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12 - Supra renal

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Cap. 24 - Sistema Endócrino
CÓRTEX ADRENAL
· Introdução
· Glândulas adrenais 
· São órgãos endócrinos pareados que consistem em córtex e medula, distinguindo-se em seu desenvolvimento, estrutura e função. 
· Em essência, o córtex e a medula são duas glândulas acondicionadas como uma estrutura. 
· O córtex adrenal tem três zonas:
· Abaixo da cápsula, está a camada estreita da zona glomerulosa
· Uma zona reticular limita a medula
· Dividindo essas duas zonas, está a zona fasciculada
· O córtex adrenal sintetiza três tipos diferentes de esteróides: 
· Glicocorticóides 
· Principalmente cortisol
· São sintetizados primariamente na zona fasciculada e em menor grau na zona reticular
· Mineralocorticoides
· Sendo o mais importante a aldosterona, que é gerada na zona glomerulosa
· Esteróides sexuais 
· Estrogênios e androgênios
· Que são amplamente produzidos na zona reticular. 
· A medula adrenal é composta de células cromafínicas, que sintetizam e secretam catecolamina, principalmente epinefrina. 
· As catecolaminas têm muitos efeitos e permitem adaptações rápidas às alterações no ambiente.
· As doenças do córtex adrenal podem ser convenientemente divididas naquelas associadas ao hiperfuncionamento e naquelas associadas ao hipofuncionamento.
· Hiperfuncionamento Adrenocortical (Hiperadrenalismo)
· As síndromes de hiperfunção adrenal são causadas pela superprodução de três dos principais hormônios do córtex adrenal: 
· Síndrome de Cushing - Hipercortisolismo
· Patogênese
· Esse distúrbio é causado por condições que produzem níveis elevados de glicocorticóides. 
· Em geral, a síndrome de Cushing pode ser dividida em causas exógenas e endógenas. 
· A maioria dos casos de síndrome de Cushing resulta da administração de glicocorticóides exógenos (síndrome de Cushing “iatrogênica”). 
· As causas endógenas podem, por sua vez, ser divididas naquelas que são dependentes do ACTH e naquelas que são independentes do ACTH 
· Esse distúrbio afeta as mulheres cerca de quatro vezes mais que os homens, ocorrendo, com mais frequência, nos adultos jovens. 
· Na maioria dos casos, é causado por um microadenoma hipofisário produtor de ACTH. 
· A hiperplasia celular corticotrófica pode ser primária ou surgir secundariamente ao estímulo excessivo da liberação de ACTH por um tumor hipotalâmico produtor do hormônio liberador de corticotrofina (HLC). 
· As glândulas adrenais em indivíduos com doença de Cushing são caracterizadas por graus variáveis de hiperplasia cortical nodular, causada pelos elevados níveis de ACTH. 
· A hiperplasia cortical, por sua vez, é responsável pelo hipercortisolismo.
· Em muitos casos, o tumor responsável é um carcinoma de células pequenas do pulmão
· Além dos tumores que produzem o ACTH ectopicamente, uma neoplasia neuroendócrina ocasionalmente pode produzir o hormônio de liberação de corticotropina ectópico (HLC), o qual, por sua vez, leva à secreção de ACTH e ao hipercortisolismo. 
· Em caso de neoplasia unilateral, o córtex adrenal não envolvido e o córtex da glândula oposta sofrem atrofia por causa da supressão da secreção de ACTH.
· A maioria das adrenais hiperplásicas são ACTH dependentes, e a hiperplasia cortical primária 
· Na hiperplasia macronodular, os nódulos são geralmente maiores que 3 mm em diâmetro. 
· A produção de cortisol é regulada pelos hormônios circulantes não ACTH, sendo resultado da superexpressão ectópica de seus receptores correspondentes nas células adrenocorticais. 
· Tais hormônios não ACTH incluem peptídeo inibidor gástrico, LH, ADH, e seus receptores são superexpressos nas células corticais adrenais hiperplásicas. 
· Morfologia
· As principais lesões são encontradas nas glândulas hipofisária e adrenal. 
· A alteração mais comum, resultado dos altos níveis de glicocorticoides endógenos e exógenos, é chamada de alteração hialina de Crooke. 
