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Pulsão: A Força Motriz do Psiquismo

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PULSÃO
Em 1895, no Projeto para uma Psicologia Científica, Freud coloca à base do psiquismo humano a necessidade de reduzir as tensões ao mínimo necessário para a sobrevivência. O que provoca a tensão é a configuração pulsional do psiquismo humano. As excitações não vêm apenas do mundo externo, mas também do próprio organismo humano. 
Pulsão
O aumento da tensão evidentemente origina desprazer, que, por sua vez, resulta numa descarga em busca do prazer (alívio).
 A partir deste processo, Freud chegou á sua primeira formulação: o que caracterizaria o funcionamento do psiquismo seria a dominância do princípio do prazer, isto é, na base da atividade pulsional humana estaria o princípio de prazer.
Pulsão
O que é pulsão?
	Processo dinâmico que consiste numa pressão ou força que faz o organismo tender para um objetivo. A fonte da pulsão está numa excitação corporal (estado de tensão) e seu objetivo ou meta é suprimir o estado de tensão que reina na fonte pulsional. É no objeto, ou graças a ele, que a pulsão pode atingir sua meta.
	Em muitos de seus textos Freud concebeu que pulsão representa o conceito de algo que é limite entre o somático e o psíquico.
Pulsão
Trata-se, portanto, de uma fonte de excitação que estimula o organismo a partir de necessidades vitais interiores e o impele a executar a descarga desta excitação para determinado alvo.
Freud considerou a concepção de pulsão como um eixo central dos conceitos psicanalíticos, tanto que ele a ligou com a necessidade de sobrevivência e, a partir daí, caracterizou o desejo como um impulso que visa repetir experiências.
Pulsão
“A teoria das pulsões é, por assim dizer, nossa mitologia” , escreve Freud (ESB, v. XXII, p. 119).
A pulsão (Trieb) em Freud: ela nunca se dá por si mesma (nem a nível consciente, nem a nível inconsciente), ela só é conhecida pelos seus representantes: a ideia (Vorstellung) e o afeto (Affekt). Além do mais, ela é meio física e meio psíquica. Daí seu caráter “mitológico”.
Pulsão
Convém afastar um confusão: é a que diz respeito aos termos “pulsão” e “ instinto”.
A diferença fundamental entre a pulsão (Trieb) e o instinto (Instinkt) é que este último, além de designar um comportamento hereditariamente fixado, possui um objeto específico.
A pulsão não implica nem comportamento pré-formado, nem objeto específico. É exatamente a variação quanto ao objetivo e ao objeto que se vai constituir num dos pontos centrais da teoria pulsional.
Pulsão
Pulsão, diz Freud, é “um conceito situado na fronteira entre o mental e o somático”; ou ainda, “é o representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a mente” 
(ESB, v. XIV, p. 142).
Pulsão
No artigo O inconsciente, Freud afirma que uma pulsão nunca pode tornar-se objeto da consciência e que mesmo no inconsciente ela é sempre representada por uma ideia (Vorstellung) ou por um afeto (Affekt). 
Pulsão
Representante ideativo: é um registro da pulsão no psiquismo (o outro é o afeto): o representante ideativo é o que constitui, propriamente, o conteúdo do inconsciente (pois o afeto não pode ser inconsciente) e também aquilo que constitui o inconsciente, já que é sobre ele que incide o processo de recalcamento. Como vimos, uma pulsão não pode ser recalcada; o que é recalcado é o seu representante ideativo.
Pulsão
 Afeto é o outro registro em que se faz a representação psíquica. Ele é a expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional. O afeto e o representante ideativo são independentes. Os destinos do afeto são diferentes dos destinos do representante ideativo. Não se pode, a rigor, falar em “afeto inconsciente”; a nível inconsciente o afeto tem de se ligar a uma ideia (representante ideativo).
Pulsão
Fonte: provém das necessidades;
Força (pressão): determina o aspecto quantitativo da energia pulsional.
Finalidade (objetivo): descarga da excitação para conseguir o retorno ao estado de equilíbrio (homeostase);
Objeto: é aquele capaz de satisfazer e apaziguar o estado de tensão interna oriunda das excitações do corpo.
