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AP_v3_Mecanica Descomplicada_25042017 - modulo 1

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Mecânica 
Descomplicada
MÓDULO 1
2
Sumário
Apresentação 3
Unidade 1 | Composição Básica e Funcionamento Veicular 5
1. Estrutura Básica dos Veículos 7
2. Chassi 7
3. Carroceria 10
Glossário 12
Atividades 13
Referências 14
Unidade 2 | Conhecendo o Sistema Motor 15
1. Constituição Básica do Motor 17
4. Árvore de Manivelas 22
Glossário 23
Atividades 24
Referências 25
Unidade 3 | Sistemas de Lubrificação e Arrefecimento 26
1. Sistemas de Lubrificação 28
2. Sistema de Arrefecimento 32
Glossário 35
Atividades 36
Referências 37
3
Apresentação
Prezados Alunos,
Desejamos boas-vindas ao curso de Mecânica Descomplicada. Vamos trabalhar juntos 
para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que vocês já 
possuem!
O curso de Mecânica Descomplicada tem uma carga horária de 42 horas-aula, divididas 
em oito unidades, estruturadas conforme tabela a seguir:
Unidades Carga Horária
Unidade 1 – Composição básica e 
funcionamento veicular
6 horas-aula
Unidade 2 – Conhecendo o sistema motor 6 horas-aula
Unidade 3 – Sistemas de lubrificação e 
arrefecimento
6 horas-aula
Unidade 4 – Sistemas de alimentação e 
escapamento 
6 horas-aula
Unidade 5 – Direção, transmissão e 
embreagem
5 horas-aula
Unidade 6 – Sistema de suspensão, rodas 
e pneus
6 horas-aula
Unidade 7 – Sistema de freios 4 horas-aula
Unidade 8 – Luzes indicadoras e 
instrumentos do painel
3 horas-aula
Nesse sentido, este curso foi desenvolvido para que os alunos aumentem seu 
conhecimento em mecânica e ajudem a promover a melhoria do setor. Para isso, foram 
utilizadas algumas referências bibliográficas, apresentadas ao final deste material, 
que serviram como base para seu desenvolvimento e elaboração. No início de cada 
unidade vocês serão informados sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos a 
serem alcançados. 
4
O curso de Mecânica Descomplicada está dividido em unidades para facilitar o 
aprendizado. Esperamos que este Curso seja muito proveitoso para vocês! Nosso 
intuito maior é apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-los a resolver 
os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bons estudos!
 
5
UNIDADE 1 | COMPOSIÇÃO 
BÁSICA E FUNCIONAMENTO 
VEICULAR
6
Unidade 1 | Composição Básica e Funcionamento 
Veicular
 f
Você sabe qual a diferença de chassi e carroceria? Onde 
podemos encontrar a numeração do veículo? Qual a principal 
função da suspensão?
Muitas pessoas não entendem de carro, portanto, para aprofundar seus conhecimentos 
acerca da manutenção e mecânica, é preciso, antes de tudo, conhecer os veículos. Para 
iniciar o Curso, vamos apresentar a você a composição básica e o funcionamento veicular!
Fonte: www.shutterstock.com
7
1. Estrutura Básica dos Veículos
Apesar de serem encontradas algumas variações no conjunto final, de maneira geral, 
os veículos possuem os mesmos elementos básicos: chassi, carroceria e motor. Você 
conhece as outras partes básicas?
O chassi é considerado o suporte do veículo. Sobre ele, vem a carroceria, que é uma 
espécie de casca ou cobertura que abriga os passageiros e as cargas. Os veículos 
automotores possuem, ainda, um motor e um sistema de transmissão, responsáveis 
por gerar energia e colocar o veículo em movimento. Além desses elementos, todo 
veículo deve possuir um sistema de direção, que permite ao condutor deslocar o 
veículo na direção desejada. 
Por fim, para que seja mais confortável, o veículo deve possuir um sistema de 
suspensão, que protege os passageiros e as cargas de oscilações e trepidações em 
terrenos irregulares.
A seguir, vamos detalhar alguns componentes dos veículos.
2. Chassi
O chassi, ou chassis em inglês, é uma estrutura de suporte. Além de suportar a 
carroceria e o motor, outros componentes são acoplados ao chassi: motor, sistema de 
freios, caixa de marcha, transmissão, rodas, entre outros. 
Quando o veículo está andando, os esforços que o chassi sofre são intensos e, por isso, 
ele deve ter um formato resistente. Em geral, ele é constituído por duas travessas 
paralelas feitas de aço chamadas longarinas. Entre as longarinas, no meio do chassi, 
existe um “X” ou diversas travessas menores perpendiculares que melhoram a 
resistência do chassi à torção, impedindo que a carroçaria também se torça. Todas as 
travessas são rebitadas entre si, de maneira que formam uma única estrutura sólida.