· O citoplasma granular e basofílico normal das células produtoras de ACTH torna-se homogêneo e pálido na adenoipófise. Essa alteração resulta do acúmulo de filamentos intermediários de queratina no citoplasma.
· Dependendo da causa do hipercortisolismo, as adrenais apresentam uma das seguintes alterações: (1) atrofia cortical, (2) hiperplasia difusa, (3) hiperplasia macronodular e micronodular e (4) adenoma ou carcinoma. 
· Nos pacientes em que a síndrome resulta de glicocorticoides exógenos, a supressão do ACTH endógeno tem como sequela a atrofia cortical bilateral, decorrente da falta de estímulo das zonas fasciculada e reticular pelo ACTH. Nesses casos, a zona glomerulosa é de espessura normal, porque essa porção do córtex funciona independentemente do ACTH. 
· Em casos de hipercortisolismo endógeno, as adrenais são hiperplásicas ou contêm uma neoplasia cortical. A hiperplasia difusa é encontrada em indivíduos com a síndrome de Cushing dependente de ACTH 
· Ambas as glândulas estão aumentadas
· Sob o aspecto microscópico, o córtex hiperplásico demonstra uma zona reticular expandida e “pobre em lipídios”, compreendendo células eosinófilas compactas, circundadas por uma zona externa de células vacuoladas “ricas em lipídios”, semelhantes àquelas vistas na zona fasciculada. 
· Na hiperplasia macronodular as adrenais são quase inteiramente substituídas por nódulos proeminentes de tamanhos variados, os quais contêm uma mistura de células pobres e ricas em lipídios. 
· Na hiperplasia difusa, as áreas entre os nódulos macroscópicos também demonstram evidência de nodularidade microscópica. 
· A hiperplasia macronodular é composta de micronódulos de 1 a 3 mm, com pigmentos escuros (marrom a preto) e áreas atróficas entremeadas
· As neoplasias adrenocorticais primárias que causam síndrome de Cushing podem ser malignas ou benignas. 
· Os adenomas adrenocorticais são tumores amarelos envoltos por cápsulas bem desenvolvidas
· Microscopicamente, são compostos de células que são similares àquelas encontradas na zona fasciculada normal. 
· Os carcinomas associados à síndrome de Cushing, pelo contrário, tendem a ser maiores do que os adenomas. Esses tumores são massas encapsuladas
· Com os tumores funcionantes, tanto benignos quanto malignos, o córtex adrenal adjacente e o córtex da glândula adrenal contralateral são atróficos, como resultado da supressão do ACTH endógeno pelos altos níveis de cortisol.
· Curso clinico
· Obesidade ou ganho de peso	
· Pletora facial	
· Face arredondada	
· Diminuição da libido	
· Pele fina
· Diminuição de crescimento linear em crianças
· Irregularidade menstrual	
· Hipertensão
· Hirsutismo	
· Depressão/labilidade emocional	
· Facilidade em apresentar hematomas	
· Intolerância à glicose
· Fraqueza	
· Osteopenia ou fratura
· Nefrolitíase	
	Hiperplasia difusa da adrenal contrastada com a glândula adrenal normal. 
Na seção transversal, o córtex adrenal é amarelo e engrossado e uma nodularidade sutil é vista 
Ambas as glândulas adrenais estavam difusamente hiperplásicas nesse paciente com síndrome de Cushing dependente de ACTH.
	A, Hiperplasia adrenocortical micronodular com nódulos pigmentados proeminentes na glândula adrenal. 
B, No exame histológico, os nódulos são compostos de células contendo o pigmento lipofuscina, visto na parte direita do campo
	Causas Endógenas da Síndrome de Cushing
	ACTH-Dependente
	Doença de Cushing 
	Síndrome de corticotropina ectópica (ACTH)
	ACTH-Independente
	Adenoma adrenal
	Carcinoma adrenal
	Hiperplasia macronodular 
	Doença adrenal nodular pigmentada primária 
	Síndrome de McCune-Albright (mutações GNAS)
· Hiperaldosteronismo Primário
· Aldosterona em excesso
· Tem origem na superprodução autônoma de aldosterona, com a supressão resultante do sistema renina-angiotensina e atividade diminuída da renina plasmática. 
