 
 
 
 
11 
 
partes é quebrar barreiras e buscar tomar medidas para apoiar a inclusão geral e 
totalmente satisfatória de todos. 
3 POLÍTICAS PÚBLICAS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
 
Fonte: amurc-sc.org.br 
O direito à integração social das pessoas com deficiência é fruto de lutas, 
principalmente de movimentos sociais relacionados, pesquisadores, pessoas com 
deficiência e seus familiares. Nesse processo de mobilização, a Lei da Deficiência de 
2015 promoveu ainda mais o processo de busca por uma sociedade inclusiva. A Lei 
10.098 / 00 foi promulgada em 23 de março de 1994. Estabelece regras gerais e padrões 
básicos para promover a acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade 
reduzida. Para tanto, determina a construção e reforma de vias e espaços públicos, 
mobiliário urbano, edificações e remoção de obstáculos nos meios de transporte e 
comunicação. 
De acordo com a Lei de Inclusão Brasileira - Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015: 
Pessoas com deficiência são as pessoas que têm deficiências físicas, mentais, 
intelectuais ou sensoriais de longa duração. A interação com um ou mais obstáculos 
 
 
 
12 
 
poderá dificultar a participação total na sociedade se comparado à pessoas sem 
deficiências. Nesse sentido, é importante ressaltar que, de acordo com a legislação em 
vigor, o público-alvo da educação especial é o seguinte: deficientes físicos, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Além disso, de acordo com 
a Lei de Inclusão Brasileira, pessoas com deficiência motora referem-se a pessoas que 
apresentam dificuldades de mobilidade permanente ou temporária por qualquer motivo, 
resultando em redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora ou 
percepção, incluindo idosos, gestantes, mulheres que estão amamentando e obesos. 
Acessibilidade é toda possibilidade e condição de alcance para utilização, com 
segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das 
edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa com 
deficiência ou mobilidade reduzida. Barreira é qualquer entrave ou obstáculo que limite 
ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das 
pessoas. Elas podem ser classificadas em arquitetônicas urbanísticas, arquitetônicas na 
edificação, arquitetônicas nos transportes e nas comunicações. Ajuda técnica é qualquer 
elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o acesso e o uso de meio físico 
(SILVA, 2019 apud SILVA, 2019). 
A publicação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei Federal nº. 13.146/2015 
(BRASIL, 2015 apud CHEQUIM, 2018), trouxe avanços importantes. Além disso, vários 
pesquisadores, familiares e segmentos da população têm lutado para que a sociedade 
seja inclusiva não apenas na lei, mas na prática. É necessário que as necessidades das 
pessoas com deficiência sejam percebidas para que a inclusão ocorra de fato na 
educação, na saúde, na locomoção, no esporte, cultura, lazer, religião e muitas outras 
áreas. No entanto, observa-se que as pessoas não incluíam pessoas diferentes, mas as 
excluíam por não fornecerem acesso a prédios, cursos, ferramentas e comunicação. 
Portanto, como podemos reconhecer os direitos das pessoas com deficiência na 
sociedade e como eles devem ser incluídos? Essa e muitas outras perguntas são 
importantes para que a inclusão aconteça por completo. Isso só acontecerá se escolas, 
instituições de ensino, empresas, ONGs, etc. se comprometerem a compreender as 
limitações de cada deficiência e seja capaz de fazer os ajustes necessários para a 
inclusão. 
 
 
 
13 
 
Segundo Chequim (2018), a inclusão ocorre não apenas nas placas indicativas em 
filas preferenciais, mas por meio de ações que contribuem de fato para o reconhecimento 
das pessoas com deficiência. Entre essas ações, você pode considerar: 
1. O ensino de Libras para todos, independentemente do curso ou da vivência, 
para que essa língua seja disseminada no Brasil, tendo em vista que é a segunda língua 
oficial do País; 
2. O uso de piso tátil e de placas indicativas, de semáforo sonoro, materiais e 
móveis em Braille para os cegos; 
3. O uso da comunicação alternativa para todas as pessoas com deficiência 
intelectual e TEA; 
4. A adaptação da arquitetura dos imóveis, dos carros, dos transportes públicos e 
das calçadas para os deficientes físicos. Assim, com respeito a todos e prezando pela 
igualdade, a sociedade, de fato, caminhará para a inclusão. 
3.1 Os direitos da pessoa com deficiência 
A Constituição Federativa do Brasil, promulgada em 1988 (BRASIL, 1988 apud 
CHEQUIM, 2018), garante o direito de todos à educação, à saúde, à segurança e à vida. 
Contudo, para que exista a equalização de direitos e deveres, bem como o cumprimento 
das leis de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, são necessárias 
mudanças nos hábitos e costumes da população. Em relação ao transporte, é necessário 
que existagratuidade ou desconto em passagens no transporte público, intermunicipal e 
interestadual. Com isso, a adequação e a acessibilidade devem ser garantidas pelas 
empresas para que a mobilidade seja atendida. Há também a necessidade de reserva de 
vagas para as pessoas com deficiência, que têm prioridade para ocupar os assentos. 
Além disso, devem ser reservadas vagas em estacionamentos públicos e privados 
(desde que o automóvel esteja cadastrado para o transporte de pessoas com deficiência, 
seguindo a legislação de trânsito). 
Já no campo trabalhista, os concursos devem garantir a reserva de no mínimo 5% 
das vagas para as pessoas com deficiência. Muitas pessoas não sabem, mas a Lei de 
Cotas garante horário de serviço reduzido a essa população, dependendo de suas 
 
 
 
14 
 
limitações, sem prejuízo salarial, desde que a deficiência seja comprovada com laudo 
médico. A recusa de empregar pessoas com deficiência sem uma justificativa plausível 
ou aceitável pelo Ministério do Trabalho é motivo para que a empresa seja denunciada e 
processada com multa. No que se refere à educação, as pessoas com deficiência têm o 
direto de ocupar 5% do total de vagas nas universidades públicas; em instituições 
privadas, devem existir programas para atender a esses estudantes (CHEQUIM, 2018) 
Na educação básica, é fundamental que a lei seja cumprida, ou seja, todos devem 
ter a escolarização garantida. Todavia, para que os direitos das pessoas com deficiência 
sejam garantidos, é necessário que o preconceito e a discriminação sejam 
continuadamente descontruídos e combatidos. As pessoas com deficiência também 
estão isentas de tributos previstos na Constituição Federativa do Brasil (BRASIL, 1988 
apud CHEQUIM, 2018), tais como: IPVA e IPI em automóveis utilitários. Para que isso 
ocorra, o Código Nacional de Trânsito Brasileiro regulamentou que não há necessidade 
de o carro ser adaptado, mas o comprador deve apresentar os documentos necessários 
para a aquisição do veículo. No caso de pessoas com deficiência física e mobilidade 
reduzida, os carros devem ser adaptados. Vale destacar que os automóveis das pessoas 
com deficiência devem manter o selo de identificação no vidro dianteiro. 
A Lei nº. 9.394/1996 (BRASIL, 1996 apud CHEQUIM, 2018) se refere à 
importância do uso do cão-guia, o que se relaciona ao direito dos deficientes 
visuais de transitar e se locomover em todo o território brasileiro, inclusive em 
viagens nacionais e internacionais. 
De acordo com o art. 8º da Lei nº. 7.853/1989 (BRASIL, 1989 apud CHEQUIM, 
2018), será punido com pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa: 
a) quem recusar, suspender, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a 
matrícula de aluno com deficiência; 
b) impedir o acesso de pessoa com deficiência a qualquer cargo público; 
c) negar trabalho ou emprego ao deficiente; 
d) recusar, retardar, diminuir ou dificultar a internação hospitalar ou deixar de 
prestar assistência médico-hospitalar ou ambulatorial, quando possível à pessoa com 
deficiência (CHEQUIM, 2018). 
 
 
 
15 
 
Ao longo dos séculos, os deficientes foram adquirindo seus direitos e também 
deveres para a convivência em uma sociedade justa e igualitária. Em resumo, a 
Constituição Federal regulamenta o direito à igualdade de todos, bem como o direito ao 
acesso e à permanência das pessoas com e sem deficiência em espaços públicos e 
privados, além do direito à vida e à segurança. Para tanto, é importante a colaboração, a 
participação e o envolvimento do Estado e dos cidadãos. Assim, de fato, é possível 
construir uma sociedade justa, igualitária e sem discriminação (CHEQUIM, 2018). 
4 MANIFESTAÇÕES PSÍQUICAS E COMPORTAMENTAIS 
Aceitar a situação frustradora é um processo penoso. O sujeito utiliza-se de modos 
primitivos para lidar com a angústia. Afasta-se da realidade, como forma de não sofrer, 
refugiando-se, inicialmente, no mundo da fantasia, seja no todo ou em parte (FREUD, 
1911 apud ALVIM; RODRIGUES, 2015). A religião apresenta-se também como uma 
forma de proteção contra esta realidade. É uma barganha, uma forma de lidar com o 
sofrimento. Neste sentido, ocorre muitas vezes a crença do sujeito em acreditar no poder 
do destino, que aparece como uma entidade julgadora, punitiva. O sujeito considera que 
cometeu um pecado e será punido pelas forças do Destino ou dos Deuses. 
Dessa forma pode ocorrer uma resignação por parte do indivíduo que, por 
acreditar ser merecedor desta “Punição Divina”, nada faz para ressignificar a perda. 
Apesar das reações frente a uma perda não serem padronizadas e sim de acordo com a 
singularidade de cada um, do modo como o indivíduo constituiu a sua existência, há 
algumas características psíquicas comuns possíveis de pontuar. É possível observar no 
sujeito estados frequentes de depressão, insatisfação, insegurança, reações de 
agressividade vinculadas à frustração, bem como reações substitutivas de ansiedade, 
impaciência, hiperatividade, inveja, vulnerabilidade, mau humor e sentimentos de menos-
valia (ALVIM; RODRIGUES, 2015 ). 
Ele busca algumas vezes isolamento, retirando-se do convívio social. Defesas 
presentes como a negação, compensação, projeção, regressão, formação 
reativa, evidenciam o excesso de angústia que o ego apresenta, buscando nas 
defesas uma forma de aliviar a tensão, amenizando o conflito interno 
(ANGEROMI-CAMOM, 2003, apud ALVIM; RODRIGUES, 2015). 
 
 
 
16 
 
De acordo com Alvim e Rodrigues (2015), definir enfermidade não significa 
simplesmente identificar as modificações dos sinais físicos, as sequelas, prognósticos, 
etc. Implica também, e principalmente, uma reflexão sobre a mudança de sua identidade 
e as questões emocionais. Sabe-se que um indivíduo, diante de uma enfermidade 
incapacitante, tem que modificar estilos de vida, porém não é tão simples assim, pois 
nesta troca está a constituição de uma personalidade que estará deixando para o resto 
da vida. 
A crise da identidade é uma das principais dificuldades que o indivíduo enfrenta. 
Há perdas de referenciais significativos para o sujeito, como sua rotina de vida, 
autonomia, etc. Essa dificuldade de autonomia, de ter que depender do outro para 
concluir determinadas tarefas, pode suscitar no sujeito sentimentos de desconfiança em 
relação ao meio externo, as pessoas que o cercam. Seu espaço vital não é algo que 
depende apenas de si, de sua escolha e isso pode afastá-lo das oportunidades normais 
de realização, uma vez que a incapacidade representa limites de ação e de expansão 
pessoal (ALVIM; RODRIGUES, 2015) 
Como a convivência social torna-se difícil para este indivíduo, o mesmo acaba 
restringindo-se à família, como uma forma de se sentir protegido deste mundo que agora 
lhe parece tão diferente. A família, neste processo, desempenha um papel fundamental, 
uma vez que ela pode ser tanto um facilitador para a reabilitação, a reintegração social e 
para o reconhecimento de sua limitação, como também um agente de doença à medida 
que não aceita a situação e desencadeia um processo que vai da culpabilização à 
superproteção, dificultando ainda mais para o indivíduo o seu novo estado físico (ALVIM; 
RODRIGUES, 2015). 
De acordo com Alvim e Rodrigues (2015), para os referidos autores é importante 
salientar que os aspectos emocionais descritos até aqui variam de indivíduo para 
indivíduo. As reações às perdas vão depender do significado, da representação que o 
sujeito atribui à parte afetada. Assim não é a incapacidade o aspecto mais significativo 
numa frustração, e sim o que ela representa. 
 