8
As longarinas e travessas são fabricadas com chapas de aço bastante grossas. Nos 
modelos mais simples e mais comuns, as vigas de aço são retas. Em alguns modelos, as 
vigas são pré-moldadas em formato de “U”, o que permite uma resistência ainda maior. 
 b
Assista a esse pequeno vídeo mostrando um chassi de 
automóvel:
http://tinyurl.com/hv46nqw
O esquema de chassi separado da carroceria equipa principalmente os veículos 
comerciais, como caminhões e picapes, pois reduz a possibilidade de trincas na 
estrutura, uma vez que esses veículos são mais exigidos na sua utilização, geralmente 
na capacidade de carga.
 a
Não se confunda! Chassi também é o nome que se dá ao Número 
de Identificação do Veículo – NIV (ou Vehicle Identification 
Number, em inglês), composto por 17 caracteres alfanuméricos 
que identificam os veículos automotores em geral.
Fonte: www.shutterstock.com
9
Vários modelos de veículo não possuem um chassi propriamente dito. A carroçaria se 
une ao assoalho formando um único conjunto. Esses tipos de veículos são chamados 
“monoblocos”. Nesses casos, os esforços são suportados, simultaneamente, pelo 
chassi e pela cobertura. 
O chassi monobloco é também chamado carroceria monobloco. O assoalho, as laterais 
e o teto da carroçaria são construídos como se fossem um único conjunto. Uma das 
vantagens é a redução do peso, pois esse tipo de carroçaria é bem mais leve, sendo 
mais comum nos carros modernos.
Em suas extremidades, o chassi apoia-se sobre os dois eixos: o dianteiro e o traseiro. 
Na parte dianteira, em geral, localizam-se o motor e a caixa de mudanças. Já na parte 
traseira, localizam-se o diferencial e o tanque de combustível. Essa configuração 
permite uma estrutura equilibrada, com uma boa distribuição de pesos: metade do 
peso fica sobre o eixo dianteiro e a outra metade sobre o eixo traseiro.
Conhecer as medidas exatas do chassi é imprescindível. Caso o chassi seja danificado em 
um acidente, por exemplo, ficando empenado ou torto, ele precisa ser imediatamente 
restaurado. No entanto, esse serviço só pode ser feito quando se conhece precisamente 
suas medidas. Consulte sempre as informações fornecidas pelo fabricante e verifique 
outros chassis do mesmo modelo de veículo em boas condições.
Fonte: www.shutterstock.com
10
 e
As oficinas mecânicas devem sempre possuir manuais 
completos dos veículos mais comuns, facilitando o acesso às 
informações necessárias à manutenção e aos consertos dos 
veículos. O manual apresenta todas as medidas originais dos 
chassis dos veículos. 
Quando o chassi entorta, é necessário corrigi-lo para que ele retome suas medidas 
originais. O chassi desalinhado pode prejudicar o alinhamento dos eixos e das 
rodas, ocasionando um desgaste maior de vários componentes. No entanto, nem 
sempre acidentes e batidas são responsáveis pelos danos no chassi. Algumas vezes, 
empenamentos podem surgir por outras causas, como, por exemplo, uma situação 
de grande esforço e flexão ou concentração acentuada de cargas. Essas situações 
são causadas, principalmente, pelo excesso de peso ou quando as cargas estão mal 
distribuídas pelo veículo.
Devido à possibilidade de ocorrência de avarias na estrutura do chassi, antes de 
iniciar o alinhamento, deve-se observar se ele não apresenta trincas ou partes soltas. 
Verifique todas as conexões rebitadas ou soldadas entre as longarinas e travessas para 
certificar-se de que estejam perfeitas.
3. Carroceria
Corresponde à estrutura montada sobre o chassi e que geralmente define a sua 
forma. Também chamadade carroçaria, ela oferece aos motoristas e passageiros uma 
proteção contra sol, chuva, vento, poeira e outras condições adversas. 
A carroceria pode ser constituída por uma única peça ou por diversas peças soldadas 
ou parafusadas entre si. Geralmente feita de aço, ela pode ser construída diretamente 
sobre o chassi ou separadamente, sendo posteriormente presa a ele. 
11
 c
Nos veículos mais modernos, a carroceria já vem protegida de 
fábrica contra ferrugem e outros agentes nocivos ao metal. 
Com essa proteção, a carroceria fica livre de maiores danos 
com poluição, poeira ou barro. 
Riscos, pequenas batidas ou amassados na lataria podem acontecer com qualquer 
veículo. O mais importante é não deixar o conserto da carroceria para mais tarde. 
 a
Evite transtornos! Retardar o conserto pode acarretar prejuízos 
ainda maiores. Pequenos retoques e outros reparos resolvem 
rapidamente esses problemas.
Resumindo
O veículo possui diversas partes e sistemas que você deve conhecer. A 
primeira coisa que aprendemos a reconhecer nos veículos é sua forma e 
aparência externa. 
Como todo equipamento, os veículos exigem alguns cuidados básicos para 
ter uma vida mais longa. Portanto, para cuidar bem de seu veículo você 
precisa conhecer cada uma de suas partes e seu funcionamento.