Fatores da Pulsão
A fonte da pulsão é corporal, não psíquica; é um “processo somático que ocorre num órgão ou parte do corpo e cuja excitação é representada na vida mental pela pulsão”
 Em As pulsões e seus destinos, Freud declara que as pulsões são inteiramente determinadas por sua origem numa fonte somática. Há um apoio da pulsão sobre “uma das funções somáticas vitais”, isto é, sobre o instinto.
Pulsão
O que caracteriza o apoio é o fato de, no início, a pulsões serem de autoconservação. Um exemplo é o da atividade do lactente: paralelamente à satisfação decorrente da ingestão do alimento, dá-se a excitação dos lábios e da língua pelo peito, o que provoca um outro tipo de satisfação que, apesar de apoiar-se na satisfação da necessidade instintiva, não é redutível a ela. 
Essa segunda satisfação é de natureza sexual.
Pulsão
A pulsão é o instinto que se desnaturaliza, que se desvia de seus objetos específicos; ela é o efeito marginal desse apoio-desvio. 
A pulsão de fato se apoia no instinto, mas não se reduz a ele.
O apoio é o momento de constituição de uma diferença, é ao mesmo tempo um momento de ruptura. Dessa forma, o apoio marca a não continuidade entre o instinto e a pulsão
Pulsão
Por pressão (ou força) compreendemos seu fator motor, a quantidade de força ou a medida da exigência de trabalho que ela apresenta.
A pressão é o elemento motor que impele o organismo para a ação específica responsável pela eliminação da tensão.
Pulsão
O objetivo (ou finalidade) da pulsão é sempre a satisfação, sendo que “satisfação” é definida como a redução da tensão provocada pela pressão.
A especificidade do objetivo passa a ser dependente tanto da fonte quanto do objeto, sendo que este último, como veremos é o que há de mais variável na pulsão
Pulsão
O objeto da pulsão é a “coisa” em relação à qual ou através da qual a pulsão é capaz de atingir seu objetivo e é o que há de mais variável numa pulsão.
Perde toda e qualquer especificidade, e é sob esse prisma que Freud afirma que é o que há de mais variável na pulsão.
Pulsão
Tendo a pulsão apenas o objetivo da satisfação e que esta não se dá de forma direta e imediata, mas que, por exigência da censura, ela implica sempre uma modificação da pulsão, os destinos da pulsão são também apresentados por Freud como modalidades de defesa. 
Pulsão
A rigor, uma pulsão não pode ser nem destruída nem inibida; uma vez tendo surgido, ela tende para a satisfação.
Aquilo sobre o qual vai incidir a defesa é sobre os representantes psíquicos da pulsão, os quais vão conhecer destinos diversos.
Pulsão
I) Reversão ao seu oposto: essa reversão pode manifestar-se de duas maneiras:
Como uma reversão do objetivo da pulsão: uma mudança da atividade para a passividade;
Como uma reversão do conteúdo, a qual, segundo Freud, encontra-se no exemplo isolado da transformação do amor em ódio
Destinos do Representante Ideativo da Pulsão
II) O retorno da pulsão em direção ao próprio eu do indivíduo: caracteriza-se essencialmente por uma mudança do objeto, permanecendo inalterado o objetivo. 
	É na análise dos dois pares de opostos, sadismo-masoquismo e voyeurismo-exibicionismo, que vamos encontrar os exemplos.
Destinos do Representante Ideativo da Pulsão
III) Sublimação: a pulsão muda seu objeto, deixando sua característica sexual e buscando a valorização social. A pulsão sexual encontra sua satisfação parcial na execução de atividades valorizadas socialmente, como a ciência, a arte e as letras, por exemplo. 
Esta forma de satisfazer a pulsão é menos egoísta e mais socialmente responsável. Mesmo assim, a pulsão motora da sublimação não deixa de ser sexual.
Destinos do Representante Ideativo da Pulsão
IV) Recalque: é a tentativa de tornar inoperante uma pulsão pelo fato de sua descarga ser proibida ou desprazerosa. Se a economia prazer-desprazer implicar que a descarga da pulsão traga muito desprazera uma instância psíquica, esta pulsão será recalcada, levada para o inconsciente e deverá ser satisfeita de outra forma, quem sabe pela sublimação.
