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Direito Administrativo - Principios da Administração pública

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1 
 
 
 
2 
 
✔ Princípios da Administração Pública 
“Princípios são proposições básicas, fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturas 
e institutos subsequentes de uma disciplina. São os alicerces, os fundamentos da ciência e 
surgem como parâmetros para a interpretação das demais normas jurídicas.” (Fernanda 
Marinela) 
 
⁕ Não há hierarquia entre os princípios ⁕ 
 
Princípios Fundamentais e Implícitos 
- Norteiam o Regime Jurídico Administrativo, apesar de não serem mencionados 
expressamente. 
- Constituem a base de todo o sistema normativo, sendo, portanto, de alta relevância no 
ordenamento jurídico em geral. 
 
 
⁑ Supremacia do interesse público sobre o privado 
- O interesse público deve prevalecer sobre o interesse privado ou individual. Isto ocorre devido 
ao fato de o Estado defender o interesse da coletividade quando pratica os atos administrativos 
e não apenas o interesse de um único administrado. 
- Em havendo confronto direto entre tais interesses, deve-se atribuir, em regra, prevalência ao 
interesse público. 
- Limites: respeito aos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos, observância do princípio 
da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, entre outros. 
Portanto, não tem caráter absoluto. 
- Exemplos de manifestação concreta desse princípio: modalidades de intervenção do Estado na 
propriedade privada (desapropriação, tombamento, requisição administrativa, ocupação 
temporária, servidão e limitação administrativa), exercício do poder de polícia, presunção de 
legitimidade dos atos administrativos, cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos, etc. 
 
 
⁑ Indisponibilidade dos interesses públicos 
- Os órgãos e agentes públicos não podem dispor do interesse coletivo: são meros gestores da 
coisa pública, e não genuínos “donos”. Cabe a eles tão-só o dever de guardá-los, conservá-los e 
aprimorá-los para a finalidade a que estão vinculados. 
- À luz do princípio da indisponibilidade, é vedado aos agentes públicos renunciar a direitos 
atribuíveis aos entes públicos, salvo se houver expressa autorização legal (ex.: isenções fiscais, 
anistias, “perdões” de dívidas, etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Princípios Constitucionais expressos – “L I M P E” 
- Previstos no caput do artigo 37 da Constituição Federal: 
 
 
⁑ LEGALIDADE 
- Enquanto o particular é livre para fazer tudo o que não lhe seja proibido, a Administração só 
pode agir se a lei ordenar, nos termos que a lei traz, no condicionamento e no tempo que a lei 
determina. 
- É a diretriz básica da conduta dos agentes da Administração: significa que toda e qualquer 
atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, a atividade é ilícita. 
- Esse princípio representa um escudo para que a Administração não abuse dos seus poderes. 
 
⁑ IMPESSOALIDADE 
- Atua em dois sentidos: 
↪ Direciona que o servidor não pratique um ato para favorecer ou prejudicar alguém. 
↪ Vedação à promoção pessoal do agente público. 
- O agente público deve atuar para o bem de TODOS, sem prejudicar ou beneficiar uma 
determinada pessoa, salvo quando previsto em lei → tratamento igualitário/princípio da 
igualdade material. 
- No seu segundo sentido, o princípio da impessoalidade impede que a atividade administrativa 
esteja relacionada com a pessoa do agente público. Segundo o artigo 37 da CF, é vedado utilizar 
a publicidade oficial do Estado para promoção pessoal → quem atua é o ESTADO e não a pessoa 
física do agente público, não importa quem ele seja. 
- A licitação e a exigência de concurso público são concretizações decorrentes deste princípio. 
 
⁑ MORALIDADE 
- Exige que o agente público paute sua conduta por padrões éticos que têm por fim último 
alcançar a consecução do bem comum, independentemente da esfera de poder ou do nível 
político-administrativo da Federação em que atue. 
- Em Direito Administrativo, a violação grave do dever de moralidade é chamada de improbidade 
administrativa e está prevista na Lei nº 8.429/92 e no artigo 37, § 4º da CF: 
 
4 
 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos 
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento 
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
- É exigido da Administração como um todo, de cada agente público e também dos particulares 
que se relacionam com a Administração. 
 
⁑ PUBLICIDADE 
- Tudo aquilo que acontece na esfera administrativa deve ser publicizado. A publicidade é 
também condição de validade dos atos administrativos. 
CF, art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e 
do Estado; 
- Esse princípio traz também exceções previstas no art. 5º, LX, quais sejam, restrição à 
publicidade determinada em lei para a proteção da intimidade (do particular ou do agente 
público) e o interesse social. 
- O princípio da publicidade pode ser reclamado através de dois instrumentos básicos: 
a) o direito de petição, pelo qual os indivíduos podem dirigir-se aos órgãos administrativos 
para formular qualquer tipo de postulação (art. 5º, XXXIV, ‘a’, CF); 
b) as certidões que, expedidas por tais órgãos, registram a verdade de fatos administrativos, 
cuja publicidade permite aos administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento 
de certas situações (art. 5º, XXXIV, ‘b’, CF). 
 
 
⁑ EFICIÊNCIA 
- Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro “o princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois 
aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se 
espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; 
e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também 
com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público.” 
- Também se espera que a Administração será eficiente com seus recursos, entregando um bom 
serviço ao menor custo possível, desde que não seja em detrimento da qualidade. 
 
 
Outros Princípios 
⁑ Razoável duração dos processos 
CF, art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração 
do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
⁑ Continuidade na prestação dos serviços públicos 
- Os serviços públicos devem ser prestados de forma contínua e permanente. Não pode, 
portanto, haver interrupção sem justo motivo na prestação de um serviço público. 
- Justo motivo para interrupção: 
↪ Emergência; 
↪ Falta de pagamento; 
↪ Manutenção de rede. 
 
 
5 
 
⁑ Confiança legítima nos atos da Administração (por parte dos administrados) 
 
⁑ Tutela ou Controle finalístico ou Supervisão Ministerial 
- Controle da Administração Direta sobre a Indireta (falaremos desses dois tipos em seguida) 
- Entre as duas não há subordinação, mas apenas vinculação. 
 
⁑ Autotutela 
- Poder conferido à própria Administração para anular os seus atos ilegais ou revogar os atos 
legais.

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