· A elevação da pressão sanguínea é a manifestação mais comum do hiperaldosteronismo primário, sendo causada por um dos três mecanismos:
· Hiperaldosteronismo idiopático bilateral (IHA), caracterizado pela hiperplasia nodular bilateral das glândulas adrenais, é a causa subjacente mais comumde hiperaldosteronismo primário, representando cerca de 60% dos casos. Indivíduos com hiperaldosteronismo idiopático tendem a ser mais velhos e a ter hipertensão menos grave do que aquela apresentada nas neoplasias das adrenais. A patogênese do hiperaldosteronismo idiopático ainda não está clara, embora estudos recentes sugiram que um subconjunto de pacientes com hiperaldosteronismo idiopático familiar abrigue mutações germinativas de KCNJ5, que codifica um canal de potássio.
· Neoplasia adrenocortical, tanto o adenoma produtor de aldosterona quanto o carcinoma adrenocortical. Em aproximadamente 35% dos casos, o hiperaldosteronismo primário é causado por um adenoma secretor de aldosterona solitário, condição conhecida como síndrome de Conn. Essa síndrome acomete, com mais frequência, adultos de meia-idade e é mais comum em mulheres do que em homens. Os adenomas múltiplos podem estar presentes em um paciente ocasional. As mutações somáticas de KCNJ5 também estão presentes em um subconjunto de adenomas secretores de aldosterona.
· Hiperaldosteronismo responsivo ao glicocorticóide é uma causa incomum de hiperaldosteronismo familiar primário. Em algumas famílias, deriva de um rearranjo que envolve o cromossomo 8, colocando CYP11B2 (o gene que codifica a aldosterona sintase) sob o controle do promotor do gene CYP11B1 responsivo ao ACTH. Assim, ACTH estimula a produção da aldosterona sintetase, a enzima responsável pelo último passo na síntese da aldosterona. Devido a essa circunstância incomum, a produção de aldosterona está sob o controle de ACTH e se torna suprimida por dexametasona.
· Hiperaldosteronismo Secundário
· A liberação de aldosterona ocorre em resposta à ativação do sistema renina-angiotensina Caracteriza-se pelos níveis aumentados de renina plasmática e é encontrado em condições como:
· Perfusão renal diminuída (nefrosclerose arteriolar, estenose da artéria renal).
· Hipovolemia e edemas arteriais (insuficiência cardíaca congestiva, cirrose, síndrome nefrótica).
· Gravidez (devido ao aumento do substrato da renina plasmática, induzido por estrogênio).
· Morfologia do Hiperaldosteronismo primario e secundario
· Os adenomas produtores de aldosterona são quase sempre lesões solitárias, pequenas (< 2 cm em diâmetro) e bem circunscritas, sendo encontrados com mais frequência no lado esquerdo que no direito. 
· Tendem a ocorrer dos 30 aos 40 anos e acometem mais frequentemente as mulheres. 
· Em geral, estão confinados dentro da glândula 
· São amarelados e brilhantes ao corte e, surpreendentemente, compostos por células corticais carregadas de lipídios que se parecem mais intimamente com as células da fasciculada do que com as células da glomerulosa (a fonte normal de aldosterona). 
· No geral, as células tendem a ser uniformes em tamanho e forma e, ocasionalmente, há modesto pleomorfismo nuclear e celular
· Um aspecto característico dos adenomas produtores de aldosterona é a presença de inclusões citoplasmáticas eosinófila e laminadas, conhecidas como corpos espirolactonas, encontrados após o tratamento com a droga anti-hipertensiva espironolactona. 
· Em contraste com os adenomas corticais associados à síndrome de Cushing, aqueles associados ao hiperaldosteronismo geralmente não suprimem a secreção de ACTH. Portanto, o córtex adrenal adjacente e aquele da glândula contralateral não são atróficos.
· A hiperplasia idiopática bilateral é marcada por hiperplasia difusa e focal de células que se assemelham àquelas da zona glomerulosa normal. 
· A hiperplasia está frequentemente em forma de cunha, estendendo-se da periferia ao centro da glândula. 
· Curso clínico
· Hipertensão arterial é a causa mais comum
· Os efeitos em longo prazo da hipertensão induzida pelo hiperaldosteronismo são comprometimento cardiovascular 
· Síndromes androgênicas ou virilizantes
· Causadas pelo excesso de androgênio. 
