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Monalisa Cirqueira - MEDUFOB Monalisa Cirqueira – MEDUFOB VASCULARIZAÇÃO DO SNC INTRODUÇÃO O sistema nervoso exige um suprimento permanente e elevado de oxigênio e glicose. O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é diretamente proporcional à PA e inversamente proporcional à resistência cerebrovascular (RCV) RCV depende de: · Pressão intracraniana – seu aumento eleva a RCV · Condição dos vasos · Viscosidade do sangue · Diâmetro dos vasos ORIGEM · Arco aórtico · Artéria carótida comum direita origina-se do tronco braquiocefálico · Artéria carótida comum esquerda origina-se diretamente do arco aórtico · Artérias vertebrais originam-se das artérias subclávias direita e esquerda, respectivamente DIVISÃO TERRITORIAL Compartimento Supratentorial: território carotídeo · Tem um componente do território vertebro-basilar, a artéria cerebral posterior · Encéfalo e núcleos da base Compartimento Infratentorial: território vertebro-basilar LEITO CAROTÍDEO · Artéria carótida comum artéria carótida interna artérias cerebrais média e anterior LEITO VERTEBRO-BASILAR · Artérias vertebrais artéria basilar artéria cerebelosa póstero-inferior e póstero superior artérias pontinas artéria cerebelosa superior artérias cerebrais posteriores ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM Bifurca-se ao nível de C3C4 – no ângulo da mandíbula artértia carótida interna (ACI) e externa (ACE). Bulbo carotídeo: dilatação ao nível da bifurcação da ACC · Baroreceptores – controle da pressão local em que é realizada a massagem do bulbo carótideo para diminuir a frequência cardíaca · Quimiorreceptores – detectam a saturação de oxigênio ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA Vasculariza as estruturas da cabeça e pescoço extracranianas, bem como as meninges. · Tem ramos na região do pescoço Numerosos ramos e anastomoses com a artéria carótida interna e artérias vertebrais (importante circulação colateral) · Artéria facial – importante anastomose com artéria oftálmica COMPARTIMENTO SUPRATENTORIAL ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA Penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo, na porção petrosa do osso temporal, na base do crânio. Passa pelo seio cavernoso, formando um “S”, o sifão carotídeo. Depois, perfura a dura-máter e a aracnoide chegando no espaço subaracnóide, no início do sulco lateral, divide-se nos seus ramos terminais: artéria cerebral anterior e artéria cerebral média. Compartimento carotídeo é formado pelas ACI e seus ramos. · Vascularização da maior porção do encéfalo e núcleos da base Artéria oftálmica: primeiro ramo intracraniano da ACI · Ramo da ACI – artéria hipofisária superior: nutre o lobo anterior, haste da hipófise, nervo óptico e quiasma óptico Comunicante posterior: comunica a ACI com a artéria cerebral posterior. É comum ter aneurismas nessa região. · C1 – segmento cervical · C2 – segmento petroso · C3 – segmento lácero · C4 – segmento cavernoso · C5- segmento clinoideo · C6 – segmento oftálmico · C7 – segmento comunicante Coroidea anterior: vasculariza estruturas da capsula interna (trato corticoespinhal) e núcleos da base; parte medial do lobo temporal. Ramos terminais da ACI: artéria cerebral média e cerebral anterior. ARTÉRIAS CEREBRAIS ANTERIORES - ACA Ramos perfurantes: artérias lentículo-estriadas mediais para a cabeça do núcleo caudado, parte anterior e medial dos núcleos da base, partes inferior e medial da cápsula interna, rostro do corpo caloso e comissura anterior. Ramos corticais: vascularizam a face medial do telencéfalo anterior ao sulco parietocciptal + uma faixa do córtex com largura de aproximadamente 2,5 cm na face lateral adjacente: · Giro pré-central parte medial – área da perna · Giro pós-central: uma pequena porção · Órbito frontal, frontopolar, pericalosa, calosa marginal e esplênica (espleno do corpo caloso) Síndrome da ACA – déficit motor e sensitivo contralateral, principalmente perna e pé + distúrbios de comportamento (lobos frontal e parietal), incapacidade de identificar objetos e apatia. ACA ACM ACP ACA ACM ACP ARTERIA CEREBRAL MÉDIA Maior dos dois ramos terminais da artéria carótida interna. · Supre uma extensa área que inclui a maior parte da superfície lateral dos hemisférios cerebrais face súperolateral de cada hemisfério · Irriga a área motora e somestésica, e as áreas da fala Ramos importantes: · Ramos perfurantes: artéria lentículo-estriadas laterais: maior parte do núcleo caudado e capsula interna, bem como a maior parte dos núcleos da base · Ramos corticais: vascularizam a maior parte do hemisfério cerebral, na sua face lateral Síndrome da ACM: hemiparesia e perda hemissensitiva contralateral, principalmente de face e rosto + afasia (se hemisfério esquerdo afetado) + hemianopsia homônima contralateral + anosognosia (negação da doença). COMPARTIMENTO INFRATENTORIAL ARTERIA CEREBRAL POSTERIOR Ramos terminais da artéria basilar (formada pelas artérias vertebrais). Tem contribuição no compartimento Supratentorial. Ramos importantes: · Ramos centrais (perfurantes): artéria tálamo-geniculadas e tálamo-perfurantes · Ramos corticais: artéria temporal anterior e temporal posterior, artéria parieto-occipital, artéria calcarina área primária da visão Território vascular: · Ramos perfurantes: parte central e basal do encéfalo – maior parte do tálamo, parte posterior da capsula interna, mesencéfalo · Ramos corticais: em geral, os ramos corticais da ACP nutrem o terço posterior do cérebro ao longo da fissura inter-hemisférica e a maior parte do lobo occipital Síndrome da ACP: hemianopsia homônima contralateral + agnosia visual + comprometimento da memória SISTEMA VERTEBRO-BASILAR Responsável pela vascularização da ponte, bulbo e cerebelo. Artérias vertebrais: a partir das artérias subclávias, vai de C1 até C6 pelos forames tranversos; entra na fossa posterior pelo forame magno e termina próximo a junção pontobulbar, unindo-se com a artéria contra-lateral para formar a artéria basilar na linha média. Ramos importantes: · Artéria espinhais anteriores e posteriores · Artéria cerebelar inferior posterior (PICA) Território vascular: · Parte lateral do bulbo, superior da medula, parte inferior do hemisfério cerebelar e do vérmis tronco cerebral e cerebelo ARTÉRIA BASILAR · Vaso mediano grande, formado pela confluência das duas artérias vertebrais · Bifurcação terminal nas artérias cerebrais posteriores · Localiza-se anteriormente à ponte (sulco da artéria basilar) Ramos: · Artéria labirínticas – auditivas internas · Artérias perfurantes pontinas · Artérias cerebelares inferior anterior · Artérias cerebelares superiores – irriga o mesencéfalo e maior parte do cerebelo · Artérias cerebrais posteriores Território vascular: · A maior parte do tronco cerebral · Maior parte do cerebelo – porção media e superior e vermis · Lobo occipital e temporal (com as ACP) · Mesencéfalo, parte do tálamo, parte posterior da capsula interna (com as perfurantes da ACP) POLÍGONO DE WILLIS É um círculo arterial do cérebro · Importante fonte de circulação colateral Obs: A ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA NÃO FAZ PARTE DO POLÍGONO Artéria basilar, artéria carótida interna, artéria cerebral posterior, artéria comunicante posterior e comunicante anterior; cerebral anterior CIRCULAÇÃO VENOSA I - Seios durais II - Sistema venoso supratentorial · Superficial · Profundo III - Sistema venoso infratentorial: tem muita anastomose SISTEMA DURAL Canais revestidos por endotélio localizados entre as camadas interna e externa da dura-máter. · Não possui válvulas e suas paredes são desprovidas de tecido muscular · Coletam o sangue das veias superficiais e profundas, formando a principal via de drenagem da cavidade craniana e de seu conteúdo · Existem comunicações com o sistema venoso extracraniano (veias diploicas), podendo fornecer uma via potencial de drenagem em caso de oclusão venosa cerebral · Seio sagital superior e inferior · Seio reto · Confluência dos seios – torcular de herophilo · Seio transverso – seio sigmoide veia jugular interna Seio cavernoso – lado a lado com asela túrcica drenagem das órbitas através das veias oftálmicas · Seio intercavernosos · Seios petrosos superior e inferior · Seio occipital SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL Correm ao longo dos sulcos superficiais, drenando o córtex e substância branca adjacente. · Muito variáveis tanto em número quanto em configuração · Abundantes anastomoses entre as veias cerebrais superficiais e destas com as veias cerebrais profundas · Principais · Veia cerebral media superficial · Veia anastomótica inferior ou de Labbé drenam córtex e subs branca · Veia anastomótica superior ou veia de Trolard SISTEMA VENOSO PROFUNDO Coleta o sangue das estruturas profundas, subs branca e núcleos da base. Principais – em ordem · Veias medulares – pequenas e profundas · Veias subependimárias · Veias septais · Veias tálamo-estriadas · Veias cerebrais internas · Veias basais de Rosenthal · Veia de galeno – veia cerebral Magna é impar e está intimamente relacionada com o epitálamo, próxima a glândula pineal drena para o seio reto · Seio reto FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) deve ser constante para fornecer oxigênio, glicose e outros nutrientes, bem como remover CO2, ácido láctico e outros metabólitos. A pressão arterial é o fator mais importante que força o sangue para o encéfalo! Forças que contrapõem a PA: · PIC elevada · Aumento da viscosidade sanguínea · Diminuição do diâmetro vascular A pressão de perfusão cerebral = PAM – PIC! Fluxo sanguíneo cerebral é cerca de 50-60 mL/100g de tecido cerebral por minuto. Como é feita a autorregulação da circulação cerebral? O FSC permanece notavelmente constante, apesar de alterações na PA. Isso ocorre por conta de uma redução compensatória da resistência vascular cerebral (RVC) quando a PA diminui e por um aumento da RVC quando a PA aumenta. O maior estímulo vasodilatador cerebral é a concentração de CO2 e íons H+, uma redução de O2 também provoca vasodilatação.
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