Destinos do Representante Ideativo da Pulsão
Freud considerou a existência de uma dualidade pulsional em qualquer ser humano. Por um lado existe o amor, a preservação da própria vida, a garantia da preservação da espécie através do sexo, o erotismo; por outro lado, de forma concomitante e fusionada, também agem pulsões de autodestruição, de ódio, da morte como destino inevitável.
Pulsão de vida e pulsão de morte
A essa polaridade Freud deu nome inspirado em duas figuras da mitologia grega: Eros e Tanatos.
Eros (pulsão de vida): significa amor, paixão amorosa, desejo ardente.
Tanatos (pulsão de morte): é a personificação da morte.
	
	Foi em Além do princípio do prazer (1920) que Freud introduziu essa oposição.
Pulsão de vida e pulsão de morte
Pulsão de vida: abrange pulsões sexuais e de autoconservação. Conservam as unidades vitais.
Pulsão de morte: tende para o retorno ao estado anorgânico que se supõe ser o estado de repouso absoluto, tendem para redução completa das tensões, para volta ao estado anterior (pensemos que o ser vivo antes de “ser vivo” é “ser não vivo”). São voltadas ao interior, autodestruição, e para o exterior, manifestando-se em agressão ou destruição. 
Pulsão: de vida e de morte
A energia libidinal é dirigida aos objetos através das pulsões de vida. Freud acreditava que o sentido das pulsões de vida era buscar a coesão, tornar as coisas unidas. Já a pulsão de morte, teria a função de destruição.
A idéia da pulsão de morte não é a de que o indivíduo irá atacar o ambiente, mas sim atacar a si próprio, porém, a energia libidinal acaba pressionando a energia agressiva a ser dirigida contra o ambiente.
Pulsão: de vida e de morte
A pulsão de morte tende a desintegrar o organismo, então, a tarefa da libido seria de desembaraçar-se da autodestruição e voltar-se para o exterior, daí a pulsão de destruição ou agressão (por exemplo, sadismo). 
Porém, uma parte da energia não se desloca e permanece no organismo (por exemplo: masoquismo).
Pulsão de morte
A pulsão de morte seria essencialmente conservadora, pois seu objetivo é voltar a um estado antigo de coisas, um estado inicial de que a entidade viva se afastou e ao qual se esforça por retornar. Tudo o que vive tende a morrer por razões internas (naturais), a tornar-se novamente anorgânico, neste sentido o objetivo de toda vida é a morte. 
Isto levou Freud a afirmar paradoxalmente que as pulsões de auto-conservação tendem apenas a fazer com que o organismo morra de seu próprio modo.
Pulsão
A pulsão de vida seria representada pelas ligações amorosas que estabelecemos com o mundo, com as outras pessoas e com nós mesmos, enquanto a pulsão de morte seria manifestada pela agressividade que poderá estar voltada para si mesmo e para o outro.
A pulsão de vida e a pulsão de morte estão conectadas, fundidas e onde há pulsão de vida, encontramos, também, a pulsão de morte. A conexão só seria acabada com a morte física do sujeito.
Resumindo Pulsões
Podemos constatar o enlaçamento existente entre as pulsões na dinâmica da angústia.  A pulsão de morte no sujeito será a responsável pela elevação da tensão que será escoada pela pulsão de vida e levará o indivíduo, impulsionado pelo princípio do prazer, a procurar objetos que venham minimizar os impactos da angústia.
Resumindo Pulsões
Então, a função da pulsão de vida seria, sob este ponto de vista, o de garantir, ou descobrir caminhos, para que o organismo siga sua rota até a meta final da vida sem ser interrompido por causas externas, podendo retornar ao estado anorgânico à sua própria maneira: o que nos resta é o fato de que o organismo deseja morrer apenas do seu próprio modo. E Eros é extremamente conservador, pois busca resistir às influências externas e urge por preservar a vida mais longamente
Resumindo Pulsões

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