· Distúrbios de diferenciação sexual, como virilização ou feminização, podem ser causados por distúrbios gonadais primários e por diversos distúrbios adrenais primários. 
· O córtex adrenal secreta dois compostos – deidroepiandrosterona e androstenediona – que podem ser convertidos em testosterona em diversos tecidos. 
· Diferentemente dos androgênios gonadais, o ACTH regula a formação do androgênio adrenal, portanto, a secreção excessiva pode ocorrer como uma síndrome “pura” e também como um componente da doença de Cushing. 
· As causas adrenais do excesso de androgênio incluem as neoplasias adrenocorticais e um grupo de distúrbios que têm sido designados como hiperplasia adrenal congênita (CAH).
· É mais provável que as neoplasias adrenocorticais associadas à virilização sejam carcinomas adrenais secretores de androgênios do que adenomas. 
· Tais tumores estão frequentemente associados ao hipercortisolismo (“síndrome misturada”) e são morfologicamente idênticos aos das outras neoplasias corticais
· A hiperplasia adrenal congênita representa um grupo de erros metabólicos autossômicos recessivos e herdados, caracterizado por deficiência ou total ausência de uma enzima particular envolvida na biossíntese de esteróides corticais, particularmente o cortisol 
· Os precursores de esteróides que geram a etapa defeituosa na via são canalizados para outras vias, levando à produção aumentada de andrógenos, que são responsáveis pela virilização. 
· Simultaneamente, a deficiência de cortisol leva à secreção aumentada de ACTH, gerando hiperplasia adrenal. 
· A deficiência de 21-hidroxilase é a causa mais comum, representando mais de 90% dos casos. 
· A síndrome perdedora de sal resulta da incapacidade de converter progesterona em deoxicorticosterona por causa da ausência total de hidroxilase. 
· Logo, virtualmente, não existe nenhuma síntese de mineralocorticoides, e, ao mesmo tempo, há bloqueio na conversão da hidroxiprogesterona em deoxicortisol, resultando em deficiência de síntese do cortisol. 
· Há perda de sais, hiponatremia e hipercalemia, a qual induz acidose, hipotensão, colapso cardiovascular e possível morte. 
· O bloqueio concomitante na síntese de cortisol e a produção em excesso dos androgênios, contudo, levam à virilização, o que é facilmente reconhecido nas mulheres ao nascimento ou no útero. 
· Morfologia
· Em todos os casos de HAC, as adrenais são bilateralmente hiperplásicas, algumas vezes aumentando de 10 a 15 vezes seu peso normal por causa da elevação sustentada no ACTH. 
· O córtex da adrenal é espessado e nodular, e, ao corte, apresenta-se alargado, em tonalidade marrom, devido à depleção de todos os lipídios. 
· As células proliferantes são, em sua maioria, células compactas, eosinófilas e depletadas de lipídios, entremeadas com células claras repletas de lipídios. 
· A hiperplasia das células corticotróficas (produtores de ACTH) está presente na adenoipófise na maioria das pessoas com HAC.
· Curso clínico
· Deve-se suspeitar de HAC em qualquer recém-nascido com genitália ambígua. 
· Na infância, a deficiência enzimática grave pode representar uma ameaça à vida, com vômitos, desidratação e perda de sais. 