 
 
17 
 
4.1 Imagem corporal e autoconceito 
Ao longo da história, a relações sociais das pessoas com o deficiente eram 
determinadas de acordo com as características econômicas, sociais e culturais de cada 
época, refletindo crenças, valores e ideologias (FRANCO; DIAS, 2005. apud ALVIM; 
RODRIGUES, 2015). A estrutura das sociedades marginalizava-os, privando-os dequalquer tipo de liberdade. Nas últimas décadas, movimentos nacionais e internacionais 
têm promovido e implementado a inclusão nas escolas regulares com motivos 
fundamentados em critérios de justiça e igualdade. 
A maior conquista para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a 
Ciência e a Cultura (UNESCO) foi a Conferência Mundial de Educação Especial, 
em Salamanca, na Espanha, em 1994, estabelecendo que as crianças com 
deficiência devam ser incluídas em uma Educação para Todos, em seu âmbito 
mais amplo (MACIEL, 2000, apud ALVIM; RODRIGUES, 2015). 
Porém, mesmo com a ampliação da atitude de inclusão, fortalecida pela 
Declaração de Salamanca, na Espanha, em 1994, não foi suficiente para determinar o 
fim da marginalização dos indivíduos com deficiência. Como em toda mudança, há 
resistências. Portanto, o processo exige a reavaliação de antigas crenças e uma reflexão 
profunda sobre o papel da educação e da sociedade em geral, enquanto formadora de 
cidadãos (ALVIM; RODRIGUES, 2015). 
A construção da imagem corporal compreende processos psicológicos, 
emocionais, fisiológicos, cognitivos e sociais na relação do indivíduo com o meio, sendo 
um aspecto importante da identidade pessoal (TAVARES, 2003, apud ALVIM; 
RODRIGUES, 2015). É um processo único, subjetivo porque envolve fatores como o 
ambiente em que ele está inserido, seus valores, suas crenças, suas marcas singulares. 
A imagem corporal é um dos aspectos psicológicos associados à aceitação do próprio 
corpo, resultando em uma autoestima positiva ou negativa, dependendo da forma como 
o indivíduo se vê. 
O autoconceito é influenciado por muitas variáveis, segundo Sisto e Martinelli 
(2004, apud ALVIM; RODRIGUES, 2015) como a família, idade, meio social, raça, gênero 
e aspectos físicos. As bases que mais predominam são as sociais e as relacionais. O 
autoconceito social é a percepção que o indivíduo tem sobre o quanto as pessoas gostam 
 
 
 
18 
 
dele, da própria percepção acerca da aceitação social. Desta forma, é de suma 
importância considerar o complexo universo de influências que o indivíduo recebe e as 
interações que ele estabelece com o meio ambiente, seja o social, familiar ou escolar. 
5 ASPECTOS PSICOLOGICOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: AUTOESTIMA, 
AUTONOMIA E PROCESSOS SUBJETIVOS 
 
Fonte: universal.org 
De acordo com Maia (2010), a autoestima constitui a forma de como cada pessoa 
se aceita, seus pensamentos e sentimentos sobre sua imagem corporal, emoções e 
sociedade, enquanto a autonomia corresponde ao desempenho de atividades. O 
processo subjetivo consiste em determinar os principais aspectos afetados pelas 
deficiências físicas adquiridas, como identidade, autoimagem, emoção, autoestima e 
motivação. Adquirir uma deficiência física na idade adulta pode levar à redução da 
autoestima, pois mudanças na aparência física são inicialmente. A nova situação 
proporciona uma sensação de impotência, que é reforçada pela falta de autonomia 
completa que já existia antes desta situação. A pesquisa de Maia (2010) enfatiza que 
tanto homens quanto mulheres possuem estereótipos e papéis sociais e, quando os 
indivíduos não cumprirem esses padrões, acabam sendo discriminados. Portanto, os 
 
 
 
19 
 
adultos com deficiência física podem sentir a própria inadequação e baixa autoestima, 
formando uma autoimagem negativa. 
Mudanças na autoimagem podem levar à diminuição da autoestima, o que pode 
levar a sentimentos de incompletude e impotência, além de preocupações quanto à 
exposição pública para Maia (2010) as mulheres, a questão da autoestima ainda é mais 
complexa, porque já existe uma cultura de “corpos perfeitos” que impõem padrões nos 
quais as mulheres são fortemente impostas Portanto, as mulheres com deficiência física 
na idade adulta mostram-se mais preocupadas com a aparência física, enquanto os 
homens que vivenciaram essa situação mostram-se mais preocupados com as atitudes 
e questões relacionadas ao desempenho. Ressalta-se que a autoestima é inerente às 
reações positivas dos pares, atribuindo a importância às relações sociais, familiares e 
afetivas. Portanto, uma sociedade baseada na tolerância pode ajudar esses sujeitos a 
desenvolverem sua autonomia. 
Alguns dos aspectos psicológicos vivenciados por adultos com deficiência física 
são: dificuldades de aceitação; culpa; sentir-se envergonhado por não poder se cuidar ou 
controlar suas necessidades físicas; sintomas de depressão e ansiedade; 
constrangimento por uma nova aparência; sentir-se dependente na ajuda de outras 
pessoas, falta de controle. A deficiência física pode fazer com que o sujeito precise da 
ajuda de outras pessoas para realizar determinadas atividades, o que pode interferir no 
bem-estar subjetivo e aumentar a demanda de familiares e amigos para tentarem realizar 
atividades com maior autonomia. O reconhecimento de si mesmo como pessoa com 
deficiência está relacionado à interpretação subjetiva do indivíduo sobre a própria 
condição. Alguns fatores associados a esse reconhecimento são o grau de restrição 
imposto pela deficiência no desempenho de papéis sociais e atividades diárias. Dessa 
forma, desenvolver a autonomia tanto quanto possível pode promover ativamente a 
reconstrução da autoestima da pessoa. 
 