Esses cuidados, além de representarem economia e segurança, garantem a 
valorização do veículo na hora da revenda.
12
Glossário
Longarina: viga do chassi de automóveis.
Imprescindível: que não se pode dispensar ou renunciar.
Avaria: falha, mau funcionamento.
13
 d
1) De maneira geral, os veículos são muito semelhantes. Podemos 
dizer que seus componentes básicos são:
( ) carcaça, carroceria e motor.
( ) chassi, carroceria e motor.
( ) chassi, portas e motor.
( ) casca, cobertura e motor.
2) O _______________________ possui assoalho, laterais e teto 
construídos de maneira tal que trabalhem como se fossem um 
único conjunto.
( ) chassi lateral.
( ) chassi fixo.
( ) chassi monotrava.
( ) chassi monobloco.
3) A carroceria corresponde à estrutura montada por cima 
do chassi, que geralmente define a sua forma. A carroceria 
normalmente realiza a função de cobrir os passageiros e as cargas.
( ) Certo ( ) Errado
 4) Coloque V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) Chassi é outro nome dado à carroceria.
( ) Todo chassi tem formato em U.
( ) A carroceria protege motorista e passageiros.
( ) Antes do alinhamento, verifique se o chassi está fissurado.
Atividades
14
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível 
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
BELLAGUARDA, G. M. Reparadoras de veículos e oficina mecânica. Porto Alegre: 
SEBRAE/RS, 2006.
COSTA, P. G. A bíblia do carro. 2001 – 2002. Disponível em: <https://www.rastrum.
com.br/dir_smb/manuais/automotivos/Mecanica%20Automotiva.PDF>. Acesso em: 3 
nov. 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível 
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 
1998.
LIMA, I. M.; REIS, N. G. Gestão de Empresas de Transportes. IDAQ/CNT: Brasília, 1997.
MARÇAL, R. F. Gestão da Manutenção. Ponta Grossa: Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia da Produção (PPGEP). Ponta grossa, 2004.
REVISTA MECÂNICA ONLINE. Curso básico de mecânica gratuito. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <https://www.iped.com.br/cotidiano/curso/mecanica-
automotiva>. Acesso em: 3 nov. 2016.
SAE BRASIL – Sociedade de Engenheiros para a Mobilidade. Página oficial. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.saebrasil.org.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado 
de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
portaldareparacao.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.
VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas. 
São Paulo: Pioneira, 1997.
15
UNIDADE 2 | CONHECENDO O 
SISTEMA MOTOR
16
Unidade 2 | Conhecendo o Sistema Motor
 f
Como funciona um motor de partida? Quais são as partes 
e como funciona o motor? Você já ouviu falar da árvore de 
manivelas?
O motor é um dos componentes mais importantes em qualquer veículo automotor. Ele é 
responsável por fornecer a energia capaz de produzir movimento, convertendo energia 
calorífica, produzida pela combustão, em energia mecânica. Nesta Unidade, vamos 
conhecer mais sobre os motores e seu funcionamento.
Fonte: www.shutterstock.com
17
1. Constituição Básica do Motor 
O corpo do motor é um bloco de ferro fundido que apresenta em seu interior um 
buraco de forma cilíndrica denominado “cilindro”. Dentro do cilindro, desloca-se o 
pistão, que realiza um movimento de subida e descida. Atravessado no pistão, há um 
pino localizado em uma haste chamada biela. 
Na outra extremidade, a biela se prende a um eixo que tem a forma de uma manivela. 
O nome correto dessa peça é árvore de manivelas, vulgarmente conhecida por 
virabrequim. Quando o pistão sobe e desce, a biela o acompanha e obriga a árvore de 
manivelas a virar, como se fosse uma manivela.
 e
Atualmente, não existe mais nenhum automóvel com motor 
de um cilindro, nem mesmo dois. O normal é automóvel com 
quatro, seis ou oito cilindros. Os motores com um ou dois 
cilindros são reservados a motocicletas, barcos ou máquinas 
estacionárias do tipo bombas d’água, serra etc., e máquinas 
para serem usadas onde não há eletricidade. 
Num dos extremos da árvore de manivelas há uma roda pesada de ferro que se chama 
volante. Sua função é manter o movimento da árvore de manivelas uniforme, evitando 
trancos. Sem o volante, o motor não funciona corretamente. Quando o cilindro queima 
a mistura e empurra o pistão para baixo, também está dando um impulso ao volante. 
Por sua vez, essa energia que o volante acumula, ele devolve ao próprio pistão, quando 
este se encontra no tempo de compressão. Com isso, o motor opera de maneira mais 
suave. 
 a
Quanto maior for o peso do volante, tanto mais suave será o 
funcionamento do motor. Por outro lado, quanto mais pesado o 
volante, tanto mais devagar responde o motor quando se precisa 
aumentar a sua rotação. Diz-se então que a sua aceleração é baixa. 
