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48 QUÍMICA E FÍSICA FORENSE 1 - Acidentes com Materiais Radioativos

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QUÍMICA E FÍSICA FORENSE 
 
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Aula 4 - Acidentes com Materiais Radioativos 
Olá aluno e aluna na aula de hoje vamos ver alguns tipos de acidentes com 
materiais radioativos. Bons estudos. 
 
Introdução 
 
As radiações estão presentes no nosso dia a dia. De uma forma ampla, sob a 
visão da física, radiação eletromagnética é um termo que se refere aos fótons (partículas 
semelhantes aos elétrons) se propagando no meio segundo uma função de onda. Em 
uma visão mais simples, as radiações eletromagnéticas são diferentes tipos de luz. 
Algumas visíveis e outras não. 
 
De fato, quando nos referimos às radiações eletromagnéticas estamos falando de 
energia, que pode ser empregada para transportar informações (ondas de rádio e micro-
ondas), aquecer materiais (micro-ondas e infravermelho), iluminar (luz visível), ativar 
reações químicas (ultravioleta), observar estruturas internas do corpo humano e avaliar 
estruturas metálicas (raios X) e controladores industriais (raios gama), dentre inúmeras 
outras aplicações. 
 
Por meio do estudo da física quântica, aprendemos a relacionar o conteúdo 
energético de uma radiação com a sua frequência de vibração. Como já foi dito, os 
fótons (partículas de radiação) se propagam no meio segundo uma função de onda. O 
conteúdo energético da radiação é diretamente proporcional à sua frequência de 
vibração (ν), que é a quantidade de ciclos que a função descreve por unidade de tempo. 
 
Traduzindo, é quantas vezes a função descreve um comprimento de onda (λ) por 
unidade de tempo. Desta forma, a unidade de frequência no Sistema Internacional (SI) 
é o s1 ou Hz (Hertz). 
 
Quanto maior a frequência de vibração, maior o conteúdo energético da radiação. 
Por esta razão, radiações com frequências de vibração superiores às da luz visível 
passam a ser nocivas para a saúde humana. 
 
Estas radiações são comumente referidas como radiações ionizantes, pois podem 
induzir a formação de radicais livres ou ionizar efetivamente materiais. 
 
Particularmente, as moléculas biológicas são muito suscetíveis a estes processos, 
especialmente as de DNA. Resumindo, radiações muito energéticas podem 
literalmente provocar queimaduras, pela transferência direta de energia, ou induzir 
alterações genéticas pela modificação do DNA. Estas alterações podem se refletir em 
 
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tumores ou mutação, dependendo do tipo de célula atingida. Daí decorre a extrema 
preocupação para com a exposição de organismos vivos, em especial humanos, a estas 
radiações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pois bem, se existem radiações que podem causar danos significativos aos seres 
vivos, torna-se relevante monitorá-las e averiguar acidentes que ocorram com as 
mesmas. Contudo, precisamos ainda compreender um pouco sobre as fontes de tais 
radiações. As radiações ultravioletas podem ser encontradas com alguma abundância 
na luz do sol, razão pela qual devemos evitar a exposição nos horários em que está 
muito abundante. Mas isto não chega a ser um caso para a física forense. Além desta 
fonte, as demais são lâmpadas, como aquelas das câmaras de bronzeamento artificial. 
Isto quer dizer que a exposição pode ser controlada, mas em doses muito elevadas pode 
levar queimaduras sérias e que pode até mesmo à morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem relatos de mortes por exposição prolongada em câmaras de 
bronzeamento artificial, uma das razões pelas quais a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) caçou todos os alvarás deste tipo de procedimento. Além disso, 
alguns tipos de solda, como a solda de eletrodos, podem emitir grandes quantidades de 
radiação ultravioleta.Já as radiações do tipo raios X, muito mais perigosas que as 
ultravioleta, tem fontes ainda mais limitadas. 
 
 
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As maiores possibilidades de exposição são ocupacionais, nas áreas de raios X 
para imagem clínica e industrial. Acidentes com este tipo de radiação são muito 
improváveis. Dentre as radiações citadas, a radiação do tipo gama (γ) sem dúvidas é 
aquela que oferta o maior risco à saúde e probabilidades de acidentes ou 
contaminações. A radiação gama é emitida por núcleos instáveis, com ou sem 
decaimento nuclear ou fissão nuclear. 
 
Existem muitos tipos de radionuclídeos (elementos radioativos). Suas aplicações 
vão desde controladores industriais (controladores de vazão, controladores de nível de 
tanques) e reatores nucleares (usinas termonucleares) e bombas. Há enorme 
fiscalização e controle na comercialização de fontes radioativas, pois ao contrário das 
outras radiações, que só são emitidas com as fontes ligadas, à radiação gama é 
constantemente emitida a partir do radionuclídeo. 
 
Tal fato exige medidas extremas de contenção, como os recipientes de chumbo, 
por exemplo. Lembremos-nos do caso do césio 137 (Cs137) no município de Goiânia, 
estado de Goiás, no ano de 1987. Naquele evento, um dono de um ferro-velho abriu a 
cápsula contendo a fonte radioativa, contendo cloreto de césio, extraída ilegalmente de 
um aparelho de uma clínica abandonada. 
 
Centenas de pessoas foram expostas a elevados níveis de radiação. Houve quatro 
vítimas diretas em função da exposição. Contudo, estima-se que pelo menos 104 
pessoas morreram em decorrência do evento e mais de 1600 tenham desenvolvido 
algum tipo de problema de saúde. 
 
Todas as fontes radioativas devem ser devidamente identificadas e ter registro 
junto ao CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) com um físico nuclear ou um 
engenheiro nuclear responsável técnico. Também é importante salientar que materiais 
que tenham contato com fontes radioativas acabam se tornando radioativos (radiação 
secundária), por um período que depende do tipo de material, tipo de fonte radioativa 
e tempo de exposição. 
 
Logo, todos os cuidados destinados às fontes radioativas também devem ser 
dispensados aos materiais que entraram em contato com a radiação (Resíduo 
radioativo). Estes levam a mesma identificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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