 
 
20 
 
6 ASPECTOS PSICOLOGICOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: SEXUALIDADE 
 
Fonte: adcweb.webnode.com.br 
Quanto a sexualidade do indivíduo com deficiência, a distorção da autoimagem, 
redução da autoestima e dificuldade de aceitação afetam diretamente na sexualidade. 
Deficiências físicas adquiridas podem afetar a ejaculação e a fertilidade, o que pode 
interferir no orgulho, criar problemas emocionais e dificultar os relacionamentos íntimos. 
A influência direta da deficiência na autoestima e na autoimagem altera a relação do 
sujeito com seu comportamento sexual. Nesse processo, parece que a falta de 
autoestima afeta a negação do sexo porque faz com que as pessoas se sintam incapazes 
de exercê-lo. A falta de uma estrutura emocional segura, pela “perda da beleza” e da 
independência, fará com que o sujeito negue sua orientação sexual e acabe negando 
parte de sua identidade (Lima, 2014). 
De acordo com Lima, (2014), a libido se dá através de meios psicológicos, desta 
forma, mesmo depois de adquirir uma deficiência física, ele tende a continuar existindo. 
Porém, muitas vezes, em seu relacionamento emocional, o indivíduo passa a ignorar 
esse desejo e se concentrar apenas nos aspectos físicos prejudicados. Adultos com 
deficiência física podem buscar a adaptação para encontrar novas formas de sentir 
prazer e vivenciar o comportamento sexual, sendo que o processo de reabilitação é 
fundamental para isso e para a restauração da autoestima e da autoimagem. Por meio 
 
 
 
21 
 
da adaptação, o indivíduo pode encontrar novas formas de se sentir prazer, pois algumas 
pessoas com deficiência física perdem a sensibilidade de seus órgãos e genitais. 
Enquanto algumas pessoas podem perder o interesse pelo sexo devido à falta de 
sensibilidade, outras podem descobrir que sua vida sexual melhorou depois de encontrar 
estratégias para vivenciá-la. Portanto, o processo de reabilitação é muito importante para 
reduzir danos psicológicos e buscar experiência adaptativa. 
Além do desempenho do comportamento sexual tornar-se mais complicado, o que 
pode ser seguido por uma sensação de solidão e inadequação, o preconceito e o estigma 
sobre a deficiência podem afetar a vida sexual, as relações sociais e a autoestima das 
pessoas com deficiência por considerarem que as experiências sexuais dessas pessoas 
são anormais, e uma manifestação sutil desses estigmas pode ser vista nos sentimentos 
de consternação, pena, porque os deficientes os interpretam como incompetência. A 
frustração, o sofrimento das pessoas com deficiência está relacionado aos constantes 
questionamentos sobre como vivenciam o comportamento sexual, quaissão seus 
desejos e se estão sexualmente satisfeitas. É importante que o indivíduo não se prive de 
suas relações afetivas e sexuais para reconstruir sua autoestima, e ressaltar que as 
relações familiares e sociais também podem contribuir nesse sentido, ajudando-o a 
perceber que é uma pessoa digna de felicidade. 
 
 
 
22 
 
7 ASPECTOS PSICOLOGICOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E AS RELAÇÕES 
SOCIAIS, FAMILIARES E AFETIVAS 
 
Fonte: semprefamilia.com.br 
Os relacionamentos sociais, familiares e emocionais incluem a importância dos 
relacionamentos para as pessoas com deficiências físicas. A autoestima e a autoimagem 
são importantes para a construção de laços sociais e emocionais. Para os adultos, a 
deficiência física restringe o convívio social, o que pode levar à fragilidade emocional, 
portanto, as relações familiares podem ajudar a reconstruir a autoconfiança. 
Após a deficiência, ocorre o dano social, pois o sujeito tem seu potencial alterado 
em vários aspectos de forma repentina, e as relações familiares e sociais servem como 
uma espécie de suporte social, para que o indivíduo possa perceber que é amado e que 
pertence a um grupo. Portanto, o suporte social é essencial para o bem-estar subjetivo e 
a qualidade de vida, pois são promovidos por um ambiente com suporte emocional, 
estratégias de enfrentamento e capacidades de adaptações. 
O preconceito e o estigma contra as deficiências físicas tornaram-se barreiras para 
a aceitação social e têm um impacto negativo no estabelecimento e manutenção dos 
vínculos das pessoas com deficiência. Além disso, o preconceito pode causar sofrimento 
psíquico. Portanto, tornar-se e permanecer convertido em público torna-se um desafio 
pessoal preocupante. Como a exposição pode gerar vergonha, as pessoas tentam 
 
 
 
23 
 
esconder sua deficiência para evitar serem desaprovadas. O preconceito muitas vezes 
se camufla na forma de pena e compadecimento pelos deficientes, atribuindo-o a 
pensamentos de incompetência e inutilidade. 
As pessoas sempre expressaram compaixão, pena ao se depararem com pessoas 
com deficiência, antes de adquirirem tal condição, ao verem o deficiente, os próprios 
indivíduos atribuíam as mesmas expressões, e hoje percebem os quão esses 
sentimentos são perturbadores. Isso reforça a própria vivência da deficiência e faz com 
que a pessoa resulte em seus valores e na forma como lidam com as diferenças físicas. 
Na sociedade, a deficiência é vista como uma limitação, que faz com que o indivíduo se 
sinta triste, lento para se locomover e difícil para se cuidar, por isso precisa da ajuda e 
da compaixão dos outros. Essa é uma ideia equivocada, pois as pessoas com deficiência 
têm ideias e necessidades diferentes umas das outras (Martins e Barsaglini, 2010). 
Em consonância com Martins e Barsaglini (2010), correspondendo às expectativas 
do grupo na realização das atividades, está também relacionado ao conceito de 
reconhecer-se como deficiente, pois, no processo de busca da inclusão social, as 
pessoas se empenham em realizar essas expectativas para suprir a “carência” 
apresentada pelas limitações físicas. Daí a importância da família nesse quesito, pois o 
processo de reabilitação também é dirigido aos familiares, no sentido de cuidar e auxiliar 
no desenvolvimento da autonomia e promover as mudanças que devem ocorrer no seio 
familiar para uma adaptação com sucesso. As relações familiares podem ser benéficas 
para os indivíduos, mas também podem ser prejudiciais, uma vez que a superproteção 
pode eventualmente interferir na reintegração na sociedade. 
Ainda de acordo com Martins e Barsaglini (2010), as tecnologias assistivas (como 
próteses, cadeiras de rodas e adaptadores) geram descréditos social. Estudos 
descobriram que muitas pessoas não usam esses itens com frequência por diversos 
motivos, como dificuldade de adaptação, constrangimento em usá-los em público e, 
geralmente, porque ficam desapontadas com o uso do dispositivo. Portanto, o sucesso 
da tecnologia assistiva não está apenas relacionado à função de atender às 
necessidades estabelecidas, mas também à conformidade individual. 
 