18
Na parte superior do cilindro do motor existem dois orifícios que possuem duas 
válvulas de abertura e fechamento. Uma é a válvula de admissão e a outra é a válvula de 
escapamento. Ainda na parte superior do cilindro, perto das duas válvulas, existe uma 
pequena peça chamada vela. Sua função é produzir e liberar, no momento adequado, a 
faísca que irá incendiar o combustível.
Durante o movimento de subida e descida, o pistão passa por dois pontos extremos: 
o ponto mais alto e o ponto mais baixo. Nesses pontos, ele inverte o sentido de seu 
movimento e, por isso, nesses dois pontos a sua velocidade é nula. Costuma-se chamar 
a esses dois pontos de Ponto Morto Superior (PMS) e Ponto Morto Inferior (PMI).
Quando o pistão se encontra no PMS, a biela e a árvore de manivelas estão voltadas 
para cima. Quando o pistão muda o sentido de seu movimento e chega ao PMI, a biela 
desce e a árvore de manivelas vira, ficando virada para baixo. 
Os pistões comprimem a mistura de combustível e ar, que é depois inflamada por 
uma vela de ignição e queimada no interior dos cilindros. À medida que a mistura se 
inflama, expande-se, empurrando o pistão para baixo. Essa mistura gasosa é formada 
no carburador ou, nos motores mais modernos, calculada pela injeção eletrônica, e 
admitida nas câmaras de explosão. 
 b
Assista ao vídeo e veja como é interessante o funcionamento 
de um motor: 
http://tinyurl.com/zenxjo9.
2. Motor de Arranque (ou Motor de Partida)
A energia inicial necessária para colocar o motor em movimento é fornecida pelo 
motor de arranque, que tem a função de acionaro motor do automóvel até que este 
tenha condições de funcionar sozinho, ou seja, de dar a partida no veículo. Após o 
arranque inicial, o motor de arranque fica inoperante, permanecendo parado durante 
o funcionamento do motor.
19
O motor de arranque se engrena em uma cremalheira que envolve o volante do motor, 
constituído por um disco pesado, fixado à extremidade do virabrequim ou árvore de 
manivelas. O volante do motor amortece os impulsos bruscos dos pistões e origina 
uma rotação relativamente suave ao virabrequim.
O dispositivo de engrenamento é um conjunto de peças que fica 
sobre o prolongamento do eixo do induzido, cuja função é 
transmitir o movimento do eixo do induzido para o motor do 
veículo, fazendo-o girar. 
A transmissão do movimento é realmente feita pelo pinhão, que se engrena com a coroa 
do volante. A dificuldade principal é que normalmente o pinhão deve ficar desligado 
da coroa e só se dar o engrenamento durante a partida. Tão logo o motor “pegue”, 
o pinhão deve, novamente, desligar-se da coroa para evitar que o motor do veículo 
arraste o motor de partida a uma rotação muito elevada, o que pode até danificá-lo.
Fonte: www.shutterstock.com
20
3. O Motor de Quatro Tempos 
Os motores funcionam seguindo um mesmo princípio: queima-se o combustível e se 
formam gases em grande quantidade. Essa queima gera uma pressão grande sobre o 
pistão, empurrando-o para baixo e forçando o virabrequim a virar. 
Apesar de seguirem os mesmos princípios, os motores podem ser distintos e obter 
esse mesmo efeito, podendo ser: motor de quatro tempos, motor de dois tempos, 
motor diesel etc. Existe também um motor chamado Wankel, que possui um sistema 
rotativo diferenciado.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE 4 TEMPOS
PRIMEIRO TEMPO - ADMISSÃO SEGUNDO TEMPO - COMPRESSÃO
 - O pistão está no PMS 
e começa a descer.
- Abre-se a válvula 
de admissão, e a 
de escapamento 
permanece fechada.
- O pistão aspira a 
mistura gasosa que 
penetra no cilindro até 
chegar ao PMI. 
- Ao final, a válvula de 
admissão se fecha.
- O cilindro fica 
totalmente cheio de 
mistura gasosa (ar + 
combustível).
 
- O pistão começa a 
subir.
- As válvulas de 
admissão e de escape 
permanecem fechadas.
- Ao subir, o pistão 
comprime a mistura da 
câmera de explosão e 
esta se aquece.
- Como resultado da 
compressão, a mistura 
se vaporiza.
- O virabrequim 
completa uma volta.
21
TERCEIRO TEMPO - EXPLOSÃO QUARTO TEMPO - ESCAPAMENTO
 - As válvulas 
permanecem 
fechadas.
- Quando a mistura 
está fortemente 
comprimida, a vela 
solta uma faísca
- A mistura, ao ser 
inflamada pela 
faísca, expande-se, 
impelindo o pistão 
para baixo
- Formam-se gases 
da explosão, 
que empurram 
violentamente o 
pistão para baixo.
- O pistão inicia 
seu movimento 
descendente.
- O pistão sobe em 
direção ao PMS.
- A válvula de 
admissão permanece 
fechada, e a válvula 
de escapamento se 
abre.
- O pistão expulsa os 
gases de resultantes 
da combustão de 
dentro do cilindro
- Quando o pistão 
atinge o PMS, 
a válvula de 
escapamento se 
fecha
- Inicia-se um novo 
ciclo.
 h
O princípio de funcionamento em quatro tempos foi 
desenvolvido na década de 1870 pelos alemães e é utilizado 
até hoje pela indústria automotiva. Esses motores são os mais 
comuns no mundo inteiro e são conhecidos também como 
“motores Otto”. Isso porque foram pensados, pela primeira 
vez, por um engenheiro alemão chamado Nícolas Otto.
22
4. Árvore de Manivelas 
O nome popular e mais usado pelos 
mecânicos para essa peça é “virabrequim”. 
Tecnicamente, a árvore de manivelas é uma 
barra que vira e exerce esforço. Na linguagem 
comum, essa peça é também chamada de 
“eixo”. O virabrequim é muito difícil de ser 
fabricado devido à sua forma irregular.
Essa é uma peça fundamental para o 
funcionamento do motor. Ela fica submetida 
a esforços muito elevados, e deve manter seu 
funcionamento correto tanto em alta como 
em baixa rotação. Os virabrequins modernos trabalham em rotação muito elevada, 
normalmente até 7.000 rpm, e, em carros esportes, até 8.500 rpm. Em cada manivela, 
é ligada uma biela e, entre elas, estão localizados os munhões, que são peças que se 
apoiam nos mancais. 
A excessiva lubrificação dos mancais faz com que o virabrequim praticamente flutue 
em um banho de óleo durante o seu funcionamento. Além da facilidade oferecida pela 
lubrificação, raramente o virabrequim se quebra, pois atualmente o aço utilizado em 
sua fabricação é muito resistente e durável. 
 a
Quando o virabrequim não está perfeitamente equilibrado, 
o motor começa a trepidar e passa a forçar os mancais. Para 
consertar o problema, os virabrequins devem ser reequilibrados 
por máquinas especiais.
As trocas de óleo e do filtro devem ser feitas nos períodos recomendados, caso 
contrário, é provável que o virabrequim venha a ter problemas, porque a contaminação 
do óleo lubrificante com partículas abrasivas acaba riscando o virabrequim, diminuindo 
assim sua vida útil. A estocagem é outro ponto importante: deve ser feita sempre na 
vertical para não empenar a peça.
Fonte: www.shutterstock.com
23
A diferença básica entre os virabrequins é o número de mancais. Quanto maior o 
número de mancais, mais dividido fica o esforço que eles suportam. Assim eles podem 
ser menores no tamanho e ter vida útil mais longa. Por outro lado, quanto menor o 
número de mancais, mais barato fica o motor. Primeiro, devido à economia com a 
quantidade de mancais. Segundo, devido ao próprio formato do virabrequim, mais 
simples. Terceiro, devido ao formato do bloco do motor, que também fica mais simples.
Resumindo
A energia calorífica resultante da combustão da mistura gasosa se converte 
em energia mecânica por intermédio dos pistões, bielas e virabrequim. 
Graças a essa conversão, o veículo consegue se movimentar. 
Cada motor transforma a energia de uma maneira distinta. Assim, o 
rendimento do motor depende da quantidade de energia calorífica que ele 
transforma em energia mecânica.
Para suportar tamanho esforço, a estrutura do motor deve ser bastante 
rígida, suportando as elevadas pressões a que estão sujeitos os mancais do 
virabrequim e as demais peças internas.
Glossário
Inoperante: que não é capaz de operar e que não produz o efeito esperado.
24
 d
1 - Coloque V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) O moderno motor de 4 tempos é uma inveção do século XXI.
( ) O motor de arranque também é chamado de motor de partida.
( ) A queima do combustível no motor produz gases.
( ) Dentro do poistão do motor desloca-se o cilindro.
2 - O nome mais comum utilizado para se referir à arvore de 
manivelas é: 
( ) Caixa de manivelas.
( ) Árvore de marchas.
( ) Virabrequim.
( ) Viramanivelas.
3 - No motor de 4 tempos, o segundo tempo é aquele em que 
ocorre:
( ) Compressão.
( ) Admissão.
( ) Explosão.
( ) Combustão.
4 - O motor de arranque fornece ao veículo a energia necessária 
para colocar o motor em movimento. Ele alimenta o veículo com 
energia durante todo o tempo em que o veículo precisar e estiver 
em movimento. 
( ) Certo ( ) Errado
Atividades
25
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível 
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
BELLAGUARDA, G. M. Reparadoras de veículos e oficina mecânica. Porto Alegre: 
SEBRAE/RS, 2006.
COSTA, P. G. A bíblia do carro. 2001 – 2002. Disponível em: <https://www.rastrum.
com.br/dir_smb/manuais/automotivos/Mecanica%20Automotiva.PDF>. Acesso em: 3 
nov. 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível 
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 
1998.
LIMA, I. M.; REIS, N. G. Gestão de Empresas de Transportes. IDAQ/CNT: Brasília, 1997.
MARÇAL, R. F. Gestão da Manutenção. Ponta Grossa: Programa de Pós-Graduaçãoem 
Engenharia da Produção (PPGEP). Ponta grossa, 2004.
REVISTA MECÂNICA ONLINE. Curso básico de mecânica gratuito. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <https://www.iped.com.br/cotidiano/curso/mecanica-
automotiva>. Acesso em: 3 nov. 2016.
SAE BRASIL – Sociedade de Engenheiros para a Mobilidade. Página oficial. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.saebrasil.org.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado 
de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
portaldareparacao.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.
VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas. 
São Paulo: Pioneira, 1997.
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UNIDADE 3 | SISTEMAS 
DE LUBRIFICAÇÃO E 
ARREFECIMENTO
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Unidade 3 | Sistemas de Lubrificação e 
Arrefecimento
 f
Você sabe como evitar que o motor esquente demais? Como 
saber se temos que colocar água no radiador? O que é e qual a 
importância do sistema de arrefecimento?
A lubrificação e o arrefecimento buscam diminuir o atrito que ocorre com a movimentação 
das peças do motor, além de refrigerar as partes aquecidas pelo atrito. Nesta Unidade, 
vamos conhecer melhor esses processos.
Fonte: www.shutterstock.com
28
1. Sistemas de Lubrificação 
A função do óleo no motor não é 
apenas reduzir o atrito e o desgaste 
das peças móveis do motor. A 
lubrificação também é importante 
para evitar que os gases quentes 
escapem devido à alta pressão 
durante o funcionamento do motor 
e é responsável por dissipar o calor 
das zonas quentes do motor para 
o ar por meio do cárter. Além disso, 
a lubrificação reduz a corrosão dos 
metais expostos e absorve alguns dos 
resíduos nocivos gerados durante a 
combustão.
O óleo da lubrificação fica no cárter, 
localizado na parte inferior do motor. 
Ele é bombeado aos apoios principais 
passando por um filtro. A bomba é capaz de impulsionar vários litros de óleo por minuto. 
A partir dos apoios principais, o óleo segue através dos orifícios de alimentação ou 
canais para passagens abertas no virabrequim e para os apoios das cabeças das bielas.
As paredes dos cilindros e as buchas dos pinos dos pistões são lubrificadas pela 
aspersão do óleo que sai pelos lados dos apoios e é dispersado pela rotação da árvore 
de manivelas. O óleo em excesso é retirado dos cilindros por segmentos ou anéis 
raspadores existentes nos pistões e regressa ao cárter. 
 b
Assista a um vídeo mostrando como se dá a lubrificação:
http://tinyurl.com/gqz9qzq
Fonte: www.shutterstock.com 28
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O lubrificante é utilizado principalmente com a finalidade de diminuir o atrito e 
refrigerar as partes aquecidas durante o atrito. Porém, ele também evita o contato 
de metal contra metal, o que acarreta desgaste e aquecimento adicionais e, ainda, a 
corrosão e os depósitos. Para isso, os lubrificantes devem possuir certas propriedades, 
dentre as quais a mais importante é a viscosidade.
Uma das características utilizadas para medir a capacidade de lubrificação de um óleo 
é a sua viscosidade. Essa medida, associada a outras propriedades, permite classificar 
o óleo do motor.
Viscosidade é a medida da resistência que um determinado óleo 
oferece ao movimento. A viscosidade varia com a temperatura, 
pois quanto maior a temperatura, menor a viscosidade. A 
resistência que o óleo opõe ao movimento depende também da 
velocidade com que as peças se deslocam: quanto mais depressa 
as peças se deslocam, maior é a resistência que o óleo oferece. 
Utilize sempre o óleo indicado pelo fabricante do motor. Utilizar um óleo mais viscoso 
do que o indicado pode ajudar a reduzir a fuga de gases comprimidos. No entanto, ele 
poderá reduzir o torque e a potência do motor.
Existem várias classificações para os óleos lubrificantes, sendo as principais a SAE e a 
API. Classificação SAE: estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos dos 
Estados Unidos, classifica os óleos lubrificantes pela sua viscosidade, que é indicada 
por um número. Quanto maior esse número, mais viscoso é o lubrificante. 
 b
Compreenda os tipos de óleo e viscosidade:
http://tinyurl.com/h4aoe6w
Classificação API: desenvolvida pelo Instituto Americano do Petróleo, baseia-se em 
níveis de desempenho dos óleos lubrificantes. Classificados por duas letras, a primeira 
indica o tipo de combustível do motor, e a segunda, o tipo de serviço.
30
Um fluxo insuficiente de lubrificante pode causar um desgaste mais acelerado ou 
problemas nas engrenagens das peças móveis devido ao atrito entre os metais. Ele 
também pode causar um funcionamento deficiente do motor devido à destruição 
das superfícies dos segmentos ou anéis dos pistões, permitindo a passagem de gases 
muito quentes.