· Indivíduos com HAC são tratados com glicocorticóides exógenos
· Insuficiência adrenocortical ou Hipofuncionamento 
· Causada por doença primária da adrenal (hipoadrenalismo primário) quanto pela estimulação diminuída das adrenais decorrente da deficiência de ACTH (hipoadrenalismo secundário)
· Insuficiência adrenocortical aguda primária (crise adrenal)
· Como uma crise em indivíduos que apresentam insuficiência adrenocortical crônica precipitada por qualquer forma de estresse que requeira aumento imediato na produção dos esteróides das glândulas incapazes de responder
· Em pacientes mantidos com corticosteróides exógenos, em que a suspensão abrupta de esteróides ou a falha em aumentar as doses de esteroides em resposta a um estresse agudo podem precipitar uma crise da adrenal, devido à incapacidade de as glândulas atróficas produzirem hormônios glicocorticóides
· Como resultado de hemorragia adrenal maciça, o que danifica o córtex das adrenaisde modo a causar insuficiência adrenocortical aguda 
· Síndrome de Waterhouse-Friderichsen 
· Caracterizada por: Infecção bacteriana grave, classicamente com septicemia causada por Neisseria meningitidis, Hipotensão rapidamente progressiva levando ao choque, Coagulação intravascular disseminada associada com púrpura disseminada, particularmente da pele e insuficiência adrenocortical de rápido desenvolvimento associada com hemorragia adrenal bilateral massiva
· Qualquer idade, mais comum em crianças 
· Qualquer que seja a base, as adrenais são convertidas a sacos de sangue coagulado, os quais virtualmente obscurecem todos os detalhes subjacentes
· Insuficiência adrenocortical crônica primária (doença de Addison) 
· Destruição progressiva do córtex da adrenal 
· Patogênese
· Adrenalite autoimune
· A síndrome poliendócrina autoimune do tipo 1 (APS1), é caracterizada por candidíase mucocutânea crônica e lesões de pele, esmalte dentário e unhas (distrofia ectodérmica), em associação com uma combinação de distúrbios autoimunes órgão-específicos (adrenalite autoimune, hipoparatireoidismo autoimune, hipogonadismo idiopático, anemia perniciosa), resultando na destruição dos órgãos-alvo. A APS1 é causada por mutações no gene regulador autoimune (AIRE) no cromossomo 21q22. O AIRE é expresso primariamente no timo, onde funciona como um fator de transcrição que promove a expressão de muitos antígenos dos tecidos periféricos. As células T autorreativas que reconhecem esses antígenos são eliminadas. Na ausência da função do AIRE, a tolerância das células T central para os antígenos do tecido periférico está comprometida, promovendo autoimunidade
· A síndrome poliendócrina autoimune tipo 2 (APS2) geralmente começa nos primórdios da vida adulta e se apresenta como uma combinação de insuficiência da adrenal e tireoidite autoimune ou diabetes tipo 1
· Infecções 
· Tuberculose e produzidas por fungo 
· Neoplasias metastáticas
· Causas genéticas da insuficiência adrenal 
· Hipoplasia adrenal congênita e adrenoleucodistrofia 
· Morfologia 
· As alterações anatômicas nas glândulas adrenais dependem de uma doença subjacente
· A adrenalite autoimune primária é caracterizada por glândulas irregularmente contraídas, de difícil identificação no tecido adiposo suprarrenal
· Histologicamente, o córtex contém apenas células corticais residuais em uma rede colapsada de tecido conjuntivo
· Observamos um infiltrado linfocitário variável presente no córtex, que pode estender-se até a medula adjacente, embora a medula esteja preservada
· Nos casos de doença tuberculosa e fúngica, a arquitetura da adrenal é destruída por uma reação inflamatória granulomatosa idêntica àquela encontrada em outros locais de infecção
· Quando o hipoadrenalismo é causado por carcinoma metastático, as adrenais estão aumentadas e a arquitetura normal é obscurecida pela neoplasia infiltrativa
	Adrenalite autoimune. Além da perda de todas as células corticais, com exceção de uma fina borda, existe um extenso infiltrado de células mononucleares
· Curso Clínico 
· A doença de Addison começa insidiosamente e não chama a atenção até que os níveis de glicocorticoides e mineralocorticoides circulantes estejam significativamente diminuídos
· Manifestações: fraqueza progressiva e cansaço fácil
· Os distúrbios gastrointestinais são comuns e incluem anorexia, vômitos, perda de peso e diarreia
· Em indivíduos com doença adrenal primária, a hiperpigmentação da pele, particularmente das áreas expostas ao sol e nos pontos de pressão, como pescoço, cotovelos, joelhos e articulações dos dedos, é muito característica. Essa hiperpigmentação é causada pelos elevados níveis de pró-opiomelanocortina (POMC), que é derivada da adenoipófise e é uma precursora tanto do ACTH quanto do hormônio estimulador de melanócitos (MSH)
· A atividade mineralocorticoide em pessoas com insuficiência adrenal primária resulta em retenção de potássio e perda de sódio, com consequente hipercalemia, hiponatremia, depleção de volume e hipotensão
· A morte ocorre de forma muito rápida, a menos que se inicie imediatamente terapia com corticosteróides
· Insuficiência adrenocortical secundária
· Deficiência de ACTH , devido a algum distúrbio, doença de Addison ou mesmo sozinha 
· Morfologia 
· Nos casos de hipoadrenalismo secundário à doença hipotalâmica ou hipofisária (hipoadrenalismo secundário), dependendo da gravidade da deficiência do ACTH, as adrenais podem estar moderadas ou significativamente diminuídas em tamanho
· Em geral, as pequenas glândulas achatadas mantém sua coloração amarela como resultado de uma pequena quantidade de lipídios residuais
· O córtex pode estar reduzido a uma fita fina, composta principalmente da zona glomerulosa. A medula não é afetada
			
· Neoplasias Adrenocorticais 
· Neoplasias funcionantes podem ser responsáveis por qualquer forma de hiperadrenalismo
 
· Comuns em adulto e predominante em crianças 
· Os adenomas funcionantes estão mais comumente associados ao hiperaldosteronismo e à síndrome de Cushing, enquanto a neoplasia virilizante é mais suscetível a se apresentar como um carcinoma
· As neoplasias funcionantes e não funcionantes não podem ser distinguidas com base em suas características morfológicas
· Morfologia 
· A maioria dos adenomas adrenocorticais é clinicamente silenciosa e, em geral, é encontrada acidentalmente na necropsia ou durante um exame de imagem para uma causa não relacionada
· O adenoma cortical típico é uma lesão nodular, bem circunscrita, com cerca de 2,5 cm de diâmetro, que expande a adrenal 
· Em contraste com os adenomas funcionantes, que estão associados à atrofia do córtex adjacente, o córtex adjacente aos adenomas não funcionantes é normal
· Em geral, na superfície de corte, os adenomas são amarelos a amarelo-pardos devido à presença de lipídios
· Microscopicamente, os adenomas são compostos por células similares àquelas que povoam o córtex adrenal normal
· Os núcleos tendem a ser pequenos, embora algum grau de pleomorfismo possa ser encontrado mesmo nas lesões benignas 
· O citoplasma das células neoplásicas varia desde eosinófilo até vacuolado, dependendo de seu conteúdo lipídico 
· Em geral, a atividade mitótica é pouco expressiva
· Os carcinomas adrenocorticais são neoplasias raras que podem ocorrer em qualquer idade, inclusive na infância
· Na maioria dos casos, os carcinomas adrenocorticais são lesões grandes e invasivas, muitas excedendo 20 cm de diâmetro, o que destrói a glândula adrenal nativa 
· Na superfície de corte, os carcinomas adrenocorticais são tipicamente lesões variegadas e mal demarcadas,contendo áreas de necrose, hemorragia e degeneração cística
· Os cânceres das adrenais apresentam forte tendência a invadir a veia adrenal, a veia cava e os vasos linfáticos
· As metástases para os linfonodos regionais e periaórticos são comuns, assim como a disseminação hematogênica para os pulmões e outras vísceras
· A sobrevida média dos pacientes é de cerca de 2 anos
· Microscopicamente, os carcinomas adrenocorticais podem ser compostos por células bem diferenciadas, semelhantes àquelas vistas nos adenomas corticais, ou células bizarras, monstruosamente gigantes, que podem ser de difícil distinção em relação às células de um carcinoma indiferenciado metastático para a adrenal
· Entre esses extremos, encontram-se cânceres com graus moderados de anaplasia, alguns compostos predominantemente de células fusiformes
· Os carcinomas, em especial aqueles de origem broncogênica, podem resultar em metástases para as adrenais, podendo ser difícil distingui-los dos carcinomas corticais primários
· Observe que as metástases para o córtex adrenal são significativamente mais comuns do que os carcinomas adrenocorticais primários
· Outras Lesões Adrenais 
· Cistos adrenais são incomuns
 
· Mielolipomas adrenais são lesões benignas compostas de tecido adiposo maduro e células hematopoiéticas
MEDULA ADRENAL
· Composta de células especializadas da crista neural, células cromafins e célulasde suporte 
· Fonte de catecolaminas do corpo 
· As doenças mais importantes da medula da adrenal são as neoplasias, que incluem neoplasias de células cromafins (feocromocitomas) e neoplasias neuronais (tumores neuroblásticos)
· Feocromocitoma 
· São neoplasias compostas de células cromafins, que sintetizam e liberam catecolaminas e, em alguns casos, hormônios peptídicos
· Dez por cento dos feocromocitomas são extra-adrenais
· Dez por cento dos feocromocitomas adrenais esporádicos são bilaterais
· Dez por cento dos feocromocitomas adrenais são biologicamente malignos
· Dez por cento dos feocromocitomas adrenais não estão associados à hipertensão
· Morfologia 
· Os feocromocitomas variam de pequenas lesões circunscritas, confinadas à adrenal, a grandes massas hemorrágicas que pesam quilogramas
· O peso médio de um feocromocitoma é 100 g, mas pesos de 1 g até 4.000 g já foram descritos
· Aos cortes, as superfícies dos feocromocitomas menores têm coloração amarelo-acastanhada
· As lesões maiores tendem a ser hemorrágicas, necróticas e, em geral, destroem a glândula adrenal
· A incubação de tecido fresco com uma solução de dicromato de potássio muda o tumor para uma coloração marrom-escura, devido à oxidação das catecolaminas armazenadas, o que lhe dá o nome de cromafins
· Os tumores são compostos por agrupamentos de células cromafins fusiformes e poligonais ou células principais, que estão rodeadas por células sustentaculares em pequenos ninhos ou alvéolos (zellballen) que são supridos por uma rica rede vascular 
· O citoplasma tem uma aparência finamente granular, mais bem demonstrada com coloração pela prata, devido à presença de grânulos que contêm catecolaminas
· A microscopia eletrônica revela números variáveis de grânulos secretórios eletrondensos, envoltos por uma membrana 
· Diversas características histológicas, como número de mitoses, necrose tumoral confluente e morfologia fusiforme, foram associadas ao comportamento agressivo e ao risco aumentado de metástase, mas não são totalmente confiáveis
· Tumores com características histológicas “benignas” cursam com metástases, enquanto tumores bizarramente pleomórficos permanecem confinados à glândula adrenal
· Portanto, o diagnóstico definitivo de malignidade em feocromocitomas se fundamenta exclusivamente na presença de metástases, as quais podem envolver linfonodos regionais, assim como sítios distantes, incluindo fígado, pulmão e ossos
SÍNDROMES DAS NEOPLASIAS ENDÓCRINAS MÚLTIPLAS
· Grupo de doenças herdadas que resultam em lesões proliferativas de múltiplos órgãos endócrinos 
· Os tumores ocorrem em pacientes mais jovens do que os tumores esporádicos
· Surgem em múltiplos órgãos endócrinos, tanto sincronicamente quanto metacronicamente 
· Mesmo em um único órgão, os tumores são multifocais
· Em geral, os tumores são precedidos por um estágio assintomático de hiperplasia envolvendo a célula de origem
· Esses tumores costumam ser mais agressivos e recorrem em maior proporção de casos, em comparação com os tumores endócrinos esporádicos similares
· Neoplasia Endócrina Múltiplas, Tipo 1 
· Distúrbio hereditário raro 
· Alterações nas glândulas paratireóide, pâncreas, hipófise 
· Causada por mutações na linhagem germinativa no gene supressor de tumor MEN-1, que codifica uma proteína (menin) 
· Neoplasia Endócrina Múltiplas, Tipo 2
· É caracterizada por feocromocitoma, carcinoma medular da tireoide e hiperplasia paratireoide
GLÂNDULA PINEAL 
· É composta de um estroma neuroglial frouxo que inclui ninhos de pineócitos aparentemente epiteliais, células com funções fotossensoriais e neuroendócrinas 
· A impregnação por prata revela que essas células têm processos delgados e longos, remanescentes de precursores neuronais primitivos, entremeados com os processos das células astrocíticas
· O principal produto secretório é a melatonina, que está envolvida no controle dos ritmos circadianos, incluindo o ciclo de sono-despertar
· Pinealomas
· Essas neoplasias são divididas em duas categorias, pineoblastomas e pineocitomas
· Esses tumores são raros

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