 
 
24 
 
8 ASPECTOS PSICOLOGICOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: PROFISSÃO 
 
Fonte: asidbrasil.org.br 
Quando o assunto é profissão, trata-se de manter-se ocupado e sentir-se útil, 
envolve bem-estar e satisfação no trabalho. A profissão não é aplicável apenas ao 
ambiente de trabalho, mas envolve também a identificação pessoal, e as atividades 
passam a abranger quem é a pessoa. Fato é que, adquirir uma deficiência pode mudar a 
história de vida de uma pessoa, pois altera as condições de vida. Embora tenha um 
significado negativo no início, existem alguns fatores que podem afetar de forma positiva 
na superação com relação a sociedade. 
De modo geral, quando as pessoas com deficiência buscam retornar ao mercado 
de trabalho, esse retorno normalmente ocorre em agências terceirizadas com atividades 
ocupacionais semelhantes, mas com menor remuneração econômica, ou em instituições 
informais. A perda das atividades profissionais após a deficiência pode afetar o aspecto 
psicológico, pois limitam e dificultam os sonhos profissionais, e aqueles que apresentam 
limitações financeiras costumam ter menos oportunidades de inserção no mercado de 
trabalho. Isso pode ser devido às limitações físicas da deficiência e, geralmente, porque 
eles têm baixa qualificação profissional e, portanto, raramente recebem oportunidades 
de emprego. Acontece que as pessoas com deficiência geralmente são colocadas em 
cargos operacionais, o que acaba restringindo ainda mais o retorno ao trabalho. 
 
 
 
25 
 
O trabalho ajuda as pessoas com deficiência a sentirem o seu valor e a promover 
o bem-estar, melhorando assim a qualidade de vida. No processo de adaptação à nova 
situação, algumas pessoas relutam em retornar ao trabalho por motivos físicos e se 
sentem impotentes. Ter uma ocupação, fará com que esse indivíduo se sinta profissional 
e útil, ocupação traz distração, consciência de existência, independência financeira, 
felicidade e satisfação, realização de vida e valor pessoal. O trabalho evita que as 
pessoas se sintam ociosas, permite que tenham uma atividade planejada, é 
recompensado financeiramente e pode se sentir motivado. Além de tudo isso, o emprego 
contribui para o desenvolvimento da autonomia e melhora a autoestima. Em muitos 
casos, ter um emprego não tem nada a ver com a necessidade de se sentir útil, mas com 
a necessidade de melhorar as suas condições de vida e de sua família. 
Quando o trabalho é visto como um lugar onde os indivíduos se realizam e se 
identificam com seus próprios interesses e valores, as funções desempenhadas podem 
produzir felicidade, e também trazer sentido à vida das pessoas. 
Adquirir uma deficiência física pode fazer com que uma pessoa deixe o trabalho 
por um período de tempo, o que pode criar uma importante sensação de perda. Algumas 
pessoas se preocupam com as reações de outros funcionários da empresa, às 
dificuldades de adaptação e à redução da produtividade pessoal. A deficiência não deve 
ser vista como um obstáculo para o desempenho das atividades laborais e deve ser 
avaliada e ajustada de acordo com cada necessidade (Carvalho-Freitas, 2018). Nesse 
caso, ter uma carreira pode ser vista como uma oportunidade de recomeçar e dar um 
novo significado à experiência. 
O trabalho faz parte do projeto de vida das pessoas, em alguns casos de 
deficiência física adquirida permanece inalterado após a aquisição, enquanto em outros 
casos, a relação com a ocupação pode ser alterada devido ao seu impacto. O 
desempenho da função laboral também está relacionado à identificação como pessoa 
com deficiência. Algumas pessoas são legalmente reconhecidas como deficientes, por 
exemplo, quando recebem uma pensão, mas não se sentem deficientes; aqui se verifica 
a vivência dessa situação, na qual a pessoa transformaa experiência em vivencia, e 
identifica-se como deficiente ou não. 
 
 
 
26 
 
9 A CONTRIBUIÇÃO DO PSICÓLOGO NA INCLUSÃO 
Da antiguidade à modernidade, houve um processo do abandono, da 
institucionalização e da integração à tolerância, que ampliou o público-alvo e passou a 
incluir não só os deficientes, mas também outros públicos-alvo da educação especial no 
âmbito escolar. Os avanços nas relações entre a sociedade e a deficiência têm 
contribuído para conquistas no campo da educação, em quatro momentos característicos 
desse processo: extinção, isolamento / institucionalização, integração e tolerância. Os 
dois primeiros correspondem ao período pré-científico, onde a dimensão mental é 
considerada uma explicação de condições médicas e psicológicas diferentes das 
condições normais assumidas. A partir do século XIX, durante o período científico, outros 
dois momentos foram identificados como marcos na defesa e promoção integral dos 
direitos humanos. 
De acordo com Mendes (2006), A característica da inclusão é a proposta de aplicar 
ao campo da educação um movimento global denominada inclusão social, o que significa 
construir um processo bilateral em que os excluídos e a sociedade busquem cooperação 
para a igualdade de oportunidades para todos, ou seja, construir uma sociedade 
democrática em que cada um conquiste a própria cidadania, respeite a diversidade e 
aceite e reconheça politicamente as diferenças 
O ambiente político do Brasil é propício à tolerância, mas as regulamentações 
legais não são suficientes para garantir o sucesso da educação escolar, pois isso requer 
mudanças de atitudes e melhor orientação para o desenvolvimento de novas práticas. A 
escola desenvolve práticas que contribuem para a inclusão e devem se adequar à 
sociedade para acolher a todos, o que é considerado relevante. Para que todos possam 
aprender, interagir e ter oportunidades iguais no ambiente escolar, mudanças estruturais, 
incluindo a remoção de barreiras físicas e organização de suporte humano e de 
ferramentas são essenciais. 
 
A inclusão amplia o público-alvo da educação especial, antes restrito às pessoas 
com deficiência, e promove importantes discussões sobre como a sociedade 
pode melhor organizar-se para oferecer um processo de ensino-aprendizagem 
que atenda às necessidades de todos os alunos. As escolas inclusivas têm como 
 
 
 
27 
 
foco a flexibilidade curricular e metodológica visando à aceitação das diferenças 
dos alunos (MAGALHÃES, CARDOSO, 2011 apud FONSECA et al, 2018). 
No entanto, a educação dos alunos que constituem o público-alvo da educação 
especial deve ter o mesmo significado e objetivo. Para eles, os espaços interativos estão 
relacionados à promoção do conhecimento escolar e ao desenvolvimento pessoal. 
Portanto, a escola deve estar atenta aos conhecimentos escolares, às habilidades sociais 
e à formação de indivíduos sensíveis à diversidade. O processo inclusivo escolar enfatiza 
a importância de criar condições para um processo de ensino que beneficie todos os 
alunos. Nesse caso, escolas e psicólogos educacionais passaram a atuar sobre os 
requisitos de inclusão e projetos voltados para esse novo ambiente. 
No entanto, a educação de alunos que são inclusos ou não como público-alvo da 
educação especial devem possuir os mesmos significados e sentidos. Para ambos, os 
espaços de interação são relevantes para promoção do conhecimento escolar e do 
desenvolvimento pessoal. A escola deve atentar-se, assim, para os conhecimentos 
escolares, para a sociabilidade e para a formação de indivíduos sensíveis à diversidade. 
O processo de inclusão escolar enfatizou a relevância da promoção de condições 
de um processo de ensino-aprendizagem que beneficie a todos os alunos. Diante desse 
cenário, o psicólogo escolar e educacional passou a atuar em demandas oriundas da 
inclusão e em projetos que focalizem esse novo contexto. 
Atualmente segundo Barroso (2017), a Psicologia figura como um dos campos 
teóricos que mais enunciam saberes sobre o desenvolvimento humano. Na perspectiva 
do desenvolvimento encontramos Piaget, que com seu arcabouço teórico defendia, 
dentre outras coisas, a primazia do desenvolvimento para a construção da aprendizagem. 
Em sua compreensão, a criança evolui respeitando fases do desenvolvimento, a partir de 
um trajeto maturacionista e evolucionista, ainda nesse sentido é possível salientar que, o 
processo de assimilação, acomodação e equilibração compõe uma estrutura para o 
desenvolvimento centrado no conhecimento. 
Com um entendimento um pouco diferenciado, a perspectiva de Henri Wallon, traz 
para a teorização sobre o desenvolvimento, a importância da motricidade, bem como dos 
elementos afetivos, em sua teorização mais ampla destaca fundamentos do humanismo, 
quando propõe para educação a teoria da pessoa completa. Em sua teoria, que em 
 
 
 
28 
 
muitos aspectos pode ser compreendida como uma teoria humanista, Wallon dá indícios 
de aspectos sociais relativos a acolhida e a empatia, ainda que não os destaquem 
sobremaneira. O pressuposto de Vygotsky, do mesmo modo, assevera um caráter 
evolucionista no desenvolvimento humano. Este, entretanto, traz elementos diferentes e 
importantes para o contexto da teorização sobre o desenvolvimento. Nessa perspectiva, 
o desenvolver-se se dá por meio da aprendizagem, ocorrendo uma importante inversão 
nos pressupostos piagetianos, da interação qualificada e da mediação simbólica 
(BARROSO, 2017). 
A psicologia escolar caracteriza-se pela atuação do psicólogo nas instituições 
educacionais. Este profissional tem o papel de analisar e intervir nas relações 
escolares, sobretudo na relação professor-aluno, de maneira a combater 
dificuldades e entraves ao processo de ensino-aprendizagem e possibilitar um 
melhor rendimento acadêmico do aluno (CASSIN et al., 2007 apud SILVA et al, 
2018). 
Conforme SILVA et al (2018), sua prática deve ser orientada, portanto, 
principalmente para a relação de ensino-aprendizagem do aluno, isto é, sua 
escolarização, de maneira a possibilitar o seu desenvolvimento cognitivo, humano e 
social. Sua atuação, no entanto, em grande parte é ainda ambígua, pois foi importado do 
contexto clínico, o que resultou em uma atuação centralizada no “fracasso escolar” dos 
alunos, em suas dificuldades, não potencialidades, o que dificultou uma maior 
compreensão da mesma área, a qual poderia possibilitar uma atuação mais ampla que 
poderia levar a um desenvolvimento constante dos alunos em suas peculiaridades, não 
fechá-los em um laudo isolado. 
A partir do início do século XX a inserção da psicologia escolar no Brasil torna-se 
mais concreta, embora seja ligada ao movimento higienista e as escolas normalistas e, 
assim, a uma prática médico-educacional (PEREIRA; NETO, 2003; MENDES, 2010; 
CASSIN et al., 2007 apud SILVA et al, 2018). Portanto, até a primeira guerra a educação 
servia apenas para uma elite brasileira e uma pequena parte da classe média; até a 
década de vinte a taxa de analfabetismo chegava a 80% da população brasileira 
(MENDES, 2010 apud SILVA et al, 2018). 
Deste modo, até o começo do século XX a prática educacional era pautada por 
uma restrição sendo direcionada apenas para parte da população. A Psicologia, ligada à 
 
 
 
29 
 
aplicação de testes psicológicos e a classificação do aluno como apto ou não a inserção 
na escola, ficava conivente com práticas excludentes de parte da população, como a 
oriunda de classes populares. Esses alunos, quando entravam finalmente na escola 
tinham seu caráter cultural e social negado, deixando-se aos problemas de 
aprendizagens explicações de etiologias de cunho orgânico ou sociocultural. Assim, o 
social era reduzido ao individual (SILVA et al, 2018). 
Como destaca Souza (2010, p. 4 apud SILVA et al, 2018): 
A análise do fracasso escolar tem como um de seus principais argumentos, o fato 
de que os problemas de aprendizagemincidem maciçamente sobre as crianças 
das classes populares e é sobre elas que durante décadas recaem as 
explicações a respeito dos chamados problemas de aprendizagem: ou porque 
apresentam problemas psicológicos, ou biológicos, ou orgânicos ou mais 
recentemente, sócioculturais; bem como analisando o caráter ideológico e repleto 
de equívocos presentes nessas explicações, resultado de concepções 
preconceituosas a respeito do pobre e da pobreza no Brasil. E em segundo lugar, 
ao conviver durante um longo período numa escola pública e analisar os 
processos que constituem o cotidiano escolar, pôde demonstrar que existe um 
complexo universo de questões institucionais, políticas, individuais, estruturais e 
de funcionamento presentes na vida diária escolar que conduzem ao seu 
fracasso, mantendo os altos índices de exclusão, principalmente das crianças e 
adolescentes das camadas mais pobres de nossa sociedade. 
Portanto, a prática histórica da própria Psicologia fez com que seus processos, 
quando feitos, fossem ligados a uma Psicologia acrítica e medicalizante. A prática da 
Psicologia só ganha aspecto legal, como propriamente dito, a partir de 1962 (SILVA et al, 
2018). 
Na ditadura militar a Psicologia fica omissa e grande parte de sua atuação e seu 
papel se reduz principalmente à prática clínica. Somente a partir da década de 1980, 
sobretudo com trabalhos da Maria Helena Souza Patto e outros psicólogos é que a 
psicologia escolar passa por uma autocrítica (CASSIN et al., 2007; SOUZA, 2010 apud 
SILVA et al, 2018). Em comum, os trabalhos dessa época se focalizaram no fato de que 
a psicologia escolar pouco contribuía até o momento para a qualidade do ensino-
aprendizagem, além de ser conivente com a segregação e a prática discriminatória 
presentes nos colégios, sobretudo das crianças das classes populares. 
Por conseguinte, depois dessa autocrítica, a psicologia escolar passa a mudar seu 
objeto de estudo e procura destacar o seu papel social e os pressupostos teóricos que 
norteiam a área. Esse novo objeto de estudo, segundo Souza (2010), se referiria ao 
 
 
 
30 
 
processo de escolarização, não os problemas de aprendizagem, tal como era. 
Juntamente com o início da crítica na psicologia Escolar a categoria nasce junto a um 
movimento da década de 80 que é a Associação Brasileira de Pesquisadores em 
Educação Especial (ABPEE), que publica periodicamente ensaios e artigos que 
fomentam a discussão da Educação Especial e, portanto, nasce dentro de uma mudança 
de paradigma já presente inclusive na educação. Entre os outros contribuintes para essa 
mudança de paradigma, se tem a Constituição de 1988 e a aprovação das Leis de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996. Em comum, ambas as leis 
permitiram que o conceito de pluralidade e diversidade fosse introduzido, além dos 
avanços nos direitos sociais e humanos, da descentralização do poder e a 
autonomização da educação (SILVA et al, 2018). 
Para Silva et al (2018), incluir uma criança no contexto escolar representa, mais 
que receber uma criança em um determinado espaço físico, significa possibilitar o 
acolhimento, bem como experiências de mediação qualificada para que a pessoa possa 
de fato ter garantido seu direito ao aprender, e assim, desenvolver-se. 
Para Gomes e Souza (2011 apud SILVA et al, 2018), a figura de um profissional 
psicólogo escolar, é de grande importância nesta dificuldade de inclusão de crianças 
especiais, sendo que ser psicólogo no Brasil é apreciar as obrigações psicológicas de 
todos os sujeitos envolvidos, independente de classes sociais, habilidades físicas ou 
mentais, em soluções de risco ou situação abastadas, e proteger os direitos ao 
atendimento de suas necessidades e à promoção de seu desenvolvimento, sem 
discriminação ou intolerância de qualquer tipo e grau. 
Segundo Silva et al (2018), a perspectiva em questão postula que a aprendizagem 
propicia o desenvolvimento, portanto, garantir o direito à aprendizagem passa a ser uma 
das formas de garantir o desenvolvimento da criança. Entretanto, embora pareça uma 
questão de fácil resolução, para que a aprendizagem ocorra, torna-se necessário que 
haja um ambiente propício, condições externas que mobilizem o envolvimento, o diálogo 
e a mediação. Entendemos que, nesse entendimento, muitos estudos, sobre o 
desenvolvimento ou não, acabam por militar em torno da questão do acesso e da 
qualidade do ambiente. 
 
 
 
31 
 
A inclusão escolar é algo amplo, isso pois, toda a escolarização já é em si uma 
forma de inclusão para a inclusão social, nesse sentido, o processo de incluir crianças 
independente de sua especificidade é uma demanda importante a ser focalizada. Há 
nesse contexto uma série de disputas que evocam uma compreensão acerca das 
mudanças sociais necessárias para que a inclusão possa se tornar uma realidade e outra 
que, frente as pessoas e as garantias da dignidade humana que se mostram necessárias, 
opta por não adiar para um outro tempo o enfrentamento urgente das desigualdades 
vivenciadas por minorias. No campo educacional, muitas divergências são notadas 
quando os termos inclusão e integração são enunciados (SILVA et al, 2018). 
10 INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO JUNTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA, SUA 
FAMÍLIA E COMUNIDADE 
Sabe-se que o primeiro grupo do qual os seres humanos fazem parte é a família, 
ou seja, será pela e na família que o sujeito começará a ter seu primeiro convívio social 
e, além disso, dará início a sua aprendizagem e consequentemente começará a se 
desenvolver (VYGOTSKY, 2010 apud SILVA et al, 2018). Essa primeira socialização leva 
à produção de muitos elementos da personalidade do indivíduo, abrindo possibilidade 
para a formação de uma consciência individual e autônoma (CHEROGLU; MAGALHÃES, 
2016 apud SILVA et al, 2018). 
Desde o início, a pessoa é atravessada pelo olhar, pelas expectativas, intenções 
e significações do outro e isso diz muito de nós, dos sentidos particulares que temos 
(dimensão intrapsicológica) que é possível a partir dos significados compartilhados 
socialmente (dimensão interpsicológica) (apud SILVA et al, 2018). 
Para a pessoa com deficiência não é diferente, pois elas não nascem sabendo que 
são deficientes ou que têm alguma dificuldade, seja em qual dimensão for. Ela se 
reconhecerá assim na medida em que se insere na cultura e apreende os referenciais de 
normalidade soberanos. Assim, podemos compreender que em nossa sociedade há um 
“padrão” de normalidade culturalmente estabelecido, o que pode levar à estigmatização, 
discriminação e exclusão. As famílias que têm um membro com algum tipo de deficiência, 
seja ela física ou de outra ordem, sofrem, junto com seu familiar deficiente, os efeitos do 
 