Os óleos lubrificantes para motores foram formulados para otimizar seu desempenho, 
auxiliando a:
• reduzir o consumo de óleo e combustível graças à baixa fricção;
• manter motor limpo, mesmo em condições severas de operação;
• reduzir o desgaste e prolongar a vida do motor.
Atualmente, são muito utilizados os óleos sintéticos, que possuem uma ligação química 
mais resistente do que os óleos minerais. Sua viscosidade se mantém por mais tempo 
e apresenta menor variação com a temperatura. Dessa maneira, os óleos lubrificantes 
sintéticos oferecem maior economia de combustível e no próprio consumo de 
lubrificantes. Além disso, com o uso de óleos sintéticos, o motor mantém-se limpo sem 
acumular sedimentos no cárter. 
 a
Um nível de óleo muito baixo é causa frequente de avarias nos 
componentes do motor. Por isso, verifique sempre os níveis 
do óleo do motor, da transmissão, do sistema hidráulico e dos 
eixos, obedecendo aos intervalos regulares sugeridos pelo 
fabricante descritos no manual do veículo. 
Todo o óleo usado e retirado dos motores deve ser tratado como um resíduo perigoso 
para o ambiente, pois contém substâncias cancerígenas e poluentes (chumbo, níquel e 
cobalto). Para o descarte desse material, siga todas as normas presentes na legislação. 
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 b
Veja o destino que o óleo de lubrificação usado tem: 
http://tinyurl.com/z6fbjv7
Nunca permita a queima do óleo, pois ela pode produzir dioxinas tóxicas, vapores e 
névoa que irritam as vias respiratórias, podendo também causar danos no sistema 
nervoso e nos pulmões.
 e
O nível de óleo deve estar sempre entre as marcas “Mín.” e 
“Máx.” da vareta de medição, garantindo que a bomba tenha 
condições de captar no cárter o óleo necessário e que o 
lubrificante não alcance as partes superiores dos cilindros e 
das câmaras de combustão do motor. Manter um nível baixo 
pode causar danos ou quebra do motor. Já o nível muito alto 
pode causar carbonização excessiva, o que leva à perda de 
rendimento.
 b
Assista ao vídeo e veja como deve ser feita a troca de óleo do 
motor:
http://tinyurl.com/z4ntxp8.
32
2. Sistema de Arrefecimento 
O sistema de arrefecimento equivale ao que conhecemos como sistema de resfriamento 
ou sistema de refrigeração. Apesar de ser menos conhecido e menos utilizado, 
arrefecimento é o nome correto para esse processo.
Todos os motores precisam ser resfriados, pois eles se aquecem durante o 
funcionamento. Apenas um quarto de toda a energia gerada no motor a explosão é 
utilizada; o calor restante é dissipado. A queima de combustível gera calor e a câmara 
de combustão fica quente. Em consequência disso, todos os componentes do motor 
ficam quentes e precisam ser resfriados, caso contrário, suas peças aumentam de 
tamanho e não funcionam adequadamente. 
Se o cilindro não for resfriado, não haverá dissipação de calor. Quando isso ocorre, 
o pistão se dilata e se prende a ele. Nos casos em que a temperatura da água de 
refrigeração se eleva, é porque os pistões “agarraram” no cilindro. Diz-se, então, que o 
motor “engripou” ou “fundiu”.
Existem dois tipos de sistema de resfriamento: o direto e o indireto. No sistema 
direto, o ar circulaatravés das aletas existentes no exterior dos cilindros e na cabeça 
dos cilindros, resfriando as peças do motor. Já no sistema indireto, um líquido de 
resfriamento (geralmente água) circula pelos canais existentes no interior do motor, 
sendo posteriormente resfriado pelo ar.
 b
Sistema de arrefecimento do motor:
http://tinyurl.com/h8klhdb
O resfriamento por ar sem condutores próprios e sem circulação forçada por meio de 
ventilador não permite um efeito uniforme em todos os cilindros. Para resolver essa 
dificuldade, os motores arrefecidos a ar possuem um ventilador que faz incidir sobre 
os cilindros uma corrente de ar. Um controle termostático regula o fluxo do ar para 
garantir as condições térmicas satisfatórias para o funcionamento do motor. Esse tipo 
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de motor é mais ruidoso que um motor arrefecido por água, pois a camisa de água 
amortece uma grande parte do ruído do motor. Normalmente, os motores resfriados 
a ar são de pequeno porte.
 a
Nos motores grandes, a quantidade de calor a ser retirada é 
tão grande que o sistema de resfriamento por água é mais 
indicado.
Uma exceção bastante comum é o resfriamento de motores de avião, que são 
resfriados a ar. Primeiro, porque esse elemento é abundante. Segundo, porque, devido 
à velocidade de deslocamento, ele é capaz de dissipar todo o calor gerado. 
Um sistema de resfriamento por água apresenta as seguintes partes:
• uma camisa de água, que rodeia as partes quentes do motor, tais como os 
cilindros, as câmaras de explosão e as saídas do escapamento;
• um radiador, no qual a água quente do motor é arrefecida pelo ar;
• um ventilador, que faz circular o ar através do radiador;
• mangueiras existentes na parte superior e 
inferior do radiador e que o ligam ao motor para 
estabelecer um circuito fechado;
• uma bomba, que faz circular a água. 
Durante o processo de arrefecimento, a água entra 
em contato com o cilindro e resfria todas as peças que 
se aquecem no motor , ficando aquecida com o calor 
retirado. Em seguida, a água aquecida caminha para 
o radiador por uma mangueira que existe na parte de 
cima do motor. A água entra no radiador, que é uma 
peça formada por colmeias, onde um ventilador gira e 
faz o ar passar pela colmeia em alta velocidade. Fonte: www.shutterstock.com
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O ar entra pela frente do carro, pela grade do radiador, passa pelo radiador e resfria a 
água que se encontra no seu inferior. O ar se aquece, mas ainda pode ser aproveitado 
para resfriar o bloco do motor. A água que se encontra dentro do radiador está mais fria 
e, como ela é mais pesada que a água quente, desce e vai parar no fundo do radiador. 
A água fria segue por uma mangueira que conecta o radiador ao motor e retorna ao 
motor para novamente esfriá-lo. 
Um termostato montado na saída da água do motor reduz a circulação da água 
até que o motor atinja a temperatura normal de funcionamento. Para o perfeito 
funcionamento de um motor, seja qual for sua velocidade, a temperatura do líquido 
de arrefecimento em um ponto próximo do termostato deve se manter entre 80º e 
115º C. Quando há falta de água no radiador ou no caso de esforço excessivo (subidas 
longas e acentuadas), pode ocorrer sobreaquecimento do motor.
Para impedir que isso ocorra, é preciso que o radiador tenha um orifício por onde 
o excesso de vapor possa sair. Costuma-se dizer que esse é um orifício ou tubo de 
“alívio”, porque alivia a pressão. O vapor ou a água em excesso escorre por ele e cai no 
chão, embaixo do veículo, sem perigo para as pessoas.
Saindo da parte superior, existe um pequeno tubo que desce ao longo do radiador até 
aparecer por baixo dele. Trata-se do “ladrão”, como é conhecido, e se destina a deixar 
escapar qualquer excesso de água que porventura exista no radiador, quando este se 
enche ou quando a água ferve. 
Resumindo
Os sistemas de lubrificação e arrefecimento têm a função de permitir o 
resfriamento do motor, principalmente das partes que produzem mais 
calor durante o seu funcionamento.
Óleos lubrificantes e líquidos de arrefecimento são especialmente 
fabricados segundo as especificidades de cada tipo de veículo. 
Lembre-se de seguir as instruções do fabricante do motor e adquirir os 
óleos e líquidos adequados. O motor irá funcionar muito melhor, gerando 
menores despesas, e terá uma vida útil muito mais longa.
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Glossário
Dissipado: desaparecer ou dispersar-se
Incidir: atingir, algo ou alguém que seja afetado de alguma forma.
36
 d
1 - O sistema de arrefecimento equivale ao que conhecemos 
como sistema de resfriamento ou sistema de refrigeração.
( ) Certo ( ) Errado
2 - Um sistema de arrefecimento do motor que utiliza água 
para o resfriamento é composto principalmente por: 
( ) ventilador, exaustor, bomba e mangueiras.
( ) radiador, ventilador, bomba e mangueiras.
( ) radiador, ventilador, exaustor e mangueiras.
( ) exaustor, ventilador, anilhas e mangueiras.
3 - A lubrificação é muito importante para o bom 
funcionamento do motor. Dentre os fatores que a tornam 
imprescindível estão:
( ) reduzir o atrito e o desgaste das peças móveis do motor.
( ) aumentar a produção de calor no motor sob alta pressão.
( ) manter o calor das zonas quentes do motor, evitando 
resfriá-lo.
( ) aumentar a corrosão dos metais expostos.
4 - No sistema de arrefecimento por água, durante o 
processo de resfriamento, a água entra em contato com o 
cilindro e com todas as peças que se aquecem no motor. Ela 
resfria essas partes e fica aquecida com o calor retirado.
( ) Certo ( ) Errado
Atividades
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Referências
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em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
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SEBRAE/RS, 2006.
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1998.
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SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado 
de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
portaldareparacao.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.
VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas. 
São Paulo: Pioneira, 1997.
	Apresentação
	Unidade 1 | Composição Básica e Funcionamento Veicular
	1. Estrutura Básica dos Veículos
	2. Chassi
	3. Carroceria
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	Unidade 2 | Conhecendo o Sistema Motor
	1. Constituição Básica do Motor 
	4. Árvore de Manivelas 
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	Unidade 3 | Sistemas de Lubrificação e Arrefecimento
	1. Sistemas de Lubrificação 
	2. Sistema de Arrefecimento 
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	Atividades
	Referências

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