Grátis
6 pág.

Denunciar
Pré-visualização | Página 1 de 3
Princípios Constitucionais Princípios Fundamentais • Todo o sistema do direito administrativo se constrói sobre dois princípios fundamentais que, apesar de não terem sido previstos na Constituição Federal de 1988, representam a base de toda a disciplina administrativa: ✓ princípio da supremacia do interesse público sobre o particular ✓ princípio da indisponibilidade do interesse público pela Administração. Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular • Proclama a superioridade do interesse da coletividade firmando a prevalência dele sobre o particular • Quando em conflito, o interesse público sempre prevalece sobre o particular. • “Significa que o Poder Público se encontra em situação de autoridade relativamente aos particulares como condição indispensável para gerir os interesses públicos postos em confronto”. (Bandeira de Mello). Princípio da indisponibilidade dos interesses públicos pela Administração • Significa que sendo qualificados como próprios da coletividade – internos ao setor público-, não se encontram à livre disposição de quem quer que seja, por serem inapropriáveis.” (Bandeira de Mello). • Na administração pública não há liberdade pessoal de modo que o administrador não pode dispor dos interesses públicos como bem quiser, mas deve sempre obedecer a vontade da lei. Princípios Constitucionais Art. 37, caput, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: • A CF faz menções a alguns princípios a que se submete toda a Administração Pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes estatais, federal, estadual e municipal Atenção: PEC 32/20 Reforma Administrativa, pode alterar o 37, caput (insere vários princípios no art. 37, tendo como principal ponto de divergência a alteração da estabilidade do servidor público) L Legalidade I Impessoalidade M Moralidade administrativa P Publicidade E Eficiência Princípio da Legalidade • Na relação administrativa, a vontade do Estado é a que decorre da lei. • Segunda o princípio da legalidade, a Adm. só pode fazer o que a lei permite. • No âmbito das relações entre particulares, o princípio aplicável é o da autonomia da vontade, que lhes permite fazer tudo o que a lei não proíbe • A legalidade pode ser observada tanto no artigo 5°, inciso II, como no artigo 37, caput, ambos da CF. De fato, a legalidade prevista no primeiro dispositivo constitucional é dirigida aos cidadãos em geral, regendo as relações privada e, no segundo dispositivo • Enquanto ao particular é permitido fazer tudo o que a lei não proíbe, a administração pública, só pode fazer o que a lei determina. Se a lei não autoriza o administrador não pode agir. É a observância estrita da Administração Pública aos ditames da lei. Princípio da Impessoalidade • A impessoalidade no plano constitucionais abrange dois sentidos diferentes: a) Impessoalidade em relação aos administrados ▪ a administração não pode agir para beneficiar uns ou prejudicar outros, mas deve sempre ser impessoal nas suas relações públicas, vale dizer, agir com vistas apenas a atingir o interesse público e concretizar a lei ▪ O administrador deve ter seu atuar orientado pela lei e sua finalidade pública. Nada mais b) Impessoalidade em relação à própria Administração ▪ uma vez que os atos administrativos são imputáveis não ao agente público que o exerce, mas ao órgão ou entidade a qual o agente esteja vinculado (art. 37, § 1°, CF) Art. 37, § 1º, CF A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Princípio da Moralidade Administrativa • O administrador deve atuar conforme a lei, mas ao mesmo tempo, obedecendo-se um senso de honestidade, ética e bons costumes • Às vezes, mesmo diante de um comportamento licito, legítimo, atuar do administrador público pode infringir a moralidade e os bons costumes. O que é suficiente para a violação do princípio e anulação do ato violador. Como exemplifica Odete Medaur “em momento de crises financeira, numa época de redução de mordomias, num período de agravamento de problemas sociais, configura imoralidade efetuar gastos com aquisição de automóveis de luxo para servir autoridade mesmo que tal aquisição se revista de legalidade.” • Moralidade e probidade são conceitos diferentes • Hoje o entendimento majoritário da doutrina, determina que mesmo um ato “legal” pode ser imoral. • A ação popular, cuja previsão constitucional está no artigo 5°, inciso LXXIII, vem sendo considerado o remédio mais importante para proteção da moralidade administrativa, hoje entendida como princípio consagrado autônomo em relação aos demais Art. 5°, LXXIII, CF - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; • Defende 4 objetos ▪ Meio ambiente ▪ Patrimônio histórico e cultural ▪ Patrimônio Público ▪ Moralidade administrativa Publicidade • Exige ampla divulgação dos atos praticados pela administração pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo prevista na CF e na lei. É a transparência dos atos administrativos, já que quanto maior a publicidade, maior o controle dos atos da Administração, seja pelos órgãos competentes, seja pelo próprio cidadão • Quanto ao sigilo, destaca-se a atual CF consagra em seu texto três hipóteses de restrição à publicidade Art. 5°, XIV, CF - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; Art. 5°, XXXIII, CF - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; Art. 5°,LX , CF- a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; • Destaque à Lei n° 12.527/2011 – Lei de Acesso à Informação (transparência ativa) Eficiência • Princípio introduzido pela Emenda Constitucional n. 19/98 • Trata-se de um princípio por emenda constitucional e dirigida diretamente a uma atividade exercida pela Administração, considerada talvez mais importante: serviço público • Eficiência, portanto, refere-se a três fatores determinantes de qualquer serviço público ✓ Menor tempo ou rapidez ✓ Menor custo ou economicidade ✓ Melhor resultado ou perfeição • O art. 41, §1°, inciso II, inserida pela EC n. 19/98, que estabelece mais uma hipótese de perda do cargo do servidor estável e que de acordo com o qual, tal perda também será possível “mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa” • Mudança do perfil do Estado o Administração burocrática (preocupação com formalismo) X Administração gerencial (preocupação com resultados) Outros Princípios Aplicáveis LPA - Lei nº 9.784 de 29 de Janeiro de 1999 Art. 2° A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios