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ASTRITE AGUDA E GASTRITE CRÔNICA –PATOLOGIA HISTOLOGIA DO ESTÔMAGO: Corte de estômago em aumento de 4x, corado por Azul de Toluidina. 1- Observa-se a camada mucosa, composta pelo epitélio cilíndrico simples ciliados (células mucosas de superfície), favéolas gástricas (células mucosas de superfície), glândulas gástricas (células parietais, principais e enteroendócrinas), lâmina própria (tecido conjuntivo, muscular da mucosa (duas camadas de musculo liso) – seta: camada muscular da mucosa 2- A camada submucosa (tecido conjuntivo, plexo submucoso (de meissner) 3- A camada muscular-músculo liso camadas de musculo liso (longitudinal, circular, obliquo), plexo mioentérico (de auerbach) 4- A camada serosa tecido conjuntivo, mesoderme. (A submucosa e a serosa possuem tecido conjuntivo com vascularização efetiva para liberação de nutrientes, oxigênio que ajuda a remover o ácido.) Células faveolar: secretam muco alcalino altamente viscoso; Células parietais: secretam ácido gástrico e fator intrínseco (glicoproteínas) GASTRITE AGUDA Gastrite= processo inflamatório da mucosa Quando há presença de neutrófilos, a lesão é conhecida como gastrite aguda. Quando as células estão raras ou ausentes é denominado gastropatia. Gastrite aguda: caracterizada por infiltrado leucocitário polimorfonuclear da mucosa do antro e do corpo gástrico Fatores de risco: infecção por H.pilory, uso excessivo de AINEs e aspirina, uso excessivo de álcool, idade avançada, doença do refluxo biliar, doenças autoimunes. PATOGÊNESE: · Desequilíbrio entre os fatores protetores e a agressão: FISIOLOGIA: a luz gástrica possui o pH igual a 1, para proteção da mucosa gástrica há a liberação de mucina (muco + fosfolipídios) e de íons bicarbonato (produzem um pH neutro). O suprimento vascular da mucosa também libera oxigênio e nutrientes enquanto remove o ácido que foi retrofundido na lamina própria. AGREÇÕES: · Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) inibem a síntese de prostaglandinas E2 e I2 dependente da ciclooxigenase (COX), as quais estimulam todos os mecanismos de defesa relatados, incluindo muco, bicarbonato e a secreção de fosfolipídios, fluxo sanguíneo e restituição epitelial, enquanto reduz a secreção de ácido. A cox-1 é mais importante, mas ambas as isoenzimas contribuem para a proteção da mucosa. · A redução de mucina e de bicarbonato tem sido sugerida como fator que explica o aumento da susceptibilidade de adultos mais velhos em relação à gastrite. · A queda na liberação de oxigênio pode concorrer para uma incidência de gastrite aguda em altas altitude. HISTOLOGIA DA GASTRITE AGUDA: Características histológicas: Hiperplasia de células foveolares (tentar aumentar a produção de mucina) ; Edema moderado; Congestão vascular leve (estase) vemos os vasos congestos pelas hemácias acumuladas; Epitélio intacto: GASTRITE CRÔNICA · Causas mais comuns: h.pylori (mais comum) e gastrite autoimune (causa mais comum de gastrite atrófica difusa, representa menos de 10% dos casos de gastrite crônica, mas é a forma mais comum de gastrite crônica em pacientes sem infecção por H.pilory. · Causas mais raras: gastrite eosinofílica (alergia), gastrite linfocítica (celíaca), gastrite granulomatosa (doença de crohn) PATOGÊNESE- GASTRITE CRÔNICA POR H.PYLORI: 1- A inflamação geralmente se localiza no antro, com produção de ácido normal ou exacerbada. A intenção é invadir as demais áreas. 2- A H.pylori se adapta ao nicho ecológico fornecido pelo muco gástrico O flagelo permite que a bactéria seja móvel no muco viscoso; A uréase (enzima liberada pela bactéria) gera amônia a partir da ureia endógena e assim eleva o pH gástrico local, aumentando a taxa de sobrevivência da bactéria. As adesinas acentuam a aderência bacteriana à superfície das células faveolares. Ela libera toxinas como o gene A associado a citotoxina (CagA) que pode estar envolvido na progressão da doença. 3- No ambiente inflamatório há atuação de TNF (fator de necrose tumoral), aumento de IL-b e queda de IL-10 4- A permanência do patógeno leva à gastrite crônica. HISTOLOGIA DA GASTRITE CRÔNICA- H.PYLORY: As bactérias H. pylori helicoidais são evidenciadas nessa coloração de Warthin-Starry. Os organismos são abundantes dentro do muco superficial. Quando vista endoscopicamente, a mucosa antral infectada por H. pylori é geralmente eritematosa e tem uma aparência grosseira ou mesmo nodular. Neutrófilos intraepiteliais e da lâmina própria são proeminentes. Neutrófilos intraepiteliais e plasmócitos subepiteliais são características da gastrite por H. pylori. Sequelas: úlcera péptica, adenocarcinoma, MALToma PATOGÊNESE- GASTRITE CRÔNICA- AUTOIMUNE: · Ao contrário da gastrite associada ao H.pylori, a gastrite autoimune tipicamente poupa o antro e está associada à hipergastrinemia (aumento da gastrina, hormônio que estimula produção ácida e motilidade gástrica) – acomete corpo · 4 características importantes: · Anticorpos para células parietais e fatores intrínsecos que podem ser detectados no soro e nas secreções gástricas · Concentração sérica de pepsinogênio I reduzida (precursor da pepsina – enzima digestiva que é produzida pelas paredes do estomago, sendo ativada pelo suco gástrico) · Hiperplasia de células endócrinas · Secreção alterada de ácido gástrico Estimulação de gastrina, resultando na hiperplasia de células endócrinas e hipergastrinemia e anticorpos para células parietais (H+, K+) Células TCD4+ combatem células parietais Perda de células parietais, que secretam ácido gástrico HISTOLOGIA: Imagem, em pequeno aumento, do corpo gástrico, mostrando infiltrado inflamatório profundo, composto principalmente por linfócitos,macrófagos Sequelas: atrofia, anemia perniciosa, adenocarcinoma, tumor carcinoide
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