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UNIDADE IV • <Título da Unidade IV> 1 ENCONTRO 01: FISIOLOGIA DA DOR (TRANSDUÇÃO E TRANSMISSÃO) 1 Introdução Olá, estudante. Tudo bem? Com certeza você já sentiu algum tipo de dor, não é mesmo? Nesse encontro começaremos nossa incursão pela fisiologia da dor. Agora que você já conhece o que é dor e o que são os nociceptores, vamos aprofundar nosso conhecimento sobre quais são os tipos desses nociceptores e fibras nociceptivas. Acredite! Você verá que entender sobre a dor não é tão complicado como pode, inicialmente, parecer. Vamos lá? A dor é uma sensação desagradável, constituindo um dos componentes essenciais do sistema de defesa do organismo. Fornece um rápido aviso ao sistema nervoso para iniciar uma resposta motora e minimizar o prejuízo físico. 2 Desenvolvimento Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor pode ser definida como uma “experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão tecidual, efetiva ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão”. Observe que em cada dor, podemos observar quatro particularidades: ✔ A Nocicepção, que permite detectar o estímulo nóxico ALGOLOGIA CURSO: FISIOTERAPIA PROFESSOR(A): DANIELA SÃO PAULO VIEIRA UNIDADE IV • <Título da Unidade IV> 2 ✔ A Percepção, que consiste na forma como o organismo sente o estímulo ✔ O Sofrimento ✔ O Comportamento Note que estas características surgem sempre na dor mas em proporções diferentes consoante o tipo, no entanto, torna-se necessário saber que existe um limite, abaixo do qual a dor não é sentida, sendo conhecido por limiar da percepção, e existe também um limite, acima do qual a dor se torna insuportável designado de limiar de tolerância. Toda experiência dolorosa se inicia nos neurônios sensoriais primários, também conhecidos como nociceptores, especializados em conduzir a informação dolorosa desde a periferia até o SNC, particularmente para a medula espinhal. Quando estes neurónios são ativados, enviam um sinal através das suas longas fibras até à medula espinal e em seguida para o cérebro, onde a dor é experienciada. Vamos entender melhor como esse processo acontece? Após a detecção de um estímulo nociceptivo, ocorre uma série de eventos tanto elétricos como químicos. A primeira etapa é a transdução, onde a energia do estímulo externo é convertida em atividade eletrofisiológica. Qualquer que seja a natureza do estímulo, este provoca de imediato uma mudança no potencial de membrana. Por consequência vai ocorrer uma alteração membrana à permeabilidade de íons surgindo uma onda de despolarização/repolarização, que é transmitida unidirecionalmente ao longo da membrana da célula nervosa, desde a periferia até ao SNC (Figura abaixo). UNIDADE IV • <Título da Unidade IV> 3 Os neurônios de primeira ordem são classificados em três grandes grupos, segundo seu diâmetro, seu grau de mielinização e sua velocidade de condução: Fibras Aβ, Fibras Aδ e Fibras C. Uma vez instalado o estímulo nociceptivo, diversas alterações neuroendócrinas acontecem, promovendo um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central e periférico. Na segunda fase, ocorre a transmissão, onde a informação codificada é transmitida através da via medula espinhal para o tronco encefálico e tálamo. Finalmente, as ligações entre o tálamo e centros corticais superiores procedem ao controle da percepção e da resposta de integração afetiva à dor. ATENÇÃO Os receptores específicos para a dor estão localizados nas terminações de fibras nervosas Aδ e C e, quando ativados, sofrem alterações na sua membrana, permitindo a deflagração de potenciais de ação. UNIDADE IV • <Título da Unidade IV> 4 3 Encerramento Durante a leitura você aprendeu que a dor é uma interação complexa que envolve fatores sensoriais, emocionais e comportamentais, e portanto, a sua definição e tratamento deve incluir todos esses aspectos. Os estímulos podem ativar o sistema nociceptivo, mas estes apenas podem ser percebidos como dolorosos quando o estímulo atinge o córtex cerebral. A dor é um componente essencial de resposta ao stress decorrente de uma lesão e por isso, deve ser gerida de forma adequada para otimizar a recuperação do paciente e minimizar as complicações. Para saber mais sobre como as informações dolorosas são transmitidas de uma região para outra, ouça o podcast desse encontro. Enquanto isso, que tal testar seus conhecimentos respondendo nossa Atividade Diagnóstica? Vamos lá, mãos a obra! Aproveite os materiais da pré-aula e continue aprofundando os seus estudos. Anote as dúvidas e me conte ao vivo. Te espero lá, na nossa sala de aula virtual. REFERÊNCIAS Minson, Fabiola Peixoto; Morete, Marcia Carla; Marangoni, Marco Aurelio. Bases Neurofisiológicas da Dor. DOR. Manuais de Especialização – Albert Einstein. Manole: São Paulo, 2014
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