 
 
32 
 
processo de estigmatização, discriminação e exclusão. Diante disso, autores definem 
algumas etapas atravessadas pelos pais desde a descoberta de que o filho apresenta 
uma deficiência até a possível adaptação familiar: Choque inicial de descoberta; Negação 
do diagnóstico; Busca por “curas milagrosas”; Luto; Depressão; Aceitação e Adaptação 
(GLAT, 2004 apud SILVA et al, 2018). 
A vivência de cada uma dessas fases é atravessada por conflitos, contradições, 
sentimentos ambivalentes e dificuldades nos pais, evidenciando obstáculos que 
se interpõem ao atendimento das necessidades especiais da criança com 
deficiência no que concerne ao seu desenvolvimento físico, psicológico, afetivo e 
social (SILVA et al, 2018). 
Vygotsky parte da ideia que o desenvolvimento se dá com a aproximação entre o 
homem e a cultura, sendo através da relação com o outro que acontece a conversão do 
processo da dimensão social em dimensão individual (MOLLON, 1995 apud SILVA et al, 
2018). 
Segundo Vygotsky (2008 apud SILVA et al, 2018), o sujeito é construído pelo outro, 
pela linguagem, pelas relações dialéticas nas dimensões intrapsicológica e 
interpsicológica. Destarte, não tem como acontecero desenvolvimento se não houver o 
outro nesta mediação, este outro que tem a função de realizar uma atividade/ação 
colaborativa para a promoção do desenvolvimento. Dessa maneira, a constituição do 
homem e as funções psicológicas superiores, eminentemente humanas, somente são 
possíveis por conta da interação que é estabelecida com o outro (TULESKI; EIDT, 2016 
apud SILVA et al, 2018). 
Também é resultante do outro o que Vygotsky (1997 apud SILVA et al, 2018) 
chama de deficiência secundária, esta entendida como uma produção social que 
inferioriza, estigmatiza, marginaliza, exclui e, portanto, gera impedimentos para a 
promoção do desenvolvimento. Encontramos, no âmbito social, ações que podem 
incapacitar, de diversas maneiras, aqueles que já trazem em seu organismo biológico 
certa deficiência, de modo que os aspectos sociais podem ser mais limitantes do que os 
aspectos genéticos e fisiológicos. 
Nos estudos da defectologia, Vygotsky (1997 apud SILVA et al, 2018) dá ênfase 
às possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento, ainda que haja uma deficiência 
primária. Trabalha a ideia de compensação, conceito importante e que expressa a 
 
 
 
33 
 
reorganização da pessoa frente a uma dada limitação, de maneira que o seu 
desenvolvimento continue sendo possível e que ela tenha garantida a sua constituição 
como sujeito atuante no mundo. Essa reorganização interna se produz a partir dos 
estímulos sociais. 
Há diversos casos em que a família contribui para a instalação de deficiências 
secundárias, não oportunizando que o mecanismo de compensação aconteça. Para isso, 
é importante uma abordagem que não negue o quadro do paciente, mas possibilite o 
desenvolvimento de suas potencialidades, ainda que as deficiências existam. Dá-se 
ênfase ao esclarecimento de que os pais rompam com condutas de superproteção, pois 
isso poderá prejudicar o desenvolvimento, como também limitar a criança em certas 
vivências. Dessa forma, destacam-se algumas formas de atuação do psicólogo no 
acolhimento e orientação familiar: entendimento de como os familiares significam a 
deficiência; Pádua (2013 apud SILVA et al, 2018) alerta para que o profissional da 
Psicologia compreenda a dinâmica familiar. Também sendo relevante ter sensibilidade 
de perceber os sentidos atribuídos para cada um em particular do que é conviver com 
uma pessoa com deficiência, pois dirá das angústias e potencialidades que os familiares 
terão enquanto consciência, dar atenção a esse tipo de percepção dos familiares é 
necessário por ser um processo que influenciará na convivência familiar, assim como nos 
vínculos. 
É importante também que o psicólogo identifique suas histórias de vida, 
principalmente a história da relação familiar, pois cada família é única assim como 
cada sujeito, dessa maneira nestes casos o suporte psicológico tem como 
essência a compreensão do profissional para com a história de cada família, 
considerando o ambiente, a cultura, os afetos, a motivação, dentre outros 
(PADUA, 2013 apud SILVA et al, 2018). 
O suporte psicológico irá ajudar no esclarecimento de dúvidas acerca das 
limitações e possibilidades de desenvolvimento da criança com deficiência; ajudar na 
ressignificação da família quanto à possível estigmatização; na orientação das condutas 
com vistas a promover o desenvolvimento da autonomia, autoconfiança e a 
independência da criança para que possa desenvolver suas capacidades e será pautado 
na responsabilidade de promover uma visão transformadora acerca das condições 
objetivas da criança (SILVA et al, 2018). 
 
 
 
34 
 
Glat (1999 apud SILVA et al, 2018) considera importante que: 
O profissional também oriente as famílias sobre outras alternativas de 
atendimentos adequados a depender da queixa do sujeito. Deve ressaltar 
também a relevância da inclusão da criança, principalmente nos âmbitos sociais, 
escola e família, pois são as instituições que contribuem para o desenvolvimento 
global saudável. 
De acordo com Silva et al (2018), compreende-se que o âmbito social apresenta 
fortes limitações para o desenvolvimento das pessoas que possuem algum tipo de 
deficiência, o que constitui a deficiência secundária. Esse fator leva a pensar no quanto 
a sociedade precisa ser repensada e transformada de modo a garantir o desenvolvimento 
de todos, sem discriminação. Se a deficiência secundária for ressaltada, é provável que 
a compensação das limitações não aconteça. 
Portanto, a orientação familiar é importante para facilitar o enfrentamento das 
angústias e medos parentais que emergem no processo de significação da deficiência da 
criança, a fim de que a família não produza barreiras, simbólicas e reais, para o 
desenvolvimento do sujeito. A formação acadêmica do psicólogo deve habilitá-lo para 
intervir nesses casos, oferecendo um atendimento humanizado aos pais e familiares, 
visando fortalecê-los para oferecer proteção integral às crianças com deficiência (SILVA 
et al, 2018). 
 
 
 
 
 
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